As caricaturas de Maomet

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André

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« Responder #75 em: Fevereiro 16, 2008, 02:01:08 am »
Imã exorta à calma depois de quinta noite de vandalismo em Copenhaga

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Um destacado imã exortou sexta-feira os jovens a parar de incendiar pneus e apedrejar a polícia depois da quinta noite consecutiva de vandalismo em Copenhaga e noutras cidades dinamarquesas.

A violência juvenil manifestou-se nos subúrbios da imigração em Copenhaga e noutras cidades dinamarquesas toda a semana, e alguns acreditam que ela se intensificou depois da reprodução da caricatura do profeta Maomé nos jornais dinamarqueses quarta-feira.

"Por favor, parem o que estão a fazer", exortou o imã Mostafa Chendid, líder da Comunidade da Fé Islâmica dirigindo-se aos jovens durante as orações de sexta-feira.

"O profeta não vos ensinou a incendiarem escolas ou carros ou infra-estruturas. Maomé ensinou-vos a civilização", disse Chendid.

Algumas poucas centenas de muçulmanos participaram nas orações na mesquita de Copenhaga que serve de quartel-general da organização islâmica que liderou os protestos contra as caricaturas de Maomé em 2006.

Chendid considerou as caricaturas "perniciosas" mas defende que qualquer manifestação deve ser pacífica.

Uma das 12 caricaturas do profeta, que originaram violentas manifestações de protesto em países muçulmanos em 2006 foi republicada quarta-feira nos jornais dinamarqueses depois de a polícia ter frustrado uma alegada tentativa de matar o autor das caricaturas.

Os jornais disseram que a reprodução foi uma declaração da liberdade de expressão mas ela foi vista como ofensiva por muitos muçulmanos porque a lei islâmica opõe-se a toda a descrição física do profeta, mesmo que favorável, por receio que isso conduza à idolatria.

Centenas de pessoas manifestaram-se sexta-feira em várias partes do Paquistão contra a caricatura, incendiando bandeiras dinamarquesas e exigindo a expulsão do embaixador da Dinamarca. O Irão convocou quarta-feira o embaixador da Dinamarca para protestar contra a decisão dos jornais de voltar a publicar as caricaturas.

Em Copenhaga, cerca de 800 pessoas manifestaram-se pacificamente sexta-feira numa marcha organizada pelo grupo muçulmano radical Hizb ut-Tahrir.

Nove jovens foram detidos na madrugada de sexta-feira em Copenhaga, seis dos quais vão ser acusados de apedrejar agentes da polícia, disseram as autoridades.

Registaram-se também incêndios e vandalismo noutras cidades dinamarquesas, incluindo Aarhus, Ringsted and Slagelse. Não foram feitas prisões nestas cidades.

Lusa

 

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André

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« Responder #76 em: Fevereiro 19, 2008, 10:54:29 pm »
MNE paquistanês convoca diplomata dinamarquês para protestar

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês convocou hoje um diplomata dinamarquês para contestar que jornais dinamarqueses tenham voltado a publicar uma caricatura do profeta Maomé, no que considerou ser "uma perversão da liberdade de expressão".

Foi transmitido ao vice-chefe da missão dinamarquesa, Finn Theilgaard, que a publicação era ofensiva para os muçulmanos, disse o Ministério num comunicado.

O desenho, que voltou a ser publicado em jornais dinamarqueses a semana passada, mostra o profeta Maomé a usar um turbante em forma de bomba, uma das 12 caricaturas que causaram protestos maciços nos países muçulmanos quando foram primeiro publicadas em 2006.

Os jornais dinamarqueses decidiram voltar a publicá-las num gesto em prol da liberdade de expressão depois de três homens terem sido detidos alegadamente implicados numa conspiração para matar o caricaturista.

O diplomata dinamarquês afirmou que o seu governo não teve qualquer papel na decisão de voltar a publicar a caricatura, de acordo com o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês.

Akbar Zeb, secretário no Ministério dos Negócios Estrangeiros disse ao diplomata dinamarquês que " a reedição das caricaturas ofendeu profundamente os sentimentos muçulmanos".

"Apesar de apoiarmos a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão não deve ser tomada como uma licença para o insulto e para caluniar outras religiões", disse Zeb, citado pelo comunicado.

"De facto, a publicação das caricaturas foi um abuso e perversão da liberdade expressão, que mostrou falta de respeito pelas crenças do nosso povo", sustentou Zeb sempre segundo o comunicado.

Insultar o profeta ou o livro sagrado do Islão, o Corão, é considerado uma blasfémia e poder ser punido com a pena de morte no quadro das leis paquistanesas.

Enquanto isto, o Egipto proibiu hoje a venda no país de quatro jornais internacionais que publicaram as caricaturas de Maomé consideradas pelo governo egípcio como "ofensivas para o profeta".

O decreto assinado pelo ministro da Informação egípcio, Anas al-Feki, proíbe as edições dos títulos alemães Frankfurter Allgemeine Zeitung e Die Welt, do diário britânico The Observer e do jornal norte-americano Wall Street Journal.

Lusa

 

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André

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« Responder #77 em: Fevereiro 27, 2008, 09:15:34 pm »
Ministro Alemão nega ter pedido a "todos os jornais europeus" reedição de caricaturas de Maomé

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Um porta-voz do Ministério do Interior alemão negou que Wolfgang Schaeuble tenha pedido aos jornais europeus para voltarem a publicar caricaturas do Profeta Maomé depois de os jornais dinamarqueses o terem feito no início deste mês.

As caricaturas, primeiro publicadas num jornal dinamarquês, indignaram o mundo muçulmano em 2006. Os principais jornais dinamarqueses voltaram a publicar uma das caricaturas este mês, num gesto de solidariedade, depois de a polícia ter frustrado uma conspiração para matar o seu criador, Kurt Westergaard.

"Respeito o facto de todos os jornais dinamarqueses terem publicado agora as caricaturas de Maomé... na base (de que) não nos deixaremos dividir", disse Schaeuble citado pelo semanário Die Zeit.

"Na realidade, todos os jornais europeus deviam agora voltar a publicar essas caricaturas, com a explicação: Também as achamos más, mas o exercício da liberdade de imprensa não deve ser motivo para praticar a violência", acrescentou Schaeuble de acordo com a notícia.

O porta-voz de Schaeuble, Stefan Paris, confirmou esta passagem - parte de uma demorada discussão sobre integração e outras questões -, mas rejeitou que o ministro tenha pedido aos jornais para reeditarem a caricatura.

"Schaeuble falou claramente da liberdade de imprensa na Alemanha, na Europa e na generalidade", disse Paris na habitual conferência de imprensa do executivo.

"Em circunstância alguma ele pediu para todos os jornais europeus voltarem a editar as caricaturas de Maomé", insistiu.

Alguns jornais alemães voltaram a publicar as caricaturas em 2006, mas não o fizeram este mês.

Lusa

 

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NVF

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« Responder #78 em: Fevereiro 28, 2008, 12:41:55 am »


Talent de ne rien faire
 

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nelson38899

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« Responder #79 em: Fevereiro 28, 2008, 10:11:46 am »
Ainda bem que a net ajuda e podemos manter o nosso anonimáto :twisted: .  Pessoalmente reparo que as pessoas andam cada vez mais medricas, é nisso que se vê a vitoria, dessas pessoas estupidas e sem escrupulos, que vê o seus ideais a vingar à pala do medo.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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NVF

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« Responder #80 em: Fevereiro 29, 2008, 01:59:12 am »
Hackar um forum destes e sacar os IP's nao deve estar fora do alcance de hackers determinados.  Nao e' por ai que se preserva o anonimato. Mas que venham eles, que ha' sempre umas costeletas de porco extra no congelador para visitas inesperadas.  :mrgreen:
Talent de ne rien faire
 

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André

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« Responder #81 em: Março 15, 2008, 12:20:44 am »
Nações muçulmanas querem agir legalmente contra quem ofender o Islão

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O mundo islâmico criou um plano de batalha para defender a sua religião de cartoonistas e de intolerantes religiosos, revela a agência Associated Press.

Preocupados com o que consideram ser uma crescente difamação do Islão, líderes de várias nações do mundo muçulmano, reunidos na cimeira que decorreu quinta-feira e hoje em Dacar, ponderaram avançar com acções legais contra quem ofender a sua religião ou os seus símbolos sagrados.

No âmbito da cimeira, delegados dos vários países apresentaram volumosos relatórios sobre discursos e acções alegadamente anti-islâmicos que terão ocorrido um pouco por todo o mundo, desde a publicação dos cartoons dinamarqueses sobre o profeta Maomé aos artigos de uma muçulmana da Somália em que esta afirmava que o Islão não concede direitos às mulheres.

Os muçulmanos estão a ser visados por uma campanha de difamação, discriminação e intolerância, acusou Ekmeleddin Ihsanoglu, secretário-geral do grupo de 57 nações islâmicas.

Com vista a proteger a sua fé, os países muçulmanos criaram um observatório que monitoriza a "islamofobia" a nível internacional e publica um relatório mensal sobre os contéudos alegadamente ofensivos que foram proferidos em discursos, publicados ou difundidos de algum outro modo.

Perante isto, a organização International Humanist and Ethical Union, de Genebra, lançou um comunicado em que acusa os estados islâmicos de tentarem limitar a liberdade de expressão.

Hoje, no âmbito do encontro em Dacar, o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, afirmou não acreditar "que a liberdade de expressão signifique dar carta branca à blasfémia", pois "não pode existir liberdade sem limites".

Além de debaterem a forma como o Islão é visto pelas nações não-muçulmanas, os países presentes na cimeira dedicaram-se também a analisar problemas internos, tendo os presidentes do Chade e do Sudão assinado um acordo de paz em que se comprometem a impedir as incursões de rebeldes entre as suas fronteiras.

Lusa

 

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André

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« Responder #82 em: Março 27, 2008, 11:23:45 pm »
ONU condena «discriminação» do Islão nos media

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O Conselho dos Direitos Humanos da ONU condenou hoje a difamação das religiões numa resolução que menciona unicamente o Islão e exortou os governos a proibi-lo.

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que é dominado pelos árabes e outros países muçulmanos, aprovou a resolução por 21 votos a favor e 10 contra, com a oposição da Europa e Canadá.

A resolução, submetida pelo Paquistão em nome da Organização da Conferência Islâmica (OCI), contou nomeadamente com a oposição da União Europeia e 14 abstenções.

O texto inquieta-se «vivamente» com «as declarações nas quais as religiões - nomeadamente o Islão e os muçulmanos - são atacadas, tenham a tendência para se multiplicar nos últimos anos». Menciona ainda os «estereótipos deliberados que visam as religiões, os seus adeptos e pessoas sagrados nos órgãos de comunicação social».

«Lamenta a utilização da imprensa escrita, dos meios audiovisuais e electrónicos» , a fim de incitar «aos actos de violência, à xenofobia ou à intolerância» e à «discriminação face ao Islão ou a qualquer outra religião».

O Conselho declarou-se «vivamente preocupado com a intensificação da campanha de difamação das religiões e do perfil étnico e religioso das minorias muçulmanas desde os trágicos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001».

Além disso, o Conselho preocupa-se com as «tentativas que tenham por objectivo assimilar o Islão ao terrorismo, à violência e às violações dos Direitos Humanos».

O representante da União Europeia, o embaixador da Eslovénia Andrej Logar, lamentou um texto «unilateral, que se centra apenas no Islão».

A publicação das caricaturas de Maomé na imprensa dinamarquesa em Janeiro e Fevereiro de 2006 causou uma onda de violência no mundo muçulmano. Vários jornais em todo o mundo publicaram depois essas caricaturas em nome da liberdade de expressão.

Em Fevereiro deste ano, 17 jornais dinamarqueses publicaram, em sinal de solidariedade, uma caricatura do profeta Maomé cujo autor foi alvo de um projecto de atentado frustrado.

Lusa

 

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fgomes

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« Responder #83 em: Março 27, 2008, 11:50:29 pm »
O filme "FITNA" produzido pelo deputado holandês Wilders saiu finalmente:

http://www.liveleak.com/view?i=7d9_1206624103

O filme não diz nada de novo, mas este senhor conseguiu por o "stablishement" holandês de cócoras e o lado muçulmano como habitualmente a ameaçar com as maiores violências. Vamos ver o que se segue!
 

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ricardonunes

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« Responder #84 em: Março 28, 2008, 03:05:40 pm »
Filme  :?:

Mas não deixa de ser curiosa a "preocupação" do "realizador", que por sinal é de extrema direita, para com o enforcamento de Gay's no Irão :roll:
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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« Responder #85 em: Março 28, 2008, 09:48:11 pm »
Chafurdar no medo


Confesso que hesitei se postava ou não este vídeo. Em princípio, não publico aqui propaganda de extrema-direita. Defendo a liberdade de expressão que o senhor Geert Wilders, um deputado da extrema-direita holandesa (sobre o qual já tinha escrito no Expresso), não aceita para os outros (propondo que o Corão seja proibido na Holanda). Defendo que o homem tem direito à palavra. Não obrigatoriamente no meu blogue, claro.

Mas ver este vídeo pode ser muito elucidativo do que é e a quem serve a islamofobia. Posto aqui este inenarrável vídeo de propaganda racista, onde se misturam imagens chocantes, frases soltas e declarações incendiárias não identificadas. No vídeo quase amador, mas que foi divulgado hoje e já corre o mundo, o deputado não hesita em mostrar a imagem de um decapitado, que as televisões, por respeito à sua família, não exibiram.

Quem daria crédito a frases assim retiradas da Bíblia ou da Tora? E não faltaria por onde pegar em textos que lidos literalmente e sem contexto histórico só podem dar disparate. Ninguém decente. Mas a ignorância é sempre amiga do racismo. E a táctica do racismo é sempre a mesma: colar a todo um povo e a toda uma cultura os crimes de alguns para pôr o medo a render poder.

Geert Wilders não quer saber nada sobre o Islão ou sobre o Mundo muçulmano. Wilders nem sequer nos quer dar uma imagem do fundamentalismo islâmico. Geert Wilders quer nos dizer que o Islão é, ele mesmo, criminoso. Quer chafurdar no medo e assim ganhar poder. Exactamente como os nazis queriam explicar ao povo que os judeus eram culpados de tudo o que de mal lhes acontecia.

Nada distingue o senhor Wilders dos pais da criança que, no vídeo, repete que os judeus são uns porcos. São feitos da mesma massa estúpida e ignorante que nos levou, ao longo da história, para todas as tragédias. Uma diferença: Wilders é deputado e sabe muito bem porque faz o que faz e porque diz o que diz.

O que aqui vemos não é assim tão diferente da propaganda que o anti-semitismo espalhou e espalha sobre os judeus e a sua história. Nem da propaganda que radicais muçulmanos (mesmo os que não optam pelo terrosimo) espalham sobre os judeus e os ocidentais. Geert Wilders faz parte dessa velha família de incendiários, que na sede de poder espalha o medo do outro e ódio pela diferença. Este “documentário” é apenas um retrato do senhor Wilders, um dos mais populares políticos holandeses.

Mas aqui fica. Porque vivemos em sociedades livres e não daremos a este senhor o gosto da vitimização. Não será silenciado. Ao oriente diremos: sabemos que a maior parte dos muçulmanos não são isto. Saibam que a maior parte dos europeus não são Geert Wilders.

Como ateu e laico (os únicos que foram sempre perseguidos por todos os fanáticos de todas religiões), não respeito nenhuma religião mais do que outra. Apenas sei de uma coisa: aquele que me disser que há um povo, uma religião e uma cultura criminosa por natureza será seguramente o que não hesitará em matar em nome da sua autoproclamada superioridade cultural. Sempre foi assim, sempre assim será. O que assusta? É que também por cá esta gente começa a ser levada a sério. Olhem para a história e vejam onde isto acaba.

Que ninguém se engane: estes homens que usam a defesa dos direitos de umas minorias para expulsar da Europa outras minorias serão os primeiros a esmagar qualquer minoria se acharem que isso lhes dará popularidade e poder. O princípio é sempre o mesmo. Só mudam as personagens.

Daniel Oliveira
Potius mori quam foedari
 

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André

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« Responder #86 em: Março 29, 2008, 07:43:17 pm »
Filme anti-Islão foi recebido com calma na Holanda

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As críticas de países muçulmanos contra Haia multiplicavam-se sexta-feira, um dia depois da difusão do filme anti-Islão de um deputado da extrema-direita, considerado mais inofensivo do que se esperava na Holanda, onde foi recebido com calma.
A imprensa considerava que «Fitna», curta-metragem colocada quinta-feira à noite na Internet pelo deputado Geert Wilders (Parti da Liberdade, nove deputados em 150), não era a obra polémica anunciada há meses, o que explica a calma com que foi recebida na Holanda, embora as autoridades tenham levado o assunto muito a sério.

Durante a noite, o primeiro-ministro Jan Peter Balkenende, cujo governo tentou por diversas vezes dissuadir Wilders de levar a bom porto o seu projecto, fez uma declaração em holandês e em inglês num tom solene.

«O filme mistura Islão e violência, rejeitamos esta interpretação», disse.

«Lamentamos que Wilders tenha divulgado este filme».

«Pensamos que não tem outro objectivo que não seja ofender», acrescentou Balkenende.

«Mas sentir-se ofendido jamais deve ser desculpa para uma agressão ou ameaça».

Sexta-feira à noite, um partido da extrema-direita checa, o Partido nacional, indicou ter posto o filme no seu sítio na Internet na versão original e na versão inglesa com legendas em checo.

A presidência eslovena da União Europeia lamentou a divulgação do filme, estimando que ele se limitava a «incitar ao ódio».

O governo de Haia teme manifestações violentas ou ataques contra os interesses holandeses nos países muçulmanos, como aconteceu depois da publicação das caricaturas dinamarquesas do profeta Maomé.

A Bélgica reforçou a segurança à volta dos interesses holandeses no reino e aconselhou prudência às pessoas que viajam para os países muçulmanos.

Wilders rejeitou qualquer responsabilidade em eventuais represálias: «Espero que isso não aconteça mas se isso acontecer os responsáveis são os que tiverem cometidos esses actos, não eu», afirmou.

O filme mistura imagens violentas do terrorismo ou execuções nos países muçulmanos com capítulos do Corão, justificando, nomeadamente, as punições exemplares para os não muçulmanos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou com firmeza a difusão do filme na internet, considerando que nada «justifica um discurso de ódio ou de incitamento à violência».

O Irão viu na divulgação deste filme uma «acção repugnante», que «demonstra a continuação de uma vendetta por parte de cidadãos ocidentais contra o Islão e os muçulmanos».

Em Amã, responsáveis dos meios de comunicação social anunciaram que vão fazer queixa de Wilders na Justiça jordana e começar uma campanha de boicote aos produtos holandeses.

No final de Fevereiro, os talibãs ameaçaram atacar os cerca de 1.660 soldados holandeses em missão no Afeganistão no âmbito da Força internacional de Assistência à Segurança (ISAF) caso este «filme insultuoso» fosse divulgado.

Todavia, o coordenador anti-terrorista considerou inútil aumentar o nível de alerta terrorista, actualmente em «substancial».

Na Grécia, a Assembleia Parlamentar Euro-mediterrânica (APEM) condenou a curta-metragem Fitna por confundir o terrorismo e a religião muçulmana.

«Condenamos a confusão entre o terrorismo e o Islão e manifestamos o nosso pesar pelas ofensas e campanhas de difamação injustificadas contra o Islão, em especial em referência à produção numa película na Holanda, cujo conteúdo foi condenado como ofensivo contra o mundo islâmico», lê-se na declaração final da assembleia.

Sexta-feira de manhã, responsáveis da comunidade muçulmana na Holanda lançaram um apelo à calma aos seus «irmãos» no estrangeiro, já saudado por Balkenende.

Os ministros da Integração, Ella Vogelaar, e da Justiça, Ernst Hirsch Ballin, reuniram-se com representantes das diferentes comunidades religiosas e associações de imigrantes para tentar prevenir tensões.

Todos os jornais manifestavam «alívio» como titulava o diário de esquerda De Volkskrant, estimando que «o filme de Wilders vai muito menos longe do que muitos temiam: ele não rasga as páginas do Corão e o livro santo não é queimado».

NRC-Next, a versão matinal do diário de referência NRC Handelsblad, via em Fitna «uma compilação documental que podia ter sido mais dura».

«Fitna ofende mas não surpreende», comentava Trouw (cristão liberal)).

«Fitna», (em árabe) divisão e discórdia no seio do Islão, foi posto na internet no sítio de troca de vídeos liveleak.com, especializado em imagens de actualidade e de guerra com sede no Reino Unido.

Extractos foram depois divulgados por vários outros sites semelhantes e vistos por milhões de pessoas.

Segundo uma sondagem do Instituto TNS Nipo feita sexta-feira junto de 1.200 pessoas, um terço dos inquiridos holandeses visionou Fitna, e quase metade dizia-se «neutra» a seu respeito.

Diário Digital / Lusa

 

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Johnny

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« Responder #87 em: Abril 21, 2008, 08:29:48 pm »
Ainda a propósito da tolerância religiosa


Discurso do ex 1º Ministro Australiano John Howard à comunidade Muçulmana:

Aos Muçulmanos que querem viver de acordo com a lei do Sharia Islâmico
foi-lhes dito muito recentemente para deixarem a Austrália, no âmbito
das medidas de segurança tomadas para continuar a fazer face aos eventuais
ataques terroristas.
Aparentemente, o Primeiro Ministro John Howard chocou alguns
muçulmanos australianos declarando que apoiava agências-espiães encarregadas
de supervisionar as mesquitas da nação.

Citação:

OS IMIGRANTES NÃO-AUSTRALIANOS, DEVEM ADAPTAR-SE. É pegar ou largar !
Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao ofendermos certos
indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali,
assistimos a uma subida de patriotismo na maioria do Australianos. A
nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de
lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que

procuraram a liberdade. A nossa língua oficial é o Inglês; não é o
Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra
língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade,
aprendam a nossa língua!' A maior parte do Australianos crê em Deus.
Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou
pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram
esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente.
É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas.
Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo
como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa
cultura. Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o
que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz
connosco.

ESTE É O NOSSO PAÍS, A NOSSA TERRA, E O NOSSO ESTILO DE VIDA. E
oferecemos-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês
têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do
nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida,
incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade
australiana, : O DIREITO de PARTIR.  Se não são felizes aqui, então PARTAM.
Não vos forçamos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então,
aceitem o país que vos aceitou.
 

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routechecker

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« Responder #88 em: Abril 21, 2008, 09:02:46 pm »
Citação de: "Johnny"
Ainda a propósito da tolerância religiosa


Discurso do ex 1º Ministro Australiano John Howard à comunidade Muçulmana:


Mais ou menos, não foi exactamente assim: http://www.snopes.com/politics/religion/australia.asp

rgds
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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André

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« Responder #89 em: Abril 23, 2008, 12:36:22 pm »
Copenhaga fecha embaixadas em Argel e Cabul

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A Dinamarca fechou provisoriamente as suas embaixadas em Argel e Cabul com receio de atentados depois de a imprensa dinamarquesa ter publicado em Fevereiro caricaturas de Maomé, noticiou hoje o sítio do diário dinamarquês Politiken.
O Ministério dinamarquês dos Negócios Estrangeiros deslocou o seu pessoal na Argélia e Afeganistão para edifícios mais seguros e locais mantidos secretos.

Alguns diplomatas foram também transferidos das suas residências para instalações com maior segurança nos dois países, assegura o Politiken.

A embaixada em Argel foi evacuada há alguns dias e a de Cabul sê-lo-á quarta-feira.

«Temos de garantir a segurança do nosso pessoal devido às ameaças nestes dois países durante estas últimas semanas», declarou à Politiken Erik Laursen, um responsável do serviço administrativo deste ministério.

O pessoal das duas embaixadas continuará a trabalhar a partir das suas novas moradas secretas e podem ser contactados por telefone e correio», precisou.

Laursen desconhece a data de reabertura das embaixadas.

«Tudo dependerá da evolução da situação», salientou, acrescentando que o Ministério dinamarquês enviou uma equipa de peritos em segurança para a Argélia a fim de avaliar a capacidade da embaixada de resistir a um ataque terrorista.

Os serviços secretos dinamarqueses (PET) estimaram num relatório divulgado a 10 de Abril, que as ameaças terroristas contra os interesses dinamarqueses na Dinamarca e no estrangeiro tinham efectivamente aumentado depois da publicação das caricaturas do profeta Maomé.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros recomendou então aos seus cidadãos para evitarem qualquer viagem não necessária para Argel e anularem as deslocações para o resto do país.

Pelo menos 17 jornais dinamarqueses voltaram a publicar, a 13 de Fevereiro, uma caricatura que representa a cabeça do profeta que usa um turbante em forma de bomba com uma mecha onde o rastilho está a arder, o que desencadeou a ira de numerosos países muçulmanos.

Esta nova publicação destinava-se a apoiar o autor desta caricatura que foi ameaçado de morte.

Diário Digital / Lusa