A viabilidade das novas nações

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papatango

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A viabilidade das novas nações
« em: Setembro 28, 2004, 03:44:30 pm »
Continuado do tópico sobre as Falkland / Malvinas
http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... 0&start=15
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Eu acho que o Luso se estava a referir ao caso daquilo que são nações que enfrentam problemas de inviabilidade.

A verdade é que há países que não estavam preparados para a independência. A verdade é que o Haiti, país que proclamou a primeira independência nas Caraíbas, é sintomático.

É o país mais pobre e atrasado de todo o continente.

Será que a independência do Haiti, por ter ocorrido tão cedo, não acabou sendo um problema?

O que ganhou o Haiti, com a sua independência?

O outro caso, é, por exemplo o da Guiana Francesa. Pode ser anacrónico, mas a verdade é que provavelmente, mesmo os locais, que não têm nenhuma intervenção politica no território, provavelmente vivem melhor que os seus vizinhos.

estas são verdades objectivas, factos.

Podemos também perguntar relativamente a Portugal e a países como Cabo Verde ou São Tomé, porque razão é que houve tanta urgência na "libertação" destes países?

Porque é que aqueles que eram tão contrários aos "colonialistas" portugueses como os holandeses, ainda hoje têm colónias nas Caraíbas?

Cabo Verde ganhou com a independência?
São Tomé ganhou alguma coisa com a independência?

Ainda há dias vimos o caso de uma criança de S.Tomé que não foi tratada a tempo de uma doença que agora é irreversível. Mais ninguém se dispôs a ajudar, e a criança veio para Portugal, mas por razões burocráticas acabou chegando tarde de mais.

Há países que claramente não estavam preparados para a independência, esta é uma realidade.

Muitas vezes o que se passa, é que uma parte da sociedade quer chegar ao poder, e como não consegue por outras vias, provoca uma convulsão social, para chegar ao poder. Isso normalmente consegue-se com uma declaração de independência, ou então com uma proclamação da republica. Ou seja, um choque na sociedade que reverta a situação.

O problema é que na realidade, as independências acabam resultando na troca de um grupo de pessoas que dominam o poder, por outro grupo diferente. Mas para o povo, acaba não havendo diferença nenhuma.

O argumento da exploração, é uma argumento, nada mais, porque na maioria dos casos, depois da independência, as populações acabaram sendo mais exploradas que antes.

No entanto, continuo a achar que a existência de colonialismos, é um absurdo, embora entenda muitas das razões apontadas para a sua manutenção.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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P44

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« Responder #1 em: Setembro 28, 2004, 04:21:17 pm »
Citar
O problema é que na realidade, as independências acabam resultando na troca de um grupo de pessoas que dominam o poder, por outro grupo diferente. Mas para o povo, acaba não havendo diferença nenhuma.

O argumento da exploração, é uma argumento, nada mais, porque na maioria dos casos, depois da independência, as populações acabaram sendo mais exploradas que antes.


Plenamente de acordo!!!!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Setembro 28, 2004, 05:32:21 pm »
Vamos ver o caso de Angola, por exemplo - sem querer dizer que portugueses fossem anjinhos (não acredito em anjinhos).

Portugal mantinha em Angola uma administração mínimamente capaz, e havia infraestruturas muito melhores do que há agora, se existirem.
Ou seja, o colonizador tem custos mas também benefícios (já que Angola é rica - ao contrário de outras ex-colónias). Por exemplo, S. Tomé só a muito custo (sobretudos dos trabalhadores das roças) conseguia algum equilibrio finaceiro. O resto...

Regressemos a Angola.

Portugal investe dois milhões e obtém 4.

- Chega a independência e os Angolanos ficam mais felizes por isso. Ó para eles todos contentes!

- Posteriormente chega a França ou EUA. Dá meio milhão de suborno ao Presidente (não se investe nada para benefício das populações) e saca - 5,5milhões.

Moral da história: Um país independente é mais fácil de explorar.

Mantenho o que digo: são os mais priviligiados indígenas que insistem nas independências. Depois há o racismo e a inveja das capacidades dos  colonizadores (veja-se África) e depois de alienados e poetas que vivem no mundo da Lua e alinham em balelas como o comunismo. Ou igualdades a adquirir a viva força sem qualquer base que lhes dê consistência ou realidade.

Em última análise, uma independência que não garanta uma comunidade que funcione mínimamente é uma mariquice sinistra.

Defendo antes modelos de autonomia ou de federação. Aquela coisa do colonialismo "esmagar" o outro e impor a sua cultura está mais que ultrapassado e não me assusta. E, com toda a franqueza, se recolonizássemos desta forma as nossas ex-colónias (que elegeriam representantes com poder legislativo a actuar na metrópole) era uma dádiva que dariamos à humanidade (depois de corrermos com estes canhões que nos governam).
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dremanu

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« Responder #3 em: Setembro 28, 2004, 11:41:34 pm »
Os problemas que se deram nas ex-colónias Portuguesas em Africa são de exclusiva responsabilidade dos comunistas e socialistas no governo Português pós 25 de Abril, que entregaram tudo à mão beijada a um povo que não estava preparado para se administrar a si próprio.

Portugal não tinha necessidade nenhuma de entregar os territórios da forma que o fez, especialmente tendo em conta que tinhamos ganho a guerra em Angola e Moçambique, e estavamos a caminho de poder controlar a Guiné.

Fui tudo feito de uma forma atabalhoada, e sem dar o mínimo de pensamento às repercurssões do acto de entrega de um país para as mãos de guerrilheiros semi-analfabetos e de ideologia comunista.

Os ideólogos esquerdistas que se instalaram no governo de Portugal no periodo pós 25 de Abril são do pior que aconteceu a este país.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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VICTOR4810

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EN ESO....
« Responder #4 em: Junho 19, 2009, 07:59:04 pm »
Sr. dremanu.  
Estamos de acuerdo.¡¡
1.492, DESCUBRIMOS EL PARAISO.
"SIN MAS ENEMIGOS QUE LOS DE MI PÁTRIA"
 

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Luso

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« Responder #5 em: Junho 19, 2009, 09:43:08 pm »
Safa, é cada desenterranço! :shock:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #6 em: Junho 21, 2009, 03:52:29 am »
e eu a pensar de ser um topico novo todo construtivo.



acredito que não existe espaço a novos paises, nações talvez mas integradas num federismo qualquer ou regionalização.


a não ser que me ponha a olhar para a senhora rússia ou china que são paises enormes... no entanto coesos (esqueçam a txéxénia (ou como se escreve) e o tibete)
 

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Cabecinhas

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« Responder #7 em: Junho 21, 2009, 12:37:33 pm »
Só esses dois... se olhares para o Continente africano tens carradas deles
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Re: A viabilidade das novas nações
« Responder #8 em: Junho 21, 2009, 01:00:10 pm »
Citação de: "papatango"
O problema é que na realidade, as independências acabam resultando na troca de um grupo de pessoas que dominam o poder, por outro grupo diferente. Mas para o povo, acaba não havendo diferença nenhuma.

O argumento da exploração, é uma argumento, nada mais, porque na maioria dos casos, depois da independência, as populações acabaram sendo mais exploradas que antes.


Empiezo a comprenderte, Papatango.  Si alguna región se quiere independizar de España, tiene total derecho a hacerlo. Si alguna región, conquistada por las armas, es de Portugal, no sale ganando con la independencia, es mejor que siga siendo de Portugal.

 :wink:
El futuro tiene muchos nombres: para los débiles, lo inalcanzable. Para los temerosos, lo desconocido. Para los valientes, la oportunidad.



Correções na minha escrita são siempre bem vindas.
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #9 em: Junho 21, 2009, 08:18:52 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
Só esses dois... se olhares para o Continente africano tens carradas deles


naaa... esses vão se matar todos primeiro!


o mal de africa foi a forma como os europeus dividiram o território, mas agora já tá!