Sim, concordo com a sua posição. Acho também interessante que refira o texto de Matthew Hurley sobre a Síria, que considero bastante bom.
E, sim, de facto Teerão tem ambições bastante extensivas, mas se terá os meios para as levar a cabo seria outra questão. Parece-me que o uso de milícias e grupos considerados de terroristas se basearia numa noção da fraqueza no plano militar. Basicamente utilizar meios assimétricos para conseguir levar a cabo intervenções que de outro modo seriam impossíveis. Não me parece que isso servisse para solidificar os ganhos no caso de Teerão se querer assumir como grande potência, daí o investimento em novo material militar, que certamente será ajudado pelo levantar das sanções. Contudo, e como você disse, haverá ainda um longo caminho até que essa modernização possa ser completa, e um outro ainda mais longo para a criação de experiência e doutrina.
Por fim, você fez bem em levantar a questão da Guarda Revolucionária, um exército dentro do exército com um peso político que ajuda a complicar as coisas.