FUSÃO II

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Areopago

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FUSÃO II
« em: Janeiro 08, 2008, 04:25:51 pm »
Muito se tem opinado que a melhor forma seria fundir o SIS e o SIED mas as justificações são poucas ou parcas em argumentos...como já afirmei os serviços devem permanecer como estão a fim de evitar contextos que a História nos exemplifica dada a tendência malévola do ser humano quando lida com poder (Maquiavel/Rousseau/Sócrates) legaram-nos vastíssimos exemplos da má relação do homem com o poder...o que deverá ser feito, na minha humilde opinião, é cultivar princípios de partilha/troca de informações...isto sim é o segredo de um Serviço eficaz, senão veja-se o exemplo dos americanos no Iraque...as asneiras cometidas devido à incultura do povo americano aliada à burocracia dos vários serviços existentes que apenas querem sobressair e protagonizar feitos efémeros e minudências que se cifram na quantidade de pessoas que já morreram...como tal, na minha humilde opinião, há sim que aprender a partilhar informações para que dessa forma possamos agir de maneira INTELIGENTE face aos desafios que o terrorismo cada vez mais impõe...
 

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Magnifico

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Fusão II
« Responder #1 em: Fevereiro 08, 2008, 11:41:03 pm »
Caro Areopago concordo consigo...
 

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Jaromil

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Fevereiro 09, 2008, 03:59:31 am »
Caro Aeropago,
não é que não concorde consigo quanto ao argumento que o Senhor apresenta sobre a fusão dos dois serviços de informações, não há duvida que os seres humanos, por vezes, não sabem lidar com o poder, contudo penso que não seja um argumento suficiente.

Este é um argumento de critica não a uma estrutura e a possíveis falhas devido a junção dos dois serviços, mas sim uma crítica ao Homem enquanto ser social, e como todos sabemos, as pessoas não são todas iguais.

Não quero que fique com a ideia que eu concordo com uma fusão dos serviços, contudo o seu argumento não o consigo considerar como capaz de por si só decidir todo este processo.
 

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Magnifico

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FUSÃO II
« Responder #3 em: Fevereiro 09, 2008, 10:19:57 pm »
Senhor Jaromil

O Areopago não deixa de ter razão pois quem dá corpo e voz às instituições é o homem através dos seus gestos e actos e por isso é que foi criado um conselho de fiscalização desses serviços para que o homem social não caia na tentação...os serviços, não só pela opinião do Areopago, não devem ser juntos mas sim mantê-los separados cada um com funções e naturezas diferentes na área da segurança interna e externa especializando cada um dos homens sociais que os compõem na sua área de actuação...mas torno a dizer-lhe a opinião do Areopago não anda muito longe da verdade humana...na Revista "Sábado" houve uma personagem que disse, numa determinada operação, que não partilharam a informação com um dos serviços...dá que pensar pois o segredo do sucesso está no cruzamento da informação...foi o tal homem social que teve esse gesto...
 

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Jaromil

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(sem assunto)
« Responder #4 em: Fevereiro 10, 2008, 04:47:49 am »
Caro Magnifico,

Eu não disse que concordava com a fusão dos serviços, simplesmente afirmei que aquele argumento por si só não era decisivo, isto na minha humilde opinião. Mas o Senhor escreveu pelo menos duas coisas abonatórias para a fusão dos serviços.

Em primeiro se existe um Conselho de Fiscalização dos serviços, e partindo do princípio que ele funciona em pleno, então, não deveria existir receio dos serviços terem uma mesma direcção; em segundo, o Senhor também disse que “o segredo do sucesso está no cruzamento da informação”, e disto também não tenho dúvidas, mas a tal reportagem feita pela “Sábado” dá um exemplo claro de como por vezes as informações não passam, os canais de comunicação estão mudos. Mais uma vez aqui neste aspecto, penso que uma fusão teria benefícios para restabelecer a comunicação.

Deixe-me confessar-lhe, que eu também aposto nos serviços de informação separados, mas reconheço que existem fortes argumentos, e a maior parte por falhas graves no funcionamento dos serviços, que depois dão margem para que esses mesmos argumentos tenham realmente peso. Mais lhe digo que, na minha opinião, esta fusão ainda não se concretizou, não foi pela natureza dos serviços externos e internos, que exigem direcções separadas, mas sim por “guerras de quintas” e de receios ridículos de perdas de poder. Algo muito comum de acontecer neste Portugal.
 

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pn

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(sem assunto)
« Responder #5 em: Fevereiro 11, 2008, 11:48:56 am »
Srs.,

Gosto do tópico, mas penso que talvez existam pontos mais importantes a abordar no que respeita um funcionamento optimizado de Serviços de Informações, designadamente as suas competências operacionais e outras.

Além disso, para uma eventual fusão teria de ser alterada a Constituição e outros passos teriam de ser tomados ao nível dos procedimentos internacionais de segurança (no âmbito da NATO e da UE).

1 abraço