Angola nuclear

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Lancero

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Angola nuclear
« em: Maio 07, 2007, 02:41:15 pm »
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Angola: Primeiros passos rumo à energia nuclear mas "não para armamento"

Luanda, 07 Mai (Lusa) - Angola está a dar os primeiros passos para desenvolver a energia nuclear, forma encarada pelas autoridades para aumentar de forma decisiva a capacidade energética do país, mas declara rejeitar o desenvolvimento de armas nucleares.  

    "O país tem limitações na produção de energia, então porque não começar a pensar-se em projectos que, no futuro, possam produzir energia a partir de fontes nucleares?", questionou o ministro da Ciência e Tecnologia, João Baptista Ngandajina, citado pela Voz da América.  

    Angola é membro da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) desde 1999 e a designada Lei da Energia Nuclear está agora na sua fase final de elaboração, devendo chegar em breve ao Parlamento.  

    Uma vez aprovada, ficam criadas as condições institucionais para a produção de energia nuclear no país, mas o governo tem vindo a frisar que a prioridade nos tempos mais próximos serão projectos de investigação e a formação de quadros.  

    A nova lei, disse Ngandajina, "vai definir tudo sobre aquisição, transporte, uso e armazenamento que quisermos fazer de conhecimentos e equipamentos radioactivos no país".  

    "O que se pretende é o desenvolvimento científico ligado à energia nuclear. Formação de pessoal, desenvolvimento de projectos que ajudem o desenvolvimento económico e social do país", afirmou.  

    Contudo, no sector energético do país, circulam rumores de que a iniciativa da Lei está relacionada com a preparação de um plano para instalação de centrais nucleares no país, que conta com o apoio da China, importante parceiro de Angola e um dos maiores produtores mundiais de energia nuclear.  

    A própria China está a avançar com um ambicioso plano de aumento da produção de energia eléctrica a partir de centrais nucleares, que prevê que, até 2020, o país atinja uma capacidade instalada de 40 milhões de quilowatts, mais de quatro vezes o valor actual.  

    Questionado pela imprensa, João Baptista Ngandajina adiantou que já foram identificadas no país jazidas de minérios radioactivos, como o urânio, mas escusou-se a revelar em que regiões.  

    No ano passado, Angola investiu cerca de 650 milhões de dólares (cerca de 500 milhões de euros) em projectos destinados a assegurar o aumento de produção de energia eléctrica, apostando sobretudo no reforço da capacidade da rede e na construção e reforço da capacidade de barragens, para o que tem contado com importantes apoios da China e também do Brasil.  

    Entre os principais projectos em curso, destacam-se as hidroeléctricas de Capanda, cuja terceira turbina, de quatro quilowatts, entrou recentemente em funcionamento, e das Ganjelas, construída pela empresa chinesa Sino-hydro Corp, que deverá ser entregue durante este mês.  

    Para João Baptista Ngandajina, a tónica da tecnologia nuclear em Angola será para já a investigação e desenvolvimento, bem como o fomento de projectos no domínio civil, através da Universidade Agostinho Neto.  

    "Montou-se um laboratório para o ensino da cadeira de física nuclear e, neste momento, vários docentes e técnicos do laboratório de análise do Ministério (da Ciência e Tecnologia), estão a fazer o doutoramento. Tudo isso visa capacitar o país para este fim", disse o ministro angolano.  

    João Baptista Ngandajina salientou, em particular, a oportunidade apresentada por esta tecnologia para a formação e especialização de médicos do Centro Nacional de Oncologia e para projectos na área do controlo de doenças em animais e de combate à malária e outras patologias.  

    Actualmente, Angola tem também em curso projectos ligados ao controlo de poluição marítima associada à produção de petróleo, e integra os programas da AIEA para o continente africano.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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HJERONIMO

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até pode estar a dar os 1s passos mas .....
« Responder #1 em: Agosto 31, 2007, 08:45:57 pm »
Se eles nem universidades competentes têm como podem dominar a energia nuclear ?

Se nós ainda temos de formar  milhares de cidadãos Angolanos nas nossas universidades e escolas e depois de formados eles não querem voltar ao seu Pais .... Se Angola não consegue levar lei e ordem para fora da capital ...

Ainda precisam de progredir um pouco mais a nivel civilizacional , dinheiro acredito que tenham mas capacidade , desculpem mas por enquanto não acho provável .... Mas é a minha opinião ...
etc
 

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cjr2k3

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Setembro 02, 2007, 01:20:20 am »
As tantas vão é arranjar uma daquelas coisas que os russos andam para ai a impingir. Os navios com reactores nucleares atracados e a fornecerem a energia dos reactores a rede nacional. :)