Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)

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Vitor Santos

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Vídeo da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF)


Novo vídeo da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, sobre a nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Nele podemos ver que falta muito pouco para a sua conclusão total e inauguração prevista para Março de 2020.
 

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Vitor Santos

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #1 em: Novembro 11, 2019, 02:25:18 am »
Estação Antártica Comandante Ferraz será reinaugurada em 2020


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A base brasileira foi parcialmente destruída por um incêndio em 2012

Uma praia brasileira banhada por um mar de gelo. Pode parecer estranho, mas ela existe na ilha de Rei George na Antártica. O local onde fica a Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira de pesquisa no continente gelado, é considerado território nacional. As novas instalações da base vão ser inauguradas em janeiro de 2020. O governo federal investiu cerca de US$100 milhões na construção da unidade que recebeu os equipamentos mais modernos do mundo e foi ampliada. O Capitão de Fragata Luiz Filho, chefe da estação, diz que “é uma honra ter esta estação sendo construída em nosso território e certamente ela vai servir de modelo para outros países”.

Ocupando uma área de 4.500 metros quadrados ela poderá hospedar 64 pessoas. A nova estação vai ser mais moderna e maior do que anterior. Antigamente existiam cinco laboratórios e depois da reinauguração o número vai passar para 17. Cientistas da Fiocruz vão ter um laboratório exclusivo de microbiologia para pesquisar fungos que só existem na Antártica. A Agência Internacional de Energia Atômica também já confirmou que vai desenvolver projetos no local. A estação também está adaptada para receber pesquisadores das áreas de oceanografia, glaciologia e meteorologia.

Faltando quase dois meses para a reinauguração, uma equipe da Marinha, que coordena a obra, visitou a estação de pesquisa para fazer os ajustes finais. A vistoria foi coordenada pelo contra-almirante Sérgio Guida, gerente do Programa Antártico Brasileiro. Ele percorreu toda a unidade e ficou satisfeito com o que encontrou. “A obra está dentro do cronograma e certamente ficará pronta na data prevista”, revelou.

O projeto arquitetônico da estação impressiona no meio do gelo da Antártica. Algumas medidas foram tomadas para adaptar a base as condições climáticas do local. Para ficar acima da densa camada de neve, que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo.

A estação também oferece conforto. Os quartos com duas camas e banheiros lembram acomodações de um hotel. Eles vão abrigar pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências.

Uma das maiores preocupações é com a segurança, por isso, entre todas as unidades da base foram instaladas portas corta fogo e também foram colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de um material ultrarresistente. No caso de um incêndio elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais. Esse tempo possibilita acionar o esquadrão anti-incêndio e retirar as pessoas da estação em segurança.

A nova base Comandante Ferraz também foi construída com objetivo de reduzir ao máximo a agressão ao meio ambiente e por isso 30% da energia consumida no centro de pesquisa vem de fontes renováveis produzidas no local. Atrás da estação fica uma usina eólica que aproveita os fortes ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia principalmente no verão quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia. Outro detalhe é que o calor produzido pelos geradores de energia ao invés de ser lançado para o ar é canalizado para aquecer a usina. Esta técnica elimina a utilização de diesel para alimentar o sistema de climatização. A novidade foi elogiada pelo contra-almirante Sérgio Guida: “A Antártica é um patrimônio da humanidade que precisa ser preservado, e o Brasil está dando uma lição de sustentabilidade para o mundo”.

O projeto de reconstrução da estação começou a ser executado em 2017. A empresa responsável pela obra é a China Electronics Import and Export Corporation que precisou dividir o trabalho em três etapas porque só é possível fazer qualquer tipo de serviço externo na Antártica durante o verão. Entre abril e outubro, os fortes ventos, as nevascas constates e a temperatura (que pode chegar a 40 graus negativos) inviabilizam qualquer tipo de atividade. Para driblar o problema, os chineses adotaram a seguinte estratégia: construir os módulos na China no inverno e transportar e instalar na Antártica nos verões de 2017, 2018 e 2019.

Antes da reinauguração da estação de pesquisa, a Base Comandante Ferraz já ganhou um novo sistema de comunicação. A empresa Oi instalou antenas para facilitar a transmissão de dados. Os equipamentos permitem conexão direta com internet, chamadas de vídeo e a realização de videoconferências.

FONTE: https://www.naval.com.br/blog/2019/11/10/estacao-antartica-comandante-ferraz-sera-reinaugurada-em-2020/





 

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Vitor Santos

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #2 em: Janeiro 10, 2020, 07:48:26 pm »
Marinha do Brasil reinaugura a Estação Antártica Comandante Ferraz


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A Marinha do Brasil (MB) reinaugura, no dia 14 de janeiro, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). As novas edificações configuram uma área de aproximadamente 4.500m2. Destacase no projeto arquitetônico a substancial ampliação da capacidade de pesquisa da nova estação em comparação à antiga, saindo de quatro para dezessete laboratórios no total, projetados e equipados para atender a uma multiplicidade de necessidades da comunidade científica brasileira, dentre os quais destaca-se: meteorologia, biociências, química, microbiologia, biologia molecular, bioensaios e de múltiplo uso.

O prédio principal da EACF está dividido em três grandes blocos, distribuídos da seguinte forma:

• Bloco Leste: destinado às pesquisas, convívio e serviços da EACF. Nele, estarão 14 laboratórios, refeitórios, cozinha, setor de saúde, sala de secagem e oficinas;

• Bloco Oeste: setor privativo e de convívio dos hóspedes da estação, onde estão instalados os 32 camarotes, uma biblioteca, uma academia e sala de vídeo/auditório. Em seus níveis inferiores, encontram-se os paióis de mantimentos e os tanques de água potável e para combate a incêndio; e

• Bloco Técnico: responsável por todo o controle e demanda da rede elétrica, sanitária e automação da estação, além de possuir espaço destinado à garagem de viaturas. É composto, dentre outros, por estação de tratamento de água e esgoto, praça de máquinas, geradores, sistema de aquecimento de água, setor de tratamento e incinerador de lixo e paióis diversos.

A execução de obras no continente antártico é uma atividade complexa, que envolve uma grande quantidade de variáveis, levadas em consideração para que a construção do empreendimento pudesse transcorrer com o menor número de imprevistos. Em razão das condições severas do clima da região, as obras foram planejadas para ocorrer somente no período do verão antártico, situado entre os meses de outubro e abril. Dessa forma, foram necessários três anos para que as instalações da EACF atingissem o ponto que permitiu sua operação com segurança, o que ocorreu em março de 2019. No entanto, em função da necessidade do comissionamento e teste dos novos sistemas, além do adequado treinamento do Grupo-Base, optou-se pela inauguração no início de 2020.

Nesse período da construção, estiveram envolvidos, direta e indiretamente, diversos colaboradores, dentre os quais destacam-se os engenheiros e operários da empresa China National Electronic Imports and Exports Corporation (CEIEC), chegando a somar 263 na área da estação no verão de 2018/2019; fiscais do MMA/IBAMA responsáveis por fiscalizar e mitigar possíveis impactos ambientais da obra no sensível ecossistema antártico; Engenheiros Navais da Marinha que acompanharam todas as etapas da empreitada, desde a elaboração do projeto técnico, pré-montagem dos módulos na China e sua efetiva construção na Antártica; militares dos Grupos-Base da EACF auxiliando na fiscalização e provendo os meios necessários para a permanência do pessoal na região com segurança e conforto; as tripulações dos Navios Polar “Almirante Maximiano” e de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, auxiliando no transporte de pessoal e material; e os militares do PROANTAR, no planejamento e condução das Operações e coordenação do apoio logístico necessário.

Desde a decisão pela reconstrução da EACF, tomada logo após o incêndio da antiga estação, decorreram várias fases até que tudo estivesse pronto para a inauguração. Dentre essas fases destacam-se:

– Em agosto de 2015 – Assinatura do contrato de construção em agosto de 2015 com a empresa CEIEC;
– De janeiro a fevereiro de 2016 – Execução de serviços geológico-geotécnicos complementares na área da construção na Antártica, a fim de adequar o projeto às características geológicas da região;
– De março a novembro de 2016 – Fabricação, na China, das fundações e estruturas. Nesse período foi feita a montagem em Xangai de um modelo em escala natural das instalações (MOCKUP), de forma a verificar e solucionar possíveis problemas de projeto e construção.
– De dezembro de 2016 a março de 2017 – Execução das obras de fundação na Antártica. As edificações utilizam fundações em blocos de concreto que, devido às dimensões e peso final, foram fabricados em peças prismáticas menores, as quais foram montadas diretamente nas cavas, cujas profundidades variam em torno de 2,0 metros.
– De abril a outubro de 2017 – Fabricação e pré-montagem da estação ainda na China. Nesta fase, toda a estrutura e todos os módulos foram fabricados e pré-montados. Em seguida, foram desmontados e preparados para transporte ao continente antártico. A pré-montagem foi utilizada para minimizar os riscos de falta de material e para reduzir a possibilidade de problemas durante a montagem.
– De dezembro de 2017 a março de 2018 – Fase 1 de montagem da EACF na Antártica. Os trabalhos foram iniciados pelo Bloco Oeste da estação. Ao final do verão, este bloco foi parcialmente concluído. Além disso, o Bloco Leste teve sua estrutura inferior montada e os Módulos Isolados de Comunicações, Meteorologia e Ozônio e de Very Low Frequency (VLF) foram instalados.
– De setembro a outubro de 2018 – Pré-montagem de equipamentos e conclusão de serviços internos nos módulos da estação.
– De novembro de 2018 a abril de 2019 – Fase 2 de montagem da EACF na Antártica. Foram instalados os blocos leste e técnico e finalizadas as redes e infraestrutura externa, a instalação dos aerogeradores e a construção da Área de Pouso Administrativo.
– De abril de 2019 a março de 2020 – Realização dos testes de aceitação, comissionamento dos sistemas e equipamentos e o treinamento do Grupo-Base “FERRAZ” para a operação e manutenção da EACF durante o inverno de 2020.

FONTE: MB / https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa-aerea-naval/marinha-do-brasil-reinaugura-a-estacao-antartica-comandante-ferraz
 

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Vitor Santos

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #3 em: Janeiro 10, 2020, 08:03:17 pm »











 

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #4 em: Janeiro 15, 2020, 11:55:17 pm »
Essa estação tem muito de Portugal, o projeto de estruturas foi desenvolvido pela AFAconsult, em Gaia.
 
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Lusitano89

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #6 em: Fevereiro 04, 2020, 03:01:02 pm »
O Brasil abre 'espetacular' base de pesquisa antártica, mas terá dinheiro para realizar seu potencial?

Uma nova estação de pesquisa projetada pela empresa de arquitetura brasileira Estúdio 41 pode acomodar 64 pessoas.

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SÃO PAULO - O Brasil abrirá oficialmente seu novo posto científico na Antártida nesta semana, 8 anos depois que um incêndio destruiu sua base original lá. A nova estação, de US $ 100 milhões, tem quase o dobro do tamanho da antiga e se destaca por seu design arquitetônico elegante e acomodações em estilo de hotel para até 64 pessoas, incluindo cientistas e militares. Dezessete laboratórios apoiarão a pesquisa em diversos campos, da microbiologia ambiental à fisiologia humana, paleontologia e mudanças climáticas.

A cerimônia de inauguração está marcada para 14 de janeiro, com a presença do vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão e de vários ministros.

"É uma instalação de primeira classe, realmente espetacular de várias maneiras", diz Wim Degrave, biólogo molecular e especialista em biotecnologia da Fundação Oswaldo Cruz que visitou a estação em novembro de 2019. Mas muitos cientistas temem que o governo brasileiro - cujo apoio a a ciência despencou nos últimos anos - pode não disponibilizar dinheiro suficiente para usar todo o potencial da instalação.

O incêndio de 2012, que começou durante uma operação de transferência de combustível, matou dois oficiais da Marinha. A nova base foi comissionada 1 ano depois, pouco antes do financiamento público para a ciência no Brasil atingir um pico histórico. A construção começou em 2015 e agora está quase concluída. Os sistemas operacionais e de segurança ainda precisam passar por uma fase de comissionamento antes que a base possa ser ocupada e se tornar totalmente operacional no próximo verão austral.

Pesquisadores brasileiros continuaram fazendo pesquisas na Antártica nos últimos 8 anos, com o apoio de dois navios de pesquisa oceanográfica da Marinha do Brasil e uma série de módulos de contêineres em terra que serão desativados gradualmente.

A nova base fica no local da antiga, na península de Keller, na ilha King George, e manterá seu nome: Estação Antártica Comandante Ferraz. Mas as semelhanças param por aí. O novo posto avançado não é apenas maior (com 4500 metros quadrados de área útil) e muito mais bonito - foi projetado pelo Estúdio 41, uma empresa brasileira - mas também muito mais seguro e melhor equipado para operar no ambiente hostil da Antártica. Seu antecessor era basicamente uma rede robusta de contêineres adaptados, montados pela primeira vez em 1984, com instalações limitadas de pesquisa.

"É uma atualização e tanto", diz Jefferson Simões, glaciologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e vice-presidente do Comitê Científico Internacional de Pesquisa Antártica. Por exemplo, os biólogos que fizeram coletas de viagens com a marinha tiveram que congelar suas amostras a bordo e aguardar meses antes que pudessem começar a processá-las no Brasil. Agora, eles poderão processá-los imediatamente na nova estação. “Isso faz uma enorme diferença na pesquisa. É muito melhor trabalhar com amostras novas ”, diz Degrave.

O Ministério da Defesa está pagando pelo prédio, que foi construído por uma empresa chinesa; a marinha brasileira irá operá-lo. Mas o financiamento para a pesquisa é uma preocupação. O Programa Antártico Brasileiro (Proantar), criado em 1982 para apoiar os interesses científicos e geopolíticos do Brasil na Antártida, foi dificultado pelo financiamento de incertezas nos últimos anos. Os pesquisadores conseguiram, a um grande custo, garantir uma chamada de financiamento de 18 milhões de reais (US $ 4,5 milhões) para o Proantar em 2018, exatamente como estava ficando sem dinheiro. É a maior soma já injetada no programa de uma só vez, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação. Mais 2 milhões de reais foram alocados em 2019 para equipar os novos laboratórios da estação.

O dinheiro da subvenção está sendo distribuído entre 17 projetos de pesquisa selecionados, por um período de financiamento de 4 anos, que termina em 2022. Vários dos projetos selecionados envolvem o estudo molecular da biodiversidade antártica, enquanto outros tentarão lançar luz sobre a história geológica da região. continente e suas conexões climáticas, oceanográficas, biológicas e geofísicas com a América do Sul.

O dinheiro é suficiente para manter o Proantar vivo por enquanto, diz Simões, mas em breve será hora de começar a passar o balde novamente. Idealmente, ele estima que o programa exigiria US $ 1,5 milhão por ano em financiamento de pesquisa - sem incluir custos logísticos - para permanecer estável e cientificamente produtivo a longo prazo. “A infraestrutura está instalada, agora cabe a nós, juntamente com o governo, encontrar o dinheiro necessário para apoiar a pesquisa que precisa ser feita lá”, diz Simões. "Caso contrário, será apenas uma casa vazia."

O governo brasileiro não assumiu compromissos depois de 2022, mas um porta-voz do ministério emitiu uma nota tranquilizadora em uma entrevista. "O Proantar é sem dúvida um programa de interesse estratégico para o governo brasileiro e não pode haver descontinuidade no fluxo de recursos", afirmou o porta-voz.

Publicado em: América latinaComunidade científica

 :arrow:   https://www.sciencemag.org/news/2020/01/brazil-opens-spectacular-new-research-base-antarctica
 
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MMaria

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Re: Estação Antártica da Marinha do Brasil - Comandante Ferraz (EACF)
« Responder #7 em: Fevereiro 05, 2024, 08:21:50 pm »