Programa de substituição do C-130

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NVF

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1050 em: Janeiro 16, 2019, 07:39:48 pm »
Passamos a vida apostar no cavalo errado. Ora são os programas internacionais dos ricos, em que já toda a gente sabe que os custos vão derrapar mais que um patinador num ringue de gelo; ora são os programas internacionais dos pobres que necessitam do nosso guito e da UE para arrancar com a coisa, mas depois se armam em ricos e querem aumentar os preços. O resultado é sempre o mesmo: o Zé Povinho paga, como se fosse para os bancos e depois as nossas FFAA ficam a chuchar no dedo.
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antoninho

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1051 em: Janeiro 16, 2019, 08:45:27 pm »
Isto é muito mais do que está a ser dito, então o preço que primeiro foi pedido ao estado português não era o pacote com o simulador e manutenção dos aviões?????
E a Boeing vai por nos braços do rival, a força aérea portuguesa, quando procura novos clientes a razão da compra da embraer???
Ou estes estão contra a entrega do simulador e da manutenção a nós????
E ao aumentarem o preço e depois baixarem o preço sem o pacote completo??
Isto está mal contado e seria bom que alguém por uma vez abra a boca e fale claro......
E a venda de 5 F16....não será uma desculpa??
« Última modificação: Janeiro 16, 2019, 08:47:18 pm por antoninho »
 

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typhonman

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1052 em: Janeiro 16, 2019, 09:56:18 pm »
Por esta altura o CEMFA deve estar a rogar pragas a todos os Executivos e MDNs que ao longo das duas últimas décadas foram empurrando cada vez para mais tarde a modernização dos C-130H até à recente decisão de ser cancelada...  ::)

Seja efeito Bolsonaro ou efeito Boeing (arqui-rival da Lockheed Martin, não nos esqueçamos), urge averiguar isso o quanto antes. Se quanto a helicópteros vamos ficar em exclusividade nas mãos da Leonardo, qual seria o mal de ficarmos na da Lockheed Martin mantendo o C-130, F-16V e depois F-35, e P-3?

O programa C-130 pode até ter 6 décadas de vida (20 anos de vida para o J) e ser mais lento do que o KC-390 por não ser movido a jacto, mas é completamente interoperável com praticamente toda a Aliança Atlântica ao contrário do que aconteceria com o cargueiro militar da Embraer. Senão vejamos que nações da NATO/UE/UEO o operam:

- Portugal;
- Espanha;
- França;
- Reino Unido;
- Holanda;
- Bélgica;
- Alemanha;
- Itália;
- Grécia;
- Turquia;
- Polónia;
- Roménia;
- Dinamarca;
- Noruega;
- Suécia;
- Áustria;
- Canadá;
- EUA.



E que tal uma solução que conhecemos bem chamada C130H?  c56x1 ;)

http://www.planecheck.com/index.asp?ent=da&id=14314&cor=y

Citar
Description   (WE ALSO HAVE AVAILABLE FOR IMMEDIATE SALE THREE (3) LOW TIME/ LOW SEVERITY FACTOR (MEP) C-130H CENTER WING BOXES IN DRY U.S. DESERT DEEP PRESERVATION STORAGE).

THIS AIRCRAFT HAS THE LOWEST HOURS, (EBH)   CYCLES AND SEVERITY FACTOR RATINGS OF ANY C-130H IN THE WORLD. AIRCRAFT FUSELAGE TOTAL TIME EQUIVALENT BASELINE HOURS SINCE FACTORY NEW (EBH) : 2,680 HRS -- BECAUSE OF ITS MISSION HISTORY. NO DAMAGE OR ACCIDENT HISTORY, NO HARD LANDINGS AND NO UNPAVED SURFACE LANDINGS SINCE NEW. FURTHERMORE, THIS AIRCRAFT HAS NEVER BEEN OPERATED AS CARGO, LOGISTICS OR TACTICAL PLATFORM.

LOCKHEED MARTIN C-130H, SERIAL NUMBER 4932, HAS RECENTLY COMPLETED ITS PHASE ONE (1) HEAVY PDM AND UPGRADE PROGRAM AT THE ONLY LOCKHEED MARTIN C-130 SERVICE CENTER IN NORTH AMERICA, AND IS AVAILABLE FOR IMMEDIATE SALE.

PHASE TWO (2) (LAST PHASE) WILL BE THE EXTERIOR PAINTING OF THE AIRCRAFT, THE SELECTION OF THE POWER PLANT AND THE AVIONICS EQUIPMENT, ALL IN ACCORDANCE WITH THE PREFERENCE OF THE EVENTUAL BUYER (ULTIMATE END USER).

ALL REQUIRED SPECIAL INSPECTIONS (SP) AND STRUCTURAL INSPECTIONS (ST) HAVE BEEN COMPLETED.

ALL TIME CHANGES AND ON CONDITION COMPONENTS (ALL REMOVABLE PARTS) HAVE ZERO (0) TIME SINCE OVERHAUL AND/OR ARE FACTORY NEW.

NO MAJOR SCHEDULED INSPECTIONS OR COMPONENTS REPLACEMENTS WILL BE REQUIRED FOR THREE (3) YEARS / 2400 FLIGHT HOURS (FH).

THIS AIRCRAFT WAS PLACED IN DEEP PRESERVATION STORAGE IN THE U.S. DRY AND ARID DESERT FOR A NUMBER OF YEARS. THIS IMPECCABLE HERCULES WAS ONLY AND EXCLUSIVELY OPERATED AS A COMMUNICATION PLATFORM, AND NEVER AS A CARGO, LOGISTIC, TRANSPORT OR TACTICAL AIRCRAFT, IT NEVER HAD A CARGO FLOOR.

OUR AIRCRAFT WILL BE DELIVERED WITH A CARGO FLOOR, A DUAL RAILING CARGO HANDLING SYSTEM AND A COMPLETE 92 SEAT OPERATIONAL PARATROOP SYSTEM. AIR FORCE (END-USER) OPTIONS TO BE DELIVERED WITH THE AIRCRAFT WILL BE POWER PLANT AND AVIONICS.

IT IS THE ONLY VERY LOW TIME/CYCLE C-130H MODEL FOR SALE WORLDWIDE WITH AN EQUIVALENT BASELINE HOURS (EBH) OF 5,154 HOURS SINCE FACTORY NEW AND 2,129 LANDINGS (CYCLES).

CENTER WING REMAINING SERVICE LIFE IS 39,846 HOURS, AND OUTER WINGS REMAINING SERVICE LIFE IS 54,846 HOURS. IT HAS OVER 30 YEARS OF STRUCTURAL LIFE REMAINING AND A DOCUMENTED LOCKHEED MARTIN CERTIFICATION OF ALL EBH AND SF (SEVERITY FACTOR) AND SLA (SEVERITY LIFE ANALYSIS) AS OF 11/ 2014.

A COMPLETE BROCHURE AND SPECS SHEET FOR THE AIRCRAFT IS AVAILABLE, AS WELL AS VARIOUS OPTIONS THAT A CANDIDATE AIR FORCE CAN UNDERTAKE ON ITS OWN.

FINANCING IS AVAILABLE AND CAN BE COORDINATED WITH LIONHEART INTERNATIONAL, INC.

WE ALSO HAVE AVAILABLE FOR IMMEDIATE SALE THREE (3) LOW TIME/ LOW SEVERITY FACTOR (MEP) C-130H CENTER WINGS IN U.S. DESERT DEEP STORAGE.
Airplane time state   FUSELAGE TOTAL TIME EQUIVALENT BASELINE HOURS SINCE FACTORY NEW (EBH) : 2,680 HRS.

AIRCRAFT TOTAL LANDINGS (CYCLES) : 2,129

CENTER WING REMAINING SERVICE LIFE : 39,846 HRS

OUTER WINGS REMAINING SERVICE LIFE : 54,846 HRS
Interior   NO ACCIDENT OR DAMAGE HISTORY OF ANY KIND
Exterior   NO ACCIDENT OR DAMAGE HISTORY OF ANY KIND
Remarks   THE LOCKHEED C-130 HERCULES AIRCRAFT IS CATEGORIZED ON THE U.S. MUNITIONS LIST (USML) OF THE INTERNATIONAL TRAFFIC IN ARMS REGULATIONS (ITAR) AND, THEREFORE, IS SUBJECT TO CONTROL UNDER THE ARMS EXPORT CONTROL ACT (AECA).   

PLEASE BE AWARE THAT ANY SALES
AND/OR EXPORTS WILL BE MADE ONLY IN FULL
COMPLIANCE WITH APPLICABLE U.S.LAWS.

THE SALE, EXPORT OR SUBSEQUENT TRANSFER
OF THIS AIRCRAFT IS SUBJECT TO PRIOR APPROVAL BY THE UNITED STATES GOVERNMENT.

ANY SALE, EXPORT OR SUBSEQUENT TRANSFER  OF THIS AIRCRAFT IS CONTINGENT UPON RECEIPT OF THE NECESSARY U.S. GOVERNMENT AUTHORIZATION.   

THIS IMPECCABLE AND VERY UNIQUE C-130H HERCULES AIRCRAFT HAS ''NO ACCIDENT OR DAMAGE HISTORY OF ANY KIND''




É o que muitas nações, e bem mais endinheiradas que nós, estão a optar por fazer: ou o upgrade das suas células (alguém ainda se lembra do AMP?) ou a compra de aeronaves com mais tempo de vida útil que estejam armazenadas no deserto, como por exemplo fez a Holanda há uns anos ao adquirir 2 antigos C-130 que se encontravam já no AMARG e convertê-los para a versão H, depois assegurando um contrato de manutenção de longa duração para suportar toda a frota até à saída de serviços dos aparelhos em 2032/33:
http://www.airrecognition.com/index.php/archive-world-worldwide-news-air-force-aviation-aerospace-air-military-defence-industry/global-defense-security-news/global-news-2018/december/4726-marshall-secures-14-year-contract-for-rnlaf-c-130h-fleet-support.html

A roda já foi inventada há muito tempo, toca a rolar!  :mrgreen:  c56x1

Sem dúvida !

O caminho na minha opinião seria um destes 3:

-6 a 8 C-130J/J-30

Ou

- 2 A-400M

- 6 C-130MLU

ou

4 A-400M


Veja-se que em 2003, tivemos uma proposta para 2-C17, e o o upgrade dos 6 C-130H.


 

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Igor

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1053 em: Janeiro 16, 2019, 11:14:39 pm »
A proposta inicial era a aquisição de 5 aeronaves KC390 com mais uma de opção, neste momento já só se fala na aquisição das 5, o que mais se houve nas nossas forças armadas é a palavra redução. Sinceramente não sei que forças armadas os nossos governantes pretendem para o futuro.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1054 em: Janeiro 17, 2019, 10:48:08 am »
A proposta inicial era a aquisição de 5 aeronaves KC390 com mais uma de opção, neste momento já só se fala na aquisição das 5, o que mais se houve nas nossas forças armadas é a palavra redução. Sinceramente não sei que forças armadas os nossos governantes pretendem para o futuro.

É verdade, mas também se o fabricante aumenta o preço de forma inesperada e toma uma posição mais intransigente é natural que para já não se pense sequer num sexto aparelho. Recordo que também em 1977 só comprámos 5 C-130H e que apenas em 1991 chegou a sexta aeronave, o C-130H-30 16806. Por isso, se fosse essa a razão, até se podia comprar mais tarde um sexto KC.

Agora se a coisa continuar nos moldes que o CEMFA ontem apresentou na AR então vamos embora, sem medos e sem perder tempo para o C-130J, e quem sabe daqui a uns anitos não fiquemos também com uns poucos A400M que a Força Aérea Espanhola quer vender.  ;)
« Última modificação: Janeiro 17, 2019, 10:48:58 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1055 em: Janeiro 17, 2019, 11:49:01 am »
Se o KC390 não vier mas sim C-130J ou A400M, será que isso vai influenciar a colocação da esquadra 501?

Lembrem-se que supostamente está esquadra iria poder permanecer no Montijo pois os KC390 ao terem motores turbo-fan permitiria operação simultânea com os aviões comerciais.
« Última modificação: Janeiro 17, 2019, 11:50:02 am por Lightning »
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1056 em: Janeiro 17, 2019, 11:59:25 am »
Se o KC390 não vier mas sim C-130J ou A400M, será que isso vai influenciar a colocação da esquadra 501?

Lembrem-se que supostamente está esquadra iria poder permanecer no Montijo pois os KC390 ao terem motores turbo-fan permitiria operação simultânea com os aviões comerciais.

Também já havia pensado nisso. Há muitas variáveis tais como o veredicto final do estudo de impacte ambiental, o sucesso ou não das negociações com a Embraer, enfim, é esperar para ver.
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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1057 em: Janeiro 17, 2019, 11:59:38 am »
Se o KC390 não vier mas sim C-130J ou A400M, será que isso vai influenciar a colocação da esquadra 501?

Lembrem-se que supostamente está esquadra iria poder permanecer no Montijo pois os KC390 ao terem motores turbo-fan permitiria operação simultânea com os aviões comerciais.

olha que não é bem assim Lightning, Isso é uma falsa questão, se fosse verdade , como se conseguia operar os ATR's que a TAP possui, diáriamente, com os restantes tipos de aeronaves ?
posso adiantar que os ATR's efectuam pelo menos 30 a 40 voos diários, só a ponte aérea LIS-OPO-LIS efectua quinze aterragens + descolagens diárias, quantos voos diários fariam os, C's ou os A400 ??
Dois, Três ???

E ainda te digo que os ATR's aeronaves com PMD's muito inferior aos C's e A400, penalizam muito mais a operação pois estão muito mais vulneráveis á turbulência das aeronaves que aterram ou descolam antes deles, o tempo de espera pode chegar aos dois/três minutos, o que não acontece com as duas aeronaves militares.

Abraços
« Última modificação: Janeiro 17, 2019, 12:13:44 pm por tenente »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1058 em: Janeiro 17, 2019, 12:28:20 pm »
Se o KC390 não vier mas sim C-130J ou A400M, será que isso vai influenciar a colocação da esquadra 501?

Lembrem-se que supostamente está esquadra iria poder permanecer no Montijo pois os KC390 ao terem motores turbo-fan permitiria operação simultânea com os aviões comerciais.

olha que não é bem assim Lightning, Isso é uma falsa questão, se fosse verdade , como se conseguia operar os ATR's que a TAP possui, diáriamente, com os restantes tipos de aeronaves ?
posso adiantar que os ATR's efectuam pelo menos 30 a 40 voos diários, só a ponte aérea LIS-OPO-LIS efectua quinze aterragens + descolagens diárias, quantos voos diários fariam os, C's ou os A400 ??
Dois, Três ???

E ainda te digo que os ATR's aeronaves com PMD's muito inferior aos C's e A400, penalizam muito mais a operação pois estão muito mais vulneráveis á turbulência das aeronaves que aterram ou descolam antes deles, o tempo de espera pode chegar aos dois/três minutos, o que não acontece com as duas aeronaves militares.

Abraços

Claro que sim tenente, é sem dúvida uma falsa questão. A verdade é que a privatizada ANA quer para si toda a península do Samouco onde se situa a BA6 e por isso só levanta é questões. Se houvesse problemas com os C-130 a operar numa estrutura aeroportuária alguma vez teriam operado a partir de Figo Maduro? É querer fazer de nós estúpidos.  ::)

A avaliação de impacte ambiental é a única coisa que poderá salvar a BA6 e acabar de uma vez por todas com este erro prestes a acontecer. O PM deu a sua palavra no parlamento que não avançaria o novo aeroporto se o parecer for negativo, embora afirmando pesarosamente não haver um plano B facto que coloca ainda mais pressão em cima dos técnicos que estão a concluir o estudo. Vamos ver se assim é.
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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1059 em: Janeiro 17, 2019, 12:35:33 pm »
Se o KC390 não vier mas sim C-130J ou A400M, será que isso vai influenciar a colocação da esquadra 501?

Lembrem-se que supostamente está esquadra iria poder permanecer no Montijo pois os KC390 ao terem motores turbo-fan permitiria operação simultânea com os aviões comerciais.

olha que não é bem assim Lightning, Isso é uma falsa questão, se fosse verdade , como se conseguia operar os ATR's que a TAP possui, diáriamente, com os restantes tipos de aeronaves ?
posso adiantar que os ATR's efectuam pelo menos 30 a 40 voos diários, só a ponte aérea LIS-OPO-LIS efectua quinze aterragens + descolagens diárias, quantos voos diários fariam os, C's ou os A400 ??
Dois, Três ???

E ainda te digo que os ATR's aeronaves com PMD's muito inferior aos C's e A400, penalizam muito mais a operação pois estão muito mais vulneráveis á turbulência das aeronaves que aterram ou descolam antes deles, o tempo de espera pode chegar aos dois/três minutos, o que não acontece com as duas aeronaves militares.

Abraços

Claro que sim tenente, é sem dúvida uma falsa questão. A verdade é que a privatizada ANA quer para si toda a península do Samouco onde se situa a BA6 e por isso só levanta é questões. Se houvesse problemas com os C-130 a operar numa estrutura aeroportuária alguma vez teriam operado a partir de Figo Maduro? É querer fazer de nós estúpidos.  ::)

A avaliação de impacte ambiental é a única coisa que poderá salvar a BA6 e acabar de uma vez por todas com este erro prestes a acontecer. O PM deu a sua palavra no parlamento que não avançaria o novo aeroporto se o parecer for negativo, embora afirmando pesarosamente não haver um plano B facto que coloca ainda mais pressão em cima dos técnicos que estão a concluir o estudo. Vamos ver se assim é.

A meu ver o chumbo vai acontecer e vai servir os interesses dos Froggies !
Eles não são estúpidos e não lhes interessa ter um aeroporto que ao fim de quinze anos estará esgotado, sendo necessário ter uma nova infraestrutura aeroportuária em funcionamento.
O chumbo servirá para camuflar as obras no Aeroporto de lIsboa, melhor, o pagamento das obras, pois sempre são 680 milhões, sem inflação, que o estado Português irá " Dar " aos Franceses como uma compensaçãozita pela não construção do apeadeiro do Montijo !
È o que eu penso que irá acontecer e, no aeroporto há muito mais gente a pensar como eu, mas a ver vamos como o outro diz, a ver vamos.
O que é triste é que no meio disto tudo a FAP anda, qual bola de ping-pong, nas mãos destes competentes técnicos que nada sabem e muito menos fazem !!!

Abraços
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Major Alvega

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1060 em: Janeiro 17, 2019, 02:04:06 pm »
 Como é que os 5 aviões mais simulador estão orçamentados pelo Estado em 830 milhões EUR?
 Se cada unidade de KC-390 estava anunciada oficialmente na ordem dos 55 milhões USD cada.

 Vamos por 60 milhões USD cada uma. 60 x 5 = 300 + o simulador que custará quase o mesmo preço da aeronave. 360 milhões USD

 360 milhões USD x 0,88 cambio euro = 315 milhões EUR

 315 milhões € + contrato de manutenção, assistência e outros serviços agregados (vamos meter 50% do custo total das aeronaves: ((360 milhões USD x 0,88) : 0,50)
 que prefaz 160 milhões €.

 315 milhões € (5 aeronaves + simulador) + 160 milhões (manutenção e serviços) = 475 milhões €

 Como é que 830 milhões € não chegam? Tudo isto cheira a esturro a milhas de distância.
« Última modificação: Janeiro 17, 2019, 02:05:28 pm por Major Alvega »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1061 em: Janeiro 17, 2019, 02:19:40 pm »
Voltando ao assunto na ordem do dia: se a Alemanha vai pagar cerca de 970M€ por um pacote que inclui 3 C-130J-30 + 3 KC-130J equipados com um sistema completo de autoprotecção, equipamentos de vária ordem mais sobressalentes, motores, suporte técnico e logístico, treino e formação de tripulações de voo e de terra e contrato de manutenção por 3 anos (até os germânicos, em conjunto com os franceses terem capacidade eles próprios de tratarem da manutenção das aeronaves ou fazê-lo algures na Europa), não era melhor a FAP despachar já este assunto de uma vez por todas?

Tomando em linha de conta o que afirmou ontem o CEMFA, a Embraer começou por pedir 950M€ (830 + 120) pelo pacote de 5 aparelhos equipados com sistema completo de autoprotecção, treino e simulador; agora terá baixado para os 927M€, 100 milhões a mais do que o Estado havia alocado ao programa. Mesmo se comprarmos as 5 aeronaves comprando a suite de autoprotecção directamente ao fabricante e contractualizarmos a aquisição e manutenção dos motores V2500 à sua fabricante, a IAE, o preço ainda fica nos 877M€, 50M€ acima do previsto, de acordo com as afirmações do CEMFA.

Então se para a Alemanha um preço similar contempla um pacote completo com seis aeronaves e tudo o que para elas é necessário e está associado (inclusivé o equipamento para os reabastecedores), para nós não dá porquê? Se o preço base do C-130J em Dezembro de 2018 estava entre os 60 e 70M€, a que preço unitário estará agora um KC-390?
Saudações Aeronáuticas,
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asalves

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1062 em: Janeiro 17, 2019, 02:25:43 pm »
Como é que os 5 aviões mais simulador estão orçamentados pelo Estado em 830 milhões EUR?
 Se cada unidade de KC-390 estava anunciada oficialmente na ordem dos 55 milhões USD cada.

 Vamos por 60 milhões USD cada uma. 60 x 5 = 300 + o simulador que custará quase o mesmo preço da aeronave. 360 milhões USD

 360 milhões USD x 0,88 cambio euro = 315 milhões EUR

 315 milhões € + contrato de manutenção, assistência e outros serviços agregados (vamos meter 50% do custo total das aeronaves: ((360 milhões USD x 0,88) : 0,50)
 que prefaz 160 milhões €.

 315 milhões € (5 aeronaves + simulador) + 160 milhões (manutenção e serviços) = 475 milhões €

 Como é que 830 milhões € não chegam? Tudo isto cheira a esturro a milhas de distância.

Não tenho a certeza se estou certo mas os 55€ por aeronave anunciados no inicio passaram depois para 70 milhões e o ultimo valor (antes da encomenda de PT) andava nos 100 milhões.

Entretanto não tendo a certeza mas estes valores era pela aeronave sem extras (entenda-se sensores, motores, ... que são de outros fornecedores), tanto é que uma das medidas que estão a tentar é comprar a aeronave sem estes extras e depois comparar os extras diretamente ao fabricante, isto permitiria poupar nas comissões da embraer como revendedora dos mesmos. No final vamos ver como a coisa fica.

Segundo li também houve um acordo há uns anos atrás antes do casamento da embraer com a boeing em que a boeing ficava responsável para comercialização do KC390 ao nivel internacional (Embraer vendia a FAB).

No meio disto tudo como é óbvio a embraer/boeing vai tentar maximizar os lucros se eles acham que podem vender até um determinado valor pois não existe opção melhor aquele preço, vão explorar as coisas.

Para além disso lembro-me que nós gostamos muito de personalizar as coisas e até sabermos exatamente o que se está a negociar é difícil saber se é caro ou barato. isto porque estamos a falar de uma aeronave completamente nova que deve precisar de todos tipo de infraestruturas e material que não temos e ou andamos a pedir algum tipo de requisitos que pode aumentar o preço, como por exemplo o tempo de entrega da mesma, ou upgrades futuros para corrigir problemas a custos menores.
 

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zocuni

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1063 em: Janeiro 17, 2019, 02:35:00 pm »
Voltando ao assunto na ordem do dia: se a Alemanha vai pagar cerca de 970M€ por um pacote que inclui 3 C-130J-30 + 3 KC-130J equipados com um sistema completo de autoprotecção, equipamentos de vária ordem mais sobressalentes, motores, suporte técnico e logístico, treino e formação de tripulações de voo e de terra e contrato de manutenção por 3 anos (até os germânicos, em conjunto com os franceses terem capacidade eles próprios de tratarem da manutenção das aeronaves ou fazê-lo algures na Europa), não era melhor a FAP despachar já este assunto de uma vez por todas?

Tomando em linha de conta o que afirmou ontem o CEMFA, a Embraer começou por pedir 950M€ (830 + 120) pelo pacote de 5 aparelhos equipados com sistema completo de autoprotecção, treino e simulador; agora terá baixado para os 927M€, 100 milhões a mais do que o Estado havia alocado ao programa. Mesmo se comprarmos as 5 aeronaves comprando a suite de autoprotecção directamente ao fabricante e contractualizarmos a aquisição e manutenção dos motores V2500 à sua fabricante, a IAE, o preço ainda fica nos 877M€, 50M€ acima do previsto, de acordo com as afirmações do CEMFA.

Então se para a Alemanha um preço similar contempla um pacote completo com seis aeronaves e tudo o que para elas é necessário e está associado (inclusivé o equipamento para os reabastecedores), para nós não dá porquê? Se o preço base do C-130J em Dezembro de 2018 estava entre os 60 e 70M€, a que preço unitário estará agora um KC-390?

Pelo que sei cada KC-390 teria um custo unitario por volta dos 80/90 ME se nos querem vender ele ao preço do C-2 japones não tem sentido algum.
Para mim esse C-10 J - 30 chegaria para nossas necessidades imediatas umas 4 unidades depois se faltase algo veriamos com a LM algo mais potente,Se temos a manutenão dessa aeronave com provas mais que dadas para quê inventar,temos recursos muito escassos para andar a dar tiros no desconhecido.
zocuni
 

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1064 em: Janeiro 17, 2019, 02:39:29 pm »
Só um pequeno aparte:

Este negócio (e o dos NPO), são os únicos que não passam pela central de compras da NATO. E por alguma razão, todos os outros foram lá cair.  ;) Neste caso, temos uma subida de custos da ordem no mínimo de 100 milhões, certo? Onde já vimos isto em compras militares anteriores? Portanto... ;)

Saudações  8) 8)

 
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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