Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2055 em: Junho 13, 2017, 11:58:18 am »
FO....!!!!
Mas como é possível que neste dia 10 de Junho, Dia de Portugal, a noticia de abertura do telejornal da SIC sejam os gémeos do Ronaldo?!?!?!?!?!?
Na RTP foi a cerimonia no Porto e na TVI não sei.

Estão a pensar nos futuros Campeonatos Europeus de Futebol... ::)
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2056 em: Junho 15, 2017, 10:49:39 am »
O nosso país é isto..

Ronaldo e futebol...as pessoas não sabem falar de outra coisa...

Entrem num café ou restaurante... Está sempre sintonizado... na bola !

 
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2057 em: Junho 16, 2017, 02:14:25 pm »
Hoje de manhã apareceu um miúdo de 14 anos a pedir indicações.
No seguimento da conversa perguntei:

Então e queres vir para o Exército?
R: Hãn...
Eu: Então o que gostavas de fazer na vida quando fores mais velho?
R: Ser youtuber!

Eu:




 ???
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2058 em: Junho 16, 2017, 03:06:54 pm »
Hoje de manhã apareceu um miúdo de 14 anos a pedir indicações.
No seguimento da conversa perguntei:

Então e queres vir para o Exército?
R: Hãn...
Eu: Então o que gostavas de fazer na vida quando fores mais velho?
R: Ser youtuber!

Eu:




 ???

E se tiver saída, ganharia mais do que tu!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2059 em: Outubro 16, 2017, 09:45:37 pm »
João Miguel Tavares: Uma comédia chamada Estado português
(16 de Outubro de 2017)
Citação de: João Miguel Tavares / Público
Quando tudo corre mal, o Estado Todo Poderoso descobre subitamente que compete a cada cidadão desenrascar-se sozinho. Foi o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, quem o disse: «Têm de ser as próprias comunidades a ser pro-activas e não ficarmos todos à espera que apareçam os nossos bombeiros e aviões para nos resolver os problemas. Temos de nos auto-proteger.» A ministra repetiu a mesma ideia: «As comunidades têm de se tornar mais resilientes às catástrofes.» Secretário de Estado e ministra só se esqueceram de acrescentar este detalhe: muitas das vítimas deste domingo morreram a tentar fazer isso mesmo – a tentar salvar sozinhas as suas casas, os seus armazéns, ou simplesmente as suas vidas. Trinta e seis (à hora a que escrevo) não conseguiram.

Se sacudir a água do capote servisse para apagar as chamas já não havia fogos em Portugal. O governo que nos desgoverna mete o nariz em tudo o que pode, e no próximo ano até vai controlar, para efeitos fiscais, o sal que comemos. Mas quando se trata de assumir a responsabilidade por mais uma catástrofe de dimensões absurdas, a mensagem socialista inspira-se naqueles que antigamente classificava como «fanáticos neoliberais». O secretário de Estado aconselha-nos a sair da nossa zona de conforto. A ministra produz uma variação do célebre «ai aguenta, aguenta». O primeiro-ministro garante não ter uma «varinha mágica» que possa resolver a situação e que andar por aí a exigir demissões de ministros é coisa “infantil”. As boas notícias são consequência do enorme mérito do governo. As más notícias são azares da mãe natureza e do aquecimento global. Quem discordar é uma criança.

Constança Urbano de Sousa, antes de nos informar que não teve férias, repetiu um par de vezes que estávamos perante «uma situação absolutamente extraordinária». A ministra passou o dia a fazer o playback de Pedrógão Grande. Só que o disco está riscado. Se uma tragédia acontece duas vezes em quatro meses ela não é absolutamente extraordinária. E não sendo – nem sequer faltaram os carros calcinados em Oliveira do Hospital –, isso significa que o Estado voltou a falhar na mais básica das tarefas: proteger a vida dos seus cidadãos. António Costa fez tudo para que ninguém perdesse demasiado tempo a ler o relatório de Pedrógão Grande. Não só fez declarações públicas sem o ter lido na totalidade (foi o próprio quem o admitiu), como o timing da sua divulgação (pós-eleições autárquicas, orçamento para 2018, acusação a José Sócrates) teve como consequência um débil impacto público. Infelizmente para ele, e para todos nós, a natureza trocou-lhe as voltas.

Por isso, é fundamental lembrar que as conclusões do relatório não subscrevem a sua narrativa favorita sobre os fogos. Sim, é verdade que muitos dos problemas são estruturais e vão demorar anos a ser corrigidos. Mas é igualmente verdade que o relatório aponta para falhas muito concretas na coordenação da Protecção Civil, na não-antecipação da fase Charlie, no atraso no evacuamento das aldeias, na falta de informação das populações, na ignorância científica de quem combate o fogo, nas nomeações de boys para a Protecção Civil. Nada disto tem a ver com pinheiros e eucaliptos. Tudo isto tem a ver com responsabilidades políticas – que Costa ignora olimpicamente, como se viu no seu discurso de ontem. «O mais fácil para mim seria a demissão», disse a ministra da Administração Interna. Por favor, faça o mais fácil, e vá-se embora de vez.
Fonte: https://www.publico.pt/2017/10/16/sociedade/opiniao/uma-comedia-chamada-estado-portugues-1789147

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2060 em: Outubro 23, 2017, 11:56:33 am »
O mundo realmente está muito estranho, ao que chegamos:

Robert Mugabe nomeado embaixador da boa-vontade das Nações Unidas

http://observador.pt/2017/10/21/robert-mugabe-nomeado-embaixador-da-boa-vontade-das-nacoes-unidas/
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2061 em: Outubro 24, 2017, 12:03:17 am »
O mundo realmente está muito estranho, ao que chegamos:

Robert Mugabe nomeado embaixador da boa-vontade das Nações Unidas

http://observador.pt/2017/10/21/robert-mugabe-nomeado-embaixador-da-boa-vontade-das-nacoes-unidas/


Organização Mundial de Saúde retira cargo a Robert Mugabe

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/organizacao-mundial-de-saude-retira-cargo-a-robert-mugabe
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2062 em: Outubro 24, 2017, 10:16:54 am »
O mundo realmente está muito estranho, ao que chegamos:

Robert Mugabe nomeado embaixador da boa-vontade das Nações Unidas

http://observador.pt/2017/10/21/robert-mugabe-nomeado-embaixador-da-boa-vontade-das-nacoes-unidas/


Organização Mundial de Saúde retira cargo a Robert Mugabe

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/organizacao-mundial-de-saude-retira-cargo-a-robert-mugabe

Vá lá, foram sensíveis às críticas sobre a escolha patética que tomaram!!!!
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2064 em: Novembro 11, 2017, 02:16:54 pm »


Norberto Pires
14 h ·
Um país que não se respeita é um país sem futuro.
Esta foto foi tirada hoje no Panteão Nacional. Sim leu bem, no Panteão Nacional. É um jantar posterior à Web Summit (Founders Dinner).

Os organizadores da Web Summit, num estranho sentimento de que tudo podem e de que tudo lhes é permitido, resolvem fazer um jantar, restrito e só para convidados muito especiais, no recinto do PANTEÃO NACIONAL. Quem terá sido o ministro, ou secretário-de-estado que autorizou o evento? Uma coisa é certa, uns tipos, parolos e armados em empreendedores, pensam que o local certo para um evento destes é o Panteão Nacional de um país com quase 900 anos. Muitos outros, onde estão ex-governantes, aceitam participar nesta fantochada.

Inaceitável.
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2065 em: Novembro 11, 2017, 06:00:14 pm »
Governo vai proibir "eventos de natureza festiva" no Panteão


O Governo decidiu proibir eventos de natureza festiva no panteão Nacional, onde se encontram sepultadas várias perosnlaidade, depois da polémica que surgiu pela utilização do monumento para a realização de um jantar no âmbito da Web Summit.

O ministro Luís Filipe Castro Mendes disse ter hoje tomado conhecimento da realização do jantar, "facto que estranhou".

"Questionados os serviços, foi informado que a decisão foi tomada ao abrigo do Despacho 8356/2014, de 24 de junho de 2014, adotado pelo anterior Governo, que aprovou o Regulamento de Utilização dos Espaços sob tutela da Direção Geral do Património Cultural. Neste Regulamento, entre diversas medidas, está prevista a realização de jantares no Corpo Central do Panteão Nacional", diz a nota do gabinete do ministro da Cultura.

Perante esta informação, acrescenta o comunicado, o governante "entende determinar a imediata revisão do referido Despacho", a qual "determinará a proibição de realização de eventos de natureza festiva no Corpo Central do Panteão Nacional"

"O Ministério da Cultura não permitirá que a utilização para eventos públicos dos monumentos nacionais possa pôr em causa o caráter e a dignidade próprias de cada um desses monumentos", remata.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que "a utilização do Panteão Nacional para eventos festivos é absolutamente indigna do respeito devido à memória dos que aí honramos". Num comunicado, o primeiro-ministro censura a utilização daquele monumento para a realização de eventos como o jantar do arranque da F.ounders, um evento à porta fechada no âmbito da Web Summit.

"Tal como já foi divulgado pelo Ministério da Cultura, o Governo procederá à alteração do referido despacho, para que situações semelhantes não voltem a repetir-se, violando a história, a memória coletiva e os símbolos nacionais", remata.

O jantar do arranque da iniciativa F.ounders naquele monumento, onde estão sepultados, entre outros, Luís de Camões, Vasco da Gama, Almeida Garrett, Humberto Delgado, Amália Rodrigues, Eusébio ou Sophia de Melo Breyner, suscitou várias reações nas redes sociais.


>>>>>>>  https://www.dn.pt/portugal/interior/governo-vai-proibir-eventos-de-natureza-festiva-no-panteao-8910682.html
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2066 em: Novembro 11, 2017, 06:45:08 pm »
Mas que é que propôs tal diarreia cerebral? Quem é que autorizou? E quem é que recebeu o dinheiro?
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2067 em: Novembro 11, 2017, 09:40:09 pm »
Empresa pública NAV também fez jantar de gala no Panteão


Ao clamor das redes sociais, juntou-se ontem o primeiro-ministro, António Costa, que disse ser "indigno" utilizar o Panteão Nacional para "eventos festivos", como o banquete de fundadores de empresas avaliadas em mais de 500 milhões de euros que participaram no Web Summit. O CEO da empresa, Paddy Cosgrave, veio à noite pedir desculpa, em comunicado enviado às redações, por usar o Panteão para um jantar exclusivo. "Pedimos desculpa por qualquer ofensa causada. Este foi um jantar organizado segundo as regras do Panteão Nacional, e conduzido com respeito", referia. O governo já prometeu a revisão da legislação para proibir mais "eventos de natureza festiva" no corpo central da Igreja de Santa Engrácia, onde está instalado o Panteão. O Presidente da República aplaudiu a decisão.

Não é de agora que se realizam ali eventos. Há 14 anos, a 24 de outubro de 2003, o livro Harry Potter e a Ordem de Fénix foi lançado por entre os cenotáfios do Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral, Luís Vaz de Camões e os túmulos de Almeida Garrett, Humberto Delgado, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro ou Amália Rodrigues. Não consta que uma eventual indignação tenha levado as mais altas figuras do Estado a dizer coisas. Já a 16 de outubro, a NAV Portugal, empresa pública do Estado, realizou um "jantar de gala" para homenagear trabalhadores, incluindo um "welcome drink no terraço do Panteão" e "música ambiente". Também não foi notícia, a não ser pela denúncia do site Má Despesa Pública, que publicou o contrato de aquisição do jantar pelo "valor total de 17 600 euros, acrescido do IVA, à taxa legal em vigor, a que corresponde o valor de 38 euros por pessoa".

Em 2014, o secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier regulou a "utilização de espaços" afetos à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), "numa perspetiva de rentabilização assente na qualidade e, sobretudo, na salvaguarda da sua especificidade e prestígio".

Esse regulamento estabelece que "compete à Direção da DGPC decidir, após parecer dos serviços dependentes, da oportunidade e interesse da cedência, bem como das respetivas condições a aplicar". O regulamento define os preços para cada espaço, Panteão incluído.

Barreto Xavier explicou à TSF que "no seu preâmbulo [o despacho] diz claramente que tem de se avaliar a dignidade das iniciativas, como se diz também que se pode recusar os pedidos". E acrescenta: "Obviamente quando estamos a falar de fazer jantares no Panteão Nacional, parece-me completamente desadequado que se faça, e estava na mão da DGPC e do governo dizer que não."

Mas no site da DGPC explica-se que o Panteão (de acordo com o regulamento) está disponível para "banquetes, receções, conferências, recitais de música ou poesia, lançamento de livros, atos solenes, atividades de índole cultural, mostras, exposições", "mediante consulta prévia e condições a acordar".

Um post no blogue Portugal Glorioso, com uma foto do jantar partilhada no Facebook por Francisco Seixas da Costa, atiçou a fúria das redes sociais. O embaixador questionava-se: "Acham mesmo normal que o jantar final do Web Summit tenha sido entre os túmulos do Panteão Nacional?"

O primeiro-ministro, António Costa, reagiu às primeiras notícias, afirmando que "a utilização do Panteão Nacional para eventos festivos é absolutamente indigna do respeito devido à memória dos que aí honramos". Lavando as mãos, Costa notou: "Apesar de enquadrado legalmente, através de despacho proferido pelo anterior governo, é ofensivo utilizar deste modo um monumento nacional com as características e particularidades do Panteão Nacional."

No comunicado, o primeiro-ministro disse que o ministro da Cultura já tinha anunciado a revisão do regulamento, "para que situações semelhantes não voltem a repetir-se, violando a história, a memória coletiva e os símbolos nacionais".

Já o ministro Luís Filipe de Castro Mendes "estranhou" a realização do jantar no local e "informado que a decisão foi tomada" ao abrigo do despacho "adotado pelo anterior governo", entendeu "determinar a [sua] imediata revisão", que "determinará a proibição de realização de eventos de natureza festiva no corpo central do Panteão Nacional".

Questionado pelo DN sobre quantas vezes foi usado o Panteão em jantares, cocktails e eventos como prevê o regulamento, e quais as receitas arrecadadas, com eventos de entidades privadas, o gabinete do ministro limitou-se a dizer que "não vai acrescentar nada à informação que consta do comunicado".

Marcelo Rebelo de Sousa disse ser "muito sensata" a decisão do governo. "A imagem que eu tenho do Panteão Nacional não é de ser um local adequado para um jantar, nem que seja o jantar mais importante de Estado", disse o Presidente.


>>>>>>>  https://www.dn.pt/portugal/interior/acabaram-se-os-banquetes-no-panteao-e-indigno-sentenciou-costa-8910891.html
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2068 em: Dezembro 25, 2017, 10:47:47 am »
O Natal dos partidos políticos (é à grande)
(25 de Dezembro de 2017)
Citação de: Alexandre Homem Cristo / Observador

Os partidos (PS, PSD, PCP, BE, PEV) legislaram em benefício próprio, amealhando milhões de euros à conta do Estado. E, para fugir ao escrutínio público, fizeram-no da forma mais opaca possível.

Há uma fórmula infalível para, no Natal, se receber como prenda o que mais se deseja: ser o próprio a escolher o que os outros lhe oferecem. No final da semana passada, os partidos políticos com representação na Assembleia da República decidiram seguir a regra. E o que é que meteram no seu próprio sapatinho? Uns milhões de euros, à conta do Estado – isto é, de nós.

Na passada quinta-feira, em plenário, os partidos discutiram e votaram um conjunto de alterações legislativas que, primeiro, acaba com o limite para os fundos angariados por partidos e que, segundo, permite aos partidos receberem o IVA de volta. Traduzindo. Os partidos estavam limitados a angariar por ano um máximo de 632 mil euros, não podendo receber doações ou verbas de origens privadas que totalizassem um valor superior. Ora, agora esse limite deixou de existir – podem receber todo o dinheiro que conseguirem angariar. Mais: até agora, a isenção do IVA aplicou-se a bens e serviços directamente ligados à sua actividade política, mas, por decisão dos partidos em causa própria, a isenção passará a aplicar-se sobre todos os bens e serviços adquiridos. Basicamente, os partidos deixarão de pagar IVA. Sempre.

O impacto financeiro desta decisão é tremendo e de grande benefício para os partidos. Veja-se, a título de exemplo, os casos mais flagrantes. De um lado, o PCP há anos e anos que apresenta a Festa do Avante!, que é um festival de Verão, como um evento de divulgação política, de modo a fugir aos impostos. A partir de agora, já não vai ser preciso fingir: todos os habituais custos com o IVA na contratação de serviços de restauração e artistas (entre outros) ficam no bolso dos comunistas, às claras. Do outro lado, o PS está falido e endividado (deve cerca de 20 milhões de euros), e tem inúmeros casos em tribunal para a devolução do IVA. Ora, com estas alterações políticas, o problema do IVA no PS desaparece daqui para a frente: a isenção será total e, imagine-se, até se aplicará aos processos pendentes a aguardar julgamento – ou seja, com as alterações legislativas introduzidas, o PS poderá solicitar a devolução do IVA de pagamentos feitos no passado (antes de a nova lei entrar em vigor) e cuja contestação ficou pendente nos tribunais. O golpe é extraordinário.

Não vale a pena disfarçar: os partidos (PS, PSD, PCP, BE, PEV) legislaram em benefício próprio, amealhando milhões de euros à conta do Estado. E, para fugir ao escrutínio público, fizeram-no da forma mais opaca possível. O processo legislativo correu num grupo de trabalho que, por várias vezes, reuniu à porta fechada – algo excepcional no funcionamento da Assembleia da República. O agendamento da discussão/votação do projecto de lei foi feito em cima da hora, para não chamar à atenção e forçando até a retirada de outras iniciativas legislativas previamente agendadas. E, na exposição de motivos do projecto de lei apresentado à votação, não consta uma única referência às alterações que beneficiam os partidos – apenas se refere o reforço dos poderes da Entidade das Contas, dando a entender que o objectivo era somente esse. Só que, lá está, não foi bem assim. Nas palavras da ex-Presidente da Entidade das Contas (em declarações ao Expresso), “os partidos resolveram uns aos outros os problemas de cada um”, alterando leis orgânicas do Tribunal Constitucional, da Entidade das Contas, do financiamento político e dos partidos políticos. Mais claro era impossível.

Tudo isto foi premeditado. No conteúdo: a partir desta alteração legislativa, os partidos vão receber mais dinheiro, ficar isentos de impostos e resolver situações ainda a aguardar julgamento – tudo no valor de milhões de euros. E na sua calendarização: a alteração surge de surpresa, sem forma de escrutínio público, e no período natalício (quando as atenções estão dispersas). Ou seja, tudo neste processo está errado – o legislar em causa própria, o segredismo, as tentativas de passar com o assunto despercebido. E o mais grave é que funcionou: arrepia o sucesso dos partidos em conseguir que o assunto passasse mesmo despercebido, quando há aqui matéria para legitimar indignação popular. É, portanto, uma vergonha colectiva: uma Assembleia da República que faz isto em completa impunidade só é possível perante uma sociedade entorpecida e pouco exigente. Merecem-se uma à outra.
Fonte: http://observador.pt/opiniao/o-natal-dos-partidos-politicos-e-a-grande/

Cumprimentos,
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #2069 em: Dezembro 27, 2017, 11:32:17 am »
"Tudo tem os seus limites". Campeã mundial de xadrez recusa-se a jogar na Arábia Saudita devido ao vestuário feminino

Começou ontem, na Arábia Saudita, o campeonato mundial de xadrez. Nele não vai estar presente Anna Muzychuk, que detém dois títulos de campeã mundial. O motivo? Recusa-se a vestir a abaya, uma túnica que cobre o corpo das mulheres sauditas.



A ucraniana Anna Muzychuk, de 27 anos, é dupla campeã mundial de xadrez. A sua irmã, Mariya Muzychuk, dois anos mais nova, seguiu-lhe os passos. E não apenas no desporto, mas também nas convicções. Entre 26 e 30 de dezembro realiza-se o campeonato mundial de xadrez na Arábia Saudita e as irmãs não vão estar presentes: recusam-se a usar uma veste feminina saudita, a abaya [túnica larga].

Num post no Facebook, partilhado a 23 de dezembro, a campeã explicou o motivo da decisão. “Em poucos dias vou perder dois títulos mundiais, um a um. Apenas porque decidi não ir à Arábia Saudita. Por não jogar com as regras de outros, por não usar abaya, por não ter de ir acompanhada à rua, e finalmente por não me sentir uma criatura secundária”, lê-se.

Na imagem partilhada, Anna surge com as duas medalhas recebidas o ano passado, sorridente. “Há exatamente um ano ganhei estes dois títulos e era a pessoa mais feliz no mundo do xadrez, mas agora sinto-me muito mal. Estou preparada para lutar pelos meus princípios e faltar a este evento, onde, em cinco dias, esperava ganhar mais do que numa dezena de competições”, refere a campeã.

Contudo, a publicação serve principalmente para marcar uma posição, demonstrando as diferenças existentes entre os vários países, no que toca às mulheres. “Tudo isto é irritante, mas o mais perturbador é quase ninguém se importar realmente. Este é um sentimento amargo, mas ainda não é o que vai mudar a minha opinião e os meus princípios. O mesmo vale para a minha irmã Mariya — e estou muito feliz por partilharmos este ponto de vista. E sim, para aqueles poucos que se importam — vamos voltar!”

Esta não é, contudo, a primeira vez que uma jogadora se nega a participar numa competição por motivos de vestuário feminino dos países em questão, conta o El País.

Em fevereiro de 2017, Nazi Paikidze, campeã americana, não competiu no Irão por se recusar a cobrir a cabeça com o hijab [véu islâmico]. Neste campeonato, Anna Muzychuk esteve presente e competiu de véu na cabeça. Em outubro, Dorsa Derakhshani, campeã de xadrez iraniana, foi proibida de jogar pelo seu país por também recusar o véu islâmico, passando depois a jogar pelos Estados Unidos.

No passado mês de novembro, quando Anna soube do campeonato na Arábia, marcou a sua posição, defendida agora. “Primeiro Irão, depois Arábia Saudita… Pergunto-me onde serão organizados os próximos campeonatos mundiais femininos. Apesar do recorde de títulos, não vou jogar em Ryad, o que significa perder dois títulos de campeã mundial. Para arriscar a tua vida, para usar abaya o tempo todo? Tudo tem os seus limites e os véus no Irão já foram mais do que suficientes”.

A publicação desta semana já foi partilhada mais de 6 mil vezes e são muitos os comentários de apoio às irmãs.

Até ao momento não há qualquer reação por parte da organização do Campeonato do Mundo de Xadrez, que apenas refere no seu site que o campeão mundial masculino, o norueguês Magnus Carlsen, estará presente nos torneios.

A FIDE, Federação Mundial de Xadrez, também não se manifestou quanto ao sucedido, publicando apenas no Twitter a indicação dos sorteios femininos.

http://24.sapo.pt/desporto/artigos/tudo-tem-os-seus-limites-campea-mundial-de-xadrez-recusa-se-a-jogar-na-arabia-saudita-devido-ao-vestuario-feminino

Muito bem. A campeã mundial de Xadrez recusa usar o véu e não vai participar no torneio, perdendo com isso os seus títulos!!!! Postura correcta da Ucraniana em contraponto com o "politicamente correcto" do ocidente de permitir tudo! Apesar de no passado já ter usado o véu :)
« Última modificação: Dezembro 27, 2017, 11:36:11 am por Viajante »
 
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