É um texto extraordinário, de facto.
Embora haja, certamente, muita coisa que é subjectiva nesta análise, aquilo que realmente interessa é bem verdadeiro, e não só na perspectiva americana.
Eu descendo de uma família de militares, e embora não tenha optado pela carreira militar (devido a uma lógica de força aérea ou nada associada a má matemática
), eu conheço da fonte a lógica do que é ser militar, e do que é ser defensor do território, do povo e da ideologia de um país. E vejo, também, o que é não respeitar o sacrifício que é essa defesa, nos jovens e nas pessoas da nossa era. Sinto que a natureza do militar é desprezada, esquecido, retorcida por ideias que não correspondem à realidade.
Um verdadeiro militar, que incorpora a verdadeira filosofia da natureza da sua missão, é uma pessoa a respeitar. Veja-se, uma das coisas que adorei no
Transformers foi o respeito por isso. Os militares enfrentava maléficos robots extraterrestres não por serem monstros manipulados por governos e desejosos de destruição, mas porque não havia mais ninguém para a tarefa. Os civis não se podiam defender de um inimigo tão terrível, e cabia aos militares cumprir essa agenda, mesmo sabendo que muitos iriam morrer.
Este espírito anti-autoridade que se vive no mundo ocidentalizado é preocupante. As pessoas não querem saber do seu povo, apenas o "eu" interessa. E a solidariedade que é o epítome do soldado ideal perde-se nessa noção retorcida da realidade. Não sobrevivemos dando a outra face, certamente. Isso não funciona no mundo real. Com tantos países a desejar recrear ou forjar novos impérios, num mundo cada vez mais dividido, penso em como enfrentaremos uma grande crise militar. Acorba-nos-emos? Pediremos subitamente ajuda aos nossos desprezados defensores?
Não tenho respostas para isto, mas o debate acerca das noções contemporâneas de militarismo, espírito militar e autoridade é um que tem pano para muitas mangas, certamente.