Votação

Unificação das Forças de Segurança (votar e apresentar argumentos)

Concordo Totalmente
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Votos totais: 73

Votação encerrada: Fevereiro 14, 2009, 12:06:38 pm

Unificação das Forças de Segurança

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inox

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Unificação das Forças de Segurança
« em: Fevereiro 14, 2009, 12:06:38 pm »
Vamos lá a mais um debate polémico. :D

No meu entender para Portugal o melhor é que a PSP; o SEF; a Protecção Civil; Bombeiros; Policia Maritima; Policia Militar; Policia Aérea e PJM sejam integrados na GNR.
As policias municipais terminavam porque a tendência é que fiquem demasiado politizadas e anexadas ao poder local o que destroi um pouco o conceito de neutralidade.

Numa primeira fase existira um regime duplo em que o pessoal civil coexistia com o pessoal militar (à semelhança do que aconteceu com os Guardas Florestais), mas os novos concorrentes passariam todos a receber formação militar, sendo depois direccionados para as áreas de interesse. Deste modo, à medida que pessoal civil fosse passando à reserva os quadros eram alimentados por militares.

As vantangens são (entre outras): reorganização do património; recursos melhor direccionados; fusão de serviços redundantes; profissionalização de vários corpos de bombeiros a nível nacional; aquisição de fardamento e equipamento a custo mais reduzido (com as devidas adaptações ao tipo de missão); manutenção das capacidades militares; comando e controlo em situações de crise em diversas áreas; maior interligação da informação e investigação criminal; mais capacidade de projecção internacional; efectivo diversificado e especializado em muitas actividades importantes para a Segurança.

Como incentivo adicional: criação de um sistema de saúde mais sólido de suporte aos militares e familiares (extensivel à PJ e aos Guardas Prisionais) bem como actualização digna dos salários a todos os graus da Hierarquia.

O que o Estado pouparia a longo prazo neste conceito conseguia em boa verdade investir na melhoria das condições de vida e de trabalho dos membros desta nova Força de Segurança e como tal obter pessoal ainda mais motivado e eficiente.

Nota:
Não é obrigatório que se chame GNR, mas é importante que inclua as caracteristicas de uma força tipo Gendarmerie, mantendo ligação à EUROGENDFOR - e reforçar especialmente o intercâmbio e a cooperação com a Guardia Civil.

Está aberto o debate, peço apenas que não entrem em guerras pessoais mas que apresentem argumentos válidos que suportem este conceito ou alternativas interessantes para o Futuro das Forças de Segurança.

Exemplo: Guarda Nacional


Divisão Geral (DG): inclui o territorial mais as unidades de transito e de controlo costeiro e fiscal

Divisão de Investigação Criminal e Informações de Segurança (DICIS): como o proprio nome indica união da investigação criminal e informações.

Divisão de Intervenção e Operações Especiais (DIOE): inclui as unidades de intervenção (Infantaria e Cavalaria); de inactivação de engenhos explosivos; as cinotéctnicas; as un análogas ao GIPS; e as operações especiais incluindo ainda as de segurança pessoal (a VIPs e afins).

Divisão de Apoio de Serviços e Recursos Internos (DASRI):
a parte financeira; os serviços sociais; os serviços de saude; manutenção; etc...

Divisão de Doutrina e Formação (DDF): tudo o que fosse relacionado com a parte de formação desde o recrutamento até aos cursos de promoção e especialização.

Cada divisão seria de Comando de General ou Equivalente.
As unidades de Honras de Estado e Etc ficariam directamente integradas no comando geral. De salientar a existencia de um departamento de Relações Públicas com consultores civis para lidar com os media e afins.
« Última modificação: Abril 11, 2009, 04:39:20 pm por inox »
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #1 em: Fevereiro 14, 2009, 01:28:08 pm »
Epá acho um perfeito exagero. Se fosse entre a PSP, a GNR e a PM, eu concordava, o resto é desnecessário.

Por exemplo, PM e PA são unidades das Forças Armadas e não são nenhuma força de segurança.

Protecção civil engloba muitas instituições e não é uma estrutura militar.

Bombeiros...que tal começar-mos por profissionalizar todos os Corpos de Bombeiros e dar-lhes uma formação adequada, é que cursos de TAT de 35 horas chega a ser patético (o curso, não os Bombeiros, é claro!)

O SEF, acho um orgão mais perdisposto a ser fundido com a PJ.

PJM é uma unidade que abrange tanto as Forças Armadas como a prórpia GNR, como tal não deve ser unificada com a própria.

PJ é uma força que deve estar acima de todas as outras pelas caracteristicas das suas competências e sou totalmente contra a extinsão desta instituição.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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inox

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« Responder #2 em: Fevereiro 14, 2009, 09:47:18 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
(...) Se fosse entre a PSP, a GNR e a PM, eu concordava, o resto é desnecessário.
Também me parece uma boa alternativa, salvaguardando sempre o carácter militar pelas razões que referi.

Citação de: "Cabeça de Martelo"
PJ é uma força que deve estar acima de todas as outras pelas caracteristicas das suas competências e sou totalmente contra a extinsão desta instituição.

Eu não disse que a PJ era para ser extinta. A PJ deve continuar, e a questão do SEF ser ligado a essa força também é outra alternativa interessante. :)
 

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Lightning

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« Responder #3 em: Fevereiro 15, 2009, 10:48:01 am »
Eu votei "concordo totalmente" porque pensei que era uma fusão PSP e GNR, neste caso então diria "concordo parcialmente" pois não concordo que se funda forças de segurança, com forças militares, com forças de bombeiros, que grande salada.

Mas dessas todas mencionadas no inicio (PSP; o SEF; a Protecção Civil; Bombeiros; Policia Maritima, Policia Militar, Policia Aérea, PJM, GNR) concordo com a formação de três ou quatro forças a partir dessas todas.

Uma força policial nacional (PSP, PM e GNR).
Uma entidade de salvamento (Protecção Civil e Bombeiros).
Uma unidade de Policia Militar (PE e PA).
Unificar a PJ e o SEF parece também uma boa ideia...
 

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Trafaria

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« Responder #4 em: Fevereiro 15, 2009, 04:46:01 pm »
Tambem nao percebo porque é q a PJ há-de ficar à parte.

Assim de repente recordo-me da Belgica, da Austria e mais recentemente da Espanha, que fundiram recentemente a sua policia de investigação criminal na sua policia nacional e parece que com bons resultados.

Será a PJ portuguesa alguma vaca sagrada ou é por causa de algum complexo que nao consigo descortinar?

Tal como o assunto está exposto nao consigo votar, a ideia é boa mas parece-me muito mal enunciada.

Só quem nao vê nada de nada de segurança pode misturar no mesmo saco, por exemplo, PC, Policias Municipais com PJM. Começando logo pelo principio, nenhuma delas é uma força de segurança...

Convem pensar um pouco antes de as dizer...
::..Trafaria..::
 

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Trafaria

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« Responder #5 em: Fevereiro 15, 2009, 04:54:17 pm »
Já agora uma pergunta:
Porquê unificar o SEF à PJ?
Alguma simpatia especial ...
::..Trafaria..::
 

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cãocompulgas

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« Responder #6 em: Fevereiro 16, 2009, 10:58:37 pm »
Citar
No meu entender para Portugal o melhor é que a PSP; o SEF; a Protecção Civil; Bombeiros; Policia Maritima; Policia Militar; Policia Aérea e PJM sejam integrados na GNR.

Unificar a PSP e a GNR até pode fazer algum sentido, afinal Portugal é um pequeno rectângulo com uma área de 92.391 km². É uma questão algo complexa mas teoricamente exequível...Agora meter  PSP, GNR, SEF, PJ, PM, Bombeiros e Protecção Civil na mesma "panela" simplesmente não faz sentido. Zero. Nem vale a pena justificar.


Citar
PJ é uma força que deve estar acima de todas as outras


Esta confesso que não entendo....O que é estar acima de todas as outras???
(só se for por ver aqueles filmes americanos em que os "specials agents" chegam de heli e dizem "Who´s in charge?"...e já estâo a ver o resto do filme!!!....pois mas se for por isso...já os vi em cima, de lado e até em baixo.
 

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foxtrotvictor

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« Responder #7 em: Fevereiro 17, 2009, 08:05:53 am »
Esteve quase para haver uma P.O.P. (Polícia de Ordem Pública) e uma P.I.C. (Policia de Investigação Criminal). Foi pena não se ter avançado com a ideia. Creio que é uma questão de mais ano, menos ano.
 

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Trafaria

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« Responder #8 em: Fevereiro 17, 2009, 02:58:52 pm »
Estou convencido de que não esteve assim tão perto a criação dessa policia nacional. Até porque quem cá anda dentro tem a noção da distancia que é preciso percorrer, das montanhas que é preciso remover, das N capelas que é preciso demolir, das “culturas” que é preciso varrer, etc… etc …

Mas vão sendo dados passos nessa direcção e a reestruturação entretanto ocorrida na GNR é um deles, um dos grandes. Essa força afastou-se dum modelo organizacional mais próximo do militar para se aproximar muitíssimo do existente na PSP … assim se escreveu um parágrafo da obra que será a (possível) fusão.
::..Trafaria..::
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #9 em: Fevereiro 17, 2009, 04:40:45 pm »
Citação de: "foxtrotvictor"
Esteve quase para haver uma P.O.P. (Polícia de Ordem Pública) e uma P.I.C. (Policia de Investigação Criminal). Foi pena não se ter avançado com a ideia. Creio que é uma questão de mais ano, menos ano.


Com agentes e guardas ou com um quadro próprio?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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inox

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« Responder #10 em: Fevereiro 17, 2009, 06:34:29 pm »
A fusão GNR - PSP numa Força de Segurança (FS) única tem que ocorrer mais cedo ou mais tarde. (Principio da Unidade de Comando).
Criar mais policias (POP e PIC) em estruturas diferentes só vai fragmentar e causar mais entropia no sistema. Portugal é o pais das autoridades multiplicadas para tudo, depois quando é preciso apurar responsabilidades ou cruzar dados é complicado...

Uma fusão entre pelo menos a GNR e PSP é muito importante pois vai fortalecer essas instituições: ficam cerca de 50.000 profissionais disponíveis para o território nacional; acabam os problemas de distribuição de competências; de fardamento/equipamento; etc...

A UEP (PSP) e a UI (GNR) formam uma mega-unidade dessa nova FS recheada de forças prontas a intervir.  :D

Quanto às outras forças é uma questão de se ver.
- Faz sentido haver uma policia municipal? (a meu ver, NÃO!)
- Juntar a PJ? (é um assunto discutível, a PJ depende do MJ...)
- Porquê o SEF indepedente? (é uma força que fazia mais sentido integrada noutra, a PJ por investigar por exemplo os crimes de tráfico de pessoas será uma força candidata para receber o SEF)
- As polícias das forças armadas, porque não integra-las numa Força de Segurança com caracter militar? incluindo a PJM que é meio constituida por curiosos (apesar da aura de judiciaria "gestapo")
- A protecção civil é tipo "o engenheiro responsável por coisas", eu acabava com isso e colocava oficiais de ligação nos municipios e ficava a FS a gerir o sistema.
- Os bombeiros acabam e o GIPS tomava conta de tudo (com os devidos efectivos) ou então têm de ficar Profissionais (podendo ser reforçados quando houver necessidade por pessoal voluntário).

Digo mais uma vez: o Problema de Portugal é ter múltiplos institutos e organismos para muita coisa e depois gasta-se dinheiro a triplicar com menos eficácia.

Tem de haver alguém com tomates e dizer basta de "quintas e quintais" vamos fazer uma "herdade" como deve ser que produza a SEGURANÇA com Qualidade e Eficiência.
 

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foxtrotvictor

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« Responder #11 em: Fevereiro 17, 2009, 07:13:19 pm »
Essa reestruturação de uma policia vocacionada para a ordem pública e outra vocacionada para a investigação criminal partiu do estudo encomendado ao actual Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. Se António Costa tem continuado no MAI, creio que tinha havido grande possibilidades de isso ter acontecido.  Quanto à integração do SEF na PJ, já se levantou essa hipóteses uma ou duas vezes. Como a investigação dos crimes de auxílio à emigração ilegal estão “na moda”, está a haver uma pequena guerra de números SEF/PJ, que é bem esqusada.
 

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inox

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« Responder #12 em: Fevereiro 17, 2009, 07:27:36 pm »
Citação de: "foxtrotvictor"
Essa reestruturação de uma policia vocacionada para a ordem pública e outra vocacionada para a investigação criminal partiu do estudo encomendado ao actual Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. Se António Costa tem continuado no MAI, creio que tinha havido grande possibilidades de isso ter acontecido.  Quanto à integração do SEF na PJ, já se levantou essa hipóteses uma ou duas vezes. Como a investigação dos crimes de auxílio à emigração ilegal estão “na moda”, está a haver uma pequena guerra de números SEF/PJ, que é bem esqusada.


É porque é que a policia vocacionada para a ordem publica e a policia vocacionada para a investigação criminal não podem fazer parte de uma força singular com unidades diferentes?

Será para criar mais tachos? Dividir para reinar?
Se fosse uma empresa existiam vários departamentos, cada qual com sua especialidade mas todos contribuiam para o produto que vai ser vendido e o director é o mesmo.

Ainda não percebi porque é que Portugal sendo um país pequeno não tem esta questão melhor definida...
 

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Lightning

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« Responder #13 em: Fevereiro 17, 2009, 09:33:07 pm »
Citação de: "inox"
Os bombeiros acabam e o GIPS tomava conta de tudo (com os devidos efectivos) ou então têm de ficar Profissionais (podendo ser reforçados quando houver necessidade por pessoal voluntário).


Acabar com os bombeiros? :lol: .

Em relação a serem os bombeiros todos profissionais concordo mas gostava que explicasse a parte de (podendo ser reforçados quando houver necessidade por pessoal voluntário). É que não se pode inventar "Amanhã precisamos de mais bombeiros!!!" e ir pedir voluntários hoje e amanhã já temos bombeiros. É que mesmo os voluntários tem treinos e exercicios durante todo o ano, além dos fogos do verão e as inundanções no inverno.
 

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inox

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« Responder #14 em: Fevereiro 18, 2009, 10:04:20 am »
Citação de: "Lightning"
Em relação a serem os bombeiros todos profissionais concordo mas gostava que explicasse a parte de (podendo ser reforçados quando houver necessidade por pessoal voluntário).

Cada quartel de bombeiros era constituido por efectivos profissionais, no entanto haveria uma quota destinada a voluntários que receberiam formação e treino frequente (espécie de reserva) sempre que houvesse necessidade (ex. fogos no Verão).