Presente e futuro da Marinha de Guerra Portuguesa

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migbar2

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« Responder #285 em: Maio 30, 2009, 12:14:20 am »
Citação de: "teXou"
Citação de: "migbar2"
...  falem antes da sua Força Aérea em comparação com a nossa...

Citar
... Au début des années 2000, le Plan stratégique 2000 - 2015 a ramené la flotte opérationnelle à 72 avions. ...

http://www.mil.be/def/news/index.asp?LAN=fr&ID=1592
72 F-16 MLU  :shock: .
 

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Lightning

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« Responder #286 em: Maio 30, 2009, 11:33:27 am »
Citação de: "migbar2"
Pois é, como se vê e devido á sua pouca área maritima a aposta é mais virada para o ar !!! Em F-16, mesmo mantendo uma série deles em reserva é o dobro operacional, por volta dos 56 e tudo já MLU há não sei quanto tempo :shock: .


Na altura da guerra fria esse paises (Holanda, Bélgica, Dinamarca) estavam muito perto dos paises do Bloco de Leste (Alemanha de Leste, onde estavam colocadas tropas soviéticas), ao contrário de Portugal, que a nivel Europeu estava na ponta oposta da Europa.
 

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SSK

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« Responder #287 em: Maio 30, 2009, 11:34:58 am »
Citação de: "Instrutor"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "legionario"
 
A Holanda se tem uma boa marinha, nao é so por causa da ameaça russa (oh meu Deus) como disse aqui alguem  : é porque tem interesses em quase todos os mares do mundo.

Em 1992 a Marinha holandesa tinha 6 submarinos (2 Walrus, 2 Zwaardvis, 2 Dolfijn) e 16 fragatas (2 Tromp, 2 Van Heemskerck, 10 Kortenaer, 2 Karel Doorman).
Em 2009 possui 4 submarinos da classe Walrus e 6 fragatas (4 De Zeven Provincien, 2 Karel Doorman).
Pelos vistos esses tais interesses em quase todos os mares do mundo diminuíram ou a razão do "emagrecimento" da Marinha holandesa foi outra?
O que foi afirmado é que a razão da Marinha holandesa ter 16 fragatas era a vizinhança da ex-URSS. Como pelos vistos não sabe do que está a falar (oh meu Deus  :lol:), posso dizer-lhe que a totalidade das fragatas holandesas, durante a guerra fria, estava no Mar do Norte, formando 2/3 Task Force essencialmente ASW mas com uma boa cobertura aérea fornecida pelas 4 fragatas AAW (as 2 Tromp e as 2 Van Heemskerck). Havia o perigo dos numerosos e poderosos aviões e submarinos da URSS. A sua missão era, conjuntamente com a Marinha alemã, conterem a esquadra do Báltico da URSS. Finda a Guerra Fria deixou de ser necessário terem tantas fragatas. A actual Rússia deixou de ser o inimigo e portanto deixou de ser necessário terem tantos navios.
Comparando com Portugal, essa excelente Marinha só vai ter mais 2 submarinos (no papel, porque na realidade a Holanda não tem tripulações para todos os submarinos) e 1 fragata. Estamos assim tão mal?

Claro que não, eu continuo a frizar que temos de nos concentrar nos NPO LFC para a nossa ZEE e o Navpol isso sim faz-nos muita falta e com a máxima urgencia. Em termos de navios combatentes nunca estivemos tão bem servidos como agora e num futuro proximo, com a chegada da outra fragata a Francisco d'Almeida e os dois Tridente.


Não se esqueça de que nos anos 70 tínhamos 10 corvetas combatentes mais 4 João Belo, 3 Pereira da Silva e 4 Albacora. Decerto que noutros tempos já tivemos mais bem servidos...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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luis filipe silva

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« Responder #288 em: Maio 30, 2009, 02:39:41 pm »
SSK escreveu:
Citar
Não se esqueça de que nos anos 70 tínhamos 10 corvetas combatentes mais 4 João Belo, 3 Pereira da Silva e 4 Albacora. Decerto que noutros tempos já tivemos mais bem servidos...

Mas tínhamos as colónias, que dispersavam todos esses meios navais.
Não esquecer também a FF Pero Escobar, cerca de 20 patrulhas, 60 lanchas de fiscalização, e ouras tantas de desembarque. Mesmo assim desde o século XVII foi a época em que a Armada esteve melhor servida de meios.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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LuisC

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« Responder #289 em: Maio 30, 2009, 02:43:23 pm »
Citação de: "SSK"
Não se esqueça de que nos anos 70 tínhamos 10 corvetas combatentes mais 4 João Belo, 3 Pereira da Silva e 4 Albacora. Decerto que noutros tempos já tivemos mais bem servidos...


Embora numericamente tivéssemos uma boa quantidade de unidades combatentes, não podemos esquecer que nos anos 70 os mísseis começavam a ser a principal arma desse tipo de navios e os nossos não tinham, logo, julgo que não estaríamos assim tão bem, pelo menos para o cenário europeu/guerra fria.
 

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P44

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« Responder #290 em: Maio 30, 2009, 04:06:38 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
SSK escreveu:
Citar
Não se esqueça de que nos anos 70 tínhamos 10 corvetas combatentes mais 4 João Belo, 3 Pereira da Silva e 4 Albacora. Decerto que noutros tempos já tivemos mais bem servidos...
Mas tínhamos as colónias, que dispersavam todos esses meios navais.
Não esquecer também a FF Pero Escobar, cerca de 20 patrulhas, 60 lanchas de fiscalização, e ouras tantas de desembarque. Mesmo assim desde o século XVII foi a época em que a Armada esteve melhor servida de meios.


Em número talvez, mas em poder militar não era nada, não tinhamos um único navio com misseis.

Desses tempos só lamento a destruição total da flotilha de Draga Minas que continuo a defender, deveriamos possuir, nem que fossem só uns 3.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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antoninho

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« Responder #291 em: Maio 30, 2009, 08:59:56 pm »
Por falar nisso, os NPO segundo dizem, estão preparados para lançar as minas, mas depois quem as recolhe ou como?????
 

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luis filipe silva

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« Responder #292 em: Maio 30, 2009, 09:07:07 pm »
Estes:
http://www.manw.nato.int/page_snmcmg1.aspx
ou os mergulhadores, dependendo do tipo de minas.
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Luis Filipe Silva
 

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papatango

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« Responder #293 em: Maio 30, 2009, 10:36:03 pm »
Na verdade, na situação actual, creio que até não podemos queixar-nos muito.
Os holandeses já tinham as oito fragatas «M», das quais duas passaram para a marinha portuguesa, em construção quando a URSS ainda estava viva e não se previa o seu fim.

Quando as fragatas anti-aéreas Zeven Provinzien começaram a ser pensadas, continuava a haver ameaça soviética. Quando a URSS desapareceu, os vários projectos já estavam a andar.

Os novos navios de defesa aérea eram navios que deveriam ter capacidade para não só aguentar os soviéticos, como além disso teriam poderosas capacidades anti-aéreas que em teoria teriam como objectivo atingir aeronaves e mísseis.

Caso a URSS tivesse ruido cinco anos antes, provavelmente não teria havido navios de defesa aérea europeus, pelo menos os que há presentemente.

A função da marinha portuguesa nunca seria a de lutar contra ataques de aeronaves soviéticas, pelo que navios especializados em defesa aérea seriam sempre secundários perante navios com capacidade ASW, que é para Portugal a sua principal prioridade.


Presentemente, mais grave que não termos navios de defesa aérea é não termos navios mais baratos de operar que as fragatas, e com capacidade para operações a longa distância.
Os NPO's deveriam estar todos cá fora, e com algum armamento capaz, e poderiamos enviar um navio do tipo das Floreal para essas acções anti-terroristas, com menores custos e eventualmente igual beneficio.

Emviar uma fragata para lutar contra os piratas é a mesma coisa que enviar tanques Leopard para um bairro problemático.

Creio que esse é neste momento o problema de mais urgente resolução.
(isto se não contarmos com o arrumar da casa em tantos pequenos detalhes que não funcionam, e que quando juntos, são autênticas dores de cabeça).



Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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luis filipe silva

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« Responder #294 em: Maio 31, 2009, 02:13:52 am »
P 44 escreveu:
Citar
Em número talvez, mas em poder militar não era nada, não tinhamos um único navio com misseis.

E se não for perguntar muito, que países da OTAN tinham mísseis embarcados em 1970? E que tipo de mísseis?
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Luis Filipe Silva
 

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sivispacem

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« Responder #295 em: Maio 31, 2009, 08:59:34 am »
Citação de: "luis filipe silva"
P 44 escreveu:
Citar
Em número talvez, mas em poder militar não era nada, não tinhamos um único navio com misseis.
E se não for perguntar muito, que países da OTAN tinham mísseis embarcados em 1970? E que tipo de mísseis?


Exocet, Seasparrow, Subroc, Seacat, Harpoon.... todos estes sistemas foram postos ao serviço nos anos 60 (o Harpoon só no início dos anos 70). E isto apenas para mencionar sistemas ocidentais!

Mas a obsolescência dos nossos navios não era apenas a nível de armamento, era principalmente a nível das tecnologias (para não mencionar sistemas de propulsão....)

As nossas João Belo já na revolução de 74 eram navios ultrapassados....

Por isso, concordo com a afirmação de que nunca como agora (contando com a entrada ao serviço dos submarinos, da 2ª BD e dos NPO's) a nossa Marinha esteve tão bem equipada!
Se devia ou podia estar melhor?? Isso agora era uma conversa interminável....

Cpmts
Carlos Ferreira
 

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luis filipe silva

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« Responder #296 em: Maio 31, 2009, 11:01:00 am »
Em 1970 o Harpoon ainda não estava ao serviço, assim como o Seasparrow nem o Exocet.
As marinhas da OTAN que usavam misseis eram: Os EUA, Inglaterra, França, Holanda, Alemanha, e Itália. Mais nenhuma A espanha não pertencia à organização, mas também não tinha misseis.
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luis filipe silva

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« Responder #297 em: Maio 31, 2009, 11:37:09 am »
O primeiro míssil anti navio em serviço, foi o Styx da URSS. Os EUA tinham o Talos, Terrier, Tartar, régulus, e Polaris.
A Inglaterra tinha o Seaslug, seacat e Polaris. Alemanha Tartar. França Masurca, Malafon e MSBS. Holanda Seacat e Terrier. Itália Terrier e Tartar.
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sivispacem

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« Responder #298 em: Maio 31, 2009, 11:42:42 am »
Citação de: "luis filipe silva"
Em 1970 o Harpoon ainda não estava ao serviço, assim como o Seasparrow nem o Exocet.
As marinhas da OTAN que usavam misseis eram: Os EUA, Inglaterra, França, Holanda, Alemanha, e Itália. Mais nenhuma A espanha não pertencia à organização, mas também não tinha misseis.


Pois não... o Harpoon, como aliás tinha dito, só entrou ao serviço no início dos anos 70. Mas todos os restantes sistemas são dos anos 60, alguns bem do inicio! E não fiz uma lista exaustiva...

As marinhas europeias utilizadoras de mísseis em meados dos anos 70 compreendiam - além dos que referiu - a Turquia e a Grécia, pelo menos.
Bem vistas as coisas nós e mais 2 ou 3 outros países seríamos a excepção. No inicio dos anos 80 seríamos a única, creio....

E isto para não falar da tradicional vetustidade dos nossos meios quando comparados com os outros países integrantes da NATO.... ou consegue dar-me um exemplo de um país cuja Marinha seja quantiva e qualitativamente inferior à nossa?? ... mesmo hoje... (excluindo Islândia e Bélgica, por diferentes razões....)

Cpmts
Carlso Ferreira
 

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luis filipe silva

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« Responder #299 em: Maio 31, 2009, 11:58:00 am »
Creio que estávamos a falar de 1970, e não nos meados dos anos 70, muito menos nos 80.

Citar
E isto para não falar da tradicional vetustidade dos nossos meios quando comparados com os outros países integrantes da NATO.... ou consegue dar-me um exemplo de um país cuja Marinha seja quantiva e qualitativamente inferior à nossa?? ... mesmo hoje... (excluindo Islândia e Bélgica, por diferentes razões....)

Começando pelo Norte, Estónia, Lituânia, Letónia, Polónia, Roménia, Bulgária. Chega?
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Luis Filipe Silva