Relações económicas Portugal - Espanha

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #105 em: Outubro 04, 2010, 07:21:54 am »
Irlandeses y portugueses deben a la banca española casi 100.000 millones de €

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El pasado viernes la ministra de Economía, Elena Salgado, adelantaba en Bruselas su «preocupación» por la crisis desatada en Irlanda en las últimas semanas. No es para menos. A diferencia del virus griego —que logró infectar a España sin que sus bancos tuvieran exposición a aquel país (apenas 1.000 millones de euros en total)—, la nueva gripe irlandesa y su contagio a Portugal tienen la capacidad de contaminar, además, al sector financiero nacional. La exposición a créditos concedidos en ambos países rozan los 100.000 millones de euros al alcanzar los 98.000 millones teniendo en cuenta todos los préstamos, la mayoría realizados a los sectores privado, bancario y público, según los datos recogidos en el informe «International banking and financial market developments» elaborado en junio por el Banco Internacional de Pagos (BIS), con sede en Basilea (Suiza).
Las cifras desagregadas dan un respiro a las cajas de ahorros españolasLas cifras de la entidad internacional, cuyo director general es el español Jaime Caruana, evidencian que, al igual que sucede en España, el principal problema de las entidades financieras en estos países no lo compone el endeudamiento público sino el privado, cuyas manos adeudan 62.500 millones a la banca española, el 63% de los créditos realizados en estos países. De esta cantidad, 50.500 millones pertenecen a deudas contraídas por particulares y empresas portuguesas y el resto, 12.000 millones, por sus homólogos irlandeses. A esta cifra hay que sumar, además, la exposición a los bancos de ambos países —privados en buena parte—, que alcanza los 7.000 millones de euros en total (el 7%); 5.000 millones en el caso luso y 2.000 correspondientes a entidades del «Tigre Celta». Otros créditos (22.000 millones) se reparten entre otras exposiciones no detalladas en el informe.
Frente a todo ello, sólo 6.000 millones o el 6% de los préstamos tienen que ser devueltos desde el sector público y, en este caso, desde Lisboa, ya que las deudas de Dublín con entidades españolas no suman ni siquiera los 200 millones de euros. No obstante, cabe recordar el fuerte efecto contagio que ejerció la crisis griega en las empresas asentadas en países periféricos, a las que el mercado prácticamente cerró la financiación.
En esta ocasión, las cifras desagregadas entidad a entidad dan un respiro a las cajas de ahorros españolas, más castigadas a lo largo de esta crisis frente a sus competidores bancarios. Según desvelan las cifras recogidas en las pruebas de solvencia realizadas por el Banco de España el pasado mes de julio, son los grandes bancos españoles los que acumulan una mayor cartera de créditos públicos a los dos nuevos focos de riesgo de Europa.
El Santander lidera el ránking, con un total de 5.135 millones de euros en deuda soberana y créditos concedidos a empresas públicas lusas e irlandesas. Por su mayor tamaño, el banco que preside Emilio Botín es, con diferencia, el más expuesto a estos dos países periféricos, aunque lo cierto es que no en la misma proporción. La primera entidad financiera española acumula 66.660 millones de euros procedentes de Tesoros o entes públicos de toda Europa y, en concreto, en Portugal, es donde más se juega, pues ha invertido más de 5.000 millones. En Irlanda, por el contrario, su exposición es prácticamente testimonial.
La exposición a créditos concedidos en ambos países rozan los 100.000 millones de euros A continuación se encuentra el BBVA, que acumula en su cartera 662 millones de préstamos respaldados por los estados de Irlanda y de Portugal. Como en el caso de su máximo competidor, la entidad que preside Francisco González tiene una mayor concentración de estos créditos en el país vecino, donde concentra 646 millones. En cualquier caso, entre todos los periféricos, la entidad bilbaína eligió a Italia como destino de compra de deuda soberana: posee 6.230 millones en títulos del país mediterráneo. En total, suma 64.775 millones en obligaciones de emisores europeos.
El Banco Popular completa el «top» del ránking y, de nuevo, la deuda lusa vuelve a ser la clave. De hecho, la entidad que lidera Ángel Ron posee 657 millones respaldados por el Estado de Portugal. Lo mismo ocurre con el Banco Sabadell y el Banco Pastor, con unos 100 millones de euros procedentes del Tesoro portugués o entes públicos locales.
 

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Lusitano89

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #106 em: Maio 20, 2011, 08:20:49 pm »
Renova é líder em Espanha no segmento dos guardanapos


A empresa Renova é líder de mercado em Espanha, com 12 por cento de quota, no mercado dos guardanapos.
«A Renova especializou-se nas últimas décadas no fabrico de produtos descartáveis de papel, comercializando papel higiénico, rolos de cozinha, lenços e guardanapos, sendo os guardanapos o único segmento em que a marca portuguesa é líder no mercado espanhol, com 12 por cento de quota», afirmou o diretor de marketing, Luis Saramago, em respostas escritas enviadas à Lusa.

A Lusa tinha escrito na quinta-feira que a Renova era líder de mercado em Espanha, com os mesmos 12 por cento de quota, mas sem especificar que essa posição apenas dizia respeito aos guardanapos de papel.

Questionado sobre quais são os objectivos da Renova para a penetração de outros produtos naquele mercado, Luís Saramago respondeu que a meta é «conquistar distribuição para os produtos que a marca lança continuamente [...] para continuar a trilhar o caminho de crescimento dos últimos anos».

A Renova afirma que por força «dos hábitos culturais» em Espanha e Portugal «o segmento de guardanapos tem muito mais importância do que em França», um país em que «o segmento de rolos de cozinha consegue ter um peso de mercado muito superior ao verificado na Península» Ibérica.

«A Renova está atenta a estas especificidades e procura desenvolver a sua estratégia de modo a conseguir aproximar-se de mais consumidores em cada um dos países para onde consegue exportar», sublinhou Luís Saramago.

Lusa
« Última modificação: Janeiro 17, 2012, 12:04:57 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #107 em: Novembro 29, 2011, 12:03:51 am »
Portugal é o principal destino das marcas espanholas


Portugal é o principal destino para a internacionalização das marcas de 'franchise' espanholas, segundo um estudo hoje divulgado que refere que no país estão já quase 2.500 unidades de 97 cadeias. O estudo, da Torno Associados, refere que os sectores de moda e serviços destacam-se na rede, sendo que o grupo DIA é o mais representado em Portugal com 539 unidades de negócio em todo o país.

Em termos globais, o estudo refere que em Portugal estão 2.494 unidades de negócio de marcas espanholas, que destacam as semelhanças culturais e a proximidade do mercado com o factor mais atractivo para as empresas espanholas.

Ao contrário de outros países, em Portugal não é a moda que lidera este sector de comércio e serviços de retalho, sendo antes de destacar a distribuição de alimentação ou o turismo.

Assim, o estudo destaca as 150 unidades da Halcón Viajes, as 83 da Almeida Viajes e as 66 da Viajes Ibéria-D Viagem.

O estudo destaca ainda a marca de estética e beleza No+Vello, que tem já 140 unidades, sendo de destacar as 118 da Telepizza e as 95 da Naturhouse.

No sector da moda, a representação espanhola é liderada pela Pull & Bear, que tem 63 lojas, mais três que a Mango. São ainda relevantes as presenças de marcas como Springfield, Bershka, Massimo Dutti, Cortefiel, Stradivarius e Women's Secret.

A Pans & Company lidera o sector da restauração com as suas 57 lojas, sendo ainda de destacar a presença de cadeias como a Saboreaté y Café, Cañas y Tapas, Jamaica Coffee Shop ou a La Máfia se Sienta a la Mesa.

Entre as empresas de serviços presentes em Portugal, o estudo destaca as clínicas dentais Vitaldent, a cadeia de reciclagem de consumíveis Recycling System, a de limpeza a seco Pressto, a de papelaria e material de escritório Carlin e a rede de soluções auditivas Gaes.

Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #108 em: Janeiro 17, 2012, 12:07:12 pm »
Portugueses cada vez mais "rendidos" a Espanha na hora de fazer compras


Os portugueses que vivem na raia estão cada vez mais "rendidos" a Espanha na hora de fazer compras, elegendo como prioritários, além dos combustíveis e gás, os produtos de limpeza e os de higiene pessoal. Com a subida do IVA, que tornou mais caros vários produtos que constam do habitual 'avio' dos portugueses, muitos são os consumidores que optam por comprar no outro lado da fronteira.

Mas, quando chega a hora de adquirir alimentos, como a carne ou o peixe, a preferência passa pelos nacionais, pela sua qualidade.

«Faço compras em Espanha uma vez por semana. Compensa comprar, principalmente, produtos de higiene pessoal e para a limpeza doméstica», afiança à Agência Lusa Rui Carmo, de 34 anos, após a habitual «visita» a um supermercado no centro da cidade espanhola de Olivença.

Para este professor, residente em Vila Boim (Elvas), as deslocações a Espanha, onde lecciona, são frequentes, só que, quando tem que comprar carne ou peixe, a preferência vai para os produtos com origem portuguesa.

«Nós preferimos a nossa carne e peixe. Eu e a maioria dos portugueses que fazemos compras em Espanha preferimos os nossos produtos», sublinha.

No entanto, Rui Carmo admite que, nos próximos tempos, vai continuar a fazer compras no país vizinho, cujos preços o «conquistam» mesmo quando se encontra de férias.

A título de exemplo, indica à Lusa, um gel de banho em Espanha chega a ser mais barato «cerca de três euros e meio», em comparação com Portugal.

Rui Carmo faz também parte do vasto número de portugueses que vive naquela região raiana e que, ao ir aos supermercados de «nuestros hermanos», aproveita depois para atestar o depósito da sua viatura ou comprar gás para uso doméstico.

«Este ano, ainda não fiz compras em Portugal, pois, com a subida do IVA, nota-se muito a diferença. Mesmo quando estou de férias venho a Espanha fazer as compras porque associo, normalmente, a ida ao supermercado com o atestar do depósito do carro», declarou.

A vinte quilómetros de Olivença, o cenário é idêntico na cidade estremenha de Badajoz. Nos supermercados, gasolineiras e na «emblemática» Calle Menacho (Rua Menacho), a principal artéria de compras da cidade, a língua de Camões predomina.

Aos fins-de-semana é quando se nota a presença de um maior número de portugueses em Badajoz, principalmente nos restaurantes onde se comercializam as tradicionais tapas espanholas.

Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #109 em: Maio 07, 2012, 11:57:06 am »
Espanha é maior cliente e fornecedor de Portugal


A Espanha continua a ser o principal destino das exportações e a maior fonte das importações de Portugal, mas com a crise financeira o peso espanhol no comércio português tem-se reduzido. Em 2011, Portugal exportou 10.509 milhões de euros em bens para Espanha – 24,8 por cento do total das exportações portuguesas. Segundo estes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o país vizinho é o maior cliente dos produtos portugueses, valendo quase tanto como os segundo e terceiro maiores destinos de exportação, Alemanha (13,6 por cento) e França (12 por cento).

No sentido inverso, Portugal importou 18.226 milhões de euros em bens espanhóis – o equivalente a 31,6 por cento do total das importações portuguesas. Espanha é também a principal origem das importações de Portugal, desde o início dos anos 1990.

É igualmente com Espanha que Portugal regista o seu maior défice comercial. No ano passado, a balança comercial entre os dois países foi favorável a Espanha em 7.717 milhões de euros – quase metade do défice comercial português total.

Este é um fenómeno relativamente recente: no início dos anos 1980, Espanha representava menos de cinco por cento dos fluxos comerciais de Portugal.

«Até 1974, Portugal estava virado para as colónias, ignorava Espanha, e vice-versa. Eram dois vizinhos praticamente de costas voltadas, até à entrada dos dois países no mercado comum [em 1986]. Desde então, tem sido sempre a crescer», afirmou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Enrique Santos.

Segundo os números do INE, a taxa de cobertura (percentagem das importações que é «paga» pelas exportações) de Portugal em relação a Espanha foi 57,6 por cento em 2011 – um valor muito inferior à média total (73,4 por cento). Em todo o caso, este valor já foi muito mais baixo: a taxa de cobertura relativamente a Espanha estava apenas nos 42,2 por cento em 1998.

A quota espanhola no comércio internacional português tem-se reduzido ligeiramente desde 2009, à medida que o efeito da crise financeira se torna mais forte em ambos os países.

As importações vindas de Espanha atingiram um máximo histórico de 32,8 por cento do total em 2009, as exportações alcançaram 28,7 por cento em 2007.

Este abrandamento «é sinal da crise que se está a viver em Espanha» e também reflexo de uma «saturação» do mercado português relativamente a Espanha, disse Enrique Santos.

O presidente da Câmara de Comércio nota ainda que os laços comerciais ibéricos são especialmente fortes entre o Norte português e a Galiza.

«O primeiro comprador [de produtos portugueses] é a Galiza, o segundo é a comunidade de Madrid, depois a Catalunha», disse Enrique Santos. No sentido inverso, as principais origens de produtos espanhóis são a Catalunha (o maior fornecedor, por uma grande diferença), Madrid e depois a Galiza.

Esta distribuição regional tem a ver com a boa relação entre o Norte e a Galiza mas também com o perfil económico das regiões: «Catalunha é para Espanha o que o Norte é para Portugal, uma região com muitas fábricas, muita indústria», referiu.

A XXV Cimeira Luso-Espanhola, que decorre na próxima quarta-feira, no Porto, terá entre os objectivos centrais reatar a proximidade nas relações ibéricas e intensificar os laços Portugal/Espanha. Desde 2009 que não se realizavam cimeiras bilaterais entre Portugal e Espanha.

Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #110 em: Maio 12, 2013, 01:35:29 pm »
Espanha continua a ser o primeiro investidor em Portugal


O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse à Lusa que Espanha continua a ser o primeiro investidor no mercado português, apesar da retração do investimento de Madrid no estrangeiro. Em declarações feitas na véspera da XXVI Cimeira Ibérica - que junta na segunda-feira, em Madrid, os chefes dos governos português, Pedor Passos Coelho, e espanhol, Mariano Rajoy -, Pedro Reis disse que "apesar da crise, Espanha continua a ser o primeiro investidor em Portugal, num cenário de forte retracção do investimento espanhol no exterior", que em termos globais recuou ao nível dos anos 90, ou seja, menos 60% em relação a 2011.

Isso "coloca em evidência o facto de as empresas espanholas continuarem a procurar Portugal porque o nosso país costuma ser, por razões conhecidas, o primeiro mercado de internacionalização de muitas empresas espanholas", nomeadamente das pequenas e médias empresas (PME), disse.

Para Pedro Reis, "Portugal continua a ser atractivo para as PME espanholas", adiantando que as entidades que têm procurado informação junto da AICEP "são sobretudo das áreas dos serviços, consultoria e agro-alimentar".

O presidente da AICEP justificou esta tendência com o facto de a proposta de valor de Portugal "ser competitiva em relação a Espanha e com vista a conseguir parcerias com empresas portuguesas para chegar a terceiros mercados, nomeadamente africanos".

Pedro Reis considerou que "as relações bilaterais luso-espanholas continuam e continuarão no futuro a ser determinantes, pois naturalmente Espanha continuará a ser um mercado de grande dimensão 'ao lado de casa', com um grupo muito importante de empresas com presença mundial" com as quais as empresas portuguesas podem facilmente trabalhar.

"Um natural mercado-teste para muitos serviços e produtos de origem portuguesa e que pode ser potenciado, tendo em conta o enorme espaço, ainda pouco explorado, para a cooperação entre empresas dos dois países em mercados de forte crescimento como a América Latina ou África", disse.

O aprofundamento das relações bilaterais entre os dois países "é uma inevitabilidade no futuro, até pela necessidade crescente que as empresas de ambos países têm de se internacionalizar e aproveitar oportunidades conjuntas fora do espaço europeu", concluiu Pedro Reis.

As exportações portuguesas de bens para Espanha subiram 2% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período do ano passado, para 2.713 milhões de euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em igual período, as compras de produtos espanhóis recuaram 11,1% para 4.172 milhões de euros, com um saldo da balança comercial negativo para Portugal de 1.458 milhões de euros.

Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #111 em: Agosto 15, 2014, 08:21:01 pm »
Espanhóis podem ficar com 60% da banca portuguesa


A solução adoptada para a crise do BES vai alterar de forma profunda a paisagem do sistema bancário nacional. Os bancos espanhóis estão na linha da frente para entrarem no capital do Novo Banco, como accionistas de referência, e, se as manifestações de interesse se materializarem, ficarão com posições de relevo em quase 60% da banca portuguesa.

O BBVA, o Sabadell e o Santander estão a aparecer como potenciais interessados no Novo Banco, que terá de ser vendido para que o empréstimo do Estado possa ser devolvido.

A presença espanhola em Portugal já é significativa. O La Caixa é o principal accionista do BPI, o Sabadell é o segundo maior no BCP, e o BBVA e o Santander têm presença física no país.

Estes bancos representam cerca de 38% dos activos do sistema financeiro nacional, segundo o último relatório anual da Associação Portuguesa de Bancos. E se houver investidores espanhóis no BES, esta quota deve subir para perto de 60%.

A excessiva concentração do sector é, aliás, um dos principais entraves à entrada dos espanhóis. Se fosse o Santander Totta a comprar o Novo Banco, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos seria destronada no lugar de maior banco português. Dificilmente a Autoridade da Concorrência aprovaria tal operação, diz fonte do sector.

SOL
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #112 em: Outubro 09, 2014, 05:47:08 pm »
Espanhol líder do Eixo Atlântico critica concidadãos por dívidas em portagens portuguesas


O secretário-geral do Eixo Atlântico, o espanhol Xoan Mao, condenou hoje o comportamento de concidadãos que utilizam as autoestradas portuguesas há anos sem pagar portagens, com uma dívida acumulada estimada em 11 milhões de euros.

“Estamos a falar de atitudes vigaristas, nitidamente”, declarou, à margem de uma reunião, em Bragança, da Comissão Executiva do Eixo Atlântico, associação que junta 38 cidades do Norte de Portugal e da Galiza, Espanha.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião que teve na agenda, entre outros pontos, a mobilidade e as ligações entre Portugal e Espanha, o secretário-geral reiterou que quem passa nas autoestradas portajadas “tem de pagar e ponto final”.

A situação, como fez questão de esclarecer, não tem nada a ver com as SCUT, as antigas autoestradas sem custos para os utilizadores que quando passaram a ter circulação paga geraram confusão junto dos condutores estrangeiros, situação que considerou ultrapassada. “Agora o que se coloca é uma situação distinta. Descobriu-se que, infelizmente, um número muito elevado de espanhóis tinha o hábito de passar pelas autoestradas portuguesas portajadas sem pagar”, explicou.

A dívida ascende a 11 milhões de euros, “uma vergonha”, no dizer do secretário-geral do Eixo Atlântico, que dá razão às concessionárias que estão a reclamar o pagamento junto dos devedores espanhóis. Xoan Mao defende que quem deve, tem de pagar “porque, se não, é um problema de polícia”.

“Quem não quer pagar autoestrada vai pela estrada. Se vai por uma autoestrada portajada, as regras do jogo são para cumprir, goste ou não goste”, sublinhou.
Segundo exemplificou, “há uma empresa de transportes espanhola que deve 250 mil euros”, o que significa que “a sua frota de camiões esteve a passar pelas autoestradas portuguesas durante anos sem pagar”.

“Para mim é totalmente inadmissível. Da mesma forma que criticamos o Governo português quando colocou um sistema de pagamento totalmente impossível, surrealista e caricato [nas antigas SCUT], também criticamos as pessoas que não cumprem as regras do jogo, sejam portugueses, espanhóis ou franceses”, afirmou.
Isso mesmo foi dito pelo Eixo Atlântico, de acordo com o dirigente, quando o problema se levantou, há alguns meses, e a associação de transportadoras de Espanha procurou a associação para pedir apoio.

“Meus caros, aqui só há uma solução é pagar - e quanto antes melhor”, foi a resposta. O secretário-geral garantiu ainda que as concessionárias portuguesas como a Brisa até estão a “portar-se bem porque não estão a aplicar coimas, apenas encargos administrativos”.

Xoan Mao não deixou, porém, de notar que “também é verdade que durante muito tempo houve gente que se dedicou a dar a imagem [de que] em Portugal não paga ninguém”. “Agora, está-se a ver que não é assim, as pessoas têm de pagar, ponto final”, rematou.


Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #113 em: Outubro 22, 2014, 01:15:26 pm »
Exportações portuguesas para Espanha desaceleraram em agosto


As exportações portuguesas para Espanha desaceleraram significativamente no mês de agosto, caindo 15%, o que reduziu o crescimento destas verificado desde o início do ano para 2,6%, segundo dados remetidos à Lusa.

Até julho, a média do crescimento das exportações portuguesas para aquele país estava em 5,1%, valor que recuou para 2,6% quando somado o mês de agosto, o que, segundo uma nota enviada à Lusa pela delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Madrid, constitui um "sintoma de clara desaceleração".

"Esta quebra das compras espanholas deveu-se especialmente aos produtos energéticos e, em menor medida, a produtos manufaturados e bens de equipamento", refere a nota.

Segundo o Ministério da Economia e Competitividade espanhol, o aumento das compras totais a Portugal, que ascenderam a 6.502 milhões de euros até agosto, foi menor do que o aumento total das importações espanholas, que chegou aos 5,8%.

A desaceleração registou-se igualmente, ainda que bastante mais ligeira, nas vendas espanholas a Portugal.

Até julho as importações provenientes de Espanha tinham aumentado 8,7%, valor que diminuiu para 8,1% em agosto, somando 11.625 milhões de euros.

Apesar destes dados, a AICEP destaca a evolução positiva das exportações portuguesas para Espanha, excluindo o setor de petróleo e derivados. Este setor representou no ano passado cerca de 65% do aumento verificado nesse ano, mas este ano representou menos 31%, o que significa que Portugal exportou para Espanha menos 229 milhões de euros em produtos petrolíferos do que em 2013.

"Excluindo os produtos energéticos das trocas comerciais bilaterais, podemos concluir que as exportações portuguesas para Espanha estariam a crescer cerca de 7%, um comportamento francamente positivo", sublinha a nota.

Os dados confirmam também evoluções positivas em produtos manufaturados (inclui têxteis e confeção, calçado, brinquedos e joalharia), cujas exportações cresceram 17,3% (mais 178 milhões de euros), representando 18,6% do total.

A venda para Espanha de produtos alimentares, que representam 18% do total das exportações, cresceu 6,7% (mais 73 milhões de euros) e o setor automóvel (10,8% do total) aumentou 11,7% (mais 73 milhões de euros).

Nos primeiros oito meses de 2014, os principais clientes de Portugal foram a Galiza (18,9% do total), a Catalunha (16,7%), Madrid (16,5%), a Comunidade Valenciana (10,2%) e a Andaluzia (9%).

Por outro lado, os principais fornecedores de Portugal foram as Comunidades da Catalunha (22,6% do total), Madrid (17,1%), a Galiza (13,8%) e a Andaluzia (11,7%).

Lusa
 

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #114 em: Março 21, 2015, 01:24:41 pm »
Este é o principal destino do investimento português em Espanha


A Andaluzia, que realiza eleições autonómicas no domingo, foi a região espanhola que recebeu mais investimento directo português nos nove primeiros meses de 2014, o que atesta a sua importância para os empresários portugueses.

De acordo com os dados mais recentes da delegação de Madrid do AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), de Janeiro a Setembro de 2014 Portugal foi o sétimo maior fornecedor da Andaluzia, exportando 673 milhões de euros para a região (e os dois primeiros são a Nigéria e a Argélia, com exportações exclusivamente de hidrocarbonetos, petróleo e gás).

As vendas portuguesas para a Andaluzia cresceram assim 9,8% face ao mesmo período do ano anterior.

No sentido contrário, Portugal importou da Andaluzia 1,6 mil milhões de euros no mesmo período, o que o tornam o quarto maior cliente da região.

Os dados da agência espanhola de exportações e investimento ICEX indicam que Portugal ultrapassou os 900 milhões de euros de exportações para a Andaluzia no total do ano passado, ou seja, o maior valor de sempre.

A Andaluzia tem quase a mesma área de Portugal (87 mil quilómetros quadrados contra os 92 mil de Portugal), quase a mesma população (8,5 milhões de andaluzes face aos cerca de 10 milhões de portugueses), um enorme litoral e forte componente turística na sua economia tornam a região um bom local para a internacionalização das empresas portuguesas.

O cônsul honorário de Portugal em Málaga (a capital económica da Andaluzia), Rafael Perez de Peña, referiu à Lusa que os últimos dez anos representaram "a década de ouro do investimento português na região".

Aqui investiram grupos como a Sonae-Sierra (que detém e vai ampliar em joint-venture um dos maiores centros comerciais de Málaga), a Salvador Caetano (que escolheu Málaga para instalar a rede de concessionários automóveis Ibericar), a Sovena (empresa líder na comercialização de azeite) ou a Sugalidal (negócio do tomate).

Os números do Ministério da Economia espanhol atestam esta realidade: o investimento direto bruto português na Andaluzia em 2004 não chegou a um milhão de euros. Em 2012 foi de 34 milhões e nos seis primeiros meses de 2014 era já de 14,96 milhões de euros.

O valor do investimento na Andaluzia em 2014 representa 34% de todo o investimento direto português em Espanha no mesmo período (que foi de 43 milhões de euros), deixando em segundo lugar a Catalunha (que recebeu 32% da aposta portuguesa).

Na Andaluzia vivem e trabalham cerca de 10 mil portugueses, quase tantos como os cerca de 11 mil espanhóis que residem em todo o território português.

O crescimento do relacionamento económico com a região autonómica levou mesmo ao surgimento, há um ano, do Conselho Empresarial Andaluzia-Portugal (CEAP), um reflexo da reactivação do Consulado-Geral de Portugal em Sevilha, um dos dois que existem em Espanha (o outro é em Barcelona).

O CEAP integra algumas das maiores e mais dinâmicas empresas - não só portuguesas, mas também espanholas - a operar na região, como a eléctrica Endesa, a Sovena, a transportadora Luís Simões, a Delta, o Novo Banco, a Coviram, a Caixa Geral de Depósitos, o grupo Erogra, o Grupo Aromas ou a Sugalidal.

O Cônsul-Geral de Portugal em Sevilha, Jorge Monteiro, disse à agência Lusa que o CEAP "é uma estrutura única no seu género Espanha", já que foi fundado pelas próprias empresas visando "a dinamização das relações".

Lusa
 

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goldfinger

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« Responder #115 em: Fevereiro 19, 2019, 07:37:48 am »

España-Portugal: hacia una seguridad compartida en sectores prioritarios de la relación bilateral


http://www.ieee.es/contenido/noticias/2019/02/DIEEEINV03-2018Portugal.html

Gracias a MMR
A España servir hasta morir
 

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Lusitano89

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« Responder #116 em: Abril 26, 2022, 07:03:35 pm »
Península Ibérica com exceção energética


 

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Cabeça de Martelo

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Re: Relações económicas Portugal - Espanha
« Responder #117 em: Agosto 12, 2022, 02:41:06 pm »
Gasoduto para a Europa já tem traçado português e "trabalhos estão muito avançados". São 160 kms entre Celorico da Beira e Espanha

Do lado português, o gasoduto implicaria 160 quilómetros entre Celorico da Beira e a fronteira com Espanha. Mas se França recusar a ligação pelos Pirinéus, a Comissão Europeia está a estudar uma ligação direta de Espanha para Itália, avançou esta sexta-feira António Costa

O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira, 12 de agosto, que o percurso português do gasoduto para o centro da Europa já está definido, estando os “trabalhos muito avançados”, e assegurou que a Península Ibérica pode substituir "grande parte" do gás importado da Rússia.

“Nós temos os trabalhos muito avançados: são cerca de, creio, 160 quilómetros entre Celorico da Beira e o ponto da fronteira onde amarramos com a rede espanhola”, sublinhou António Costa em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à creche Luís Madureira, na Amadora (Lisboa), após ter sido questionado sobre as declarações feitas na quinta-feira pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, que apelou à construção de um gasoduto entre Portugal e o centro da Europa.

Costa afirmou que, no que se refere ao percurso português desse gasoduto, “houve dúvidas sobre o traçado” devido ao impacto ambiental que poderia ter, designadamente a travessia do Vale do Douro, que “é uma travessia muito sensível”.

“Há um traçado que agora está definido, cuidadoso, que protege os valores ambientais, que importa proteger também no Vale do Douro. Portanto, do nosso lado as coisas têm vindo a avançar, da Espanha também”, indicou.

O chefe do executivo recordou que “a existência desta interconexão da Península Ibérica com o resto da Europa é uma ambição antiga” de Portugal, que tem sido confrontada “com uma dificuldade, que são as limitações ambientais que a França tem invocado sobre o impacto do gasoduto na travessia dos Pirinéus”.

Costa sublinhou que essa resistência francesa tem “atrasado bastante o problema”, mas referiu que a Comissão Europeia já está a ponderar um novo trajeto que crie interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa sem passar pela França.

“A Comissão Europeia já colocou em cima da mesa a possibilidade de, se não for possível ultrapassar o bloqueio com a França, o ‘pipeline’ possa ter uma ligação direta de Espanha para Itália, de forma a chegar ao centro da Europa por via de Itália e não por via de França”, frisou.

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