Programa de substituição do C-130

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #525 em: Julho 15, 2016, 03:53:21 pm »
Frota portuguesa de C-130 é "profundamente envelhecida"

É preciso acontecer um desastre desta magnitude para ouvir comentários destes (ou sequer sobre as FA) na assembleia! políticos de merda!!

Há € para tudo, € para festas, jantaradas, obras faraónicas e depois acontecem estas merdas!!

Falcon, Alouettes, C-130! Tudo aeronaves que já não deviam voar com a nossa cruz há muitos e muitos anos e continuam aí à espera de novos desastres. Com mecânicos a fazer milagres! A fazer omoletes sem ovos. Homens diariamente a arriscar a vida voando em verdadeiras peças de museu. Que triste sina..

Desculpem o desabafo

Qual desabafo, tens toda a razão, estes politicozecos de pacotilha, ignorantes e incompetentes que continuam a desconhecer as realidades Militares, mas sabem mandar uns papos valentes quando convêm para assim ficarem bem na FOTO !!!

Todos juntos não valem 1% de um Militar nosso, é o que eu digo !!!
Esses sim são os nossos Heróis que diariamente se arriscam pela nossa Pátria, de tal modo que até as suas vidas Dão por ELA !
Sempre quero ver se este acidente aeronáutico estiver relacionado com o envelhecimento do equipamento se vão haver culpado no sector civil para assumir as responsabilidades desta desgraça que bem poderia ter sido evitada !!!

Independentemente do resultado da investigação, o MDN ainda está em funções porquê ????
Pois parece-me que a Honra era VERDE, e foi comida por um ASNO só pode, haja vergonha !!!

Para os FdP dos bancos e afins há rios de dinheiro mas umas dezenas de milhões de € para melhorar os C's Opatas, o resultado assim é melhor, cambada de canalhas de MERDA !!!

Abraços
« Última modificação: Julho 15, 2016, 03:56:10 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #526 em: Julho 15, 2016, 06:09:22 pm »
Cerca das 13h15 descolou um C-130H-30 que foi prestar a homenagem da Esquadra 501 aos seus mortos, tendo regressado à BA6 cerca das 15h. Entretanto eram 17h30 e deslocou para Figo Maduro, julgo eu para a instalação do kit VIP para a visita do PR ao Montijo na segunda-feira.

A maioria dos C's encontra-se no Montijo e parados, estando os Elefantes a tratar do que é urgente até os Bisontes voltarem a operar. Coincidência ou talvez não, o C-130H-30 que hoje tem voado - quando me sobrevoou à hora de almoço penso que se tratava do 16801 -  estava a sair do hangar da Esq. 501 depois de mais uma operação de manutenção quando o 16804 se acidentou.

Citar
Presidente da República voa num C-130 para provar que é seguro
Lusa   
15/07/2016 - 17:40

Marcelo visita na segunda-feira a Base Aérea do Montijo, para dar uma "palavra de confiança à Força Aérea e àquele tipo de aeronave" depois do acidente que vitimou três militares.

O Presidente da República irá na próxima segunda-feira à tarde à Base Aérea n.º 6, Montijo, e voará num avião C-130H para demonstrar a confiança na Força Aérea e naquele tipo de aeronave, depois do acidente que vitimou três militares."Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que entretanto terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea, de confiança naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C-130 nesse dia", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, antes de entrar para a Igreja dos Jerónimos, Belém, onde decorreu uma missa de homenagem aos três militares que morreram segunda-feira vítimas de um acidente com um avião C-130H, da esquadra 501, na Base Aérea n.º 6, Montijo.

O Presidente da República destacou "o exemplo" dos três militares, um tenente-coronel, um capitão e um sargento, que "foi muito impressionante" ao "terem mostrado o que é a condição militar, que é estar ao serviço do país com risco da própria vida, em todos os momentos, mesmo em momentos de paz". Marcelo Rebelo de Sousa disse que, no dia de hoje, "o mais importante é a homenagem" aos três militares que morreram no "cumprimento do seu serviço", afirmando que "estão presentes na memória da Força Aérea, das Forças Armadas e do Comandante Supremo das Forças Armadas". Além da missa de corpo presente conjunta, que começou às 12h00 na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa, está prevista uma homenagem no domingo, na inauguração de um monumento que visa assinalar a passagem do primeiro centenário da aviação militar.

O avião C-130H "imobilizou-se fora da pista" e incendiou-se de imediato durante a corrida de descolagem e a tripulação não chegou a reportar qualquer emergência, indicou um comunicado divulgado na quarta-feira pela FAP, que prossegue o inquérito às causas do acidente, sem prazo regulamentar. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Pina Monteiro, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Manuel Rolo, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, o deputado da comissão parlamentar de Defesa Nacional Miranda Calha e o deputado e anterior ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, marcaram presença na cerimónia religiosa.
 
https://www.publico.pt/politica/noticia/presidente-da-republica-voa-num-c130-para-provar-que-e-seguro-1738427
« Última modificação: Julho 15, 2016, 06:14:11 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #527 em: Julho 15, 2016, 07:42:57 pm »
Citar
Um avião C-130 sobrevoou esta tarde os funerais dos três militares falecidos na segunda-feira na Base Aérea do Montijo, numa homenagem prestada pelos camaradas da Esquadra 501 - conhecida por "Bisontes" -, desmentindo assim a informação que circulava de que as tripulações não estavam a voar por razões psicológicas.

Entretanto, o Presidente da República anunciou hoje, antes da missa de corpo presente conjunta no Mosteiro dos Jerónimos, que irá voar num C-130. "Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea e naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C-130 nesse dia", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo salientaram ao JN fontes do Estado-Maior da Força Aérea, "é evidente que o estado emocional das tripulações não pode ser o melhor, tendo em conta a morte dos três camaradas. Mas somos militares, o que significa que as missões têm sempre de ser cumpridas".

De acordo com as mesmas fontes, há também um C-130 com a respetiva tripulação pronto a voar para missões de busca e salvamento, o que mais uma vez reforça a ideia de que a esquadra se mantém ativa para o que for necessário, seguindo o lema dos "Bisontes": "Onde necessário, quando necessário". A mesma fonte salienta ainda que "qualquer esquadra da Força Aérea está sempre pronta a voar independentemente das circunstâncias, psicológicas ou não".

Quanto à utilização do C-295, ela esteve associada ao facto de as duas pistas do Montijo terem estado interditas por razões que se prendem com o inquérito. Mas aeronaves e tripulações estiveram sempre prontas a voar.

De resto, a aquisição da aeronave C-295 já foi feita no sentido de cumprir algumas das missões que antes estavam apenas atribuídas aos C-130, daí que há dois anos se tenha optado por manter a voar apenas cinco dos seis aviões iniciais que constituíam a frota de C-130.

Atualmente, devido à perda total do C-130 no acidente do Montijo, que reduziu a frota para quatro aviões, há duas aeronaves prontas a voar e outras tantas em manutenção.



Leia mais: C-130 sobrevoou funerais de militares mortos no Montijo:

 http://www.jn.pt/nacional/interior/c-130-sobrevoou-funerais-de-militares-mortos-no-montijo-5287499.html#ixzz4EVKI3ryw

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https://www.facebook.com/luis.tavares.39/videos/1307127829297268/]=https://www.facebook.com/luis.tavares.39/videos/1307127829297268/]https://www.facebook.com/luis.tavares.39/videos/1307127829297268/



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1159909057415583&set=oa.10153626223876078&type=3&theater

Saudações
« Última modificação: Julho 15, 2016, 07:52:23 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #528 em: Julho 15, 2016, 08:03:52 pm »
Citar
. Entretanto eram 17h30 e deslocou para Figo Maduro, julgo eu para a instalação do kit VIP para a visita do PR ao Montijo na segunda-feira.

As 17h30 foi o funeral do Sargento-Ajudante em Aljezur, deve ter ido lá fazer uma passagem.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #529 em: Julho 16, 2016, 12:56:08 am »
Antes de mais, visto que cheguei atrasado, as minhas condolências e que estes militares descansem em paz.

Um ligeiro à parte: acho que esta notícia não deveria ter sido colocada aqui ou estar a ser discutida tão profundamente aqui. É certo que não existem outros tópicos activos dedicados ao C-130 ou à esquadra e que este acidente vai ter um impacto na substituição da frota dos C-130. No entanto, acho que estão a ser discutidos muitos factores aqui, especialmente quando ainda nem começou devidamente a investigação, que nada estarão relacionados com o programa de substituição dos C-130. Acho que neste momento discutir alguns dos aspectos deste acidente aqui só está a servir para alimentar certas ideias e até como desinformação para quem não percebe deste assunto (p.e. uma pessoa que venha aqui parar através do Google ou um jornalista). Neste momento esta é a minha opinião.

Voltando à carga:
É preciso acontecer um desastre desta magnitude para ouvir comentários destes (ou sequer sobre as FA) na assembleia! políticos de merda!!

Há € para tudo, € para festas, jantaradas, obras faraónicas e depois acontecem estas merdas!!

Falcon, Alouettes, C-130! Tudo aeronaves que já não deviam voar com a nossa cruz há muitos e muitos anos e continuam aí à espera de novos desastres. Com mecânicos a fazer milagres! A fazer omoletes sem ovos. Homens diariamente a arriscar a vida voando em verdadeiras peças de museu. Que triste sina..

Desculpem o desabafo
Um desabafo que é bem-vindo. Ainda há dias (6 de Julho) tinha colocado neste mesmo tópico um comentário relacionado com isso. A realidade é mesmo essa, existe dinheiro para tudo e mais alguma coisa. O problema é que não dá jeito nenhum aos políticos gastarem dinheiro com as forças armadas porque assim perdem votos do eleitorado que guarda um rancor contra as forças armadas por causa da falta de informação ou por causa da desinformação que é criada por certos grupos. E depois quando conseguem "permissão" para gastar o dinheiro nas forças armadas vão logo gastar onde lhes mais convém e com quem mais lhes convém - os tais amigalhaços.

Não é nenhuma coincidência que agora se lembram, mesmo com este acidente com vítimas mortais, de comentar que a frota de C-130 está profundamente envelhecida. O vocabulário da língua portuguesa é enorme e até gigantesco. Mas não, foi-se logo comentar que a frota está profundamente envelhecida. Com que interesse? De comprar imediatamente o que estiver disponível no mercado (C-130J) ou de angariar suporte para comprar o que ainda à poucos dias andou por aí a fazer campanha?

Basicamente, aqui concordo com o post do mafets, embora volta-e-meia estarei aqui para mandar um bitaite ou outro.

Continuando, e aqui começa a verdadeira palhaçada e fantochada:
«Presidente da República voa num C-130 para provar que é seguro»
Só este título... que tamanha palhaçada e que circo do carago. Desde quando é preciso o Presidente da República fazer uma destas perícias, que até é mais digna de um reality show, quando acontece um acidente deste tipo? Quando deu-se a queda dos Alouette III, do C-212 ou do F-16 foi preciso vir o P.R. fazer também uma destas perícias? É que o Sr. P.R. até deu-se ao trabalho de dizer que irá voar num C-130 para especificamente dar uma palavra de confiança naquele tipo de aeronave! Podia ter muito bem dito apenas que ia visitar a unidade e feito o voo no C-130 ou até mesmo voado num C-130 até aos Açores numa visita. Não era preciso apontar uma lanterna e dar este espectáculo todo.

E agora temos esta parte na notícia que para mim é uma verdadeira pérola, sem sarcasmo:

Citar
De resto, a aquisição da aeronave C-295 já foi feita no sentido de cumprir algumas das missões que antes estavam apenas atribuídas aos C-130, daí que há dois anos se tenha optado por manter a voar apenas cinco dos seis aviões iniciais que constituíam a frota de C-130.
Ao tempo que eu ando a escrever isto e ao tempo que vejo pessoas a discordar com isto ou outras que chegaram a criticar o A400M porque seria muito caro e só poderíamos adquirir cinco ou quatro aeronaves desse tipo.

E a parte de ter sido apenas há dois anos que se começou a optar por manter apenas cinco C-130 por causa dos C-295 é para mim treta. Foi há muito mais tempo que se ponderou, verificou e optou por essa via.

Pois é, andaram durante anos e anos a adiar e a sabotar a substituição dos C-130H pelo C-130J(-30) ou pelo A400M e agora que o Costa já ficou bonito numas fotos, e que até têm este acidente para não perderem votos na aquisição de material militar, já lhes convém discutir mais seriamente e rapidamente este assunto.

Eles que continuem assim que vão bem. Vão bem para os interesses deles.

Cumprimentos,
« Última modificação: Julho 16, 2016, 01:02:01 am por Get_It »
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #530 em: Julho 16, 2016, 11:24:01 am »
Citar
. Entretanto eram 17h30 e deslocou para Figo Maduro, julgo eu para a instalação do kit VIP para a visita do PR ao Montijo na segunda-feira.

As 17h30 foi o funeral do Sargento-Ajudante em Aljezur, deve ter ido lá fazer uma passagem.

Pode ter sido sim, tens razão, se bem que o vi dirigir-se para os lados da Portela.


Um ligeiro à parte: acho que esta notícia não deveria ter sido colocada aqui ou estar a ser discutida tão profundamente aqui. É certo que não existem outros tópicos activos dedicados ao C-130 ou à esquadra e que este acidente vai ter um impacto na substituição da frota dos C-130. No entanto, acho que estão a ser discutidos muitos factores aqui, especialmente quando ainda nem começou devidamente a investigação, que nada estarão relacionados com o programa de substituição dos C-130.

Tens razão, a culpa é minha neste caso pois, como bem disseste, não havia um tópico específico para este assunto. Peço ao administrador e/ou moderadores que criem, se for possível, um tópico só dedicado à discussão deste acidente e movam para lá os posts escritos desde então. Obrigado.


Acho que neste momento discutir alguns dos aspectos deste acidente aqui só está a servir para alimentar certas ideias e até como desinformação para quem não percebe deste assunto (p.e. uma pessoa que venha aqui parar através do Google ou um jornalista). Neste momento esta é a minha opinião.

E até me parece ter sido esse o caso, senão vejamos:


Ontem um spotter que se encontrava junto à cabeceira da pista 26 do Montijo adiantava que o C-130 não chegou a descolar, antes abortou a descolagem quando a tripulação se apercebeu que um dos motores da asa direita se encontrava em chamas. Aquando da travagem de emergência a aeronave resvalou para o lado direito, tendo ido parar a uma das valas de escoamento de águas pluviais que se encontram normalmente nas laterais das pistas.

O embate no solo levou a asa direita a partir-se e à ruptura das células de combustível nela situadas que derramaram sobre a fuselagem central e dianteira jetfuel que entrou em ignição devido ao motor em chamas. E o resto já se sabe. Quanto ao motor há dúvidas se seria o nº 3 ou 4.

E a notícia no CM online de hoje:

Citar
16.07.2016  01:45
(...) Segundo apurou o CM, a sugestão foi de Marcelo, de forma a dar alento e mostrar confiança às tripulações da esquadra 501, que opera os C-130 a partir do Montijo. A frota esteve parada desde o acidente, mas já sobrevoou ontem os funerais dos camaradas mortos. O acidente está sob investigação, mas terá surgido após uma falha no motor 3 ou 4 da asa direita, na descolagem, ter feito a aeronave guinar para fora da pista e imobilizar-se numa vala de águas pluviais. O tenente-coronel Fernando Castro, o capitão André Saramago e o sargento-ajudante Amândio Novais não conseguiram sair e morreram os três carbonizados. Outros quatro militares ficaram feridos. (...)

http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/marcelo_voa_num_c_130_para_apoiar_tripulacoes.html

Pode tratar-se de uma coincidência, mas que logo pela manhã quando li os jornais fiquei curioso, isso fiquei.  ::)
« Última modificação: Julho 16, 2016, 11:30:49 am por Charlie Jaguar »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #531 em: Julho 16, 2016, 08:24:33 pm »
Os nossos C130 já tem uns anitos é certo mas os Neo Zelandeses batem-nos aos pontos pois as cinco aeronaves, adquiridas em dois lotes, tem mais catorze e dez anos que as nossas mas já com os LEP efectuados.

 http://www.airforce.mil.nz/about-us/what-we-do/aircraft/hercules.htm

Fleet History :

The RNZAF currently operates five C-130 Hercules. It took delivery of the first three Hercules (NZ7001 - NZ7003) in 1965. These were the first C-130H production models off the Lockheed production line. A further two C-130H, (NZ7004 - NZ7005) were added in 1969. The aircraft have undergone a modernisation and structural improvement programme to ensure that they last until 2025.


abraços
« Última modificação: Julho 16, 2016, 08:27:19 pm por tenente »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #532 em: Julho 17, 2016, 02:58:39 pm »
Compreende-se que em certos momentos seja difícil manter a cabeça fria e a racionalidade, mas vamos a uns factos: as políticas de defesa são definidas pelo Governo da República, sujeitas a parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional e, finalmente, aprovadas pela Assembleia da República.

Os deputados a nível individual, como o tal indivíduo que fez os comentários, não têm competência jurídica para comprar uma esferográfica. Mais, o tal indivíduo, para além de uma passagem efémera pela cultura, de ter exercido a função de deputado em varias ocasiões e de ter sido presidente substituto da CML, nunca exerceu funções executivas relacionadas com defesa.

Mas se há quem se sinta bem em atacá-lo por ter feito uma afirmação que, quanto a mim, tem a sua validade, por favor continuem que não me afecta minimamente. De igual forma, não me impressionam muito os exemplos de aeronaves, mais velhas que os nossos C-130, operadas por outros países. Cada caso é um caso e, obviamente, até à conclusão do inquérito oficial seria especulativo atribuir a causa do acidente à idade do aparelho.

Já agora, um pequeno parêntesis: será que o tal reforço estrutural efectuado aos aparelhos neozelandeses também foi efectuado aos aparelhos portugueses? Acho que todos sabemos a resposta. No entanto, volto a frisar que acho extremamente irónico que num espaço em que abunda a crítica (fundada) ao desinvestimento sucessivo e continuado em defesa nacional e ao envelhecimento paulatino dos equipamentos militares nacionais, toda a fúria se concentre em afirmações que vão no mesmo sentido só porque foram ditas por um político, independentemente do que o motivou a fazer tais comentários.
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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #533 em: Julho 17, 2016, 11:34:43 pm »
O Dr. João Soares durante os anos que esteve e está na política, com acesso directo aos média,  teve muito tempo para alertar a opinião publica sobre os problemas das Forças Armadas Portuguesas. Nunca o fez. Sendo membro da  Comissão de Defesa desde que assumiu o cargo (não foi a 12 de Julho), mais oportunidades tinha para fazer o trabalho de casa e expor à comissão e aos meios de comunicação social o estado das F.A. do seu pais. Novamente não o fez e só quando existe um lamentável acidente com mortos e feridos, é que o Dr. João Soares lembra-se de que os C130H da FAP tem 39 anos, o que no seu pensamento é prova cabal que estão "profundamente envelhecidos" (mas não explica como chegou a essa conclusão, se foi em conversa com alguém da FAP, ou teve acesso a dados que apenas decide revelar após o acidente, ou se foi ao side da FAP e viu a idade dos aparelhos, etc, etc).  Pior, temos um membro do Conselho de Defesa que ao dizer que a frota de C130H está "profundamente envelhecida", não lhe passa pela cabeça que pode estar a colocar em causa toda a Força Aérea Portuguesa, desde as chefias à manutenção, que mandam e deixam os militares voar em "aviões velhos e sem condições", passando como é evidente pela classe politica que só tem reduzido as verbas da Defesa mas depois manda os militares e equipamento, para todo o lado desde o Afeganistão ao Mali.  E que razão tem o senhor deputado para esta afirmação numa FAP que quando descobriu que os T37 tinham fissuras nas asas (foi descoberto num acidente numa altura que o Dr.João Soares já era politico), com 29 anos de serviço mandou retirar o avião (estávamos em 1992)? pois... ::)

Mas a crítica não é apenas ao Dr. João Soares e à sua irresponsabilidade. Temos também o Dr. Jorge Machado o qual até é dum partido que é contra o militarismo e o aumento de gastos na defesa, agora e após o lamentável acidente com o C130H, a dizer que é necessário ter conhecimento do relatório para evitar que no futuro tal acidente se volte a repetir. Ora, vindo de uma pessoa e de um partido que maioritariamente vota sempre contra tudo o que sejam gasto de defesa não é criticável? Então mas a solução passa pelo que? Encostar os aparelhos e não participar nas missões internacionais seja  da NATO à UE? Mais outro senhor de um partido que desde o 25 de Abril de 1974 nunca se preocupou com meios e reforço financeiro sequer na FAP e agora acordou para a vida? É mais outro irresponsável...

Sejamos claros. Os políticos e os partidos tiveram numerosas oportunidades para falar da FAP, seu equipamento e pessoal (e deveriam-no ter feito, até porque agora tinham esse backup, mas não o fizeram e portanto não o têm), ano após ano, legislatura após legislatura. E só falam e se preocupam quando existe um acidente com perda de vidas. Já por si é lamentável, quando então nas declarações se subentende especulação e ficção, com a ideia que agora é que tem de se decidir, não se explicando porque anteriormente não se chamava a atenção para as F.A. e não se decidiu coisa alguma, passa para lá do lamentável. Nunca deveriam era ter sido eleitos. Valha-nos  o PR que bem ou mal pelo menos dá a cara...
Citar
O Presidente da República homenageou os militares da Força Aérea, que morreram durante esta semana num acidente na base do Montijo. Uma evocação feita durante a comemoração dos 100 anos da aviação militar portuguesa, que decorreu hoje de manhã na Azambuja.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-07-17-Marcelo-homenageia-militares-que-morreram-em-acidente-na-base-do-Montijo


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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #534 em: Julho 19, 2016, 04:48:40 pm »
Citar
Porque terá este C-130 saído da pista à descolagem?
18.07.2016 às 14h00

Eis a pergunta a que o inquérito ao grave acidente que provocou a morte a três militares deixando um quarto gravemente ferido, terá de responder. Uma semana depois o Presidente da República visitará a Base Aérea n.º 6, no Montijo, e voará num Hércules da Esquadra 501

Carlos Abreu
Luísa Meireles


Há dias assim. Feitos de festa e drama. De alegria e morte. A última segunda-feira, dia 11 de julho, foi um desses dias. Enquanto em Lisboa milhares de pessoas comemoravam efusivamente a vitória no Campeonato da Europa de Futebol, uma tripulação da esquadra 501, que opera os C-130, cumpria mais uma missão de qualificação de um capitão como comandante de voo que acabou em tragédia. Foi o primeiro com vítimas mortais na história desta classe de aeronaves ao serviço da Força Aérea Portuguesa desde 1973.

“Toca e anda”. Assim se chama o exercício que consiste em aterrar uma aeronave para logo de seguida iniciar os procedimentos de descolagem. Era o que se preparavam para fazer os sete tripulantes a bordo de um C-130 na Base Aérea do Montijo, casa dos “Bisontes” tal como são conhecidos os militares da “501”, a mais internacional das esquadras da Força Aérea Portuguesa, que e conta mais de 70 mil horas de voo por todo o mundo.

Segundo o Expresso apurou junto de fonte conhecedora da investigação, quando o C-130 iniciou a corrida de descolagem, começou a dirigir-se para a esquerda e, em dado momento, alterou a trajetória sem que as rodas tenham saído do alcatrão, guinando à direita, até ficar imobilizado, fora da pista e incendiar-se. Os meios de socorro acudiram de imediato, mas as chamas eram de extrema violência e demoraram a ser extintas. Os destroços só foram retirados do local no dia seguinte.

 

Três militares perderam a vida e um quarto ficou gravemente ferido e permanece internado no Hospital de São José (Lisboa). Os outros tiveram alta logo no dia seguinte. As três vítimas mortais são o tenente-coronel-piloto-aviador, Fernando Castro; o capitão piloto-aviador André Saramago, que estava a ser treinado e o sargento-ajudante Amândio Novais, o ‘load master’ da tripulação, isto é, o principal responsável pelo compartimento de carga do avião que na altura do acidente ocupava o lugar do ‘fligh engineer’, no cockpit, entre os pilotos.

Depois de ter sido noticiado que o capitão Saramago e o sargento-ajudante Novais teriam perdido a vida a tentar salvar o tenente-coronel, a Força Aérea garantiu, porém, que “os quatro militares que conseguiram sair da aeronave fizeram-no pelos seus próprios meios, não tendo, em qualquer momento, regressado ao avião. Foi posteriormente confirmada a presença das três vítimas mortais no interior da aeronave.”

O que poderá explicar o desvio do aparelho em relação ao eixo longitudinal da pista – falha técnica ou humana – que entre outras missões esteve ao serviço da missão das Nações Unidas, no Mali, em 2014 e 2015, é para já um mistério que o inquérito conduzido pela Comissão Central de Investigação da Força Aérea terá de desvendar.

Modernização mais urgente

O acidente torna a modernização dos C-130, que já foi lançada este ano pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ainda mais urgente. Devido à nova regulamentação da UE, estes aviões de transporte estratégico ficaram desatualizados e impedidos de usar as rotas comuns sobre a Europa, com tráfego aéreo intenso, por não possuírem sistema anticolisão. Para ir de Lisboa ao Báltico, por exemplo, os aparelhos têm de voar em rotas alternativas, roçando o Ártico. Em 2015, dos seis aviões que Portugal tem, só estiveram prontos para descolar, em média, um a dois aparelhos, em parte por falta de dinheiro para manutenção.

Portugal já tinha decidido alienar um e modernizar os sistemas de comunicação, navegação aérea e vigilância (requisitos de segurança de voo) dos restantes. Devido ao acidente, a FAP terá de repensar se mantém a alienação de um dos aviões. No total, a modernização, faseada, custará 29 milhões de euros e demorará oito anos, garantindo a operacionalidade da frota até 2030. Até lá, haverá tempo para o Governo decidir a sua substituição por outros aparelhos, sejam os brasileiros KC-390 da Embraer (onde participa a engenharia portuguesa) ou quaisquer outros.

Artigo publicado na edição impressa do Expresso de 16 de julho

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-07-18-Porque-tera-este-C-130-saido-da-pista-a-descolagem-

Citar
Pilotos do C-130 treinavam emergências na descolagem
19 DE JULHO DE 2016
00:23

Manuel Carlos Freire

Presidente da República visitou base onde aeronave explodiu dia 11 e manifestou "confiança absoluta" na frota e na Força Aérea


O Hércules C-130 que explodiu há uma semana no Montijo, causando a morte de três militares, estava a treinar ações de resposta a "algo que pode correr mal durante uma descolagem", soube ontem o DN junto de fontes militares."A aeronave não levantaria voo em circunstâncias normais, pois estavam a treinar situações de emergência à descolagem com momentos de decisão diferentes que variam em função da velocidade" a que o C-130 já rola ou, por exemplo, o ponto da pista que já atingiu, adiantou uma das fontes. Esta informação deverá ter sido uma das transmitidas ontem ao Presidente da República pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea, no briefing que antecedeu o voo de meia hora num C-130 com que Marcelo Rebelo de Sousa quis manifestar a sua "confiança absoluta" no ramo e naquela frota de transporte militar.

Marcelo Rebelo de Sousa disse no final da visita à base aérea do Montijo, que qualificou como "emocionante e motivadora", que ainda "é cedo" para se saber qual a origem do acidente, que está sob inquérito da Comissão Central de Investigação da Força Aérea. Certo é que "o C-130 continua a voar, os operacionais continuam operacionais, a Força Aérea continua a cumprir a sua missão e o comandante supremo das Forças Armadas veio aqui dizer que está ao lado dessa missão com confiança absoluta", enfatizou."Consegui perceber uma coisa muito importante, que é a preocupação da Força Aérea em olhar para as famílias das vítimas e estudar a sua situação e prover à sua situação", acrescentou o Presidente da República.

A missão de treino para qualificação de um dos piloto-aviadores da esquadra 501 dos C-130 decorria ao fim da manhã do passado dia 11 e provocou a morte de três militares: o tenente-coronel Fernando Castro (piloto instrutor), o capitão André Saramago (piloto que só iria realizar a sua missão de treino durante a tarde desse dia) e o sargento-ajudante Amândio Novais (mecânico de bordo). Ficaram ainda feridos outros quatro, um dos quais com gravidade e que continua internado no Hospital de São José em situação estável mas ainda com prognóstico reservado, segundo uma das fontes ouvidas pelo DN.

Os três corpos foram encontrados próximo da rampa no compartimento de carga, para onde se dirigiram conforme determinam os manuais de segurança em situações de emergência. Os quatro militares que se salvaram - incluindo o que estava no lugar do comandante, no lado esquerdo da cabina de voo - conseguiram sair por uma janela do cockpit da aeronave, que ficou praticamente destruída com o incêndio e posterior explosão, indicou outra das fontes.



Modernização adiada

Este acidente do C-130 foi o terceiro em cerca de um ano, após o ocorrido nos Açores em dezembro passado e outro à entrada do hangar da esquadra em meados de 2015, lembrou uma das fontes. Até ontem, as investigações em curso no Montijo não detetaram quaisquer indícios que apontem para uma falha técnica na origem do desastre. Isso explica que, além dos voos realizados nas cerimónias fúnebres dos três militares mortos e ontem com o comandante supremo das Forças Armadas a bordo, hoje decorra a primeira missão operacional atribuída ao C-130 após o acidente - a viagem semanal para os Açores.

A substituição dos C-130 - aeronaves com quase quatro décadas ao serviço da Força Aérea - foi aprovada em 2001 para se concretizar em 2008, prevendo-se 300 milhões de euros para a o programa dos A400M europeus. Este projeto foi abandonado poucos anos depois, a favor da hipótese de compra dos C-130J e condicionando-se o processo à alienação dos caças F-16. Com a opção de adquirir o KC-390, Portugal optou por prolongar a vida útil dos Hércules através da modernização dos equipamentos de voo (anticolisão, telecomunicações, aviónicos) exigidos para operar no espaço europeu.

http://www.dn.pt/portugal/interior/pilotos-do-c-130-treinavam-emergencias-na-descolagem-5292619.html

Imagens da visita do PR ontem à BA6:
http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=111625
« Última modificação: Julho 19, 2016, 05:04:12 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #535 em: Julho 21, 2016, 09:19:26 am »
http://rr.sapo.pt/noticia/59354/marcelo_voou_num_c_130_apos_acidente_que_vitimou_militares?utm_source=rss
Citar
O Presidente da República visitou hoje a Base Aérea do Montijo, uma semana depois do acidente com um C-130 ali ocorrido que vitimou três militares, para expressar "confiança absoluta" na Força Aérea e neste tipo de aeronave.

Reportagem de Ana Rodrigues
Marcelo Rebelo de Sousa esteve duas horas na Base Aérea n.º 6 da Força Aérea, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, voou durante perto de uma hora num C-130 e adiantou que pretende fazê-lo novamente numa próxima deslocação oficial às regiões autónomas.

No final da visita, questionado pelos jornalistas se já falou com o Governo sobre a eventual compra de aeronaves KC-390, tendo em conta que a Força Aérea tem agora dois C-130 operacionais e dois em manutenção, o Presidente da República respondeu: "Essa é uma questão que se colocará a seguir, não no dia de hoje, mas que certamente está no pensamento dos responsáveis".

A dúvida mantém-se até porque o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, não acompanhou o Presidente da República nesta visita à base do Montijo.

Interrogado se tinha ficado a saber o que esteve na origem do acidente da semana passada, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas respondeu ainda "está a correr a tramitação do processo" e que "é cedo" para tirar conclusões.

"Consegui perceber uma coisa muito importante, que é a preocupação da Força Aérea de olhar para as famílias das vítimas e estudar a sua situação e prover à sua situação", salientou.

Durante esta visita, que considerou "ao mesmo tempo emocionante e motivadora", Marcelo Rebelo de Sousa lembrou e homenageou os militares que morreram no acidente da semana passada, mas deixou uma mensagem para o futuro.

"Porque a vida continua, o C-130 continua a voar, os operacionais continuam operacionais, a Força Aérea continua a cumprir a sua missão e o comandante supremo das Forças Armadas veio aqui dizer que está ao lado dessa missão com confiança absoluta", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou que "o comandante supremo [das Forças Armadas] tem confiança na Força Aérea, tem confiança nesta unidade, tem confiança nos operacionais desta unidade, tem confiança nos C-130".


Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Get_It

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #536 em: Julho 24, 2016, 11:19:25 am »
Entretanto no Canadá:

Canadian firm looks to sell used Norwegian planes to RCAF for use in Arctic
(21 de Julho de 2016)
Citação de: David Pugliese, Ottawa Citizen
A Canadian firm wants Ottawa to buy older transport aircraft from Norway, saying this could significantly boost the military’s capabilities in the Arctic relatively cheaply.

The five C-130H aircraft, modernized before they were put in storage in the U.S. and with about 50 per cent of their flying time remaining, could be acquired for about $60 million, says Tom Edmison, president of Total Corporate Aviation Services.

The deal would include tens of thousands of parts for the aircraft, which could also be used for the Royal Canadian Air Force’s existing C-130H transport planes.

(...)

Norway stored the C-130s after it bought newer J models of the same aircraft. It paid about $600-million for the four C-130J planes, plus associated equipment

The planes are being stored at a U.S. government facility in Tucson, Ariz., at a cost of $750,000 a year, so there is an economic reason to sell the planes, Edmison said.

The aircraft were originally maintained for Norway at a facility in Canada.

(...)
Fonte: http://news.nationalpost.com/news/canada/canadian-politics/canadian-firm-looks-to-sell-used-norwegian-planes-to-rcaf-for-use-in-arctic

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Burro

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #537 em: Julho 25, 2016, 02:03:46 am »
Na verdade é que para substituir um C130H muito antigo e usado em qualquer força aérea do mundo existem apenas duas opções: Um C130J novo ou um KC-390.

Outros aviões novos, ou são superiores e muitos mais caros de comprar e operar, ou são inferiores e não cumprem o rol de missões de um C130J ou o KC-390.

O KC-390 segue sua campanha em busca da homologação, em fase de testes, deve seguir para o Chile e EUA para novas provas de vento cruzado e operação em gelo natural.

Sua apresentação no continente europeu me parece deixou boa impressão, aquela pernada de Abu Dhabi até Cabo Verde, percorrendo quase 10.000 Km com apenas uma escala na ilha de Malta, fez tudo isso na luz do dia, poderia se desejasse, chegar ao Brasil naquele mesmo dia, ou noite, isso é simplesmente impossível para o glorioso C-130, não tem como impor uma velocidade de cruzeiro de 850  Km/h voando a 34.000 ft.

Na verdade é que Portugal não vai pagar pelo KC-390 o mesmo valor que outros países pagam, por uma série de fatores, quem fabrica o avião paga ao final das contas menos do que ele custaria a um cliente externo, além do mais o Brasil pode fazer uma forma de financiamento especial, com menores esforços para o pagamento, sejam taxas, prazo, compensações em conta corrente, parte disso já será esterilizado quando da exportação de partes do Brasil para a montagem final no Brasil, o fato de fabricar boa parte do aparelho também já familiariza seu pessoal com o avião, seu motor é o mesmo usado pelo A-321 - com duas mil libras de potência a mais cada um - ou seja, de amplo conhecimento pelo pessoal da manutenção, motor presente nos aviões da TAP, até um paisano sabe mexer, alta disponibilidade.

Um avião moderno é como um carro moderno, sua manutenção é facilitada, pois com a simples inserção de um terminal USB por exemplo, é capaz de diagnosticar um problema e apontar a solução, o A-29 tem um sistema assim, o próprio avião faz um checkup geral de si mesmo, facilitando e muito sua manutenção.

Segundo Jackson Schneider, a partir de 2018 a Embraer pode entregar este avião a qualquer força aérea do mundo.

Então é isso, e estamos falando de um avião que carrega 19 Toneladas, contra outro que transporta até 26 (na wiki fala em 27) toneladas brutas concentradas.

O KC-390 fez dois voos de testes em dois dias diferentes no deserto dos Emirados Árabes - já estiveram em Gavião Peixoto -  voou na hora mais quente do dia e de ar mais rarefeito, na República Checa também fez dois voos de testes, até o ministro da economia esteve a bordo.

A Boeing já chamou para si o "marketing" e "apoio logístico" do avião em seus mercados, não faria isso se não fosse um produto promissor.
 

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Major Alvega

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #538 em: Julho 27, 2016, 10:13:54 pm »
 Meu caro "Burro", essa conversa é toda bonita, mas fica tudo por aí, é só "frescura".

 Em primeiro deixe-me dizer-lhe que os A321/A320/A319 da TAP não têm turbinas IAE V2500 como o KC-390, mas CFM56 da GE.

 Depois a FAP não vai comprar nenhum avião novo nos próximo anos. Mesmo que a Embraer venha através do vosso banco BNDES apresentar uma proposta financeira irrecusável e fora de série. Mesmo assim o governo português não tem dinheiro neste momento nem para modernizar os aviónicos de umas avionetas de treino de fabrico francês que possui actualmente ou para fazer a manutenção conveniente ás aeronaves.

Um dia se vier a comprar, não é governo português que decide. Ele já está escolhido pela UE há muito e chama-se A400 Atlas. Existem actualmente aparelhos deste tipo programados para serem construídos e não têm dono. Como os que eram para Espanha e Alemanha em que foram reduzidas as encomendas, mas os aviões vão ser produzidos na mesma. A Airbus através da UE não vai permitir que Portugal adquira nenhum avião de transporte militar quando tem cá A400M de sobra. E é a UE que dá cá as ordens e manda para cá o dinheirinho que o país necessita para sobreviver.

De qualquer forma, vamos falar claro. O KC-390 dá indicações de vir a ser uma excelente aeronave mas não serve para a FAP. Que necessita de uma aeronave com características mais estratégicas que o KC-390 que é simplesmente táctico. O Embraer tem um terrível handicap que é a sua fraca autonomia quando está carregado. Para nós com o vasto triângulo Continente, Açores, Madeira, ou alguma missão a África com a capacidade de 25 toneladas não dá mesmo, torna-se curto.
« Última modificação: Julho 27, 2016, 10:40:22 pm por Major Alvega »
 

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #539 em: Julho 27, 2016, 11:08:53 pm »
Boas,

A experiência que tenho de operar com aeronaves de carga diz-me que a escolha entre o C130J e o KC390 será renhida, se uma aeronave tem um payload superior em quase 4 Tons a outra tem um raio de acção superior em mais de 1200 Kms para um payload de 13 Tons, e, em termos de preços penso que andará ela por ela.

Não podemos é colocar no mesmo plano o A400 que nas vertentes carga/raio de acção/ altitude é muito superior ás outras aeronaves, o A400 já faz parte de outro campeonato, apenas na velocidade o KC se aproxima do A400.

Major Alvega, ambas Aeronaves o C130J e o KC390, estão na classe de transporte Aéreo Táctico, o que já não acontece com o A400 !

 http://topairlinesrankings.blogspot.pt/2015/05/new-cargo-aircrafts-178-vr-kc-390-vr-c.html





Abraços
« Última modificação: Julho 27, 2016, 11:21:44 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!