ENVC - Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.

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Edu

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« Responder #75 em: Maio 27, 2009, 10:56:45 pm »
(O Chicken_Bone trabalha na Inglaterra e vai de bicicleta para o emprego? O senhor por acaso não é originalmente do distrito de Castelo Branco? É que quando entrei para o curso de engenharia que frequento me contaram de um rapaz nessas condições, porque eu referi que gostaria de ir trabalhar para a inglaterra. Mas isto é um aparte.)

Olhe que uma bicicleta de aluminio não é assim muito cara. Se for de uma super-liga de aluminio série 2 ou série 7 é que já é diferente
 

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Chicken_Bone

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« Responder #76 em: Maio 27, 2009, 11:13:32 pm »
Desculpa lá, mas quem é esse senhor de que falas?  Olhei em volta, mas não o encontro. "É careca? Tem bigode? É louro? Ah, então é o Jacques".

Nos países cá mais para cima, é mais normal para o pessoal usar a bicla como meio de transporte do que aí.
A Grã-Bretanha não é a França em que encontras Portugueses aos pontapés; mas também não é a China. O que quero dizer é não nos conhecemos todos uns aos outros (eu só conheço 2 Portugueses melhor, por exemplo) e a probabilidade de ser a pessoa de quem falas é relativamente pequena.

De qualquer forma, não sou Beirão ou Mouro. Soue da Inbicta, do Puorto, a Norte da Ponte D. Luís começa o país, etc. Até que nem de propósito, estou a ouvir "pronúncia do norte" dos GNR na rádio.

As biclas cá são caras. A minha deve ser alumínio, mas só a comprei por ser baratita para uma híbrida (montanha e estrada).
Quanto ao tipo, não sei, mas não me parece que sejam essas "grades" mais específicas da ind. aero e auto q mencionaste.

Vamos lá ver o fabricante de espingardas (Feinwerkbau) explica um pouco mais sobre a situação económica dos estaleiros, já que parece estar por dentro deles.
"Ask DNA"
 

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Three Of Five

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« Responder #77 em: Maio 27, 2009, 11:25:02 pm »
Citação de: "Feinwerkbau"
Citação de: "P44"
Citação de: "Morkanz"
Açores encomendam o "Atlantida" ao ENVC, o ENVC constroi, depois os Açores recusam?

vc encomenda um Mercedes e fazem-lhe um Tata, acha bem?


continuo a dizer que tá tudo muito certo e que têm toda a razão nesse aspecto.

Mas a analogia não seria mais correcta se fosse:

Encomenda um Mercedes com um motor de um Tatra e depois queixa-se que anda pouco?   :twisted:


Nope, encomenda um mercedes que de 100 milhas/hora e recebe um que anda a 85 milhas /hora, porque entretanto ficou maior e mais pesado...uma diferença irrisória.  Se fosse um estaleiro doutro pais comiam e não bufavam, mas sendo nacional criticam tudo. O novo estatudo da autonomia deu-lhes arrogancia para colocar em causa postos de trabalho nacionais, como se já não chegassem os chinos....  mas quando os tremores de terra surgem já se lembram de pedir ajuda ........
 

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Vicente de Lisboa

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« Responder #78 em: Maio 28, 2009, 12:49:29 am »
Citação de: "Three Of Five"
Nope, encomenda um mercedes que de 100 milhas/hora e recebe um que anda a 85 milhas /hora, porque entretanto ficou maior e mais pesado...uma diferença irrisória.  Se fosse um estaleiro doutro pais comiam e não bufavam, mas sendo nacional criticam tudo. O novo estatudo da autonomia deu-lhes arrogancia para colocar em causa postos de trabalho nacionais, como se já não chegassem os chinos....  mas quando os tremores de terra surgem já se lembram de pedir ajuda ........

O meu amigo alguma vez comprou um carro? É que se acha que 15% de potência não faz diferença... hepa, tenho aqui um carrão para lhe vender!
 

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Feinwerkbau

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« Responder #79 em: Maio 28, 2009, 09:03:07 am »
Three of Five

Não entendo onde quer chegar.... a Atlânticoline tem razão, o navio devia dar minimo 18 nós e dá 16.6...... é motivo de rescisão de contrato, ponto.
Agora, será de averiguar as razões que levaram a uma barracada destas, responsabilidades sobre o projecto, etc, etc.....
Porque não tem a ver com qualidade de construção, tem a ver com má concepção..

Edu
De facto os ENVC têm essas encomendas assinadas mas.......

2 NPO's em fase final de construção...
2 NCP's....... parados enrolados, à espera de ordem de ordem de avanço...
LFC's em desenvolvimento de projecto e provavelmente só daqui a 2 anos entram em produção....
NPL.......... lol lol lol  provavelmente vai ficar para o parceiro.......... ou não......

e navios civis neste momento não há, pela politica comercial seguida nos ultimos anos (2007,2008 ) em que não se assinou um unico...
e a crise não está a ajudar o mercado civil...
e há os 35M€ a devolver e o segundo navio parado para os Açores...

pelo que sei, não há trabalho durante um ano, nos sectores da produção....

Chicken_Bone
Claro que o cash flow nos tempos que correm é um problema, mas o que disse não cabe na cabeça de ninguém, todos os negócios desta dimensão passam por uma entrada inicial a rondar os 30%...
E não é uma questão de garantias, isso é antes de assinar contrato :d
 

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nelson38899

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« Responder #80 em: Maio 28, 2009, 09:15:28 am »
Citação de: "Chicken_Bone"



De qualquer forma, não sou Beirão ou Mouro. Soue da Inbicta, do Puorto, a Norte da Ponte D. Luís começa o país, etc. Até que nem de propósito, estou a ouvir "pronúncia do norte" dos GNR na rádio.



Desculpa do offtopic, mas por acaso tu não moras na boavista, no porto? E já agora tu por acaso não andaste a estudar na universidade do minho entre 2002 e 2007???
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Edu

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« Responder #81 em: Maio 28, 2009, 09:42:15 am »
Feinwerkbau então a marinha precisa de navios claramente para substituir as velhas corvetas e os patrulhas Cacine. Os EVNC precisam de contruir para ganhar dinheiro por forma a compensar o desastre o Atlantida e para não despedir trabalhadores. Porque não avançar agora com a construção militar em força. Avance já a construção dos navios da marinha, agora que já se sabem fazer os NPO porque não fazer logo os outros 4 de seguida mais os NCP, e quando o projecto das LFC estiver pronto começar logo a construir. É sem duvida trabalho para pelo menos 5 anos isso tudo, daqui a 5 anos já passou a crise, os armadores civis já têm mais dinheiro, os navios não estão mais novos e eles precisam de navios novos, e os estaleiro mantendo emprego e produção podem depois entrar em força na contrução civil. Até é uma boa ideia aproveitar os tempos de crise na contrução naval para contruir navios para a marinha.
 

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Three Of Five

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« Responder #82 em: Maio 28, 2009, 10:08:50 am »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O meu amigo alguma vez comprou um carro? É que se acha que 15% de potência não faz diferença... hepa, tenho aqui um carrão para lhe vender!


Vários, e é indiferente que um carro dê 153 Km/h ou 180 Km/h quando só posso andar a 120 Km/h. De qualquer forma esta é uma comparação pouco realista.  

De facto é uma diferença do caraças dar 33,3 Km/h ou 30,56 Km/h.   :x
 

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manuel liste

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« Responder #83 em: Maio 28, 2009, 10:11:02 am »
Citação de: "Feinwerkbau"

e navios civis neste momento não há, pela politica comercial seguida nos ultimos anos (2007,2008 ) em que não se assinou um unico...
e a crise não está a ajudar o mercado civil...
e há os 35M€ a devolver e o segundo navio parado para os Açores...

pelo que sei, não há trabalho durante um ano, nos sectores da produção....


Os estaleiros da Ría de Vigo também não têm novos contratos desde faz um ano, pela coisa da crise e a queda do preço do petróleo.

O Estado teve que avalar varias encomendas assinadas pelos estaleiros para que tivessem financiamento bancário. Têm trabalho até 2010-2011, mas não máis alá
 

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manuel liste

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« Responder #84 em: Maio 28, 2009, 10:15:04 am »
A velocidade de um navío importa, e muito. Entre os 18 e os 16,5 nós pode estar a diferença que faça rentável uma linha marítima  :!:
 

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Three Of Five

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« Responder #85 em: Maio 28, 2009, 10:53:40 am »
Citação de: "manuel liste"
A velocidade de um navío importa, e muito. Entre os 18 e os 16,5 nós pode estar a diferença que faça rentável uma linha marítima  :D

Continuo a dizer que se o barco tivesse sido construído em espanha ou noutro pais qualquer comiam e não bufavam  :x
 

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pmdavila

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« Responder #86 em: Maio 28, 2009, 12:53:24 pm »
Pode ser que o GRAA aproveite a experiência que vão ter com o catamaran "Viking" este Verão (que "só" faz viagens a 35-40 nós, equivale Terceira - São Miguel em 2h45m) para deixarem de lado a ideia dos ferrys e pensarem numa coisa de jeito.

O contrato não foi cumprido, ponto. Não me interessa se os estaleiros são nacionais ou estrangeiros. Se o produto final não é o acordado, tenho todo o direito em o recusar, não é? Acho que tem alguma coisa a ver com "leis do mercado". E se os ENVC não revêem os projectos antes de os começarem a construir, se calhar há alguma coisa que não está muito bem, digo eu.
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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Vicente de Lisboa

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« Responder #87 em: Maio 28, 2009, 01:02:17 pm »
Citação de: "Three Of Five"
Se o limiar de rentabilidade não acomoda uma diferença de 1,5 nós, então deveriam dedicar-se à pesca  :D

Note-se que a diferença não é "só" 1.4 nós. O contratado era 18 nós a 80% da potência, salvo erro, e o navio apresentado só dava os 16.6 a 100% da potência.

Não só a diferença na velocidade se nota em trajectos inter-ilhas (que aquilo não era para passeios na foz do Tejo) como a preço do combustível faz mossa.

Isto já para nem entrar nos outros problemas no navio.

Essa mania de que o estaleiro português tem por isso direito a não cumprir aquilo com que se compromete é um monumental atestado de incompetência ao país inteiro.
 

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Feinwerkbau

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« Responder #88 em: Maio 28, 2009, 01:37:57 pm »
Citação de: "pmdavila"
Pode ser que o GRAA aproveite a experiência que vão ter com o catamaran "Viking" este Verão (que "só" faz viagens a 35-40 nós, equivale Terceira - São Miguel em 2h45m) para deixarem de lado a ideia dos ferrys e pensarem numa coisa de jeito

Citação de: "a_uniao"
CONTRATADO PELA ATLÂNTICOLINE Navio " Viking " regista historial de avarias
Publicado na Terça-Feira, dia 26 de Maio de 2009, em Actualidade
 
Alugado para o serviço de transporte de passageiros inter-ilhas, nos Açores, o segundo navio contratado pela empresa " Atlânticoline ", em Inglaterra, teve várias avarias, nos últimos anos, revelou ontem o site da RTP/Açores.
O " Viking " esteve parado em Agosto de 2008, devido a um acidente semelhante ao " Ilha Azul " e, em 2007, registou problemas nos motores e na caixa de velocidades.
A empresa proprietária do barco alugou-o para a operação na Região Autónoma, mas, o que pretende é vendê-lo a outro operador.
O acidente no " Viking ", em Agosto passado, resultou num rombo no casco, depois de uma forte rajada de vento ter empurrado o barco contra o cais na ilha de Man, na Grã-Bretanha.
O barco rápido, agora contratado para os Açores, preparava-se para largar, com mais de 600 pessoas a bordo mas, os passageiros foram evacuados e ninguém ficou ferido, acidente que obrigou a empresa proprietária a suspender as viagens para reparar os estragos, adianta a informação disponibilizada na página virtual da RTP/A-
O acidente foi muito semelhante ao que aconteceu com o " Ilha Azul ", na Graciosa, que também sofreu um rombo no casco, ao embater num baixio, empurrado pelo vento.
Mas os problemas com o " Viking " não ficaram por aí: em 2007, quando operava por conta da mesma empresa, mas com outro nome, o barco, na altura com a designação " Super Sea Cat 2 " registou outras avarias - uma falha na caixa de velocidades de uma das quatro máquinas do barco, obrigaram-no a reduzir a velocidasde de cruzeiro.
A embarcação que tem capacidade para atingir 35 nós, passou a levar mais tempo para efectuar as viagens entre a Inglaterra e a Irlanda, ao ponto de não cumprir os horários estabelecidos pela companhia.
Perante as críticas dos passageiros, a empresa proprietária do navio foi forçada a fazer um pedido público de desculpas, durante o período em que um dos motores foi devolvido ao fabricante, na Alemanha, para reparação.
Estes incidentes poderão não estar relacionados com o facto, mas, na verdade, é que a empresa " Steam Packet " já fez saber que o navio está à venda, embora, por enquanto, esteja alugado à " Atlânticoline ".


realmente espero que sim, que aprendam.................

Edu a pergunta que faz é boa, mas deverá fazê-la a quem decide essas coisas....
 

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Three Of Five

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« Responder #89 em: Maio 28, 2009, 05:06:56 pm »
Citação de: "Feinwerkbau"
Citação de: "pmdavila"
Pode ser que o GRAA aproveite a experiência que vão ter com o catamaran "Viking" este Verão (que "só" faz viagens a 35-40 nós, equivale Terceira - São Miguel em 2h45m) para deixarem de lado a ideia dos ferrys e pensarem numa coisa de jeito

Citação de: "a_uniao"
CONTRATADO PELA ATLÂNTICOLINE Navio " Viking " regista historial de avarias
Publicado na Terça-Feira, dia 26 de Maio de 2009, em Actualidade
 
Alugado para o serviço de transporte de passageiros inter-ilhas, nos Açores, o segundo navio contratado pela empresa " Atlânticoline ", em Inglaterra, teve várias avarias, nos últimos anos, revelou ontem o site da RTP/Açores.
O " Viking " esteve parado em Agosto de 2008, devido a um acidente semelhante ao " Ilha Azul " e, em 2007, registou problemas nos motores e na caixa de velocidades.
A empresa proprietária do barco alugou-o para a operação na Região Autónoma, mas, o que pretende é vendê-lo a outro operador.
O acidente no " Viking ", em Agosto passado, resultou num rombo no casco, depois de uma forte rajada de vento ter empurrado o barco contra o cais na ilha de Man, na Grã-Bretanha.
O barco rápido, agora contratado para os Açores, preparava-se para largar, com mais de 600 pessoas a bordo mas, os passageiros foram evacuados e ninguém ficou ferido, acidente que obrigou a empresa proprietária a suspender as viagens para reparar os estragos, adianta a informação disponibilizada na página virtual da RTP/A-
O acidente foi muito semelhante ao que aconteceu com o " Ilha Azul ", na Graciosa, que também sofreu um rombo no casco, ao embater num baixio, empurrado pelo vento.
Mas os problemas com o " Viking " não ficaram por aí: em 2007, quando operava por conta da mesma empresa, mas com outro nome, o barco, na altura com a designação " Super Sea Cat 2 " registou outras avarias - uma falha na caixa de velocidades de uma das quatro máquinas do barco, obrigaram-no a reduzir a velocidasde de cruzeiro.
A embarcação que tem capacidade para atingir 35 nós, passou a levar mais tempo para efectuar as viagens entre a Inglaterra e a Irlanda, ao ponto de não cumprir os horários estabelecidos pela companhia.
Perante as críticas dos passageiros, a empresa proprietária do navio foi forçada a fazer um pedido público de desculpas, durante o período em que um dos motores foi devolvido ao fabricante, na Alemanha, para reparação.
Estes incidentes poderão não estar relacionados com o facto, mas, na verdade, é que a empresa " Steam Packet " já fez saber que o navio está à venda, embora, por enquanto, esteja alugado à " Atlânticoline ".


Então os Ingleses é que são bons não é verdade ? :wink: