Relações Portugal-Médio Oriente

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André

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Relações Portugal-Médio Oriente
« em: Abril 12, 2008, 11:51:06 pm »
Visita ao Golfo abriu nova etapa nas relações bilaterais

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O ministro português dos Negócios Estrangeiros está convencido que a sua viagem, esta semana, pelo Golfo Pérsico, abriu caminho à intensificação das relações com um dos grandes mercados mundiais que, apesar dos laços históricos seculares com Portugal, nunca foi prioritário.
Ao longo de uma viagem de seis dias que terminou quinta-feira, Luís Amado visitou a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, e Qatar, países que atravessam uma fase de acentuado crescimento económico e estão a investir milhares de milhões de dólares no estrangeiro, no âmbito de uma estratégia de diversificação económica.

Luís Amado esteve também no Iémen, que é um dos países mais pobres do mundo e, por isso, em acentuado contraste com os outros quatro, onde os objectivos da visita foram naturalmente diferentes e sobretudo político- diplomáticos.

Para Portugal, que definiu há muito como prioridade da sua acção externa a captação de investimento directo estrangeiro e a criação de condições para a internacionalização das empresas portuguesas, as monarquias do Golfo deveriam ser há muito parceiros importantes.

Mas, à excepção da Arábia Saudita e dos Emirados, visitados há dois anos por Diogo Freitas do Amaral, as visitas de Luís Amado a Omã e ao Qatar foram as primeiras de sempre de um ministro português dos Negócios Estrangeiros.

Nos encontros que manteve, Amado disse ter constatado a «boa imagem» que Portugal tem junto destes países, que alguns dos seus interlocutores explicaram dever-se às «posições políticas equilibradas» que assume, nomeadamente quanto ao conflito israelo-palestiniano, e «grande abertura» à intensificação das relações económicas e comerciais com Lisboa.

Nos Emirados Árabes Unidos, país com o principal fundo soberano do mundo, avaliado em mais de 800 mil milhões de dólares, o ministro dos Negócios Estrangeiros, xeque Abdullah bin Zayed Al Nayhan, manifestou a Luís Amado disponibilidade para investir em Portugal e definiu como sectores prioritários as energias renováveis e o turismo.

O mesmo aconteceu no Qatar, cujo fundo soberano está estimado em cerca de 40 mil milhões de dólares, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmed bin Abdullah al- Mahmoud, disse à imprensa que quer investir em Portugal, nas áreas da energia, construção, pontes e turismo.

Luís Amado regressou a Lisboa com quatro memorandos de entendimento sobre cooperação política assinados (com os Emirados Árabes Unidos, Omã, Iémen e Qatar) e propostas para futuros acordos de cooperação económica, protecção mútua de investimentos e dupla tributação.

Mas, para assegurar a conclusão e aplicação de todos os acordos necessários à consolidação da relação bilateral, tanto mais que um acordo geral de cooperação assinado com a Arábia Saudita em 1982 nunca chegou a ser implementado, o ministro prometeu agora propor ao Conselho de Ministros a criação de uma 'task force' com os Ministérios da Economia e das Finanças para trabalhar estes acordos.

O objectivo é «andar depressa» e, se possível, assinar os acordos mais importantes durante as visitas a Lisboa dos ministros que o receberam nestes dias, cujas datas têm ainda de ser acertadas mas que deverão ocorrer até ao final de 2008. Apenas a visita a Portugal do primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Hamad bin Jassim bin Jabir al-Thani, tem data marcada (21 de Abril).

Na visita a este país, o maior exportador do mundo de gás liquefeito, os administradores da Galp, Fernando Gomes e João Nuno Mendes participaram na reunião de Luís Amado com o ministro da Energia e Assuntos Industriais, Mohammed Saleh al-Sada, para contactos exploratórios no quadro de uma estratégia de diversificação de fontes de fornecimento.

Em Omã, em cuja costa Portugal chegou a ter quatro centenas de fortes nos séculos XVI e XVII, as relações culturais estiveram em destaque e Luís Amado anunciou o lançamento de um programa de inventariação, conservação e reabilitação do património da presença portuguesa no Mundo.

Trata-se de um programa que o Ministério dos Negócios Estrangeiros quer articular com os Ministérios da Cultura, da Educação e da Economia, envolvendo instituições públicas e privadas, e que visa «projectar a imagem do País (...) e, na medida do possível, os interesses económicos e comerciais» de Portugal.

Segundo Luís Amado, este programa é também «fundamental para garantir que as gerações seguintes possam ainda encontrar testemunhos da gloriosa História portuguesa».

O ministro frisou ainda que este programa é de longo prazo e vai ser concertado com a oposição para que se prolongue por várias décadas, independentemente da cor política dos governos.

A região do Golfo conta apenas com uma embaixada portuguesa, em Riade, um cônsul honorário em Omã e uma delegação do Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) no Dubai mas Luís Amado pretende fazer uma avaliação desta rede no sentido de determinar eventuais alterações.

No Dubai, num encontro com a comunidade portuguesa que se queixou da falta de apoio, o ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu abrir uma embaixada em Abu Dhabi (capital dos Emirados Árabes Unidos) ou uma representação consular no Dubai (um dos Emirados), se possível até ao final do ano.

No final da viagem, Luís Amado disse estar «muito satisfeito» com a forma como ela decorreu por considerar que atingiu os objectivos que tinha definido e que se «abriu uma nova etapa» no relacionamento com esta região.

O ministro anunciou, por outro lado, que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai visitar, até ao final do ano, a Arábia Saudita e Omã, visitas que servirão para consolidar este reforço das relações.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #1 em: Abril 18, 2009, 02:00:20 pm »
Emir do Qatar inicia segunda-feira primeira visita oficial a Portugal


O Emir do Qatar inicia segunda-feira uma visita oficial de dois dias a Portugal, a convite do Presidente da República, assinalando o profundamente da cooperação entre os dois países com a assinatura de vários acordos bilaterais.

Esta é a primeira vez que o Emir do Qatar, Sheikh Hamad Bin Khalifa Al-Thani, e a mulher, Sheikha Mozah, visitam Portugal.

Segundo uma nota da Presidência da República, Sheikh Hamad Bin Khalifa Al-Thani e a mulher serão recebidos oficialmente no Palácio de Belém pelo chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, com honras militares.

No Palácio de Belém, Cavaco Silva e o Emir do Qatar terão uma reunião de trabalho, após o que prestam declarações à imprensa, seguindo-se um almoço.

À noite, no Palácio da Ajuda, o Presidente da República irá ainda oferecer um banquete em honra do Emir do Qatar e da sua mulher.

No segundo dia da visita, terça-feira, o Emir do Qatar será recebido, às 12:00, na Assembleia da República, com honras militares, e onde irá assinar o Livro de Honra.

Está prevista uma audiência com o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e os representantes dos partidos políticos com assento parlamentar.

O programa oficial de terça-feira inclui ainda um encontro com o primeiro-ministro, José Sócrates, e a assinatura de acordos bilaterais.

Após a assinatura dos acordos, realiza-se um almoço de trabalho oferecido pelo chefe de Governo português.

Nessa mesma manhã, a primeira-dama portuguesa, Maria Cavaco Silva, e Sheikha Mozah vão visitar a Fundação Calouste Gulbenkian e o respectivo museu.

A visita do Emir do Qatar a Portugal acontece um ano depois da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, ao emirato, em Abril do ano passado.

Na altura, o chefe da diplomacia do Qatar afirmou que queria investir fundos soberanos em Portugal, elegendo como áreas prioritárias a energia, construção, pontes e turismo.

"Esperámos muito tempo por esta visita e pretendemos reforçar as relações bilaterais. Sabemos de Portugal pelos livros de história, mas queremos conhecer o país que é hoje", disse então Hamed bin Abdullah al-Mahmoud.

"Queremos ter cá Portugal", reforçou, acrescentando que essa presença devia concretizar-se tanto através de investimentos de empresas portuguesas no Qatar, bem como de investimentos dos fundos soberanos em Portugal, "nas áreas da energia (gás), construção, pontes e turismo".

O Qatar tem avultados fundos soberanos, constituídos com as receitas da exploração e liquefacção do gás natural e que estão estimados em 40 mil milhões de dólares, que está a aplicar no estrangeiro para diversificar a economia nacional e reduzir a sua dependência das receitas daquele sector.

Lusa

 

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André

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« Responder #2 em: Abril 21, 2009, 01:00:31 pm »
Teixeira dos Santos defende fundo para apoiar negócios no Qatar



O ministro das Finanças defendeu hoje a criação de um fundo de investimento para apoiar as empresas portuguesas que queiram investir no Qatar.

"Perante as dificuldades que as empresas encontram neste momento, o Estado tem de tomar parte do risco e fornecer os meios em termos de financiamento para ajudar o sector privado".

Nesta óptica, e tendo em conta a visita de Estado dos representantes do Qatar a Portugal, Teixeira doas Santos diz que o Governo está "disposto a criar instrumentos para ajudar as empresas a internacionalizarem-se" e em relação ao Qatar "a criação de um fundo de investimento seria importante para sustentar o relacionamento entre as empresas dos dois países e ajudaria a encontrar oportunidades de negócio no Qatar".

"Espero que Portugal e Qatar sejam cada vez mais parceiros num contexto internacional", sublinhou o ministro das Finanças no encerramento do seminário "Oportunidades de negócio no Qatar", que decorreu esta manhã no hotel Ritz.

Para o ministro das Finanças e da Economia do Qatar, Yousef Hussain Kamal, este seminário abre um novo capítulo no relacionamento entre os dois países" e deixou o desafio aos empresários portugueses: "gostava de vos ver a todos no Qatar para procurar oportunidades de negócio para os dois países".

Entre os oradores deste seminário estiveram gestores como António Mexia, CEO da EDP, Zeinal Bava, CEO da PT e José Roquette, administrador do grupo Pestana. Da parte do Governo, estiveram presentes Basílio Horta, presidente do AICEP e o ministro da Economia, Manuel Pinho.

Diário Económico

 

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André

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« Responder #3 em: Abril 29, 2009, 02:16:59 pm »
Missão empresarial ao Irão finda com perspectivas de parcerias


As 17 empresas portuguesas que hoje regressaram de uma missão empresarial ao Irão deixaram "esboçadas" naquele país parcerias ao nível da representação e da distribuição de produtos portugueses, disse à Lusa fonte da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Segundo Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP, a missão - em que participaram a Amorim Cork Composites, Balflex, Bial, CGD, Cifial, CIN, Frasa, Frezite, Guialmi, Microfil, Mota Soluções Cerâmicas, Recer, Simmons & Simmons Rebelo de Sousa, Sofarimex, Sovena, Tecnimede e Viriato Hotel Concept - correu particularmente bem às empresas dos sectores farmacêutico, alimentar, máquinas e ferramentas, tecnologias da informação e revestimentos.

Num balanço da iniciativa, a que se associou o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, Paulo Nunes de Almeida considerou como "muito positiva" a visita de quatro dias ao Irão.

A AEP destacou, nomeadamente, a "boa receptividade" dos dirigentes da Câmara de Comércio e Indústria de Teerão à proposta de parceria luso-iraniana avançada pelo presidente da associação portuguesa na área da organização de feiras, na linha das recentemente firmadas com congéneres da Exponor em Angola e na Rússia.

Segundo Paulo Nunes de Almeida, os responsáveis da AEP propuseram ainda uma visita de empresários iranianos a Portugal, para "aprofundamento do conhecimento recíproco sobre as economias dos dois países e reforço do relacionamento agora iniciado entre empresas portuguesas e parceiros iranianos".

Lusa

 

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André

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« Responder #4 em: Junho 01, 2009, 11:22:37 pm »
Manuel Pinho em visita oficial aos Emirados Árabes Unidos e ao Dubai


O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, inicia terça-feira uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos e ao Dubai, acompanhado por uma comitiva de empresários portugueses de vários sectores, sobretudo energia e turismo.

Manuel Pinho vai aos Emirados Árabes Unidos, a convite deste país, onde irá realizar contactos governamentais «ao mais alto nível», divulgou o gabinete do ministro em comunicado hoje emitido.

O objectivo desta visita de três dias é «criar novas oportunidades de negócios entre os dois países, estando previstos encontros com um conjunto de empresários locais», refere ainda o mesmo comunicado.

Lusa

 

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Chicken_Bone

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« Responder #5 em: Junho 01, 2009, 11:40:14 pm »
Finalmente André! Tens andado desaparecido da área de "Economia"! Andei para mais agora que o Comas não coloca notícias.
"Ask DNA"
 

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« Responder #6 em: Junho 02, 2009, 12:35:53 pm »
Emirados Árabes Unidos interessados no Magalhães, diz Pinho


O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse hoje à partida para uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos que o Governo dos Emirados está interessado no computador Magalhães e no quadro electrónico.
"O Governo [dos Emirados Árabes] está interessado no computador Magalhães e no quadro electrónico. Vamos fazer uma demonstração de funcionamento no Ministério da Educação no Dubai", disse o ministro.

Em declarações aos jornalistas, Manuel Pinho referiu que o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados, o xeque Abdullah bin Zayed Al Nayyan, aquando da sua visita a Portugal, em Maio, ficou tão "impressionado" com a tecnologia que levou um computador com ele.

Do programa da visita oficial de três dias, a convite dos Emirados Árabes Unidos, Manuel Pinho destacou o papel das energias renováveis e do turismo, em que o objectivo é "convidar os residentes dos Emirados a virem a Portugal para investir e aos fundos imobiliários para fazerem investimentos no turismo".

O ministro da Economia e Inovação inicia hoje uma visita oficial aos Emirados de Abu Dhabi e do Dubai com o objectivo de encontrar novas oportunidades de negócio entre os dois países.

A visita integra uma comitiva empresarial de 13 empresas de vários sectores, que acompanhará o ministro da Economia em várias reuniões com autoridades governamentais e com empresários locais.

Manuel Pinho viaja acompanhado pelas principais empresas da área da energia, uma grande aposta dos Emirados Árabes Unidos, que querem ser a sede da Agência Internacional das Energias Renováveis e que pretendem afirmar-se como uma referência global no processo de transição para as energias limpas.

EDP, Galp Energia, REN, Visabeira e DST foram as escolhidas para dar a conhecer o que Portugal está a fazer em matéria de energias renováveis.

Sendo o turismo uma das principais actividades dos Emirados Árabes Unidos, o ministro da Economia integrou na comitiva empresarial três grandes referências portuguesas do sector: o grupo Pestana, Vila Galé e Amorim Turismo. O sector está também representado pelo presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão, e pela coordenadora do programa Art Algarve, Guta Moura Guedes.

As novas tecnologias vão estar representadas por três empresas do Norte: JP Sá Couto, a fabricante do computador Magalhães; a Microfil, responsável pela Plataforma Camões para a gestão de dados em salas de aula; e a Cabelte, fabricante de fibra óptica.

Na agenda da visita a Abu Dhabi constam reuniões sectoriais com representantes do Ministério da Energia, o Ministério do Comércio Externo, o Departamento do Turismo e a Câmara do Comércio.

No Dubai, a cidade mais populosa da Federação, Manuel Pinho tem agendadas reuniões com o Ministério da Educação e da Economia e com o Departamento de Turismo.

As relações entre Portugal e os Emirados Árabes Unidos têm vindo a estreitar-se. No início de Maio os dois países assinaram um memorando de entendimento que prevê a abertura de embaixadas recíprocas ainda este ano.

Do ponto de vista económico, Portugal pretende dinamizar a entrada de empresas portuguesas num dos Estados mais ricos do mundo e captar investimento estrangeiro para Portugal.

Lusa

 

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André

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« Responder #7 em: Junho 03, 2009, 09:21:22 pm »
Min. da Energia dos Emirados Árabes Unidos reconhece avanço português

O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Dhaen Hamli, considerou hoje "Portugal um país muito importante na área das renováveis", mostrando interesse em retribuir a visita portuguesa para estreitar negócios entre os dois países.

"Há muitas oportunidades de negócios em muitas áreas. Portugal é dos países mais importantes nas energias renováveis e nós também queremos desenvolver esta área. Existem muitos interesses comuns e, por isso, oportunidades para trabalhar juntos", disse aos jornalistas, no final de uma reunião com o ministro da Economia, Manuel Pinho, e alguns empresários portugueses.

"Pensámos que podemos trabalhar juntos em projectos como as cidades livres de carbono", acrescentou o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, numa referência ao projecto da eco-cidade de Masdar, em Abu Dhabi, que a comitiva portuguesa visitou hoje ao início da tarde.

"Somos ricos em petróleo e gás, mas não vão durar para sempre. Talvez mais uns 70 anos. Durante a minha vida, não vou ter problemas, mas precisamos de encontrar outras formas de energia complementares às formas tradicionais para os nossos filhos", explicou Mohamed Bin Dhaen Hamli.

Em declarações aos jornalistas, o governante realçou que "a experiência portuguesa é muito importante", acrescentando que as parcerias podem acontecer na área das energias renováveis, mas também "em negócios tradicionais, como o do petróleo e do gás e até nas telecomunicações e na fibra óptica".

O ministro da Energia prometeu visitar "assim que for possível" Portugal para conhecer mais de perto a realidade empresarial e prosseguir a missão de incentivar as parcerias económicas entre os dois países.

Na reunião de 45 minutos, EDP, Galp Energia, REN, Visabeira, DST e Cabelte tiveram oportunidade de mostrar os seus projectos na área das energias e das telecomunicações.

De acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), "as relações comerciais entre Portugal e os Emirados Árabes Unidos estão ainda muito aquém das suas potencialidades".

Em 2008, o mercado arábico ocupava a 40ª posição como cliente e a 56ª como fornecedor de Portugal.

As trocas comerciais são favoráveis a Portugal, com as exportações portuguesas a crescerem a um ritmo médio anual de 23 por cento nos últimos cinco anos.

Segundo a AICEP, o comportamento das importações está fortemente dependente das compras de combustíveis minerais, verificando-se, nos últimos cinco anos, um crescimento médio anual da ordem dos 111 por cento.

DN

 

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André

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« Responder #8 em: Junho 05, 2009, 07:39:22 pm »
Pestana vai concorrer à gestão de hotéis em Abu Dhabi


O presidente do grupo Pestana, Dionísio Pestana, pretende concorrer à gestão dos novos hotéis que estão a ser construídos em Abu Dhabi, considerando "uma honra" entrar na capital dos Emirados Árabes Unidos.
"Vamos ser convidados a concorrer à gestão de novos hotéis e vamos enviar o nosso currículo. Eles fazem o investimento e nós faremos a gestão", disse o presidente do grupo Pestana, no final da visita oficial de três dias aos Emirados Árabes Unidos.

Em declarações à Lusa, Dionísio Pestana afirmou que "era um honra" gerir um hotel naquele país, considerando que seria uma referência no portefólio do grupo que contabiliza um total de 80 hotéis.

O empresário madeirense avançou que, se a marca Pestana chegar aos Emirados, "será necessário fazer deslocações, formação e algumas adaptações às especificidades culturais", mas, sublinhou, "faríamos boa figura"

Pela primeira vez país, Dionísio Pestana ficou surpreendido com a dimensão e o planeamento a longo prazo dos projectos turísticos.

"A dimensão, os projectos e o planeamento não têm nada a ver com a nossa realidade. Tenho até muita dificuldade em compreender como é possível pensar a 20 e 30 anos, investindo aquilo que eles investem. Só nos últimos três anos foram investidos mil milhões de euros por ano em projectos em Abu Dhabi", acrescentou o presidente do grupo Pestana.

Lusa

 

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #9 em: Fevereiro 23, 2010, 04:44:42 pm »
Portugal e Kuwait assinam acordos para reforço das relações


Portugal e o Kuwait assinaram hoje em Lisboa dois acordos para o reforço das relações bilaterais, projectando organizar visitas recíprocas de missões económicas nos próximos meses.
Os acordos hoje assinados - para evitar a dupla tributação e para a supressão de vistos para os passaportes diplomáticos - seguem-se a um primeiro memorando sobre consultas políticas assinado em Abril no Kuwait.

Em declarações à imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, considerou estes acordos "fundamentais para o reforço das relações económicas" e falou na importância de tentar organizar missões económicas num futuro próximo.

O seu homólogo do Kuwait, Mohammed al-Sabah al-Salim al-Sabah, disse ver Portugal como "um país com enorme potencial e capacidades" e "uma ponte entre o mundo árabe e o resto do mundo".

Al-Sabah defendeu ser altura de "capitalizar a sólida cooperação política" que existe entre os dois países numa "interacção económica profícua".

"Vamos organizar uma equipa económica para visitar Portugal, provavelmente antes do Verão, e esperamos receber uma delegação de empresários no Kuwait", disse.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #10 em: Março 15, 2010, 06:13:41 pm »
Bahrain quer cooperar com empresas portuguesas


O presidente do Euro-Arabian Business Center, Kalifa al Mannai, afirma que o Bahrain quer ser uma "nova centralidade" no desenvolvimento no Médio Oriente, após a crise internacional, contando com "o estreitamento da cooperação" com empresários portugueses.

"O Bahrain e Portugal têm uma boa relação de cooperação desde há longos anos. Mas podemos e queremos reforçar essa relação e tornarmo-nos ainda mais próximos, pois os empresários e investidores portugueses têm muitas coisas a fazer no país em diversas áreas tecnológicas", disse à agência Lusa o xeique do Bahrain, em Lisboa.

Kalifa al Mannai, que está a fazer um périplo pelos países da Europa de Leste, bem como a Rússia, que teve início na capital portuguesa, garante que no Bahrain "há muitas oportunidades para serem usadas diversas tecnologias, por exemplo, na construção imobiliária e de estradas, na petroquímica, petróleo e gás natural".

"São tantas as coisas que podemos discutir e analisar para criarmos negócios entre os dois países que faz sentido que as empresas portuguesas olhem para o Bahrain e a partir deste país para a região do Médio Oriente".

Segundo Kalifa al Mannai "a coisa mais importante é virem para o Bahrain e, para as empresas, isso permite-lhes estarem muito mais próximas de mercados como a Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, numa perspectiva regional". "É muito importante estar presente, pois se estiverem presentes é muito mais fácil deslocarem-se e moverem-se não só no Bahrain, mas mesmo até no caso de países como o Irão".

A passagem por Portugal faz parte de um périplo por diversos países, desde os da Europa de Leste que pertencem à União Europeia até à Rússia.

O seminário sobre "Oportunidades de Negócio no Golfo", que decorre amanhã no Palácio Estoril Hotel, é "o ponto alto" da visita a Portugal do xeique do Bahrain, uma vez que permitirá reunir empresários e responsáveis de ambos os países.

Lusa
 

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #11 em: Maio 05, 2010, 06:15:10 pm »
AEP retoma aposta no Irão e leva 15 empresas em missão


Um ano depois da primeira missão empresarial portuguesa ao Irão, onde os parceiros de negócios se revelaram "exigentes, mas extremamente cumpridores", a Associação Empresarial de Portugal (AEP) organiza de sábado a quinta-feira uma nova investida naquele mercado.

"Temos de sair dos mercados fáceis, de que estamos próximos, que conhecemos bem e onde nos sentimos mais tranquilos e protegidos, porque esses não terão crescimento sensível nos próximos anos e são os que estão mais saturados, por durante muitos anos terem sido alvo de todos os exportadores internacionais", afirmou o líder da associação.

Em conferência de imprensa no Porto, José António Barros defendeu a aposta em "mercados menos explorados, com grande capacidade de crescimento e onde ainda não haja muita gente a trabalhar" e realçou o Irão como "um país grande e em forte crescimento", onde "a cultura portuguesa é muito apreciada e há uma memória histórica muito grande da presença nacional".

Depois da dúzia de empresas do ano passado, a AEP leva agora 15 interessados em iniciar ou reforçar relações comerciais com o Irão, na tentativa de "tornar menos desequilibrada a balança comercial entre os dois países, que no final de 2009 era desfavorável a Portugal em mais de 117 milhões de euros".

Segundo a AEP, na missão participarão as empresas Agrofield (produtos agrícolas), António Meireles (electrodomésticos), Cei-Zipor (maquinaria de corte), CGC Genetics (genética), Cinca (construção), Decflex (ar condicionado) e a companhia de voos charter Euroatlantic. Também representadas estarão a Fase (consultoria em engenharia), Flexidoor (portas metálicas), Irbal (maquinaria), Mota Ceramic Solutions (cerâmica), Plimat (PVC), VHM (consultoria de construção) e Vicaima (madeiras).

De acordo com José António Barros "há muitas oportunidades no Irão em toda a área metalúrgica e metalomecânica", com destaque para o sector automóvel, onde a produção interna iraniana "é forte".

Outras áreas de aposta são a construção civil, já que o país "tem uma necessidade muito grande de crescimento e substituição do seu parque habitacional"; e a saúde, onde o Irão "é muito desenvolvido", dispondo de "um sistema de protecção social do tipo ocidental, com um Estado previdência".

Os parceiros iranianos são descritos por Barros como não sendo "negociadores fáceis, mas exigentes e extremamente rigorosos no cumprimento dos compromissos".

Para além do Irão, o plano de internacionalização da AEP para 2010 privilegia as "vantagens competitivas" de Portugal nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e no Brasil.

No total a associação organizará este ano 31 acções de promoção da oferta portuguesa (20 feiras e 11 missões empresariais) em 23 países, destacando-se os mercados de Angola, Rússia e do emirado do Dubai.

Salientando que o programa de internacionalização de 2010 é "o mais ambicioso desde 1990", o presidente da AEP considerou que este facto "não é sinal de retoma, mas de que é preciso acordar e procurar [oportunidades] lá fora".

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #12 em: Maio 05, 2010, 06:25:25 pm »
Portugal quer reforço das relações económicas e comerciais com o Qatar


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, disse hoje acreditar que se deu «mais um passo importante» no sentido de reforçar as relações económicas e comerciais de Portugal com o Qatar.

Luís Amado falava aos jornalistas no final de um encontro no Palácio das Necessidades com o primeiro-ministro e chefe da diplomacia do Qatar, xeque Hamad Bin Jassim Bin Jaber Al Thani.

«Acreditamos que a partir de agora mais um passo importante está dado no sentido de reforçar as nossas relações económicas e comerciais», declarou Amado.

O chefe da diplomacia portuguesa assinalou que o Qatar é um país com «grandes excedentes e com reservas financeiras importantes» e que Portugal pretende que as suas empresas «possam beneficiar a prazo dos investimentos dos fundos soberanos» daquele país.

Segundo o ministro, o seu homólogo veio acompanhado dos responsáveis das principais «holdings» e principais fundos de investimento do Qatar e «houve uma série de contactos» com empresas portuguesas, existindo «oportunidades que estão a ser identificadas».

Os sectores que têm vindo a ser «objecto de atenção particular» são o turismo, o imobiliário, o financeiro e as telecomunicações, adiantou.

Luís Amado disse ainda que os dois ministros tiveram oportunidade de «passar em revista algumas questões que estão na ordem do dia na agenda internacional, nomeadamente a situação na região» do Golfo Pérsico.

A expectativa é de os dois países continuarem «a estreitar relações», disse ainda, assinalando que «existe uma agenda bilateral de interesse político» que Portugal quer reforçar.

A visita do primeiro ministro do Qatar a Portugal ocorre cerca de um ano depois da visita do emir do Qatar, xeque Hamad Bin Khalifa Al Thani.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #13 em: Julho 09, 2010, 07:49:55 pm »
Portugal envia missão empresarial a Omã em 2011


Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Omã acordaram hoje o envio de uma missão empresarial portuguesa àquele país do Golfo Pérsico no princípio de 2011.

Luís Amado recebeu hoje em Lisboa Yusuf bin Alawi bin Abdullah, primeiro chefe da diplomacia de Omã a visitar Portugal, no âmbito do reforço das relações bilaterais, tanto políticas como económicas e comerciais.

"Convidamos as empresas portuguesas e o sector privado, assim como as nossas empresas e o nosso sector privado, a terem um papel na relação entre o Sultanato de Omã e Portugal", disse bin Alawi bin Abdullah na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro.

O ministro adiantou que os dois países estão "a preparar uma série de documentos que vão regular a cooperação entre os dois países" e "uma visita de um grupo de empresários portugueses a Omã".

Tal missão, disse, deverá realizar-se "no princípio do próximo ano, em Janeiro ou Fevereiro", altura em que "os acordos (económicos e comerciais) estarão prontos para serem assinados".

Omã é um pequeno país do Golfo Pérsico com importantes ligações históricas a Portugal e significativos vestígios da presença portuguesa dos séculos XVI e XVII. Todavia, actualmente, as relações bilaterais são praticamente inexistentes.

O relançamento da relação foi decidido em 2008, durante uma visita de Luís Amado a Mascate, a primeira de um chefe da diplomacia portuguesa, com a assinatura de um memorando de entendimento sobre cooperação política que estabelece um quadro de diálogo político assente em encontros regulares.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Portugal-Médio Oriente
« Responder #14 em: Julho 27, 2010, 07:10:10 pm »
Fundos árabes interessados nas privatizações portuguesas


Os megafundos de investimento dos Emirados Árabes Unidos (EAU) andam às compras em Portugal. Até agora foi para ver as montras. As mais apelativas: as empresas que estão no plano das privatizações (EDP, REN e ANA), algumas tecnológicas (Ydreams e Alert), outras tantas oportunidades nas renováveis e no turismo, explicou fonte conhecedora das negociações.

Segundo apurou o i, os representantes de dois desses veículos financeiros - controlados pelas famílias reais dos EAU - estiveram em Lisboa e levaram mais informações sobre as compras mais interessantes que podem ser feitas por cá. Mostraram-se muito interessados nas empresas a privatizar. Com a venda dessas empresas, o Estado português espera encaixar cerca de seis mil milhões de euros. "Tivemos contactos dessa natureza e no sentido desses investimentos, nesses sectores", confirmou Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). "Agora a bola está do lado deles", diz. Os magnatas gostaram muito da Ydreams, diz a fonte do i que preferiu o anonimato.

Os dois fundos soberanos em questão visitaram o país e tiveram encontros formais com o governo em Maio, num hotel luxuoso de Lisboa. Foram eles o Qatar Holding e o Mubadala (do Abu Dhabi). O primeiro é o braço principal da Qatar Investment Authority, que gere um património avaliado em 65 mil milhões de dólares (50,3 mil milhões de euros). O Mubadala, é o terceiro maior fundo do Abu Dhabi, com activos avaliados em 13 mil milhões de dólares (10,3 mil milhões de euros).

Mas há mais nomes a circular. Existem contactos feitos com outros dois megafundos, ainda sem consequências conhecidas: o ADIA (Abu Dhabi Investment Authority), o maior fundo soberano do mundo, com um património avaliado em 485,5 mil milhões de euros (quase o triplo do valor da economia portuguesa); e o IPIC (International Petroleum Investment Company), também do Abu Dhabi, que gere 11 mil milhões de euros, segundo o Instituto dos Fundos de Riqueza Soberanos. Todos os fundos são controlados pela coroa dos respectivos emiratos: Qatar e Abu Dhabi.

Esta aproximação aos megafundos do Médio Oriente - a maioria construiu fortuna a partir do petróleo - faz parte da estratégia de diversificação das fontes de financiamento da economia portuguesa e de parceiros comerciais. Isto numa altura em que o investimento directo estrangeiro (IDE) líquido produtivo que entra na economia tem caído de forma notória desde 2006, chegando ao mínimo de sete anos em 2009 (ver texto ao lado).

O presidente da AICEP confirma que "os contactos preliminares foram feitos, mas fizemos questão de sublinhar que não aceitamos que apenas queiram comprar participações em empresas das privatizações". Quais? "Diria que os alvos mais prováveis são EDP, REN e ANA", responde. Segundo Basílio Horta, "a nossa proposta é que se constitua um fundo misto - que alie capitais portugueses e capitais desses países - que enverede por uma estratégia mais ampla e transversal de investimento, que alcance investimentos no turismo, nas tecnologias de informação". A AICEP está consciente que os fundos soberanos costumam ter uma estratégia muito agressiva nos negócios que fazem - investir quando os preços estão muito baixos. Não é o que se quer para Portugal. "Não faz sentido investirem como fizeram na Grécia, onde os chineses [da COSCO] compraram a concessão do terminal portuário [Porto do Pireu, maior da Grécia] a um preço baixo. Não é isso que queremos".

O i confrontou os presidentes das tecnológicas Ydreams e Alert com estas informações. Ambos dizem desconhecer o interesse dos árabes nos seus negócios.

Ionline