Impressão subjectiva sobre o Pandur...

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AC

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« Responder #15 em: Junho 20, 2009, 07:12:20 pm »
Creio que sim, que preservam a possibilidade de transportar infantaria. Se vão ser empregues nessa função..
Não, não têm seteiras. Creio que desde o M2 Bradley, mais nenhuma VCI ocidental, de rodas ou lagartas, tem seteiras.
Desconheço.
 

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tyr

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« Responder #16 em: Junho 20, 2009, 07:49:09 pm »
VCI não tem nada a ver com seteiras, tem sim a ver com o conceito de emprego da viatura  e com a capacidade de fogo da viatura.

uma VBTP, é um taxi de batalha, que a nivel de conceito, ´tem armamento somente para se defender (no emprego não é bem assim, mas o conceito da viatura é).

uma VCI é uma que é a mistura de VBTP com os antigos Carros de Combate de infantaria, ou seja é desenhado para não só transportar a secção para o combate, como tambem para a apoiar a mesma (obviamente que o armamento da VCI, permite suprimir ou destruir alvos que apareçam no deslocamento para o objectivo).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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AC

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« Responder #17 em: Junho 20, 2009, 08:03:36 pm »
Como o lazaro perguntou se permitiam o combate a partir do interior, presumi que estaria a perguntar se têm seteiras ou algo parecido.
 

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papatango

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« Responder #18 em: Junho 21, 2009, 12:55:23 am »
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Caro PAPATANGO, acha realmente muitas diferenças entre a parte de cima de um Pandur Standard e a de um M113. Eu não vejo grande diferença, excepto dois alçapões em vez de um.
Mas lá estão a visão 360º na escotilha do chefe da viatura e um reparo simples de 12,7. Ou seja, nada de mais do que existia no final dos anos 50, com os "Battle taxis"americanos. E era disto que estava a falar, e não, obviamente, de comparações entre blindagens.

Em primeiro lugar:

Nunca foi enviada uma viatura Pandur-II para nenhum lugar, pelo que tirar conclusões sobre o que as chefias do exército pretendem fazer no caso de enviarem viaturas daquele tipo para algum lado, é um pouco precipitado.

Pandur-II e M-113 são veículos diferentes em vários aspectos. As dimensões são diferentes e o numero de escotilhas superiores tem a ver com a utilização da viatura e não com a sua capacidade de protecção.

A peça de 12.7mm colocada nas Pandur, é o que está disponível neste momento para colocar nessas viaturas e não é necessária mente a solução para o teatro de operações X ou o teatro de operações Y.

As viaturas Pandur-II adquiridas pelo exército é suposto virem em várias versões (não vou comentar os atrasos).

Em caso de necessidade, para enviar viaturas Pandur-II para algum lugar, o que o leva a pensar que seriam enviadas as viaturas Standard, em vez de viaturas com uma torre comandada por controlo remoto ?
O que leva a crer que não seriam enviadas quatro ou cinco viaturas com torre de 30mm ?

= = =

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Volto assim a reiterar que a moderna blindagem modular não chega "per si" para uma eficaz auto-protecção dos combatentes.
E como quando se apresenta um problema (que até só pode existir na minha imaginação, confesso) tem de se apresentar uma solução
A visão do exterior que se tem de uma seteira e NADA é praticamente a mesma coisa, acredite.
O campo de visão é minimo e além disso nas viaturas modernas preparadas para guerra quimica, a seteira é um ponto fraco. Uma delas avariada, e acabou-se a protecção da viatura.

Num ambiente de guerra, mesmo que você esteja com a cabeça de fora da viatura, o mais provavel é que com o fumo você não veja mais de dois palmos à frente do nariz. Se acha que o soldado pode ver alguma coisa melhor pela seteira, desengane-se. Ele vai ficar «cego» e não vai ver nada.

Ter oito homens que só podem ver e disparar num ângulo de 20 graus não é uma boa ideia, especialmente quando se eles estiverem fora da viatura podem disparar em 360 graus (na realidade não é assim, porque as regras mandam organizar as coisas).

Como já foi aqui dito, no caso de ser possível a melhor defesa é a existência de uma viatura para apoiar a outra. No caso de uma viatura sozinha, sair pode ser a solução mais lógica.
É por causa disso que nas viaturas blindadas modernas se dá tanta enfase à capacidade de fazer sair os militares rapidamente e se estudam as melhores tácticas sobre como dividir os militares e como os colocar do lado de fora da viatura e em que condições.


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Então para que serve o standard? Para exercícios, paradas e exposições militares, para conflitos de baixa intensidade... ou então (o que acho) ele encontra-se incompleto e desprotegido, em termos de auto-protecção. Além disso não é necessária tanta sofisticação tecnológica para conflitos deste tipo.
O standard serve para em caso de necessidade utilizar se as condições o permitirem.
Ele serve também como base para a colocação de outros sistemas.

Como simples viatura blindada de transporte de pessoal, ele precisaria apenas de ser protegido com a blindagem adequada às necessidades do teatro de operações, sem nunca esquecer que é uma viatura que vai no máximo até STANAG-IV. Não é um tanque. Nunca poderá resistir a um disparo de uma arma moderna de 40mm por exemplo e será quase provavelmente destruida no caso de se deparar com um LGF (lança granada-foguete) moderno ou mesmo um RPG-7 que funcione, embora neste caso, os bons sacos de areia continuem a ter alguma eficácia, desde que possam carregar :mrgreen: .


A aquisição de uma quantidade de Pandur-II  foi vista por muitos como elevada, mas não podemos deixar de considerar que é provavelmente com as Pandur-II que o exército vai contar até que nós cheguemos à idade da reforma.

Creio que comprar uma quantidade maior de viaturas, permitiu baixar o preço. Noutras circunstâncias seria muito mais caro e já sabemos como é que funcionam os concursos em Portugal.

Tendo a plataforma, há muita coisa que pode ser feita. No que respeita à protecção. Mesmo em Portugal podemos criar soluções para proteger o operador da 12.7. E claro, pode ser colocada uma arma do tipo OWS, que nem precisa perfurar a viatura.

Temos que ver a versão Standard da Pandur-II não como um equipamento completo e pronto a usar, mas sim como um fato alinhavado, que é a base para se criar o fato definitivo, conforme as necessidades.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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AC

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« Responder #19 em: Junho 21, 2009, 01:16:48 am »
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Então para que serve o standard? Para exercícios, paradas e exposições militares, para conflitos de baixa intensidade... ou então (o que acho) ele encontra-se incompleto e desprotegido, em termos de auto-protecção. Além disso não é necessária tanta sofisticação tecnológica para conflitos deste tipo.


Infelizmente, a Guerra não pode ser combatida apenas do interior da protecção da blindagem. Se assim fosse, não existiram outros veículos no campo de batalha além dos carros de combate. Contudo, desde que o carro de combate foi inventado no principio do século XX, milhões de soldados têm continuado a arriscar o pescoço em inúmeras guerras.

A VBTP serve para os levar de e para o campo de batalha com alguma protecção. Não serve para evitar que eles tenham de sair lá de dentro.
Nem as VCI servem para isso. Servem para lhes dar apoio quando eles tiverem de sair lá de dentro.
 

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tsahal

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Pandur.
« Responder #20 em: Junho 21, 2009, 05:03:57 pm »
Para auto-protecção, a Pandur Portuguesa n usa apenas a peça, quer seja a 12,7mm, 30mm, LG 40 e até os misseis AC. Volto a lembrar que estão integrados diversos sub-sistemas nomeadamente o TDS, o IFF, as placas CIP e a blindagem add-on. A protecção quer seja activa ou passiva ou passa por esse conjunto de sub-sistemas. Conhecendo bem a Pandur e o programa, acho que nesse ponto da protecção, temos mt boas viaturas. Parem de criticar ou se querem criticar, deviam primeiro conhecer bem o blindado e n emitirem pareceres com base em fotografias ou uma visita numa exposição qualquer aberta à populaça.
 

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lazaro

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« Responder #21 em: Junho 21, 2009, 11:01:27 pm »
Citação de: "AC"
Como o lazaro perguntou se permitiam o combate a partir do interior, presumi que estaria a perguntar se têm seteiras ou algo parecido.


A minha pergunta era exactamente orientada nesse sentido. Obrigado.

Quanto à VBTP M113, sempre aprendi e sempre apliquei o principio de a(s) utilizar em posição de apoio à acção dos Infantes desembarcados, sempre que o terreno assim o permita, claro.
 

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« Responder #22 em: Junho 22, 2009, 01:34:42 am »
Quro felicitar muito especialmente o Caro Papatango pela EXCELENTE exposição. Não podia ter ficado melhor elucidado relativamente às impressões subjectivas e de LEIGO que apresentei. Muito obrigado Papatango pela paciência e pela gentileza de partilhar o seu conhecimento e contribuir, com muito mérito, através das suas reflexões.

Muito obrigado também aos restantes (Tyr, Lazaro, AC e Tsahal) pelos efectivos contributos.

Citação de: "tsahal"
Parem de criticar ou se querem criticar, deviam primeiro conhecer bem o blindado e n emitirem pareceres com base em fotografias ou uma visita numa exposição qualquer aberta à populaça.


Só uma breve observação, dirigida ao Tsahal. Ainda bem que tem um conhecimento profundo do Programa Pandur, mas não se esqueça NUNCA que é a populaça que paga TODOS estes equipamentos novos e talvez até o seu salário, ou será que são os contribuintes israelitas, (a atender pelo seu pseudónimo)!

Não gostei, sinceramente, da infeliz e perfeitamente escusada expressão, e fiquei com algum receio, que alguém, aparentemente, de certo modo intimamente ligado à Defesa Nacional, supostamente pense que esta é só para defender território e alguns, que não a populaça.

Se vir bem o título do "Post" verá que se chama "Impressão subjectiva sobre o Pandur..." e pretendia, exactamente, consolidar ideias de uma forma mais objectiva (até, de preferência, de sentido contrário à impressão subjectiva). A maioria percebeu a finalidade...

Cumps. e obrigado!