Durão Barroso prepara candidatura a Bruxelas

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komet

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« Responder #30 em: Junho 28, 2004, 08:56:19 am »
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O comandante da Polícia Municipal de Lisboa desaconselhou a realização de arraiais populares na Praça do Martim Moniz, alegando que o local é inseguro por ser frequentado por “gente de tez negra”, “toxicodependentes e “pessoas que se prostituem”. A organização SOS Racismo acusou o subintendente Almeida Rodrigues de racismo e o deputado municipal socialista Miguel Coelho pediu a sua demissão. Demissão que já foi exigida pelo presidente da CML, Santana Lopes.


Definitivamente não quero alguem que "vira o rabinho" a organizações duvidosas estilo SOS's Racismo como primeiro ministro.
"History is always written by who wins the war..."
 

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papatango

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« Responder #31 em: Junho 28, 2004, 11:57:18 am »
Do meu humilde ponto de vista, toda esta Estória de Durão Barroso como presidente da comissão europeia é uma anedota.

O homem decidiu ir-se embora, para uma Europa onde será conhecido e ou respeitado, mas onde Portugal tem na realidade pouco a ganhar, porque como todos sabemos, Durão é escolhido por ser pouco representativo e fácilmente manipulável.

Fico portanto com a impressão de que se trata de uma fuga para a frente. Durão, também não tinha – afinal – a fibra que é necessária, e que em boa verdade toda a gente desconfiava que ele não tinha, para governar o país.

Fico com a impressão de que se trata de uma grande irresponsabilidade por parte de Durão Barroso, que pensou primeiro em si e na Europa, não tendo ligado nenhuma a Portugal, não entendendo as características do nosso sistema politico e parecendo esquecer as caracteristicas federais do seu próprio partido.

Da Europa Barrosiana, provavelmente não virá para Portugal nada que se veja, mas uma coisa pálpavel já chegou. Barroso provocou uma crise política, num país que precisa de tudo menos crises politicas.

O sistema constitucional, pemite mudar de governo sem a realização de eleições. Este é um facto. No entanto, o sistema eleitoral (já por mim referido) faz com que a legitimidade da Assembleia da República se dissolva. Os portugueses em vez de votarem nos deputados que de os representam, á face da lei, votam na figura do Primeiro Ministro, OU MELHOR pensam que votam para Primeiro Ministro.

Essa é a única razão pela qual a apresentação de um novo governo parece menos legítima, embora do ponto de vista legal seja absolutamente normal, absolutamente legal mudar de Primeiro Ministro.

Se as escolhas para a mudança são más, boas, assim-assim, não sei. Parece-me no entanto que Manuela Ferreira Leite daría muito melhor Primeiro Ministro que Santana Lopes (acho que não devemos ser governados por um individuo que de manhã ainda tem olheiras das noitadas nas discotecas da capital)

De qualquer forma a unica vantagem que vejo na ida de  Durão Barroso para Bruxelas, sería decorrente de uma eventual  :twisted: de móveis de Bruxelas para Portugal.

Salvo isso, não vejo vantagem nenhuma

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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C. E. Borges

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Cana Verde
« Responder #32 em: Junho 28, 2004, 01:49:35 pm »
A minha opinião é a de que Portugal vive empastelado no PS e no PSD. Nem se percebe onde começa o Estado e acabam aqueles dois partidos. Ou vice-versa. E ambos em crise do género do Jardim da Maria Celeste. Com esta nomeação de Durão Barroso para Bruxelas, teríamos uma óptima ocasião, se ao menos tivéssemos institucionalmente colocado um homem de Estado com visão, para operar uma cirurgia verdadeiramente democrática neste regime e nesta agonizante 3ª República.
Mas não...o alterne vai continuar, mesmo depois de, com ou sem eleições, o Presidente analisar a «substância». É tudo o que nos consegue prometer o "senhor de cana verde na mão", cujo avô, ao menos, foi um ilustre submarinista.
 

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ferrol

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Desde a España
« Responder #33 em: Junho 28, 2004, 02:38:18 pm »
Desdev España tense a sensación de que esta é unha boa nova para o Sur da nova Europa. Nuns momentos no que o peso económico da UE desprázase deica o leste, é moi positivo para os nosos países teren representantes importantes do Sur, que sempre terán, aínda que poidan ser manipulados, como di PT, unha maior sensibilidade cara ós nosos problemas.

Durao é amigo de España, como Solana (ministro de Asuntos exteriores da UE) o é de Portugal. Desde estes postos importantes sempre poderemos facer unha maior presión na UE que se non tivésemos eses cargos. Polo tanto, boa nova para todo o Sur da UE.

Asemade, na nova Constitución Europea, o papel do Presidente tórnase moito máis que decorativo, e a modo de Kofi Annan na ONU, será encargado de desfacer empates nas votacións ou tentar acordos coas partes en conflictos europeos económicos, etc, polo que o seu posto ten unha singular relevancia i é importante que recaia en persoas con sentimentos preto das necesidades dos europeos do sur.

Polo tanto, como xa dixen, boa noticia para todos nós.

Saúdos.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Rui Elias

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« Responder #34 em: Junho 28, 2004, 03:11:14 pm »
IDA PARA BRUXELAS

Com o recente convite formulado pela presidência irlandesa ao primeiro ministro português Durão Barroso abre-se um horizonte político novo em Portugal, quer pelo ineditismo de vermos um político no activo ser “chamado” a assegurar um cargo de relevo na Europa e no mundo, quer pela situação política criada em Portugal.

No momento em que escrevo ainda não se sabe qual será a posição do Presidente da República em relação ao futuro da actual legislatura, nem sequer qual a reacção oficial de Durão perante esta situação, mas há questões de interpretação política que podem desde já ser tiradas.

Ao nível da governação, é sabido que Durão pela sua personalidade era o único que inequivocamente permitia uma boa articulação entre o PSD e o CDS na actual coligação nascida do acordo pós eleitoral e que permite o funcionamento da actual maioria, o que convém aos partidos que a compõem.

Ao PSD porque lhe permite governar sem sobressaltos, e sem ter que fazer a cada momento acordos parlamentaras quer à esquerda quer à direita ao CDS que apesar da fraca capacidade eleitoral, lhe permitiu ocupar três pastas chave no Governo.

É óbvio quer no PSD existem anti-corpos grandes à presença de Portas no Governo e ainda mais à sua liderança de um partido com o qual o PSD tem um acordo pós eleitoral com incidência governativa.

Mas seja qual for o resultado desta situação nova criada e que até quarta ou quinta-feira deverá ser conhecido, apesar dos timings serem geridos pelo Presidente, há interpretações políticas que devem ser tiradas e conclusões que em nada abonam para o prestígio das instituições e da política.

Quero ainda dizer que esta situação criada, e apesar das boas ou más razões para o convite endereçado a Barroso para presidir à Comissão Europeia, este prestigia Portugal, já que é a primeira vez que um português virá a ocupar um lugar de relevo evidente na cena mundial, depois de José Cutileiro na UEO e de Freitas do Amaral na ONU.

Não que essa presidência ao ser assegurada por um português possa vir a trazer proveitos políticos ou materiais em Portugal, e nem sequer é suposto que um presidente da Comissão Europeia, como a nacionalidade de qualquer comissário, beneficie o país da sua nacionalidade, mas pela visibilidade que um país como o nosso pode vir a ter no seio da nova Europa dos 25.

Mesmo que se considere que esta é uma candidatura de recurso e que agrada aos dois principais blocos da EU, já que os candidatos naturais de cada um desses blocos viu a sua candidatura ser vetada pelo bloco antagónico.

Nem sequer vou discorrer sobre uma atitude que Durão poderia assumir semelhante à do primeiro-ministro luxemburgês que após a sua eleição para o pequeno país recusou liminarmente a hipótese de ser convidado, já que tinha assumido um compromisso como o seu eleitorado, e daí essa recusa.

Portanto a ver vamos, caso Durão aceite, qual o papel que os grandes países da EU e os blocos lhe reservam, para que a sua presidência não seja uma mera continuidade da mediocridade que marcou a de Romano Prodi.

O prestígio dessa presidência também depende do desempenho que Durão venha a ter e da dinâmica que pode imprimir para a continuação da construção europeia, agora recentemente alargada.

As considerações sobre este caso despoletado na passada sexta feira são sobretudo de ordem interna e há já consequências políticas para Barroso, para o seu partido, para a coligação e para o Governo da República, para além de considerações gerais políticas que se podem tirar e que podem ser objecto de muitas interpretações políticas.

1.
Ao aceitar o cargo, como tudo leva a crer, Barroso deixa no PSD a responsabilidade de escolher e propôr um sucessor para assumir o cargo de Primeiro Ministro, e nesse caso terá que ser forçosamente uma personalidade que compatibilize o PSD com a continuidade da actual coligação.

Tratando-se de uma coligação por interesse, é natural que ambos os partidos desejem a sua continuidade, mas para isso a personalidade que vier a assumir o poder terá que ser capaz de a assegurar.

A figura de Santana Lopes parece ser a mais consensual para esse desiderato.

Simplesmente a Santana não são reconhecidas capacidades nem perfil para o cargo, já que a sua prestação nos cargos políticos para os quais tem sido eleito têm deixado muitíssimo a desejar, e a sua prestação à frente da maior autarquia do país tem-se notabilizado por um imobilismo atroz que nem a polémica construção do túnel do Marquês permite disfarçar.

Nada do que foi prometido foi feito ou pelo menos iniciado desde os estranhos projectos relacionados coma reabilitação do Parque Mayer ou do Casino, como as ideias meritórias mas meramente eleitoralistas, como as de devolver a cidade ao jovens, através de construção mais acessível no centro da cidade, continuação do combate à desertificação do centro da cidade, restrições ou reformulação do trânsito na cidade, políticas pró-activas de combate ao insucesso escolar ou ao nível da acção social da Autarquia, uma política cultural autárquica inexistente, etc.

Crê-se que a ser nomeado Primeiro-Ministro, sob proposta do PSD e a ser aceite pelo Presidente Sampaio, se verifique a concretização do famoso Princípio de Peter, a somar ao facto de Santana passar a ter pela frente um resto de legislatura de apenas dois anos, o que não lhe permitirá lançar linhas de governação consequentes.


2.
Barroso e o PSD, tal como o seu parceiro de coligação sempre disseram que Guterres fugiu às responsabilidades após a derrota eleitoral autárquica de Dezembro de 2001, deixando o “menino nos braços” do PSD, que com altíssima missão patriótica foi chamado a governar (os eleitores decerto se esqueceram de chamar o CDS, mas ambos os partidos emendaram rapidamente, esse esquecimento), e encaminhado o país para o progresso económico e social para 2006, e mesmo para 2010, tomando Barroso e os estados maiores dos partidos da coligação como adquirido que a vitória nas legislativas de 2006 estavam antecipadamente ganhas.

Claro que agora com esta mais que previsível ida para Bruxelas fica a dúvida sobre qual a posição do PSD e do CDS perante tão precipitada saída de Barroso do Governo.

Foi fuga perante os resultados de há duas semanas na Europeias?

Foi fuga perante os resultados económicos e sociais em Portugal que tardam e ser positivos?

Foi fuga perante a falta de popularidade governamental e perante a crise social da população e descrédito perante a actual maioria?


3.
Guterres também fora sondado para presidir à Comissão Europeia em 99, mas recusou liminarmente essa hipótese, preferindo o governo de Portugal.

E após a derrota autárquica de Dezembro de 2001, não abandonou o Governo devido a um convite aliciante na cena internacional.

Preferiu antes que em Portugal houvesse uma clarificação política, para, segundo as palavras dele evitar que em Portugal se caísse numa situação pantanosa.

Como se explica agora que os estados maiores dos dois partidos da coligação fujam à possibilidade de eleições, e insistam num sucessor, sem que ao menos os órgãos máximos do PSD se pronunciem sobre a sucessão do líder?

4.
Se é certo que formalmente os eleitores votam em partidos, cada vez mais a pessoalização da política indica que muitos eleitores votam nos líderes, nos cabeças de lista.

No caso de Lisboa, os eleitores preferiram Santana a João Soares, e dado que aí o PSD concorreu só, os eleitores do CDS votaram em Paulo Portas.

Também Carmona Rodrigues e Henrique de Fretas, actuais membros do Governo foram eleitos para a Câmara da capital, mas nada disso parece interessar.

Claro que Portas foi para o Governo, e agora Santana se prepara para lhe ir fazer companhia

E Barroso em Bruxelas está longe do lugar para o qual os eleitores do PSD em 2002 o elegeram e nele confiaram.

Por este andar, um dia estaremos a ser governados pelos suplentes das listas.

5.
Finalmente a curiosa nota do voluntarioso líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia que ontem apareceu nas TV’s, a congratular-se com tão honroso convite para o nosso país:

Leu o papel em que afirmou o respeito que o CDS reserva perante a decisão a ser tomada pelo Presidente Sampaio, que deve ser isenta de pressões, mas acrescenta que o CDS-PP também considera serem de respeitar os resultados eleitorais de 2002.

Se isso não é condicionalismos e pressões de um partido de 7% de eleitorado perante a necessária decisão presidencial, não sei o que será.

Mas do CS-PP há que esperar de tudo, desde o célebre caso do Metro do Terreiro do Paço, em que este partido forçou o PSD a antecipar-se às conclusões da Comissão de Inquérito parlamentar, e culminando na palhaçada do Ministro Valente de Oliveira ter escondido os relatórios do Tribunal na gaveta sem deles ter dado conta à AR.

Como nota final, se se respeitassem os resultados eleitorais de 2002, julgo que o CDS-PP não terá grandes razões para sorrir, já que é altamente duvidoso que um partido de 7% possa ter três ministros no Governo da Nação e dois euro-deputados.

Mas falta ainda saber qual a decisão de Sampaio, perante esta situação.

___________________________

* Sei que este não é um tema especificamente relacionado com a política de Defesa Nacional, mas dadas as mais que previsíveis mudanças nas pastas da governação e nomeadamente na Defesa, caso a coligação continue no Governo, julgo que também nessa área poderá haver lugar a alterações nos timings de execução da Lei de Programação Militar, nas opções de aquisições, e mais importante, nas verbas consignadas aos orçamentos dos ramos das FA.
 

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« Responder #35 em: Junho 28, 2004, 04:16:40 pm »
*Just my 2 cents...*

ELEIÇÕES ANTECIPADAS JÁ!!!!

- se o Governo acha que fez um bom trabalho, nada tem a temer.

- Que eu saiba ainda não voltámos á monarquia, em que o chefe designa o sucessor

- Quem votou no PSD em 2002 votou no D. Barroso para 1º ministro, não no Santana Lopes ou noutro gajo qq!

(portanto, quem não deve não teme!!!!)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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C. E. Borges

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« Responder #36 em: Junho 28, 2004, 04:43:18 pm »
Dando de barato que a Defesa Nacional, não são só questões exclusivamente militares e de reequipamento das Forças Armadas, gostava de responder ao texto de Rui Elias do seguinte modo :
Não me parece que Durão Barroso fosse o «único elo» que permitisse uma boa articulação entre o PSD e o CDS nesta coligação governativa.
Nos bastidores havia Santana Lopes, a quem, aparentemente, não se reconhesse um perfil capaz de assumir o cargo de PM.
Esta nomeação de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia vem "baralhar" um sem número de dados internos e desde logo, e em primeiro lugar, vem facilitar não apenas a realização de um referendo ao Tratado Europeu, como também vem induzir o «sim» nesse mesmo putativo referendo. Não é pouca coisa.
Mas vai mostrar - quase de certeza absoluta - as crises internas larvares do PSD e do PS.
No primeiro, por causa justamente da coligação à direita e por causa de um sucessor que a assuma e continue (de raíz, só se conhece Santana Lopes...) o que, aparentemente, vai implicar um Congresso Extraordinário, sem esquecer que quem tem a última palavra é o Presidente "de todos os...portugueses".
O segundo, porque tem um secretário-geral há muito contestado interna e externamente, e outros três potenciais candidatos ao cargo para o Congresso de Novembro...
Enfim, se não houver eleições antecipadas (que implicariam uma quase paralisia governativa durante uns bons três meses) e, para a Defesa Nacional, for nomeado um social-democrata da ala esquerda do Partido, por aqui - como aliás já se vai vendo e lendo uma certa apreensão - podem dizer adeus ao RITMO dos reequipamentos militares... é tão certo como uma super-nova induzir um buraco negro.
Cumprimentos.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #37 em: Junho 28, 2004, 04:45:38 pm »
Um facto ( muito importante ):
Institucionalmente - ou seja, segundo a constituição - desde que haja uma maioria parlamentar ( ou seja, desde que a coligação PSD-PP se mantenha ) é perfeitamente normal que um novo primeiro ministro seja nomeado por essa maioria sem necessidade de novas eleições.
Ricardo Nunes
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JNSA

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« Responder #38 em: Junho 28, 2004, 04:51:30 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Um facto ( muito importante ):
Institucionalmente - ou seja, segundo a constituição - desde que haja uma maioria parlamentar ( ou seja, desde que a coligação PSD-PP se mantenha ) é perfeitamente normal que um novo primeiro ministro seja nomeado por essa maioria sem necessidade de novas eleições.


Isso não é tão linear assim... O PR tem um grau de discricionaridade bastante grande. Por exemplo, o líder do Partido mais votado não é necessariamente o PM - se houver dois partidos que, coligados, tenham mais votos que o partido vencedor, o PR pode perfeitamente formar um Goveno com eles... Agora cabe ao Dr. Sampaio decidir se há condições para formar um Governo estável e legítimo, ou se é preferível avançar para eleições...
 

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Rui Elias

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« Responder #39 em: Junho 28, 2004, 05:20:24 pm »
Ricardo:

Uma coisa é o que a Constituição diz, e nisso o Presidente pode ter a última palavra.

Se é certo que formalmente a maioria tem condições constitucionais para continuar por mais 2 anos, também é certo que a situação pantanosa que se criaria com Santana ou outro à frente seria pior que a que Guterres quis evitar em 2001.

Se é certo que deve haver estabilidade governativa e evitar eleições em cada 2 anos, Barroso ao aceitar este cargo terá a responsabilidade política pelo que acontecer, e dados os resultados eleitorais recentes, a continuação da actual maioria no Governo transmitiria a imagem de apego ao poder.

Se constitucionalmente é legítima a continuação, politicamente é negativa para o país e para eles próprios.
 

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emarques

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« Responder #40 em: Junho 28, 2004, 05:26:40 pm »
Não vejo que seja assim tão negativa. No momento em que estamos, a situação de precariedade criada pelo hiato até às eleições poderia ser bem mais prejudicial.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.