Rangers, Comandos, Paras, etc

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raphael

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3555 em: Março 13, 2018, 10:55:44 am »
novos brinquedos para as FOE.

Citar
The Portuguese Army’s Special Operations Force (FOE) has received an undisclosed quantity of new small arms and accessories.

Deliveries mainly comprised Barret M107A1 .50 cal and Accuracy AXMC .338 precision rifles, Heckler & Koch HK417 7.62x51 mm assault rifles, FABARM STF/12 Compact FE 12-gauge shotguns, and Heckler & Koch HK269 40x46 mm grenade launchers, as well as several associated PM II series scopes from Schmidt & Bender.

The FOE, which is based in Lamego and is a sub-unit of the Special Operations Troops Centre (which itself is integrated within the Portuguese Army’s Rapid Reaction Brigade), has also received an initial batch of MRZR2 MT and Sportsman MV850 MT all-terrain vehicles.

janes

Essa noticia é de quando? É que o ano passado já tinham essa panóplia toda....só se reforçaram os números.
Um abraço
Raphael
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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3556 em: Março 13, 2018, 02:22:48 pm »
Exacto, já cá tinha sido colocado fotografias de algum desse armamento.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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nelson38899

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3557 em: Março 13, 2018, 10:13:33 pm »
novos brinquedos para as FOE.

Citar
The Portuguese Army’s Special Operations Force (FOE) has received an undisclosed quantity of new small arms and accessories.

Deliveries mainly comprised Barret M107A1 .50 cal and Accuracy AXMC .338 precision rifles, Heckler & Koch HK417 7.62x51 mm assault rifles, FABARM STF/12 Compact FE 12-gauge shotguns, and Heckler & Koch HK269 40x46 mm grenade launchers, as well as several associated PM II series scopes from Schmidt & Bender.

The FOE, which is based in Lamego and is a sub-unit of the Special Operations Troops Centre (which itself is integrated within the Portuguese Army’s Rapid Reaction Brigade), has also received an initial batch of MRZR2 MT and Sportsman MV850 MT all-terrain vehicles.

janes

Essa noticia é de quando? É que o ano passado já tinham essa panóplia toda....só se reforçaram os números.

A noticia tem dias, o que aconteceu foi o reforço de meios
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Cabeça de Martelo, raphael, jorgeshot1

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3558 em: Março 24, 2018, 11:56:22 am »
OS COMANDOS – DE 1980 A 2006

Da Brigada de Forças Especiais à extinção do Regimento de Comandos
Dos Pára-Comandos e Brigada Aerotransportada à constituição do Centro de Tropas Comandos


ANTECEDENTES

Já em Fevereiro de 1974 o Estado Maior do Exército ~ (EME) estava preocupado com a problemática das tropas Comandos com vista à sua continuidade e face à dispersão da sua formação na Guiné, Angola e Moçambique, sendo parecer do, então, Director-Adjunto de Instrução, General Silvino Silvério Marques, que fosse constituído um grupo de trabalho para que "com total abertura de espírito fossem estudadas a problemática de recrutamento, a instrução e a organização das tropas Comandos" e apresentadas propostas com as grandes linhas de actuação a seguir.

Na sequência natural desta decisão e de acordo com o ambiente militar e político a missão do Regimento de Comandos foi evoluindo como tive oportunidade de deixar escrito no artigo "1975 -1980 - Os Primeiros Anos do Regimento de Comandos", na Revista nO.72.

Neste caminho difícil em que para além do Estado Maior do Exército, também o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) e a outros níveis, o Governo Militar de Lisboa (GML) e a Direcção da Arma de Infantaria quiseram dar a sua opinião, exercer a sua influência e marcar a sua posição relativamente à missão a dar ao Regimento de Comandos (RCmds), ficando a sensação que todos pretendiam ter sob o seu comando ou sob a sua direcção. Por outro lado, era por demais evidente que todos eram de opinião que a Unidade tinha demasiada autonomia, em especial no que respeitava ao aspecto logístico e de instrução, já que no aspecto operacional dependia do EME, directamente do EME ou através do GML e posteriormente do EMGFA.

Recordamos que em fins de 1974 na missão do Regimento podia ler-se:

"- Preparar moral, física e tecnicamente as tropas Comandos;
 - Incorporar, mobilizar, instruir, organizar e recompletar as Unidades de Comandos;
 - À ordem, actuar com as suas Unidades Operacionais, onde e quando julgado necessário;
- Manter o nível de instrução das Unidades de Comandos;
- Efectuar o estudo e experimentação dos processos e mé- todos de emprego das Unidades de Comandos, bem como novos equipamentos, fornecendo ao EME os dados experimentais colhidos para actualização da respectiva doutrina e organização."

O que denotava bem a autonomia da Unidade em todos os aspectos, excepto o do emprego operacional, destacando-se a instrução bem como a sua própria evolução, funcionando ao mesmo tempo como centro de estudo e experimentação, não só em proveito próprio mas no de todo o Exército. A contrariar esta aparente autonomia constava a da atribuição ao GML.
Mas logo após o 25 de Novembro de 1975 o próprio Comandante do RCmds vinha propor uma clarificação da Missão da Unidade, propondo a seguinte missão:
" - Na dependência directa do CEME, organizar e preparar sub-unidades, com elevado grau de prontidão para actuar em defesa terrestre do Território Nacional, em acções de contra-guerrilha e contra-subversão bem como em acções móveis e profundas na rectaguarda do lN. - Experimentar novas técnicas de materiais para actualizara doutrina táctica do Exército sobre Forças Especiais".

Destaca-se desta proposta a necessidade da dependência directa do CEME e a alusão à contra-guerrilha e contra-subversão, uma espécie de continuação do Centro de Instrução de Comandos (ele) de Angola, para além de uma alusão à urgência do estudo e definição de "Forças Especiais".

PARAQUEDISMO E OPERAÇÕES ESPECIAIS, "ACTIVIDADES IRREGULARES" E PÁRA-COMANDOS

 Em fins de 1976 o CEME promoveu uma reunião dos quadros do Remds com vários Oficiais Comandos que se encontravam fora da Unidade a fim de obter um parecer sobre a atribuição de novas missões ao RCmds, a saber:

"Missão I - Criação de uma força anti-pirataria aérea, anti-sequestradores e anti-terrorismo internacional;
Missão II - Segurança a altas entidades quer nacionais quer estrangeiras;
Missão III - Combate de ruas - guerrilha interna;
Missão IV - Intervenção no estrangeiro - ONU;
Missão V - Desorganização de áreas vitais do lN situadas na sua rectaguarda que impliquem infiltrações profundas e técnicas especiais, quer para o cumprimento de missões, quer para a sobrevivência em zonas adversas."

Tal proposta que evidenciava a procura de missões para uma Unidade com tropa altamente prestigiada e com forte espírito de corpo, obteve como resposta do grupo reunido, uma rejeição às missões II e III já que uma é da área das forças de segurança e a outra deveria ser atribuída a todas as FA, concluindo ainda relativamente às restantes missões o seguinte:
':4 atribuição destas missões ao RCmds iria obrigar a uma reestruturação profunda da instrução actual, bem como, à "introdução de outras matérias, entre as quais sobressaem a instrução de natação e escafandrismo, instrução de paraquedismo, instrução de informação e contra-informação, instrução de línguas estrangeiras, etc. ."
Seria ainda necessário equipar estas forças com "materiais de transporte que permitam o transporte por terra, água e ar. Fardamento, armamento, equipamento e explosivos, minas e armadilhas e transmissões".

Terminava a proposta apontando para "a nomeação de uma comissão que analise e estude a reestruturação das tropas Comando", comissão essa que, entre outros, deveria estudar os seguintes pontos:
.. - A inserção dos Comandos (ou das Forças Especiais) no sistema de Forças e no conceito do seu emprego;
- Estudo, planeamento, organização e preparação de infraestruturas de guerrilha;"

Ainda em fins de 1976, dentro do espírito da reunião anterior, o RCmds vinha propor "o estabelecimento de um Centro de Instrução no Centro de Instrução Militar de Santa Margarida, com carácter permanente." Verifica-se assim que no caminho evolutivo do RCmds surgem as ideias da guerrilha e estruturação das Forças Especiais no Exército e da necessidade de um diferente rumo para a programação da instrução, de novo armamento e equipamento, também pela primeira vez surge a proposta de instruções novas, como natação, paraquedismo e línguas, mantendo, no entanto, sempre o mesmo espírito.

Em 1977 - Continuou o EME preocupado com o assunto de operações especiais, sendo o mesmo alvo de vários estudos e propostas que envolviam também o Instituto de Altos Estudos Militares (IA EM) como centro de estudos e o Regimento de Comandos e a Escola de Formação de Sargentos (EFS), antigo e futuro Centro de Instrução de Instrução de Operações Especiais (CIOE) como unidades onde o resultado dos estudos e decisões do EME seriam aplicados. Relacionado também com este tema surge o problema, já atrás focado da defesa operacional do Território, se necessário, através das "actividades irregulares", desenvolvidas por forças regulares.

Ouando se procurava uma nova especialidade do Exército que fosse formada para cumprir este objectivos o Director do Departamento de Operações emitia um parecer na nota 586/ OP-136/77 de 29Abr. da qual se transcreve .....mas sim, a de formar quadros e praças de uma especialidade, actualmente não existente, que se designasse de "operações especiais" (OE), à semelhança dos "Ranqers" americanos ou dos "Comandos" ingleses e que se aproximará ou será idêntica à de "Comandos" nO. 959 da lista de especialidades do nosso Exército."

De notar que nesta altura a especialidade de OE já tinha sido extinta e o CIOE substituído pela EFS, ficando aberta a "guerra" entre Comandos e Operações Especiais. O IAEM, solicitado sobre o assunto em sua nota 202/RT de 23Mai77 considerava que:

.. - A nível Exército, a instrução e controlo das forças irregulares poderá ser confiada a destacamentos do Regimento de Comandos.
 - A defesa por processos irregulares exige um treino especial das forças regulares que fazem parte do Corpo Territorial.

Sendo assim, teria o maior interesse que, no caso de ser aprovada a defesa por processos irregulares, o Exército mantivesse em funcionamento um Centro de Instrução com a responsabilidade de regulamentar uma doutrina nacional de processos irregulares e de treinar tropas ou quadros na técnica da referida doutrina."

No âmbito do estudo deste assunto, o então Comandante da EFS, Coronel Cava "Cmd" Almeida Bruno, afirmava em nota 114/3 de 28 Jun77: "parece-nos que se deveria distinguir, face à sua preparação específica, as forças especiais tipo Pára-Comandos das destinadas ao enquadramento da GUERRILHA (unicamente quadros)."Continuando a expor a sua opinião diria ainda que um dos Centros de Instrução Especial a organizar destinado à preparação para a guerrilha deveria situar-se no Norte do país e que o quartel de Lamego seria o mais indicado para tal fim, pois "reúne todas as condições para tal efeito", destacando entre outras qualidades de ..... única unidade do Exército que foi Centro de Instrução de Forças Especiais (Comandos e Rangers;..."

Parece pois, que no espírito deste comando uma solução poderia passar pela existência de dois Centros de Instrução versus duas unidades, uma no âmbito das "operações especiais" guarnecido por pára-comandos (seria o RCmds?) e outro no âmbito da preparação de quadros para guerra de guerrilhas que seria em Lamego.

Fonte: http://associacaocomandos.pt/_warehouse/mamasume/rvms-pdf/RVMS-074-2011c.pdf
« Última modificação: Março 24, 2018, 11:59:05 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3559 em: Março 24, 2018, 12:07:53 pm »
Continuação:

CONTRA-GUERRILHA E TROPAS AEROTRANSPORTADAS

Em 02Dez79 num memorando sobre a utilização de forças irregulares na defesa do território da autoria do, então, Brigadeiro Salazar Braga, pode ler-se no seu número 5: "com vista à futura implementação desta doutrina de defesa foi atribuída ao Regimento de Comandos a seguinte tarefa, dentro da missão geral que recebeu em Abr79: ...organiza e treina subunidades com elevado grau de prontidão para ... acções de guerrilha e outras actividades irregulares de defesa do território nacional".

" Em seguimento e com data de 29Fev80, o mesmo oficial general, Director do departamento de Operações, elabora uma proposta sobre o assunto onde consta, para além da missão atrás indicada, o dispositivo necessário para a cumprir e segundo o qual o RCmds deveria ter orientadas CCmds para cada Região ou Zona Militar com vista à eventual organização de uma guerrilha regional. Tal, exigiria contactos e reconhecimentos, e antes de mais, obrigaria à definição de uma doutrina que, naturalmente, influenciaria o dispositivo e a instrução, especialmente, no respeitante a "operações especiais" a ministrar em Lamego.

Terminava esta proposta acrescentando que "o estudo das acções de guerrilha e as actividades irregulares para defesa territorial deveriam ser desenvolvido pelo IAEM e RCmds". De notar que esta proposta envolve num único projecto de atribuição de missão e preparação da instrução o RCmds e a unidade de Lamego, o que estabelecia, desde logo, uma certa confusão.

 No entanto, esta proposta teve eco no EME e o estudo continuou ao longo de mais de dois anos com a intervenção dos Departamentos de Operações e de Instrução, do RCmds, da EFS, da Direcção da Arma de Infantaria (DAI) e do IAEM.

Para ilustrar o que se passou durante estes anos vou transcrever alguns passos que considero importantes e que evidenciam qual a ideia e decisão do Exército sobre a doutrina de operações especiais e defesa do território por guerrilha e quais as missões a conferir ao RCmds e ao CIOE, surgindo muitas vezes ao longo do estudo a necessidade de juntar especialidades e centros de instrução, designadamente a figura de pára-comandos, quando e se os paraquedistas viessem para o Exército.

Em 06Jul80 num memorando do Brigadeiro DDO cujo assunto era "Problemas relacionados com o Regimento de Comandos (RCmds)" consta que a missão da unidade estava ultrapassada face à missão do Exército (DL 943/76): "Considerava-se então, como ainda hoje muita gente considera, que o RCmds era uma tropa de lealdade indiscutível e alto nível de preparação militar para missões de manutenção ou restabelecimento de ordem democrática, uma espécie de "guarda pretoriana" da nova Democracia".

Recordava que a missão do RCmds, por despacho do General CEME de 04Abr79 era do seguinte teor "o RCmds, na dependência directa do CEME:
 - Incorpora, prepara e mobiliza os oficiais, sargentos e praças Comandos;
- Organiza e treina subunidades com elevado grau de prontidão para:
 - Acções móveis e profundas na rectaguarda do inimigo;
- Acções de contra-guerrilha e outras de contra-subversão;
- Acções de guerrilha e outras actividades irregulares de defesa terrestre do território nacional; - Planeia e conduz intervenção das suas subunidades, quando não atribuídas a outros comandos operacionais;
- Participa, com forças especiais dos outros ramos, em operações conjuntas;
- Experimenta novas técnicas e materiais para actualização da doutrina táctica do Exército sobre forças especiais .:."

Enquanto que no planeamento do EMGFA se admitia "o reforço das guarnições dos Açores e Madeira com forças especiais aerotransportadas", acrescentando ainda "No que diz respeito ao Exército, o RCmds está encarregado de ter preparado subunidades para tal, o que está perfeitamente de acordo com a missão desta Unidade."

Também o General CEME na sua directiva 24/A/79 para o biénio 1980/81 indicava como segunda prioridade a necessidade de ..... estudar. com base especialmente no RCmds, o recurso a actividades e forças irregulares como processos de defesa do território nacional", o que estava perfeitamente integrado na missão do RCmds atrás transcrita.

Curiosamente, cinco anos após o CIOE e a especialidade de "operações especiais" ter sido extinta, já, neste mesmo memorando, se podia ler "Parece-me ser altura do EME fixar normas de instrução para o RCmds, tal como as existentes para outras unidades, pois já foi determinada uma missão concreta ao Regimento", mencionando-se também "a criação oficiosa do Centro de Operações Especiais em Lamego, coincidindo com a Escola de Formação de Sargentos admitindo-se a existência da especialidade de "operações especiais" é absolutamente necessário definir a ligação desta especialidade com a de "Comando".

E, aumentando ainda a confusão nesta diatribe, afirmava-se "Parece-me que um "Comando" deve ser considerado como um militar habilitado com a especialidade de "operações especiais" mas que recebeu posteriormente um treino especial para poder levar a cabo, fundamentalmente, operações de determinado tipo."

Embora analise de seguida, por um lado, a dificuldade da relação entre as duas especialidades e por outro não achava possível a centralização da instrução dos três corpos de forças especiais, ou seja, "Comandos", "Fuzileiros" e "Paraquedistas" .

Este memorando assinado pelo General DOO, Salazar Braga, e datado de Julho de 1980 adiantava que "o grupo de trabalho é de opinião que se devem manter os Fuzileiros e que os Comandos e Paraquedistas devem ser inteqrados num único corpo, organizado e mantido pelo Exército com a cooperação estreita dos outros ramos."

Acrescentava ainda que seria formado um Regimento de Pára-Comandos, cujo dispositivo incluiria: um núcleo operacional junto de uma base aérea de Lisboa (Sintra, Montijo ou Ota); um núcleo operacional no Norte (S. Jacinto ou Cortegaça); um núcleo operacional no Sul (Beja); para além de um comando, núcleo de instrução e unidades de demonstração em Tancos e Lamego.

Mas, terminava afirmando: "Parece-me não ser de aceitar esta evolução da tropa "Comando"." Efectivamente, catorze anos depois uma solução semelhante foi finalmente tentada e como todos sabemos não resultou.

Era evidente que em 1980 se pretendia que a instrução e treino do RCmds fosse orientado directamente pelo CEME para operações constantes do volume II do Regulamento de Campanha - Operações, tais como: operações de noite, em áreas edificadas, em áreas arborizadas e na montanha; golpes de mão; cobertura e decepção tácticas; etc., para além de operações irregulares, podendo ainda organizar e manter uma pequena subunidade para eventual apoio às Forças de Segurança nas acções de combate ao terrorismo.

É interessante verificar que, eu próprio, como Chefe da 6a. Repartição do EME levantava em 07 de Agosto de 1981 os seguintes "Problemas urgentes de ordem geral e relativos ao RCmds: - Sistemas de recrutamento; Definição da missão, atendendo à aparição das OE; Reestruturação da Instrução-Boxe, Terra, Água e Ar - cada um com o seu Centro de Instrução; Reestruturação orgânica; Actualização de Armamento e Equipamento e Fardamento.

E logo em 16 de Setembro do mesmo ano, agora como Comandante do RCmds na nota nO. 322/0P/C, dentro das ideias que foram surgindo e das quais algumas ficam atrás resumidas, propunha que fossem criados três Centros de Instrução: um no Norte do país onde fossem ministrados suo-cursos de dureza, escalada, sobrevivência, entre outros; um outro no Centro no sul destinado aos suo-cursos relacionados com o meio aquático e ainda um terceiro Centro, de preferência no centro do país e a indicar pela Força Aérea, onde fossem ministrados os suo-cursos de adaptação ao meio de transporte aéreo, incluindo o paraquedismo.

Esta proposta só parcial e pontualmente foi aceite, mas no que diz respeito ao paraquedismo, o RCmds fez especializar um oficial e um sargento que seria o início da capacidade de ministrar essa instrução, já que um razoável número de oficiais e sargentos dos Quadros Permanentes da Unidade tirava o brevet em escolas civis.

O efectivo do RCmds nesta altura rondaria os 1.000 militares o que correspondia a cerca de 10% do efectivo operacional do Exército e a 3,3% do efectivo total na época (29.500).

Fonte: http://associacaocomandos.pt/_warehouse/mamasume/rvms-pdf/RVMS-074-2011c.pdf
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3560 em: Março 24, 2018, 12:24:21 pm »
Continuação:

FORÇAS ESPECIAIS, CMDS E CIOE E INSTRUÇÃO "LRRP"

Em 29 de Abril de 1982 a 3a. Repartição do EME (Operações) através da nota 1138/0R/82 vinha propor que os "Comandos" deviam fazer parte de "forças organizadas convencionalmente como unidades de infantaria ligeira que fossem aerotransportáveis 100% em meios aéreos e que possuíssem capacidades para saltar em páraquedas (se possível, com treino de queda livre de grande altitude para reduzir vulnerabilidade). "

Mais adiante na mesma nota admitia-se como viável e conveniente e "numa perspectiva de implementação do sistema para 1990, a afectação à AMF(2)/OTAN de um Batalhão de "Comandos" com capacidade de paraquedagem (Pára-Comandos)". Considerou também, na constituição da reserva daquele sistema, face às suas vulnerabilidades operacionais, da necessidade de preparação de um outro Batalhão "Pára-Comando", admitindo-se como possível "a participação deste 2°. Batalhão, se a situação política o determinar, na força de paz da ONU".

Face a estas intenções o RCmds, que eu comandava na altura, em extensa nota de dezoito páginas com o número 304/ OP/C de 21 de Maio analisa e expõe o seu ponto de vista sobre a "Reestruturação do Exército. Problemática das Forças Especiais", já que as forças relacionadas com o assunto eram o RCmds, as forças de operações especiais e os paraquedistas. Sintetizando, o parecer dos Comandos, começava por dizer que o Exército defendia a existência de dois tipos de Forças Especiais, as dos Comandos ou Pára-Comandos e as de Operações Especiais, quando o RCmds seria suficiente para responder às necessidades.

Por outro lado era preconizada a unificação de Comandos e Paraquedistas, o que parecia difícil e demorado uma vez que não havia ainda conhecimento de diligências junto do Ministério da Defesa nem da Força Aérea para tal junção que deveria ser precedida da passagem dos Paraquedistas para o Exército. Como é sabido tal passagem só se havia de verificar doze anos depois.

Continuam os estudos sobre as Forças Especiais e sua reestruturação, definição e implementação, nos quais intervêm, para além das 3a. Repartição (Operações) e 6a. Repartição (Instrução) do EME, a DAI, a RMN, o RCmds e o CIOE e onde estavam em questão os cursos a ministrar em cada uma das unidades e ainda a organização das unidades de Forças Especiais.

E é assim que pela nota 2883 de 24Nov82 do DOO, Brigadeiro Loureiro dos Santos, era dada orientação para o desenvolvimento das FE, conforme o superiormente aprovado pelo CEME, General Firmino Miguel. Eram então previstas "duas fases para o desenvolvimento do processo: a la. fase até à integração das tropas paraquedistas no Exército e a 2a. fase após a integração das tropas paraquedistas."
Na primeira fase previa-se que existisse em Lamego um Centro de Instrução de FE (CIFE) e um Centro de Instrução de Operações Irregulares (CIOI) e ainda um Batalhão de FE (reduzido) com Comandos e duas Companhias de FE. Na Amadora passava a haver um Regimento de FE a dois Batalhões de FE.

Somente os respectivos encargos operacionais ficavam cativos à ordem do CEME, continuando o RCmds e o CIOE dependentes das respectivas Regiões Militares, participando as Direcções das Armas e dos Serviços nos assuntos do seu âmbito.

Na mesma nota "foi nomeado o Tem Cor Inf Raul Miguel Socorro Folques do IAEM, assessorado pelo Maj Inf António José Raimundo Gama, do CIOE, para orientar o programa." De salientar que o Curso de Comandos era substituído por "Curso de Forças Especiais" e que o Centro de Instrução para ministrar o curso (CIFE) era o CIOE sedeado em Lamego.

Enquanto o CIOE redefinia os cursos de FE e de 01 enquanto se preparava para passar novamente CIOE depois de ter sido EFS desde 1975, o RCmds reagia a tal reestruturação que praticamente anularia o curso de Comandos.

Aliás, desde alguns anos atrás que se vinha sentindo a falta de apoio do EME para com o RCmds e a insistência na reestruturação das chamadas Forças Especiais em substituição do Curso de Comandos e a introdução da instrução sobre operações irregulares, associada à supervisão técnica da instrução por parte da DAI e da dependência da unidade da RML, vinha confirmar a intenção do Exército.

Pretendia-se assim transformar o RCmds numa unidade de Infantaria melhor instruída, com um espírito diferente, aproveitando o dos Comandos, capaz de desempenhar missões de operações especiais, e para missões em condições especiais, deixando ao CIOE a missão de ministrar os respectivos cursos, conforme já referido atrás.

Naturalmente os sucessivos Comandantes do RCmds nunca aceitaram de ânimo leve tal evolução que se arrastou com indefinições desde os conceitos, à dependência de instrução e operacional, de organização e constituição em brigada, batalhão e até companhia, etc., desde 1976 a 26 de Junho de 1986, data em que o CEME, General Firmino Miguel através da sua directiva 02/86 previa a existência duma Brigada de Forças Especiais, a qual, no entanto, somente em 07 Jun88, por despacho do mesmo General seria definitivamente criada.

Mas, até que tal fosse concretizado, os diversos Comandantes do RCmds sempre procuraram manter o espírito e o prestígio do essencial do curso de Comandos, da especialidade e da unidade.

Se não, vejamos: Em 14 de Janeiro de 1983, eu mesmo afirmava em nota 226 "Porque de há cinco anos a esta parte nenhum oficial do OP foi autorizado a frequentar o Curso de Comandos e porque os quatro Tenentes (lnfa Arta) do OP existentes, em 01 de Agosto do corrente ano serão promovidos, deixará de haver subalternos do OP Comandos" ... e mais adiante ..."que o próximo curso de Comandos, possa vir a ser frequentado por três a seis oficiais subalternos e igual número de 2°s. sargentos do OP" ...

Em 26 de Janeiro num extenso memorando relativo à reestruturação das Forças Especiais, solicitado pela 3a. Rep./ EME, eu escrevia no que respeita à integração das Tropas Paraquedistas no Exército com vista à organização de uma unidade de "Pára-Comandos" que tal seria muito difícil devido, principalmente, a dois motivos entre outros: - um político e outro estrutural, entendido este como o apoio que a Força Aérea prestava ao seu Corpo de Tropas Paraquedistas. Entretanto, uma primeira fase deveria ter-se em consideração o desenvolvimento valorativo da instrução "Comando", privilegiando, em especial, o seguinte: "... Paraquedismo (para o efectivo total ou parcia/); Adaptação ao Meio Aquático (natação militar; navegação, mergulho e escafandrismo); Sobrevivência; guerrilha; montanhismo; condução auto; patrulhas de reconhecimento de longo alcance (LRRP) ...".

Ainda, no mesmo ano, e face aos estudos teóricos sobre FE continuados quer pelo RCmds e CIOE, mas, muito em particular pela DAI, IAEM, Regiões Militares do Norte e de Lisboa e pelo EME, o Coronel Inf. Comando Pinho Bandeira desabafava em anotação à margem da nota 1991 de 04Jul1983 sobre a participação do RCriids no Exercício "ORION83". FORÇAS ESPECIAIS _ "conteúdo pretensamente doutriná- rio à EM: não diz nada nem esclarece o assunto. Tudo na mesma".

Entretanto e tudo indicando que as ditas FE seriam compostos por dois Batalhões de FE do RCmds e de um Batalhão de FE a duas Companhias do CIOE, o EME (3a. Rep) nomeou um novo Grupo de Trabalho (GT) para execução do Programa _ Calendário que havia sido proposto pelo anterior GT aprovado pelo General CEME e cuja composição era a seguinte: «: Ten Cor Arta António Albuquerque Gonçalves (SCE) (Che do GT) _ Ten Cor Infa Raul Socorro Folques (lAEM) _ Majlnfa António Raimundo Gama (CIOE) _ MajArta Humberto Ferreira Carapeta (RCmds), e ainda um subalterno e um sargento do RCmds e/ou do CIOE para funções de secretariado."

É interessante verificar que nos documentos de trabalho deste GT se encontram afirmações do Chefe do Grupo, tais como: "... não se vendo razões para que no Exército se deixe a designação de "Comandos", isto devido a verificar-se que só era mencionada a designação de unidades de FE tanto para o RCmds como para o CIOE."

E nas conclusões do trabalho o então Ten Cor Arta Albuquerque Gonçalves em 09Mai83 dizia: "Finalmente, entende-se que a modalidade sugerida não respeita o despacho do General CEME", e mais adiante acrescenta: A encerrar este documento, entendemos dever colocar duas questões adicionais, as quais, pelos seus importantes reflexos na execução do Programa _ FE e designadamente no tema abordado neste documento, se julga necessitarem de definição atempada:
A criação de um Comando Conjunto das Forças Especiais do Exército e definição da sua dependência e competências (aspectos operacionais, de instrução e administrativos), _ Futura designação, dependência e responsabilidade do CIOE, como Unidade de Instrução de Ouadros e com encargo operacional de Forças de Comandos (FE),"

Em nota 2214 de 03Ag083 e em conformidade com o despacho de 26Jul83 do General CEME, viria o General DDO definir o conceito de Forças Especiais como forças basicamente constituídas por unidades de Infantaria Ligeira de preparação e enquadramento superior, selecção cuidada e exigente, com instrução intensa, contínua e especial, enquadramento superior, tal como o seu armamento e equipamento.

Estas unidades estariam "especialmente aptas para efectuar operações em condições especiais" ... e "com capacidade para (com efectivos reduzidos) conduzir operações especiais, como sejam patrulhas de longo raio de acção,"

Acabando por concluir "Nesta ordem de ideias, no conceito de "FORÇAS ESPECIAIS", têm natural cabimento as unidades de "Comandos" existentes, porque o conceito de FE é, como se evidenciou, mais amplo que o que enforma exclusivamente as tropas "Comandos" abrangendo estas e também outras como as tropas "Paraquedistas"."

Pode dizer-se que se preparava a transformação do RCmds em unidade de Infantaria Ligeira com preparação específica ao mesmo tempo que se juntava o CIOE à preparação de forças especiais e se previa a vinda dos paraquedistas para o Exército.

ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS ESPECIAIS PARAQUEDISMO NOS COMANDOS

Em 09Mai84 o General Governador Militar de Lisboa, por sua nota 2670, apressava-se a afirmar que tendo a definição de FE um conceito mais amplo que o conceito das tropas "Comandos", tal implicava modificações na estrutura e alargamento das matérias dos programas de instrução do RCmds.

E ainda que o mesmo regimento que "detém uma experiência rica, adquirida e testada nas campanhas de África", deveria colaborar, sob a égide da DAI, nas alterações técnicas a praticar nos programas de instrução.

Com tais alterações seria impossível manter o tipo de recrutamento e selecção, a instrução, a orgânica e, consequentemente, o espírito da unidade, sendo de pensar na sua extinção a médio prazo, o que acabaria por acontecer, não só por algumas destas, mas também por outras razões, as quais, muitos conhecem.

Entretanto no RCmds continuava a trabalhar-se no sentido de melhorar a especialidade "Comando" com a instrução de patrulhas de longo raio de acção (LRRP) e de paraquedismo. Na nota 3090 do RCmds, datada de 07 Jul84 informa-se a 6a. Rep/EME, o QS / RML e a DAI sobre a tentativa de um curso de paraquedismo civil ministrado por paraquedistas do Pára-Clube Nacional "Os Boinas Verdes" que funcionava na Base Escola de Tropas Pára-Quedistas em Tancos, o qual só durou quatro dias, por motivos óbvios.

Foi ainda feita tentativa semelhante junto do Aero-Clube Universitário de Lisboa, o que também não foi viabilizado embora fosse suportado pelos interessados.

Nesta altura já existiam vinte e cinco militares, treze oficiais e sargentos, com o curso de paraquedismo, com a seguinte distribuição: dezassete com o curso civil tirado no Aero-Clube Universitário de Lisboa, com o curso militar eram cinco brevetados em Espanha, dois no Reino Unido e outros dois na Base Escola de Tropas Paraquedistas (BETP).

Tal era a necessidade e a vontade que os "Comandos" sentiram em ter o curso de paraquedismo militar e, com ele, melhorar a capacidade da unidade que, nesta mesma nota, o então Comandante do RCmds, Coronel de Infantaria Comando Pinho Bandeira propunha:
" (a) - que o Exército solicite à Força Aérea, que anualmente sejam ministrados aos militares "Comandos" e, eventualmente outros, em condições a definir; Cursos de Pára-Quedismo Militar;
(b) - Que seja encarada desde já a criação de um Centro de Treino de Paraquedismo no Exército, para ministrar o treino de Paraquedismo Militar; às Unidades "Comandos" e outras, que de tal careçam. Ousamos admitir que o Exército dispõe neste momento, de meios humanos em quantidade e qualidade suficientes para enquadramento do citado Centro de Treino."

Ainda o mesmo Comandante em 30Jul84 em note 640 propõe: "que se denominasse Brigada de Comandos e não de Forças Especiais" à semelhança do que acontecia com o Corpo de Tropas Paraquedistas (uma Brigada menos) e com a Força de Fuzileiros, terminando por afirmar "Manter-se-ia, assim, a completa e autêntica identidade das Tropas "Comandos", suporte de garantia dos factores qualitativos, aní- micos e psicológicos, componentes essenciais do potencial de combate.

Tais propostas, bem como outras do CIOE, em que se propunha que toda a instrução para as FE bem como grande percentagem de efectivos da Brigada FE fossem daquele Centro, não colheram apoio por parte do EME, como era previsível.

Entretanto, por despacho de 02Ag084 do General CEME foi aprovado o estatuto da Brigada de Forças Especiais (BFE), face ao que se tornou necessário proceder à adaptação da missão do RCmds, bem como à elaboração da lista de possibilidades dos Batalhões de Comandos e Destacamentos de Reconhecimento de Longas Distâncias (conhecidos pela designação americana de LRRP), os quais constituíam encargo operacional do RCmds. Recorda-se que, até a instrução desta capacidade haveria de ser transferida para o CIOE, algum tempo depois.

Durante o estudo para a organização das FE, a DAI em nota 1492/EG de 31Ag084 dizia "Pretende-se uma formação e organização idêntica para todas as Unidades de FE cuja especialidade básica terá de ser sempre a de Infantaria ...". e mais adiante dizia "... nunca foi contrariada a manutenção da designação Comandos e mesmo duma especialidade complementar; como também se admite para as Operações Especiais e o Reconhecimento de Longas Distâncias". Nesta mesma nota a DAI manifesta ainda o seu "total desacordo a possibilidade aberta aos oficiais de outras Armas, que não de Infantaria, comandar subunidades de FE", defendendo ainda a designação única de "Companhia de FE". Assim se conseguiria de uma vez só anular o tipo de instrução e de espírito de corpo apanágio do RCmds, o que, como sabemos, não aconteceu.

Não obstante, até final do ano de 1984 e anos seguintes, o EME (3a. Rep), a DAI e o CIOE continuaram a estudar e a discutir a questão das FE e, fundamentalmente, os programas e locais de instrução a ministrar, os quadros orgânicos, a selecção do pessoal, a questão do paraquedismo, dos cursos de patrulhas de longo raio de acção (LRRP), e, ainda a completa integração do RCmds na Infantaria e na dependência da Região Militar de Lisboa.

A posição do RCmds continuava a ser defendida pelos seus sucessivos Comandantes, destacando-se, por exemplo, o que o Coronel Comando Pinho Bandeira afirmava em nota 902/3/C de 19Set84, sobre alguns assuntos atrás indicados - "Este comando não concorda com o conceito da DAI. Os Comandos sempre se afirmaram por si próprios; sempre encontraram, no seu interior; a força anímica suficiente para ultrapassarem as dificuldades, com disciplina, uma superior noção do Dever Militar e de amor à Pátria."


Fonte: http://associacaocomandos.pt/_warehouse/mamasume/rvms-pdf/RVMS-074-2011c.pdf
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3561 em: Março 26, 2018, 12:00:23 pm »
Nem sei porque é que os Comandos têm isso na página da sua associação...só mostra que foram sempre do "contra" e os responsáveis pelo surgimento do CIOE/CTOE e da especialidade de Operações Especiais nos atuais moldes e totalmente independentes dos Comandos...Quando a mais elementar lógica diria que podia apenas haver uma única unidade operacional e, à época, uma unidade de instrução.
 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3562 em: Março 27, 2018, 12:08:11 pm »
Nem sei porque é que os Comandos têm isso na página da sua associação...só mostra que foram sempre do "contra" e os responsáveis pelo surgimento do CIOE/CTOE e da especialidade de Operações Especiais nos atuais moldes e totalmente independentes dos Comandos...Quando a mais elementar lógica diria que podia apenas haver uma única unidade operacional e, à época, uma unidade de instrução.

Já um antigo comandante da BrigRR e Oficial proveniente do Regimento de Comandos, dizia que se devia criar em Tancos um Centro de Formação onde fosse dado a formação inicial (recruta e Curso de Paraquedismo) e que depois fossem distribuídos conforme as necessidades de cada Regimento e capacidades de cada voluntário pelas três especialidades.

Um mancebo/a que não percebe nada da tropa, sabe lá se as suas características são boas para a tropa X ou Y?! Ainda por cima estamos a falar de Tropas Especiais, cada uma delas com necessidades diferentes e com formação também ela diferente. Tinha um camarada que desde a 1.ª semana que todos diziam que ele ia ser um "bruta" Paraquedista (no sentido que conseguia fazer tudo e mais alguma coisa com aquele corpinho), mas a nível de cabeça... digamos que tinha algumas limitações nas suas capacidades cognitivas. Um tipo daqueles só serve para obedecer, mais nada, já que se tivesse que tomar alguma decisão autónoma... é provável que desse bronca. Felizmente estava numa tropa onde apesar de se aprender muito mais do que nas ditas normais, há ainda uma cadeia de comando muito grande que permite a estas pessoas mais... limitadas, poderem ser integradas. Atenção que vi e vejo militares também eles com algumas limitações a esse nível, em Tropas de todas as cores e feitios.
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3563 em: Março 27, 2018, 12:20:24 pm »
NOVO RUMO PARA OS COMANDOS BRIGADA DAS FORÇAS ESPECIAIS

 Na directiva 2/86de 26Jun86,já atrás referida, o General CEME toma posição, entre outros problemas relacionados com a operacionalidade do Exército, sobre a criação de uma Brigada de Forças Especiais e a situação do Regimento de Comandos. Aparentemente, em complemento da mesma directiva e face à situação vivida no chamado Centro de Instrução de Comandos de Santa Margarida - ainda a alguns acidentes surgidos durante a instrução, o mesmo General CEME, Firmino Miguel difunde o despacho 54/88, no dia seguinte ao da directiva, em 27 de Junho, subordinada ao assunto "Forças "Comando". Alterações a instrução da especialidade "Comando" e a sua incorporação. "

Tal despacho determinava a constituição de um novo grupo de trabalho, esse já o terceiro sobre o assunto, que deveria integrar "médicos, psicólogos, sociólogos e especialistas "Comando" com formação adquirida em forças similares de Exércitos aliados, com a finalidade de adaptar a instrução "Comando" às suas novas missões."

Determinava ainda que a instrução fosse suspensa até à incorporação do 1°. Turno de 1989, tanto para o Curso geral de milicianos como para praças do contingente geral e que fosse extinto o Centro de Instrução de Comandos de Santa Margarida, passando a instrução a ser "ministrada com base no Regimento de Comandos e o voluntariado ser expressamente declarado durante as operações de classificação e selecção."

A Direcção técnica da instrução passa a constituir responsabilidade da DAI que orienta, fiscaliza e toma todas as medidas relativas à instrução conforme normas e directivas do Departamento de Instrução do EME.

Terminando este despacho era determinado que "cerca de duas dezenas de jovens oficias e sargentos dos Quadros Permanentes do Exército frequentem um curso de instrutores "Comando", de modo a assegurar a partir de 1989 o principal enquadramento dos futuros cursos "Comandos"", curso este que seria também frequentado pelos quadros dos PALOPs que estava previsto frequentarem o 90°. Curso de Comandos.

Se este despacho tivesse sido cumprido na íntegra, os Comandos, tal como os conhecemos hoje, tinham acabado pouco tempo depois. Acabariam por ser uma unidade de Infantaria, talvez de melhor qualidade, o que, a meu ver, seria um erro para a própria arma, face à divisão que, certamente, criaria e os Comandos não continuariam a ser uma Força Especial.

Entre 1986 e 1988 o Regimento de Comandos continuou a instruir oficiais, sargentos e praças e a dispor de dois Batalhões de Comandos o 11e o 12 a três companhias, uma Companhia de Apoio de Combate montada em viaturas e um Pelotão de Transmissões, para além de um Batalhão de Comando e Serviços, com a ideia de ser o embrião de uma Brigada de Comandos, o que não aconteceu em virtude da direcção que os acontecimentos vinham tomando e que apontavam para a constituição de uma Brigada de Forças Especiais (BFE) que acabou por ser alcunhada da "brigada da fé".

O assunto FE e a sua relação com o RCmds e o CIOE continua ao longo de vários anos, sendo que, embora a criação da Brigada FE fosse prevista na Directiva 2/86 de 26Jun86 do CEME, ela só se tornou efectiva pelo despacho nO. 88 de 07Nov88, que revogou aquela directiva e onde além de criar uma Brigada de Forças Especiais e de definir a sua constituição, missão e dependência, indica também quais as missões e dependências do Regimento de Comandos.

 No que respeita à constituição da Brigada salienta-se que das suas unidades de manobra faziam parte dois Batalhões de "Comandos" ou de Infantaria, prevendo-se ainda" outras Unidades a atribuir em quantidade e tipo que o cumprimento da missão específica exija, nomeadamente uma unidade de "operações especiais", equivalente ao escalão companhia, do CIOE."

Destaca-se da sua missão que as suas unidades deveriam ter vocação para "a intervenção rápida", a execução de "operações em condições especiais", "operações aeromóveis" operações com elevado grande risco e/ou grande capacidade de sacrifício e para o empenhamento em conflitos de baixa intensidade.

No que respeita ao Regimento de Comandos a directiva começa por recordar que nos exércitos modernos devem existir e ser empenhadas tropas de elite que se caracterizem por: ser animadas de alto espírito de sacrifício; dispor de elevado espírito de corpo e de grande coesão; dispor d grande espírito de disciplina e auto-disciplina e de grande auto-confiança; ver desenvolvido o seu espírito de equipa e de entre-ajuda, como requisitos fundamentais e aglutinadores no êxito e na adversidade.

Sendo evidente que os Comandos se reviam nestas características elas tinham a finalidade de o General CEME poder definir, mais adiante: O REGIMENTO DE COMANDOS é assim a unidade territorial com vocação para formar o pessoal que: maioritariamente (em termos de unidades de manobra), deverá integrar a BRIGADA DE FORÇAS ESPECIAIS. Para isso os militares "Comandos" deveriam ser preparados para: o desempenho de missões em condições de grande dureza e espírito de sacrifício considerando não só o aspecto do inimigo, mas também tendo por base condições adversas de terreno e meteorológico; o seu emprego em conflitos de baixa intensidade; o eventual cumprimento de "operações especiais", designadamente "patrulhas de longo raio de acção".

Ao RCmds eram então cometidas as seguintes missões principais:
- Incorporar em regime de voluntariado, instruir e mobilizar os Oficiais, Sargentos e Praças "Comandos";
 - Apronta e mantém com elevado grau de prontidão e de disponibilidade, sub-unidades "Comandos"; Prepara e mantém sub-unidades para a BFE e para outros comandos, designadamente para os Agrupamentos de Defesa Territorial da Madeira e dos Açores;
 - em prejuízo das missões anteriores, colabora nas acções contra os efeitos de catástrofe ou calamidades públicas, ou ainda para a satisfação das necessidades básicas e melhoria da qualidade de vida das populações.

Ainda segundo a directiva em análise "O Regimento de Comandos é uma unidade territorial sob o comando do General Comandante da Região Militar de Lisboa". Relativamente às' responsabilidades de direcção técnica da instrução, a mesma passava a competir à RML, relativamente à instrução bá- sica, enquanto a instrução de especialidades incluindo a de "Comandos", passa a competir à DAI para oficiais, sargentos e praças tanto para o contingente geral, como para quadros de complemento e quadros permanentes. A BFE seria a responsável pela instrução colectiva (treino) dos encargos operacionais. "

Ao RCmds não deveriam ser atribuídas quaisquer outras responsabilidades de instrução que não os inerentes à especialidade de "Comando", que assim ficava reduzido a esta única, se bem que importante, competência, além do comando completo do "encargos operacionais", os quais revertiam para a BFE para efeito de exercícios.

Ficava assim o RCmds na mesma situação de qualquer outro regimento de infantaria, perdendo ainda toda a técnica de formação do seu pessoal e das suas subunidades e, ainda, o que era mais grave, a da superior responsabilidade da instrução da especialidade "Comando". Apesar do conteúdo desta directiva o RCmds conseguiu manter o espírito que o caracterizava e concluir a instrução de molde a satisfazer o pretendido no aspecto da preparação para o desempenho em missões de guerra convencional, sem descurar o curso de comandos, adaptado às novas circunstâncias, mas sem a intervenção da DAI.

Fonte: http://associacaocomandos.pt/_warehouse/mamasume/rvms-pdf/RVMS-074-2011c.pdf
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3564 em: Março 27, 2018, 02:23:43 pm »
CURSO DE COMANDOS NO CIOE

Face a tal situação e no âmbito da reorganização das especialidades do Exército, o CEME, por seu despacho de 2 de Setembro de 1994, tomou a decisão de manter a disponibilidade de oficiais e sargentos do OP com a especialidade Comandos, dando orientação para que fossem ministrados no CIOE cursos de Comandos destinados a oficiais e sargentos do QP.

Continuando esta intenção, por seu despacho 186/96 de 22 de Julho, o CEME atendendo: à disponibilidade dos oficiais e sargentos Comandos; à necessidade de preservar o valioso passado histórico das Unidades Comandos; à vantagem em manter, num conceito actualizado, os conhecimentos, experiência e tradições das tropas de Comandos; a urgência em satisfazer compromissos externos para a instrução e formação de Unidades no quadro da cooperação técnico-militar com os PALOP, que solicitavam expressamente militares Comandos face à grande eficácia operacional alcançada durante as campanhas em África de 61 a 74; à vantagem de garantir as futuras necessidades operacionais do Exército, tornando possível, no futuro, a constituição de Unidades de "Comandos", com base nos quadros formados; decidiu que a partir do início de 1996, o CIOE ministrava anualmente um Curso de Comandos destinado a oficiais e sargentos do OP.

Estes deveriam ser organizados por forma a garantir uma instrução com o "estilo e características" dos antigos Cursos de Comandos, assente numa instrução de cariz essencialmente prático e de grande rigor, especialmente na preparação em Técnica de Combate, Tiro, Treino Físico, Educação Moral, Cívica e Militar e Sobrevivência, acompanhada por forte preparação psicológica e utilizando métodos favorecedores da coesão e espírito de corpo e, ainda, cumprir todas as normas de segurança da instrução.

Este curso, que foi o 99°. Curso de Comandos realizando-se de 2 de Setembro a 22 de Novembro de 1996, tendo-se iniciado com 16 oficiais, 12 sargentos e 5 militares dos Palops, dos quais quiseram e conseguiram ser Comandos 11oficiais, 6 sargentos e 1 Sub-Tenente das Forças Armadas de Angola.

Ainda foi tentado um segundo curso, para o qual se ofereceram menos que uma dezena de oficiais e sargentos pelo que foi cancelado.

O principal motivo do insucesso da realização destes cursos, residia na ausência de unidades "Comandos", já que findo o curso, cada elemento regressava à sua unidade e portanto não poderia cumprir-se um dos objectivos previstos que seria fomentar a coesão e espírito de corpo.

Este curso que foi levado a cabo para calar as muitas vozes que se erguiam contra a extinção do RCmds e o terminar dos cursos, mas não da especialidade que se manteve e mantém até hoje, estava condenado ao fracasso.

NOVA UNIDADE DE COMANDOS

Passados que foram cerca de sete anos após a extinção do Regimento e com ele a paragem nos cursos de "Comandos", não paravam as pressões sobre as chefias das Forças Armadas, mais directamente relacionadas com o assunto, exercida não só por Comandos dos mais antigos, como dos Comandos com altas patentes ainda no serviço activo, onde é justo destacar o, então, Major-General Abrantes dos Santos, e ainda por civis, antigos Comandos e pela Direcção da Associação de Comandos.

Até que em 10 de Março de 2000 o CEMGFA, General Espí- rito Santo, consulta os Chefes do Estado-Maior dos Ramos, em Conselho de Chefes, sobre a sua intenção de "criar 1Batalhão de Comandos, no âmbito da BLI e com sede a propor pelo General CEME."

Baseava-se tal intenção e futura decisão nas seguintes razões, entre outras:
- Assistir-se, na prática a uma diminuição progressiva e a curto prazo total dos vários elementos "Comandos" transferidos para a BAI;
- Sentir-se a necessidade de elementos para a Cooperação Técnico-Militar com os PALOP, uma vez que estes países solicitavam preferencialmente "Comandos" portugueses para ministrar treino às suas forças especiais terrestres;

Este Batalhão de Comandos destinava-se a actuar "em Operações de Apoio à Paz e Humanitárias, não só nos actuais teatros de operações, mas também em África, onde as Tropas "Comandos" têm especial aptidão para intervir."

E, era pretendido que, com a sua criação, fossem atingidos dois objectivos fundamentais:
- "Melhorar a capacidade operacional terrestre do sistema de Forças Nacional, passando a dispor de uma unidade especial que melhor garanta o cumprimento das missões das Forças Armadas, especialmente as do Teatro de Operações Africano.
- Constituir um potencial e adicional incentivo para adesão de pessoal RV/RC (Regime de Voluntariado/Regime de contrato). "

Na sequência desta ideia, havia de ser, quase dois anos depois, o CEME General Silva Viegas que na sua Directiva nO. 263 de 19 de Dezembro de 2001, "para o aprofundamento do processo de reorganização do Exército", pretendia entre outros e importantes objectivos: - "Atribuir prioridade de recursos e de modernização às forças ligeiras que, pelas suas características e face aos cenários mais prováveis de actuação, permitem prazos de reacção mais reduzido e apresentam menores exigências de transporte e mobilidade estratégica e aumentar o peso relativo das Forças Especiais." Mais adiante na mesma Directiva o General CEME dava orientações gerais ao Exército, onde no âmbito da componente operacional pode ler-se: "Levantar um Batalhão de Comandos a 2 Companhias" e mais adiante no âmbito do dispositivo dava a orientação "Localizar o Batalhão de Comandos na Serra da Carregueira (RI 1)."

Curiosamente, uma vez mais os Comandos iriam ocupar um aquartelamento onde se encontrava o Regimento de Infantaria 1.

Conforme determinado na directiva ';4. direcção e coordenação de todos os estudos ficam a cargo do Tenente-General VCEME". E assim sendo, por seu despacho 06!VCEME/02 de 05 de Fevereiro é constituído um Grupo de Trabalho chefiado pelo Tenente-Coronel Inf "Cmd" Paulino Serronha e ao qual foi dado cerca de um mês para "listar todas as acções a desenvolver com a finalidade de se proceder ao levantamento de uma Unidade de Comandos de acordo com a Directiva 263 atrás referida". Tais acções consistiam em:
- Redefinir o conceito de emprego da unidade e suas missões tipo; elaborar os quadros orgânicos de pessoal e material; estimar os efectivos necessários, por categorias e posto e respectivas implicações financeiras; desenvolver os objectivos gerais de instrução; definir os dispositivos da instrução e definir o calendário das acções de recrutamento e formação.
Tratava-se pois de levantar uma unidade e a instrução necessária para uma especialidade - a de Comandos - de raiz, o que poderia conduzir a resultados muito estranhos, não fora o excelente trabalho levado a cabo pelo Grupo de Trabalho, baseado no histórico das unidades e nos conhecimentos quer de formação, quer do conteúdo da especialidade. O trabalho do estado maior desenvolveu-se a bom ritmo, dentro dos prazos previstos, o que permitiu ao Tenente-GeneraIVCEME por seu despacho n>. 11!VCEME/02 de 16 de Abril determinar a criação de um Núcleo de Activação da Unidade de Comandos (NAUC), cujas tarefas, numa primeira fase foram:
- Recrutamento: Planeamento da EPQ (Escola Preparatória de Quadros) e do Curso de Comandos; planeamento, requisição e recepção de materiais e levantamento das fichas de instrução. Este Núcleo constituído pelos Maj Inf Santos Ramos, Maj Inf Pipa de Amorim, Maj QTS Cmd Ribeiro de Moura, Cap Inf Martins Ruivo, Cap Inf Paulo Lourenço, Cap Inf Silveiro Castanho, Sarg Mor Inf Magalhães, Sarg Chefe Eng Adolfo Frade, Sarg Chefe Inf Ferreira Ramos, Sarg Aj Inf Barroso Gomes, Sarg Aj Inf Gouveia Gomes, Sarg Aj Inf Pinto Pereira, Sarg Aj Inf Madureira Oliveira elo. Sarg Aman Calheiros Pereira, teve que realizar os trabalhos referentes ao levantamento da unidade de Comandos e "particularmente no atinente à realização do 100°. Curso de Comandos" actuando na dependência do COFT, comandado pelo TGen Abrantes dos Santos e em estreita ligação com o Governo Militar de lisboa e Comando do Rll, onde a futura Unidade de Comandos se iria instalar. Este despacho pressupunha ainda que a generalidade do pessoal do NAUC, atrás indicado, poderia via a fazer parte integrante do Ouadro Orgânico de Pessoal da Unidade.

Com o decorrer dos trabalhos alguns elementos foram substituídos e muitos outros aumentados ao efectivo do NAUC que a pouco e pouco se ia transformando no embrião do futuro Batalhão.

Pouco tempo, no entanto, o Batalhão de Comandos a 2 Companhias se manteve no antigo quartel do Rll, na Carregueira. Pois, o CEME, Gen Pinto Ramalho por seu Despacho 191/ CEME/06 de 01 de Julho torna efectiva a criação, do Centro de Tropas Comandos (CTC), em Mafra, no âmbito da transformação do Exército e no seguimento do despacho nO. 12.555/2006 (2a. Série) de 24 de Maio do Ministro da Defesa Nacional. Mais tarde em 14 de Dezembro o General CEME no seu Despacho 294/2006 determinava que: "Seja institucionalizado o Centro de Tropas Comandos como herdeiro das tradições militares e do património histórico do extinto Regimento de Comandos".

O CTC haveria de voltar ao quartel da Carregueira, onde se encontra actualmente, tendo terminado a 21 de Dezembro de 2011 O 118°. Curso de Comandos.

Assim os Comandos quarenta e quatro anos depois dos primeiros cursos de Angola iniciaram uma nova etapa da sua vida, continuando a demonstrar "o carácter, a lealdade, a fidelidade, a obediência e a determinação", "removendo todos os obstáculos sem conhecer embaraços ou resistências à sua integral execução", duma só missão: a existência de uma unidade de Comandos no Exército.
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3565 em: Abril 10, 2018, 05:06:19 pm »
Despedida de Companhia do Centro de Instrução e Operações Especiais

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/despedida-de-companhia-do-centro-de-instrucao-e-operacoes-especiais/ 
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3566 em: Abril 12, 2018, 05:49:02 pm »
Ponto de reunião (revvista do CTOE):

https://issuu.com/herminiolopes/docs/ponto_de_reuniao
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3567 em: Abril 13, 2018, 02:01:47 pm »










Forças Armadas Portuguesas
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3568 em: Abril 19, 2018, 02:21:16 pm »
Regimento Paraquedista - Curso de Combate 01/2018

Tiro de Combate



























Fonte: Serrano Rosa
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #3569 em: Abril 30, 2018, 06:21:24 pm »
EM LAMEGO COM AS OPERAÇÕES ESPECIAIS DO EXÉRCITO (I)
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Organização, Formação, Armamento e equipamento. As Operações Especiais do Exército Português estão a passar por um bom momento e isso notou-se na visita que fizemos a Lamego. Destacam-se as novas instalações para praças e o armamento moderno que têm à sua disposição. O Plano de Implementação da Força de Operações Especiais aprovado em 2016 é no entanto bem mais vasto do que estes aspectos que saltam à vista, os novos quadros orgânicos desse mesmo ano adequaram a organização da unidade às exigências actuais e os resultados do trabalho de anos começa a aparecer de modo marcante.

 
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