O problema não é haver ou não haver militares maçons. O problema é que muita desta «gentinha» entra para lojas maçónicas, cumpre lá os ritos deles e presta uma quantidade de juramentos que entram por um lado e saem automáticamente pelo outro.
Os ideais da Maçonaria não têm em si nada de especialmente negativo ou mau, aliás pelo contrário. Mas como todas as entidades bem intencionadas, há muita gente com capacidade para as corromper por dentro, como é o caso desta gente suja da loja Mozart.
A loja Mozart caiu em desgraça, mas não podemos ter grandes esperanças porque muitas outras lojas sofrem do mesmo problema.
O secretismo da Maçonaria transformou-se num lençol (ou avental) de silêncio, que no passado protegia os «irmãos» que eram em principio pessoas com intenções boas (pelo menos segundo os próprios) mas que hoje não serve para mais nada que para esconder os podres de muita gente influente da sociedade portuguesa. A solução é voltar ao pré 25 de Abril e fazer como fizeram os italianos aquando do escândalo da loja P2 e dos criminosos que escondia: Proibir as sociedades secretas e obrigar a Maçonaria a divulgar publicamente os seus membros.
Quanto à questão dos militares e dos serviços secretos:
Eu espero dos militares pelo menos um pouco mais de decoro, independentemente de serem ou não maçons, embora sinceramente um militar maçom para mim seja algo de deplorável, porque um juramento secreto se sobrepõe a um julgamento público de honra.
Um militar da maçonaria é por isso um militar cuja honra está em causa.
Ainda assim, continuo a achar que seria o menor dos males.