ForumDefesa.com

Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Países Lusófonos => Brasil => Tópico iniciado por: filcharana em Fevereiro 06, 2004, 07:56:39 pm

Título: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: filcharana em Fevereiro 06, 2004, 07:56:39 pm
Uma notícia da Jane's:

"Brazil's nuclear ambitions
Recent statements by Brazil's former science minister, Roberto Amaral, that his country should consider building nuclear weapons, highlight the possibility that countries outside of US President George Bush's 'Axis of Evil' may be contemplating the acquisition of nuclear weapons and the means of their delivery. JID's nuclear weapons specialist focuses on a potential nuclear aspirant much closer to the USA's borders than North Korea."

Esta agora, os "vermelhos" andam doidos ou quê?!!


Cumptos
Título:
Enviado por: typhonman em Fevereiro 06, 2004, 10:24:44 pm
Imagine-mos, que o Brasil constroi ICBM´S e os aponta aos EUA, numa crise, devemos estar com os EUA(NATO) ou com o Brasil, eu acho que a  resposta é óbvia (EUA) 8)  8)
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 06, 2004, 11:37:47 pm
O maluco do ministro Roberto Amaral, disse isso num momento de desabafo e ninguém lhe ligou nenhuma, a não ser os extremistas fanáticos nos E.U.A. que catalogam de perigo comunista toda a gente que não se dispõe a cantar a star sprangled banner á ordem de "jump".

Há uns tempos atrás por exemplo, um destes imbecis daquilo a que normalmente se chama neo-republicanos, escreveu um artigo a criticar a administração Clinton, porque havia acabado com as emissões da Voz da America para o Brasil.

Dizia o queixoso que a "Voz da América" era um veículo para propagar a democracia e que um governo de esquerda no Brasil era um tremendo perigo.

Os Estados Unidos, acrescentou, estavam com problemas com a Coreia do Norte e com o Iraque e arriscavam-se a ter uma potência hostil no seu quintal.

Ora o que acontece é:

O Brasil tem uma cobertura de radios, incrivelmente densa. Existem além de inumeras estações de rádio nacionais, estaduais e municipais, e imensas TV's em todos os estados, com cobertura tradicional e via satélite, além do cabo.

O que aconteceu é que a "Voz da America" fechou, pura e simplesmente porque NINGUÉM a ouvia.

Os imbecis conhecem tão bem o Brasil, que o confundiram com um daqueles países africanos onde a unica estação que se consegue apanhar é a "Voz da America".

Acho que nos devemos  preocupar muito mais com os imbecis que vêm o Brasil como um perigo nuclear do que com o próprio Brasil.

Não vejo a mais pequena hipotese de o Brasil alguma vez apontar misseis a alguém.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 07, 2004, 05:33:24 pm
concordo com a sua visão Papatango.

já agora, alguém sabe quais os progressos do programa dos SSN brasileiros?

cumptos
Título:
Enviado por: Guilherme em Fevereiro 23, 2004, 12:01:24 am
Spectral,

o programa do SNA está andando devagar, mas anda :

http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/progsna.htm
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Fevereiro 23, 2004, 12:21:02 am
Seja bem vindo ao fórum defesa Guilherme.
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 27, 2004, 09:59:19 pm
Muito obrigado pelo link Guilherme!
É realmente muito informativo.

Esperemos que a Marinha Brasileira ( e o país em si) consiga tirar proveito de um projecto tão dispendioso e ambicioso. Os benefícios futuros podem ser muito grandes...

cumptos
Título:
Enviado por: Guilherme em Fevereiro 28, 2004, 12:26:28 am
Citação de: "Spectral"
Muito obrigado pelo link Guilherme!
É realmente muito informativo.

Esperemos que a Marinha Brasileira ( e o país em si) consiga tirar proveito de um projecto tão dispendioso e ambicioso. Os benefícios futuros podem ser muito grandes...

cumptos


Eu diria até que alguns benefícios já podem ser vistos, como o enriquecimento de urânio (que o Brasil pode vender para outros países utilizarem em suas usinas nucleares) e tecnologia de reatores.
Título:
Enviado por: fredom em Junho 16, 2004, 05:09:43 pm
o ex-ministro disse que o Brasil deveria dominar a tecnologia de construcao da bomba, mas que nao deveria construir, dessa forma o pais poderia numa emergencia deselvolver seu arcenal nuclear de uma forma relativamente rapida, mas como foi dito pelo companheiro  papatango os radicais americanos logo viram como uma declaracão de guerra, sobre essa radio eu nem sabia que existia.
Título:
Enviado por: JLRC em Junho 16, 2004, 10:45:01 pm
Citação de: "papatango"

Acho que nos devemos  preocupar muito mais com os imbecis que vêm o Brasil como um perigo nuclear do que com o próprio Brasil.


100% de acordo Papatango.

Também penso que o Brasil deveria desenvolver a tecnologia necessária para a bomba nuclear, o que não é o mesmo que construí-la e lançá-la.
Espero sinceramente que o programa do SSN chegue a bom porto.
Um abraço

João Luís
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 17, 2004, 12:31:28 pm
Se os neo-conservadores que ocupam presentemente a Casa Branca pensam que o Brasil é um perigo potencial, é porque não acreditam definitivamente na democracia.

Julgo que o Brasil, bem como outros países não perdem nada em estudar e investigar as áreas do nuclear, já que esta pode ser a melhor forma de dissuasão para um conflito (veja o recente caso da India e Paquistão que só ainda não entraram em guerra devido ao receio das retaliações).

Mas também julgo que os EUA se deviam preocupar com as armas de destruição maciça no médio oriente: não no Iraque, mas sim em Israel, onde campeia um regime que pratica terrorismo de estado.
Título:
Enviado por: Moi em Julho 14, 2004, 12:34:48 pm
O medo dos americanos é simples.

A emergência do Brasil como potência regional afirmada.

O «quintal» dos EUA (américa latina) está a mudar e eles estão com medo de a perderem, ainda por cima agora que decidiram diversificar a busca pelo ouro negro.

Acho que o Brasil será uma surpresa neste século e tem grandes possibilidades de se afirmar com potência económica, política (como podem dizer que o Brasil não é uma democracia de facto, se o sistema de ambos os países tem grandes semelhanças - será um tiro no próprio pé?) e militar.

O problema é mesmo as questões sociais, como o alto desemprego entre os jovens, etc...

Todavia, o programa SIVAM despertou muita gente que andava a dormir...
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 30, 2004, 09:35:58 pm
Brasil coopera menos que o Irã sobre segredos nucleares, diz "Times"

da BBC, em Londres

Os Estados Unidos deveriam prestar mais atenção no Brasil se quiserem lidar com a ameaça do programa nuclear no Irã, escreve a editora de Internacional do jornal britânico The Times.

"Ninguém sugeriu que o Brasil tem planos de construir armas nucleares", diz Bronwen Maddox. "Mas o atual impasse com a Agência Internacional de Energia Atômica é feio."

Segundo a jornalista, o país tem "cooperado com a agência menos do que o Irã". Na sua avaliação, isso complica as tentativas internacionais para que o governo iraniano suspenda seu programa nuclear.

"Até agora, o Brasil recusou acesso que o Irã concedeu. O país também se recusou a assinar um protocolo adicional permitindo inspeções repentinas, que os líderes iranianos concordaram no ano passado, embora o Parlamento ainda não tenha ratificado."

Para a editora, os Estados Unidos tiveram a chance de pressionar o Brasil há um ano, "quando o Brasil estava falando em aperfeiçoar seu programa de enriquecimento".

Ao permitir que o "comportamento" do país passasse incólume, afirma Bronwen, os Estados Unidos criaram um duplo impasse diplomático, no mesmo momento em que pressionavam o Irã.

Para ter avanços nas negociações com o governo iraniano, a jornalista argumenta que, primeiro, a disputa com o Brasil precisa ser resolvida.

"Essa disputa negligenciada, mas quase em ebulição, é para onde a atenção diplomática deveria estar voltada."

Fonte: Folha de São Paulo
Título:
Enviado por: fgomes em Setembro 30, 2004, 10:53:31 pm
Só mesmo uma "gringa" britânica é que pode por Brasil e Irão no mesmo cesto !!!!!

Será que  o Sr. Lula da Silva, virou fundamentalista islâmico e ainda mais ninguém deu por isso ? :lol:
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 01, 2004, 05:11:36 am
Agência liga Brasil à cientista paquistanês

Reuters

VIENA - A Agência Nuclear de Energia Atômica (ANEA) está desconfiada de que o Brasil tenha comprado tecnologia nuclear de Abdul Qader Khan, cientista paquistanês que foi fornecedor clandestino do Irã, da Líbia e da Coréia do Norte, disse um especialista na quinta-feira. O governo brasileiro respondeu dizendo que a acusação ''não tem coerência''.

- Sei que a ONU está preocupada com a possibilidade de a rede de Khan ser uma das fontes do programa- disse Henry Sokolski, ex-funcionário do Pentágono e atual chefe do Centro de Educação sobre a Política de Não-Proliferação, ONG com sede em Washington. - Não posso dizer como fiquei sabendo, mas eu sei - completa.

Sokolski referia-se ao mercado negro comandado pelo pai do programa nuclear paquistanês, que vendeu a tecnologia nuclear estratégica. Vários diplomatas da ANEA confirmaram a preocupação. A porta-voz da agência, Melissa Fleming, disse que o alcance do mercado de Khan ainda está sendo investigado, mas acrescentou que a agência ainda não tem nenhum dado concreto de que ''outro país tenha comprado da rede''.

Desde o ano passado, a ANEA negocia com o Brasil o acesso à unidade de enriquecimento de urânio de Resende, no Rio de Janeiro. O país, que possui a quarta maior reserva de urânio do mundo, sempre afirmou que suas operações de enriquecimento têm fins totalmente pacíficos. Mas o governo vem negando acesso visual da ANEA às ultracentrífugas da planta para proteger a tecnologia nacional.

- Essa informação não tem coerência - disse Vera Canfran, porta-voz do Ministério da Ciência e Tecnologia. - Nossa tecnologia é 100% nacional. Foi desenvolvida pela Marinha.

Integrantes da ANEA vêm ao Brasil no mês que vem, mas não se sabe se eles terão acesso à unidade de enriquecimento de urânio.

Fonte: Jornal do Brasil
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 01, 2004, 05:16:53 am
Brasil repudia inspeção da AIEA na indústria nuclear

BRASÍLIA - O governo brasileiro, por meio do Comando da Marinha e do Ministério da Ciência e Tecnologia, repudiaram a notícia de que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), com sede em Viena, insiste em fazer uma inspeção completa no processo brasileiro de enriquecimento de urânio em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, por desconfiar de que as centrífugas tenham sido compradas clandestinamente no Paquistão, conforme informou a um jornal paulista um ex-funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

"O Ministério da Ciência e Tecnologia repudia notícias que vêm sendo divulgadas e atribuídas a fontes anônimas e sem respaldo de qualquer instituição ou país, e que tentam associar décadas de desenvolvimento científico e tecnológico a procedimentos escusos ou a escândalos internacionais, cabendo a essas fontes e à mídia que as abriga, o ônus da prova", afirma o MCT em nota oficial. A Marinha, por sua vez, "nega qualquer tipo de ligação com o Paquistão, quanto ao desenvolvimento das ultracentrífugas brasileiras".

A notícia causou "surpresa" e "irritação" entre autoridades militares brasileiras que lembraram o esforço feito, particularmente pelo antigo Ministério da Marinha, em garantir a continuidade do projeto de enriquecimento de urânio, para fins pacíficos, apesar da tradicional falta de recursos para o setor. Esses mesmos militares estranharam a dúvida que se levanta agora em relação ao programa brasileiro, que foi totalmente desenvolvido no Brasil, por cientistas brasileiros.

Todos ressaltam que há uma curiosidade muito grande em conhecer o método usado pelo Brasil e sobre as máquinas aqui desenvolvidas porque o mercado de urânio enriquecido é muito restrito e rende muitos recursos ao país que domina o ciclo.

Sendo assim, esclarecem estas fontes, não há interesse em que o Brasil trabalhe no enriquecimento de urânio e de que domine essa tecnologia, além de desejarem conhecer que tipo de tecnologia o País desenvolveu, para que haja mudança na atual situação existente no País: o Brasil, hoje, tem muitas reservas de urânio e exporta o produto em estado bruto e o importa enriquecido, o que é muito mais caro. Oficialmente, no entanto, a Marinha prefere não alimentar a polêmica, para não gerar mais discussões sobre a questão.

Visita

Em nota, o Ministério da Ciência e Tecnologia esclareceu "que o processo de negociação sobre os procedimentos de inspeção de salvaguardas, a serem implantados na unidade de enriquecimento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), seguem procedimento absolutamente normal em negociações dessa natureza, não cabendo especulações sobre negação de acesso ou tentativa de não-cumprimento de acordos internacionais por parte do Brasil, assim como são infundadas quaisquer especulações sobre suspeita do governo brasileiro em relação às intenções da Agência Internacional de Energia Atômica".

A visita dos inspetores da AIEA está prevista para o dia 18 de outubro, conforme havia sido anunciado pelo ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), quando retornou de viagem a Viena e acertou a ida dos técnicos da agência ao instituto da Marinha.

O Ministério ressalta ainda que, "conforme afirmado anteriormente, o que houve foi o fato, comemorado pelas duas partes, de que novas idéias surgidas nas negociações sobre o procedimento em questão indicam que tanto os interesses brasileiros de proteção de segredos industriais, como a necessidade da AIEA de garantir os princípios de não-proliferação poderão ser satisfeitos". E acrescenta: "o acontecimento vem reiterar nosso comportamento exemplar em relação a compromissos internacionais, em particular com a AIEA, compromissos esses refletidos, inclusive, em nossa Carta Magna".

Fonte: Tribuna da Imprensa
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Outubro 06, 2004, 01:44:46 pm
Programa nuclear brasileiro não preocupa os EUA, diz Colin Powell

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

Os Estados Unidos não vêem com preocupação a questão das inspeções na unidade nuclear de Resende (RJ), onde é feito enriquecimento de urânio.

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, que esteve hoje no Brasil, afirmou que o país não pode ser comparado com outras nações que desrespeitam os tratados internacionais de não-proliferação de armas.

Além disso, ele lembrou que a própria Constituição do Brasil proíbe o uso de energia nuclear para fins não-pacíficos.

"Os EUA não têm qualquer preocupação que seja em relação ao Brasil fazer qualquer outra coisa com o seu programa nuclear, como gerar energia de maneira controlada e responsável', disse Powell.

"Não se pode colocar o Brasil na mesma categoria da Coréia do Norte ou do Irã."

Ele afirmou ter certeza que o Brasil vai resolver o seu problema com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) para o controle e a fiscalização da energia atômica. Uma equipe de especialistas da agência chegará ao Brasil no próximo dia 18 para discutir a questão das inspeções em Resende.

As afirmações foram feitas após encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. O ministro reafirmou que o programa nuclear brasileiro tem apenas fins pacíficos e que o Brasil deve ser tratado pela ONU como 'um cidadão acima de qualquer suspeita' nessa questão.

"O Brasil não tem nada a esconder em relação ao seu processo de enriquecimento de urânio, salvo no que diz respeito à tecnologia que adquiriu e que tem dever de proteger", disse Amorim.
Título:
Enviado por: Paisano em Outubro 06, 2004, 07:40:10 pm
O recado nuclear de Bolton, assinado por Larry Rohter

Argemiro Ferreira

NOVA YORK (EUA) - O último recado mandado ao Brasil pela ala troglodita do governo Bush - aquela que deu ao mundo as guerras do Afeganistão e do Iraque e promete outras para futuro próximo - veio assinado pelo indefectível Larry Rohter, na forma enganosa de reportagem jornalística (mais uma!) nas páginas outrora nobres do "New York Times".

Rohter fingiu no texto (publicado dia 25) haver disputa entre a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica) e o governo Lula, que estaria descumprindo o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT). É falso, mas hoje a expressão "mentira de Larry Rohter" já virou pleonasmo. Ao contrário dos EUA, o Brasil cumpre rigorosamente os tratados internacionais que assinou e respeita o sistema multilateral.

O que me chamou atenção, no entanto, é que no mesmo dia desse texto teleguiado (e envenenado) do ex-jornalista, importante colunista do mesmo "Times", Nicholas D. Kristof, botou o dedo na ferida real da proliferação nuclear - a ditadura militar paquistanesa de Pervez Musharraf, general que Bush apadrinha na esperança de que consiga achar Osama Bin Laden antes da eleição americana.

Apoio de Bush à bomba-A islâmica

Vale a pena falar do Paquistão antes de voltar ao Brasil e Aiea. Os colunistas do "Times" são livres para opinar (o que teoricamente é vedado a reporterezinhos como Rohter). Leitores indignaram-se contra disparates e mentiras cínicas do direitista William Safire e o jornal explicou: não os corrige porque se trata de colunista (mas, por razão desconhecida, tampouco corrige os desvios de má-fé de Rohter).

Kristof foi ao Paquistão e de lá enviou coluna sob o título "Twisting Dr. Nuke's arm" (Torcendo o braço do dr. Nuclear). Explicou: "Se nos próximos anos uma bomba nuclear destruir o Capitólio, na certa terá sido desenvolvida com tecnologia paquistanesa. O maior desafio à civilização não é Osama Bin Laden ou Saddam Hussein, mas Abdul Qadeer Khan, pai da bomba atômica do Paquistão".

Apesar de ter o direito de mentir, como Safire, o que Kristof escreveu é verdade, como o mundo inteiro já sabe. O dr. Khan pediu desculpas recentemente ao ditador Musharraf por ter vendido tecnologia nuclear ao Irã, Coréia do Norte, Líbia e sabe-deus-quem-mais. O ditador o abraçou com carinho, dizendo para não se preocupar: "Está tudo bem, dr. Khan, você é herói nacional, construiu a bomba-A islâmica".

Bush podia ao menos exigir do amigo ditador arrancar do dr. Khan os nomes dos outros a quem deu a receita da bomba-A. "Espantosamente, oito meses depois de ter feito declaração pública confessando que disseminou sua fórmula nuclear pelo mundo, não sabemos quem são os outros clientes do dr. Khan", escreveu Kristof. "O próprio Musharraf admitiu: sabemos de alguns, mas não de todos".

Campo livre para o doutor Khan

Segundo Kristof, o que o ditador disse significa que eventualmente o mundo ainda ficará sabendo sobre as outras transações de Khan, acobertadas pela ditadura sob a proteção de Bush. Musharraf jurou ainda que seu amigo e protetor da Casa Branca não se interessou em ouvir o maior proliferador nuclear do mundo. "Vou ser franco: ninguém me pediu para interrogar o dr. Khan", disse.

Segundo o colunista, o ditador confirmou: os laboratórios do "herói" intocável foram visitados pelo ministro saudita da Defesa. A Arábia Saudita, claro, é amiga de outros carnavais da família Bush. E se os sauditas construirem a bomba, o Egito (e seu ditador protegido dos EUA) será o seguinte. Musharraf negou que também a Síria seja cliente do dr. Khan, que ainda tem ligações não esclarecidas na África.

Bush e seus neoconservadores negligenciaram essa proliferação nuclear de verdade mas investem contra o Brasil, país pacífico e quinto no mundo em reservas de urânio natural - portanto, com todo o direito de desenvolver sua tecnologia própria de enriquecimento, exportar o produto e ampliar sua receita, como fazem os países ricos. Por que teríamos de nos privar disso e deixar o mercado só para eles?

Como cumpre o NPT e respeita o sistema multilateral, o Brasil já se prontificou a abrir a intalação da Marinha em Resende às inspeções da Aiea. Mas exige proteção para sua tecnologia. Ninguém esquece a obsessão americana de infiltrar seus espiões entre inspetores da ONU (uma das situações graves que criaram impasse no Iraque, levando à suspensão por quatro anos das inspeções internacionais naquele país).

As fontes anônimas, uma vergonha

Rohter não faz jornalismo: apenas dá o recado do bando neocon, gente da laia de John R. Bolton, que tirou o brasileiro José Bustani da OPAQ. O que queria Bustani? Que arsenais químicos e biológicos dos EUA tivessem inspeção igual à dos outros países. Bolton, sub-secretário de Estado para Controle de Armas, mandou Bustani sair da OPAQ. Ele respondeu: "Não sou seu empregado. Fui eleito pela maioria".

O governo Bush mandou os submissos FHC e Celso Láfer tirarem Bustani. Os dois covardes tentaram e Bustani avisou: "Estou fora do Itamaraty, a serviço da ONU". O resultado é sabido. Países foram subornados e votaram a saída do diplomata, escancarando a arrogância imperial. Mas o Brasil derrotou FHC e o cupincha, elegeu Lula. E Bustani teve seu prêmio pela valentia: tornou-se embaixador em Londres.

Bolton comandou a indecente operação intimidatória e agora vinga-se, plantando a difamação na mídia e manipulando a Aiea, a insinuar que o Brasil não cumpre o NPT. Lula está no dever de repelir a insolência, cujo objetivo é forçar a assinatura de um "protocolo adicional" inventado pelos EUA. Não temos de assinar nada. Antes de ampliar nossas obrigações no NPT, é preciso obrigar os EUA a cumprir sua parte.

Rohter, na nova torpeza, usa fontes anônimas: "diplomata estrangeiro", "analistas de controle de armas nos EUA e na Europa", coisas assim. E quem são eles? Bolton? Bagrinhos neocons nos EUA e na "nova Europa" de Rumsfeld, de joelhos na "coalizão dos voluntários" no Iraque? Que tal identificá-los? Notórios demais? Sem fiscais como I. F. Stone, George Seldes, A. J. Liebling, a mídia fica no nível dos Rohters, Judith Millers, Jayson Blairs, etc. Uma vergonha.

Fonte: Tribuna da Imprensa
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Novembro 25, 2004, 03:43:22 pm
AIEA aprova fábrica de enriquecimento de urânio no Rio
 
da Folha Online

Após uma polêmica internacional sobre as ambições brasileiras no campo nuclear, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovou o funcionamento da fábrica de enriquecimento de urânio de Resende, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.

Com o aval da AIEA, a unidade nuclear de Resende será a primeira fábrica de enriquecimento de urânio no país. A fábrica permitirá o enriquecimento de 60% do urânio que o país precisa. Hoje, o urânio extraído do Brasil é enviado ao Canadá para ser transformado em gás. Depois viaja à Europa para ser enriquecido, antes de retornar para utilização nas usinas nucleares de Angra dos Reis.

A aprovação se deu após a inspeção de técnicos a parte das instalações da fábrica.

Desde abril, a verificação da unidade nuclear por técnicos da AIEA tem sido motivo de conflito entre a agência e o governo brasileiro. O Brasil se negava a permitir a "inspeção visual" das centrífugas da fábrica, alegando preservar a tecnologia nacional --as centrífugas utilizam uma tecnologia de ponta ainda não dominada pelos demais países.

A agência, por sua vez, fazia questão da inspeção para assegurar as intenções pacíficas do programa brasileiro. Um artigo da revista norte-americana "Science" chegou a afirmar que a usina de Resende poderia produzir combustível para até seis ogivas nucleares por ano.

Durante as negociações, o governo brasileiro propôs melhores condições de visibilidade de tubos, válvulas e conexões, por onde entra e sai o material. A agência passou a considerar a hipótese de inspecionar a fábrica sem 'acesso irrestrito' às instalações.

O principal segredo da tecnologia nacional de enriquecimento de urânio permaneceu desconhecido para os visitantes: as centrífugas. Organizadas em grupos denominados cascatas, as centrífugas brasileiras rodam sem eixo, sustentadas por campos eletromagnéticos.

Para que a fábrica entre em funcionamento, resta terminar o licenciamento de segurança por parte da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), o que deverá estar concluído até a primeira quinzena de dezembro.

Hoje, os ministérios das Relações Exteriores e de Ciência e Tecnologia divulgaram uma nota conjunta na qual afirmam que a última visita dos técnicos da AIEA ocorrida nos dias 16, 17 e 18 de novembro foi bem sucedida para ambos os lados.

Essa visita teve o objetivo de verificar as informações fornecidas no Questionário de Informação de Desenho, passo necessário à entrada em operação da planta industrial da fábrica das INB de enriquecimento de urânio.

A nota diz ainda que "todos os procedimentos estabelecidos para a visita de verificação foram cumpridos, não tendo sido deixado nada por fazer".
Título:
Enviado por: Rhanges em Outubro 10, 2006, 11:23:04 am
www.amazonas01.skyblog.com (http://www.amazonas01.skyblog.com)
Título:
Enviado por: Von Einsamkeit em Abril 21, 2007, 02:14:18 am
O Brasil viveu uma Corrida Nuclear com a Argentina, mas Alfonsin e Sarney acabaram com isso, existiam buracos na amazonia para testes subterraneos dos armamentos, que na altura da assinatura dos tratados foram desmantelados, nao existiram testes reais, mas pelo que o Sarney disse, a bomba em si ja estava pronta
Título:
Enviado por: P44 em Abril 21, 2007, 09:44:15 pm
e o Sarney nunca mentia, certo? :lol:
Título:
Enviado por: Von Einsamkeit em Abril 21, 2007, 09:52:42 pm
Nao foi o unico a dizer isto prepe, estavamos numa Ditadura (ca penso que era ditamole) Militar, e eles adoravam ICBM, Nukes e SSN

 c34x
Título:
Enviado por: P44 em Abril 21, 2007, 10:01:42 pm
Citação de: "Von Einsamkeit"
Nao foi o unico a dizer isto prepe, estavamos numa Ditadura (ca penso que era ditamole) Militar, e eles adoravam ICBM, Nukes e SSN

 c34x  c34x
Título:
Enviado por: Von Einsamkeit em Abril 21, 2007, 10:06:43 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "Von Einsamkeit"
Nao foi o unico a dizer isto prepe, estavamos numa Ditadura (ca penso que era ditamole) Militar, e eles adoravam ICBM, Nukes e SSN

 c34x  :shock:  :shock:  :shock:
Título:
Enviado por: Barbara Leite em Maio 16, 2007, 02:47:13 am
Von Eins, wie geht's?

Sinceramente, acho isto tudo um delírio...O Brasil fabricando armas atômicas? Estarei sonhando? Não acredito em tamanha insanidade...Isto é coisa de louco de pedra!!!Aplicar fundos em armas atômicas quando não temos um serviço médico gratuito decente, quando ainda há gente morrendo à mingua por falta de feijão com arroz...É delírio...Puro delírio! Pelo jeito, o que temos de atômico por aqui é a maldita da CACHAÇA!!! :lol:
 (E se continuarem com esta estória escabrosa, vou colocar meu avatar de oncinha por aqui também!!rsrsrsr)
Título:
Enviado por: SSK em Junho 18, 2007, 02:19:27 pm
Citar
142 Anos Batalha Riachuelo
MINISTÉRIO DA DEFESA
MARINHA DO BRASIL
COMANDANTE DA MARINHA


Mensagem do Excelentíssimo
Senhor Presidente da República à Marinha
por ocasião do 142º aniversário
da Batalha Naval do Riachuelo.
(Para a Ordem do Dia do Comandante)


BRASÍLIA, DF.
Em 11 de junho de 2007.

É com muita satisfação que, como Comandante Supremo das Forças Armadas, tenho a honra de presidir a cerimônia comemorativa do 142º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.

Mais uma vez, a Marinha do Brasil perfila-se para comemorar um de seus mais heróicos feitos: a histórica vitória na Batalha Naval do Riachuelo.

Decorridos cento e quarenta e dois anos desde aquele memorável 11 de junho de 1865, é com puro espírito cívico que relembramos os feitos do Almirante Francisco Manoel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas, e seus comandados, quando escreveram uma das mais marcantes passagens da nossa história.

Os exemplos de abnegação, coragem e, principalmente, patriotismo, aflorados durante aquele sangrento combate, são legados eternos do Almirante Barroso, do Guarda-Marinha Greenhalgh, do Marinheiro Marcílio Dias, dentre muitos outros, e continuarão a ecoar em todas as gerações de marinheiros e fuzileiros navais, norteando esses brasileiros que têm, no mar, a sua profissão.

Congratulo-me com cada integrante da Marinha do Brasil pelo transcurso de sua Data Magna, concitando-os a manterem o esforço constante que vêm empreendendo em seu dia-a-dia, superando obstáculos das mais diversas ordens com tenacidade e criatividade.

Cumprimento todos aqueles que estão sendo promovidos ou admitidos na Ordem do Mérito Naval. A distinção com a mais alta comenda da Marinha do Brasil é motivo de orgulho para cada agraciado, pois representa o reconhecimento de uma Instituição secular, rica em tradições. Como Grão-Mestre dessa Ordem, tenho a certeza de que serão propagadores, dentro de nossa sociedade, dos valores morais e profissionais que nossa Marinha desenvolveu ao longo de todo este tempo, contribuindo, sobremaneira, para a defesa da soberania e a consolidação da democracia no Brasil.

Fruto dos entendimentos que venho mantendo com o Ministro da Defesa e com os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, tenho acompanhado o empenho nos trabalhos como também os anseios das nossas Forças Armadas. Estou convicto de que o papel desempenhado pelo Brasil na comunidade internacional requer que elas estejam adequadamente equipadas e preparadas para o pleno cumprimento de suas funções constitucionais.

Especificamente em relação à Marinha do Brasil, compartilho da visão de seu Comandante de que é indispensável a implementação do Programa de Reaparelhamento, única forma de manter a Força apta a cumprir efetivamente os seus deveres.

Merece especial atenção o Programa Nuclear da Marinha que, iniciado em 1979, apresenta considerável progresso, com a realização de 02 projetos: o do ciclo de combustível, empregando ultracentrífugas projetadas no Brasil, o que já se conseguiu. E também a conclusão da unidade de gaseificação de compostos de urânio, que está em andamento. E o desenvolvimento e a finalização, com tecnologia própria, de uma planta nuclear de geração de energia elétrica, incluindo o reator nuclear, o qual está bastante avançado, porém ainda não está pronto. A conclusão desse reator permitirá que ingressemos no seleto grupo dos países com capacidade de desenvolver submarinos com propulsão nuclear. Desejo enfatizar, também, a dualidade do Programa pois, inserido no âmbito da Defesa, contribui para o progresso nacional, pela capacidade de gerar energia elétrica e de desenvolver novos materiais.
Assim, apresento meus cumprimentos à Marinha do Brasil e faço votos que os homens e as mulheres, militares e civis, que servem nessa admirável Instituição, sejam muito felizes.

Bons ventos e mares tranqüilos pra todos.


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil
Título:
Enviado por: SSK em Junho 28, 2007, 10:43:44 pm
Citar
28 de junho de 2007 - 13:21
Chávez afirma que pode desenvolver programa nuclear


Para presidente, Venezuela tem o direito de investir em tecnologia nuclear civil
Ansa




 
MOSCOU - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira, 28, durante visita oficial a Moscou, que a Venezuela também poderá desenvolver uma tecnologia nuclear civil no futuro.

Ao ser questionado sobre o direito do Irã de desenvolver seu programa nuclear, Chávez concordou com a iniciativa de Teerã e completou dizendo que o Brasil também teria o direito de desenvolver o seu programa civil.

"O Irã tem o direito de desenvolver uma indústria nuclear civil, pois é um país soberano", disse Chávez, citado pela agência Interfax. "E também o Brasil, cujo chefe de Estado (o presidente Lula) se pronunciou pela realização de centrais atômicas, tem este direito. No futuro, Caracas também poderá seguir nesta direção"

Chávez fez as declarações durante a inauguração em Moscou do Centro Cultural Latino-americano intitulado "Simón Bolivar".

O presidente venezuelano iniciou, na quarta-feira, uma viagem pela Rússia, Belarus e Irã para estreitar relações econômicas, políticas e militares que incluem a possibilidade de compra de armamentos.

Na Rússia, Chávez deve se reunir com o presidente Vladimir Putin e visitar uma fábrica de helicópteros em Rostov del Don, visando "continuar comprando" aeronaves como informou recentemente.

Há alguns dias, Chávez afirmou que "é possível" que o governo venezuelano compre, durante sua viagem, submarinos e um sistema de defesa aéreo. Segundo a imprensa russa, Chávez comprará durante a viagem cinco submarinos, por US$ 2 bilhões.
Título:
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 01:55:58 pm
Citar
Lula quer relançar programa nuclear brasileiro

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva anunciou esta terça-feira que vai destinar mil milhões de reais (386 milhões de euros) ao programa nuclear do país, que inclui o projecto de fabricar urânio enriquecido para gerar electricidade e terminar a construção de um submarino atómico.

Lula afirmou que agora o Brasil pode dar-se ao luxo de ser um dos países que dominam a  "tecnologia de enriquecimento de urânio".

O principal projecto deste programa é um submarino atómico que está há anos na fase de desenho.

"Temos condições para nos transformarmos numa grande potência energética e não vamos desistir disso. Seremos muito mais valorizados como nação e como potência", disse Lula.

Há dois anos o Brasil foi censurado por limitar as inspecções de organismos internacionais às suas unidades de enriquecimento de urânio.O país, que possui dois reactores nucleares, alegou que queria preservar os seus avanços tecnológicos nesse campo.


2007-07-10 23:20:00
TVNET / Lusa
Título: Nuclear.
Enviado por: zocuni em Julho 11, 2007, 10:50:46 pm
Tudo bem,

Pelo que ouço e leio diáriamente,não creio muito que o Brasil esteja a reativar e desenvolver seu programa nuclear para fins militares.Penso mesmo que seja uma alternativa à produção energética,face às expectativas de crescimento da indústria local.Aliás e mesmo se fosse isso seria uma opção brasileira,não vejo como outras nações possam vir aqui e impedir isso.


 
Notícias Quarta-Feira, 11 de julho de 2007
 
   
Ministro Amaral defende programa nuclear brasileiro, mas sem bomba  
   
Com um discurso de tom nacionalista, o ministro da C&T, Roberto Amaral, defendeu nesta terça-feira o programa nuclear brasileiro. Dessa vez, no entanto, o ministro ressalvou que não se tratava de bomba atômica

'Programa nuclear não é bomba atômica. Este país, que não tem programa nuclear militar, não quer ter, não pensa em tê-lo, não precisa tê-lo, é um país de tradições pacíficas', disse Amaral.

O ministro fez críticas aos países que têm bombas atômicas e disse que, como 'o Brasil nunca soltou bomba atômica', teria 'autoridade moral, autoridade ética' para conduzir o programa nuclear e ainda cobrar o desarmamento dos outros países.

Apesar de negar a natureza militar do programa, o ministro disse que o Brasil vai dominar a tecnologia para construção de um reator para propulsão de um submarino nuclear.

'Nós defendemos, claramente, e sem nenhuma tergiversação, o domínio de tecnologia que nos propicie a construção de reator que possa garantir o submarino de propulsão nuclear. Essa é uma necessidade do país.' O ministro falou na Câmara, ao abrir um seminário sobre tecnologia nuclear.

Na primeira semana do governo Lula, Amaral havia dado uma entrevista ao site da rede britânica BBC em que dava a entender que o governo brasileiro queria a bomba.

Na ocasião, Amaral teria dito que o país não podia renunciar a nenhum tipo de conhecimento científico. Questionado sobre se esse conhecimento incluía o necessário para a fabricação da bomba atômica, ele teria respondido: 'Todo o conhecimento'.
(Folha de SP, 1/10)
 
Abraços,
Título:
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 10:58:39 pm
Creio, segundo o que já li, que o Brasil faz desta questão uma bandeira energética e não de poderio bélico, como diz o Ministro.

Aliás a questão de ter um submarino nuclear não significa obrigatoriamente armamento nuclear. Para mim, parece-me uma aposta muito acertada e é um modo de mostrar, principalmente à região, o poderio tecnologico do país e não bélico.
Título: Concordo
Enviado por: zocuni em Julho 11, 2007, 11:04:52 pm
Tudo bem,

SSK.Faço minhas suas palavras. :G-beer2:

Abraços,
Título:
Enviado por: Paisano em Agosto 08, 2007, 05:31:40 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.diarioon.com.br%2Fnew%2Ffotos%2F63123-1.gif&hash=52c934460c32f959116393fc571aa42c)
Fonte: www.diariodovale.com.br (http://www.diariodovale.com.br)
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Novembro 23, 2007, 12:17:59 pm
Citação de: "P44"
e o Sarney nunca mentia, certo? :twisted:
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Novembro 23, 2007, 12:18:32 pm
Citação de: "SSK"
Lula quer relançar programa nuclear brasileiro

E dê-lhe propaganda...

Como "relançar" algo que nuna parou?! Aff...
Título:
Enviado por: Luís Fernando em Janeiro 25, 2008, 12:50:21 am
Só para apimentar com algumas notícias recentes:
Energia - Energy
DEFESA@NET 04 Janeiro 2008
RR 04 Janeiro 2008 Nº 3290
 Relatório Reservado
Brasil mira o topo do ranking do urânio

O Brasil repousa sobre uma espécie de “Tupi do urânio”, um conglomerado de reservas capaz de transformar o país no maior produtor mundial do minério.

A Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) e a Companhia de Recursos Minerais (CPRM) mapearam novas jazidas, com potencial estimado de 800 mil toneladas. Somando-se às reservas já confirmadas, em torno de 200 mil toneladas, o Brasil ultrapassará Cazaquistão, Austrália, África do Sul, Estados Unidos e Canadá, saindo do sexto posto para o topo do ranking do urânio. A maior parte das novas jazidas está concentrada em um raio de ação de 200 quilômetros nos estados do Amapá, Tocantins e Amazonas, um trunfo em termos de economicidade e logística. A descoberta terá as mais diversas conseqüências.

Dará um novo empuxo ao programa nuclearbrasileiro. O país terá autosuficiência para abastecer todo o complexo de Angra dos Reis, incluindo a terceira usina e as quatro geradoras que o governo pretende construir no Nordeste.

As novas reservas também impulsionarão a tecnologia de enriquecimento do urânio desenvolvida pela Marinha. Consequentemente, o Brasil ganhará outro status no mercado internacional. Em vez do minério in natura, poderá exportar o produto enriquecido para os grandes compradores mundiais – Europa, Estados Unidos e Ásia.

Os preços internacionais da libra-massa de yellow cake (urânio concentrado e purificado)
não param de crescer. Nos últimos cinco anos, passaram de US$ 9,50 para US$ 95,00. As reservas vão também valorizar o processo de licitação da exploração e produção de urânio no país já anunciado pelo governo.

O INB e a CPRM aceleram o estudos para que as novas jazidas sejam incluídas no mapeamento que servirá como base para o leilão das concessões
 
E:
Energia - Energy
DEFESA@NET 15 Janeiro 2008
O Globo 14 Janeiro 2008
 
Brasil se prepara para exportar concentrado
de urânio em 2014
Preço do minério, que há 6 anos custava US$12, chegou a bater US$135

Ramona Ordoñez

O Brasil está se preparando para se tornar um exportador de concentrado de urânio, conhecido como yellow cake (pó amarelo), que é a primeira etapa de produção do combustível para usinas nucleares. A informação foi dada pelo presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho, ao explicar que a idéia é quadruplicar a produção atual, de 400 para 1,6 mil toneladas, a partir de 2012. Segundo o executivo, a lei que regula o setor no país só permite a exportação do combustível se houver excedente. Tranjan calcula que, a partir de 2014, esse excedente comece a ser gerado, já levando em conta a entrada em operação da usina nuclear Angra 3 em 2012 e de quatro a oito usinas até 2030, dependendo do crescimento do mercado.

O presidente da INB - empresa responsável pela produção do combustível para as usinas nucleares - disse que não será preciso autorização do Congresso para o país exportar urânio. Segundo o executivo, basta se criar excedente e ter autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o órgão regulador e fiscalizador das atividades nucleares no país:
- O atendimento do mercado interno é fundamental. Não pode haver um apagão de urânio no futuro.

Déficit de 50 mil toneladas anuais de urânio em 2021

Tranjan afirmou que o Brasil não pode perder essa oportunidade que se apresenta no mundo. Os preços do urânio aumentaram cerca de dez vezes nos últimos seis anos. De US$12 a libra (meio quilo), chegaram a custar US$135. Atualmente, o urânio está cotado no mercado internacional a US$90 a libra. Além disso, acredita o presidente da INB, a expectativa é que esses preços continuem elevados. Segundo dados internacionais, a expectativa é de um déficit de urânio de 50 mil toneladas anuais a partir de 2021 no mundo.

Para Tranjan, além de o Brasil só poder pensar em exportar os excedentes do concentrado de urânio, os recursos com as vendas externas somente poderão ser usados na ampliação do próprio ciclo do combustível. Com a construção da fábrica de conversão (que transforma o pó de concentrado de urânio em um gás, o UF6) e ampliação das demais unidades do ciclo, principalmente a do enriquecimento, o Brasil dará um salto em sua posição estratégica no mundo. De acordo com Tranjan, enquanto o concentrado de urânio está cotado a cerca de US$180 a tonelada, o urânio enriquecido está sendo vendido no mercado internacional por US$1.200 a tonelada.

- Nós temos tudo para sermos um importante exportador de urânio. Temos reservas suficientes não apenas para atender à nossa futura demanda, como a tecnologia para a produção do combustível - destacou Tranjan, ao lembrar que, além das 441 usinas em operação no mundo, há 13 em construção, e estão planejadas outras 60 até 2030.

O presidente da INB disse que a oportunidade é única e tem que ser aproveitada neste momento. Segundo ele, a expectativa é que a demanda pelo urânio no mundo vá até 2060, quando a tecnologia atual da fissão nuclear deverá ser substituída pela fusão nuclear.

Projetos já aprovados na Bahia e no Ceará

Para atender ao aumento da demanda futura, a INB já aprovou projetos de exploração. Um dos primeiros é a ampliação da capacidade de produção na mina de Caetité, na Bahia, das atuais 400 toneladas anuais de concentrado de urânio, que atendem à demanda de Angra 1 e Angra 2, para 800 toneladas a partir de 2012. Esse aumento virá da mudança da tecnologia e da expansão da área a ser minerada. O investimento nesse projeto está estimado em R$60 milhões.

Outro projeto em andamento é a produção de urânio na mina de Santa Quitéria, no Ceará. Nessa mina, o urânio está associado ao fosfato. Por isso, a INB está em processo de licitação, buscando um parceiro interessado em explorar o fosfato.

Segundo Tranjan, até meados de fevereiro a empresa deverá anunciar o sócio do projeto, que custará US$200 milhões para a exploração do fosfato e outros US$30 milhões para a exploração, pela INB, do urânio. Três empresas apresentaram propostas: Bunge, Galvani e Vale. Tranjan explicou que a expectativa é que Santa Quitéria produza 120 mil toneladas anuais de fosfato e 800 toneladas de urânio em 2012:
- Com o aumento da produção de concentrado para 1.600 toneladas a partir de 2012, estimamos que vamos começar a gerar excedentes exportáveis a partir de 2014, porque no início vamos precisar de um volume significativo para Angra 3.

Reservas podem ser o quádruplo das atuais
Volume de urânio no país passaria de 1,2 milhão de toneladas


O Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo, com um volume conhecido de 309 mil toneladas. O presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho, lembra que essas reservas foram apuradas até 1987, ou seja, há mais de 20 anos. Segundo ele, não se pesquisou mais o potencial de reservas de urânio no país por dois motivos: o programa nuclear brasileiro ficou praticamente parado nestes 20 anos e as reservas conhecidas são suficientes para atender à demanda das usinas já em operação - Angra 1 e 2, além de Angra 3, prevista para ser inaugurada em 2014, e mais outras 12 usinas de mil megawatts de capacidade cada uma, que poderiam operar até o horizonte de 2060.

Pelos estudos da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), se o país crescer a uma taxa de 4,1% ao ano, serão necessárias quatro usinas nucleares de mil megawatts cada até 2030. Caso a economia cresça a 5,1%, serão necessárias oito usinas até 2030.

Segundo adiantou Tranjan, mesmo antes de se realizarem os levantamentos geológicos mais profundos, estima-se que existam mais de 900 mil toneladas de reservas de urânio no Brasil, além das 309 mil apuradas até agora. Somente na região de Pitinga, no Amazonas, estudos preliminares indicam que devem existir, pelo menos, 150 mil toneladas de urânio, mesmo volume estimado para a região de Rio Cristalino, no Ceará. Além disso, há indicativos de que outras bacias devem conter mais 500 mil toneladas.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) - órgão licenciador e regulador do setor no país -, Odair Dias Gonçalves, é mais cauteloso ao falar sobre exportação. Segundo Gonçalves, a produção das 400 toneladas de urânio por ano atende sem folga a Angra 1 e Angra 2, e, quando há algum problema na mina, falta o produto.
Título:
Enviado por: Luís Fernando em Janeiro 26, 2008, 08:22:47 pm
Marinha do Brasil
DEFESA@NET 26 Janeiro 2008
Isto É - 30 de Janeiro de2008 - Ed. 1995

Em busca da soberania
Retomada do projeto do submarino nuclear não pode
depender de oscilação orçamentária
Parte 1 - Parte 2 (entrevista Alm Moura Neto)

CLÁUDIO CAMARGO

Almirante Moura Neto
“Vamos enriquecer aqui todo nosso urânio”

INICIATIVA levou Lula para conhecer o projeto de Aramar


Integrante de uma família tradicional de oficiais da Armada, o comandante da Marinha, almirantede- esquadra Júlio Soares de Moura Neto, é um grande defensor do projeto do submarino nuclear. Nomeado em fevereiro de 2007, ele conseguiu sensibilizar o presidente Lula sobre o tema ao levá-lo para conhecer o Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP), que estava em estado quase vegetativo. Depois disso, o governo liberou R$ 1,1 bilhão, em parcelas de R$ 130 milhões anuais, fora do orçamento da Marinha, para a conclusão do projeto do reator nuclear desenvolvido pela força em Aramar. Nesta entrevista a ISTOÉ, Moura Neto diz que o Brasil terá condições de enriquecer todo o urânio de que necessita para as usinas de Angra 1, 2 e 3 e futuramente para o submarino.

ISTOÉ – Por que o Brasil precisa de um submarino nuclear?
Almirante Moura Neto – O submarino é uma arma precisa, extremamente valorosa em termos de dissuasão. É o único navio que, por andar debaixo d’água, obriga os navios de superfície um grande esforço para poder localizá-lo. Mas um submarino convencional tem muitas limitações: ele é movido por motor elétrico alimentado por grandes baterias, que precisam ser recarregadas pelo processo de snorkel. Isso o obriga a subir à superfície de tempos em tempos, tornando- o vulnerável. Já o submarino nuclear fica permanentemente debaixo d’água; só o fator humano o restringe, como cansaço da tripulação etc. Por isso, ele é importante para ajudar a patrulhar a extensa costa brasileira.

ISTOÉ – A liberação do dinheiro para a conclusão do reator significa a retomada do projeto de construção do submarino nuclear brasileiro?
Moura Neto – O projeto de Aramar não é o projeto da construção do submarino nuclear. O programa nuclear da Marinha é o da viabilização do ciclo de enriquecimento de urânio e da construção do reator nuclear. A liberação do dinheiro permitirá a conclusão de um reator de 11 MW de potência. É um reator dual, que não apenas poderá propelir um submarino como também produzir eletricidade para uma cidade de 20 mil habitantes. A decisão de concluir o projeto do submarino nuclear é uma decisão política.

“A idéia é buscar transferência de tecnologia para beneficiar a indústria nacional”

ISTOÉ – Nós já dominamos completamente o ciclo do enriquecimento de urânio?
Moura Neto – A primeira parte, sim, em nível laboratorial, mas algumas etapas desse ciclo ainda são realizadas fora do País. A transformação do yellow cake, produto da primeira etapa de beneficiamento do urânio, em gás hexafluoreto de urânio, é feita no Canadá. Esse gás depois é transportado para a Europa, onde um consórcio que reúne Inglaterra, Alemanha e Holanda o enriquece. No momento em que a nossa fábrica estiver funcionando, em 2010, poderemos enriquecer todo o urânio aqui. Com o protótipo dessa fábrica, poderá ser construída uma unidade maior em Rezende, na Indústria Nuclear Brasileira (INB). A Marinha também fabrica e vem fornecendo ultracentrífugas à INB. Dentro de um período de tempo que eu não sei especificar, nós poderemos enriquecer todo o urânio de que necessitamos aqui no Brasil.


Configuração do futuro submarino nuclear

ISTOÉ – O Brasil sofre pressões por causa do programa do submarino nuclear?
Moura Neto – São pressões veladas; quem domina a tecnologia nuclear não a fornece a ninguém. Mas o Brasil assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e também assinou o Acordo Quadripartite, entre a agência, Brasil, Argentina e a ABCC (Agência Brasileira Argentina de Contabilidade Nuclear). Esse acordo garante as inspeções periódicas da Associação Internacional de Energia Atômica (Aiea), mas também garante a inviolabilidade de nossas instalações.

ISTOÉ – O reaparelhamento da Marinha pode ser feito em colaboração com a indústria nacional?
Moura Neto – O que o ministro (da Defesa) disse é que o programa de reaparelhamento da Marinha vai privilegiar a indústria nacional. Aliás, no programa nuclear, tudo foi desenvolvido com tecnologia nossa, até porque essa é uma tecnologia muito sensível e teria sido muito difícil obtê-la de outra maneira. A idéia é buscar transferência de tecnologia para beneficiar a indústria nacional, porque isso trará a independência na área de defesa.





Em busca da soberania
Retomada do projeto do submarino nuclear não pode
depender de oscilação orçamentária
Parte 1 - Parte 2 (entrevista Alm Moura Neto)

CLÁUDIO CAMARGO


Mais do que apenas fazer declarações em conversas reservadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito movimentações concretas para retomar por completo o programa do submarino nuclear brasileiro. O primeiro passo nessa direção foi dado no ano passado, com a liberação de R$ 1,1 bilhão para a conclusão do reator nuclear desenvolvido pela Marinha. O próximo passo será dado nos próximos dias, quando os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Mangabeira Unger, das Ações a Longo Prazo, embarcarem para a França e para a Rússia em busca de alianças estratégicas e cooperação tecnológica. Os dois ministros serão acompanhados pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto.



O programa do submarino nuclear brasileiro foi iniciado em 1979, interrompido na década de 1990 – por dificuldades financeiras e pressões americanas – e parcialmente retomado meses atrás. Ele é composto de três etapas básicas: o domínio do ciclo do combustível nuclear, a fabricação do reator e a construção do casco do submarino. A primeira parte foi muito bem-sucedida: graças aos esforços do Centro de Pesquisas da Marinha, em Aramar, o Brasil hoje domina a tecnologia de enriquecimento de urânio, desenvolvido através do método das ultracentrifugadoras. A segunda fase, a da construção do reator, está bastante avançada, restando apenas recursos para sua finalização – o R$ 1,1 bilhão liberado em 2007. A última etapa, a da fabricação do casco, exige muita sofisticação tecnológica e ainda necessita ser desenvolvida. É exatamente nessa etapa que reside a importância da viagem dos ministros.

KNOW-HOW Os EUA têm a maior frota de submarinos nucleares do mundo e apenas três estaleiros para construí-los

Apesar dos avanços recentes, o caminho a percorrer ainda é longo. A fabricação de um submarino nuclear, da concepção do design básico e ao detalhamento da engenharia, é um processo que exige de 12 a 14 anos de trabalho, de acordo com estudo da Rand Corporation, centro de estudos americano. Pelas dimensões desse tipo de embarcação – comprimento de cerca de 90 metros por dez metros de diâmetro –, a fabricação demandará instalações que, no Brasil, só a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep) tem atualmente. A fase mais longa desse processo, que dura de oito a dez anos, é a montagem do submarino, que exigirá um tipo específico de estaleiro, de que o Brasil ainda não dispõe. Os Estados Unidos, que têm a maior frota de submarinos nucleares do mundo, possuem apenas dois estaleiros para construí- los. A Rússia tem três estaleiros, a França dois e o Reino Unido e a China, um cada um.

Duas conseqüências advêm dessa situação. A primeira é que a decisão de construir o submarino nuclear é estratégica, uma decisão de Estado, que não pode ficar ao sabor de contingências orçamentárias, como aconteceu até o ano passado. A maturação de um projeto dessa natureza é necessariamente de longo prazo e implica investimentos constantes para que se chegue a bom termo. A segunda é que o Brasil provavelmente deverá buscar formas de cooperação internacional para a construção e montagem do casco do submarino nuclear. Mas o desafio da missão dos ministros no Exterior é o de obter cooperação sem, contudo, trazer consigo a dependência. Veja-se o caso da Índia, que deve lançar seu submarino nuclear ao mar já em 2009. Para treinar as futuras tripulações, os indianos arrendaram da Rússia um SNA por três anos. A Rússia também prestou assistência tecnológica para que a Índia desenvolvesse seu submarino.

A retomada do programa do submarino nuclear no Brasil também não pode ser vista como uma resposta conjuntural às supostas ameaças de vizinhos instáveis. É um programa de longo prazo, que só começará a produzir resultados concretos entre 2020 e 2024. A tarefa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva incumbiu o ministro Nelson Jobim é estabelecer os objetivos de longo prazo do Brasil e preparar uma capacitação tecnológica e industrial para tal desafio, em lugar de buscar na prateleira os equipamentos militares de que necessitamos. Daqui a uma década, os desafios serão outros. Em 2020, o petróleo estará bem mais escasso no mundo e o Brasil, com a perspectiva de desenvolver as novas jazidas na Bacia de Santos, estará entre os primeiros exportadores do mundo. Teremos também, com a descoberta de novas jazidas de urânio no Ceará, a primeira ou segunda reserva desse minério do mundo. Os interesses a proteger serão, portanto, muito mais extensos e diversificados do que os que hoje conseguimos enxergar
Título:
Enviado por: FredS em Janeiro 31, 2008, 06:05:28 pm
Depois de muito tempo o Brasil em fim vai se tornar uma potência nuclear. Tadinho dos hermanos  :D, mas isso é bom para o Brasil, por que vamos cada vez mais influenciar na região e nos tornarmos uma potência ecomonica. Com isso o Brasil vai ser o segundo pais do mundo a se tornar muito mais forte que a sua colonizadora "mesmo que eu acho que pra ser mais forte que portugal não precisa de muito". Mas você portuguêses não precisam se preocupar não ^^ Quem tem que ficar com medo é o Chapolin da venezuela...
Título:
Enviado por: zecalentejano em Março 03, 2008, 03:45:20 am
Irmãos Brazucas. Possos-vos garantir, o Brasil já tem a técnologia núclear à muito tempo. Pode não estar aplicado a mísseis ou outras "balisticas". Não estou a perceber o "problema". Claro, EUA tem que ter isso "debaixo de olho".
Título: Ministro anuncia 50 novas usinas nucleares
Enviado por: shandowlord em Setembro 13, 2008, 10:20:48 am
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL758157-9356,00-LOBAO+DIZ+QUE+PAIS+FARA+UMA+USINA+NUCLEAR+POR+ANO+EM+ANOS.html

12/09/08 - 17h00 - Atualizado em 12/09/08 - 18h15
Lobão diz que país fará uma usina nuclear por ano em 50 anos
Regiões Sudeste e Nordeste abrigarão as primeiras quatro usinas.
Segundo Lobão, construção de Angra 3 começa em abril de 2009.


Da Agência Estado
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira (12) que o Brasil vai construir uma usina nuclear por ano ao longo dos próximos 50 anos. No total, elas irão produzir 60 mil MW. Cada uma delas será um pouco menor do que Angra 3, que está projetada para ter capacidade de 1,4 mil MW.
Segundo o ministro, esse pacote começará a sair do papel assim que o governo concluir a contratação das obras de quatro novas usinas nucleares, que já foram aprovadas em âmbito federal para serem construídas "imediatamente".
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entende que a política nuclear é prioritária no Brasil e sua decisão é de que o processo para a instalação destas usinas deve prosseguir", disse o ministro em entrevista após visitar as usinas de Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ). De acordo com Lobão, o governo atualmente "está cuidando de Angra 3".

Primeiras usinas
Terminado este processo, disse ele, o governo vai definir as áreas em que serão instaladas as quatro primeiras usinas do grande pacote nuclear, que terão capacidade de 1,4 mil MW. Duas delas serão construídas no Nordeste e duas no Sudeste.
Segundo ele, na região Nordeste, disputam os investimentos os estados de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Já no Sudeste, segundo ele, não houve manifestação de interesse. "Mas não acreditamos que haverá problema algum nisso", disse.
Sobre as 50 usinas, o ministro disse que ainda faltam ajustes a serem feitos no pacote e que ele será discutido após o governo dar seqüência a estas primeiras quatro unidades.

Questões ambientais
Edison Lobão também disse que as obras para a construção de Angra 3 devem ser iniciadas em abril de 2009. Por enquanto, segundo ele, está sendo viabilizada a instalação do canteiro de obras para abrigar os cerca de 9.500 trabalhadores que participarão da construção.
Ele negou que haja qualquer risco de atraso no cronograma de conclusão da usina em cinco anos, por conta de questões ambientais. Segundo Lobão a lista de 60 exigências feita pelo Ibama para que a licença de instalação fosse concedida está sendo cumprida "corretamente, a contento e dentro de um escalonamento".
"O que não puder ser feito agora, de imediato, será feito ao longo do processo de obtenção desta licença. Mas tudo será devidamente cumprido", disse em entrevista coletiva realizada após visita às instalações das usinas nucleares de Angra 1 e 2.
Indagado sobre a dificuldade em encontrar um local definitivo para o depósito dos dejetos nucleares, o ministro disse apenas que "a ferro e fogo um lugar definitivo não existe em lugar nenhum do mundo".

Pré-sal
O ministro de Minas e Energia afirmou que, além dos campos de Tupi e de Iara, já seriam conhecidas também as estimativas de volumes de gás para a área de Jupiter, na região do pré-sal da Bacia de Santos.
Ele evitou dar detalhes sobre o andamento das discussões no âmbito da Comissão Interministerial que está discutindo um novo marco regulatório, mas comentou o potencial das áreas que vêm sendo descobertas pela Petrobras na Bacia de Santos. "Temos três blocos que acabam de ser definidos, que são Tupi, Iara e Jupiter", disse.
Apesar de todas as estimativas feitas pelo mercado com base em estudos geológicos, até esta semana, a Petrobras havia divulgado estimativas apenas sobre os cerca de 5 bilhões a 8 bilhões de barris existentes em Tupi. Anteontem, a estatal revelou que há um potencial de 4 bilhões de barris em Iara, área que pertence ao mesmo bloco de Tupi, o BM-S-11.
O mercado está na expectativa das perfurações que estavam para ser concluídas em setembro tanto em Jupiter, no BM-S-24, quanto em Bem-te-vi, no BMS-8.
Ainda segundo Lobão, a Comissão Interministerial que está discutindo o novo marco regulatório vai reunir-se de maneira "definitiva" no próximo dia 25. "De lá sairão as propostas que estarão nas mãos do presidente no dia 30", disse Lobão.
Título:
Enviado por: Paisano em Junho 18, 2009, 02:49:24 am
O Brasil, a mídia e a proliferação nuclear*

Fonte: http://argemiroferreira.wordpress.com/ (http://argemiroferreira.wordpress.com/)

Citar
(Apesar do “desacordo momentâneo” entre Brasil e AIEA, o diretor geral dessa agência – Mohammed El Baradei, em fim de mandato – conviveu bem com Celso Amorim, citado em boatos no Brasil como atraído pelo cargo dele na ONU)

Depois de estranhar em dezembro de 2008 o destaque dado ao desenvolvimento da energia nuclear na Estratégia Nacional de Defesa anunciada pelo governo Lula, nossa mídia prestou-se na primeira quinzena de janeiro de 2009 ao papel de veículo da pressão de um governo Bush enfraquecido e em fim de mandato – mero “pato manco” agonizante, golpeado ainda por uma derrota eleitoral humilhante.

Terá o episódio exagerado a proximidade entre os meios de comunicação do país e os interesses da superpotência estrangeira em conflito com os do Brasil? Vale a pena encarar a situação no momento em que os mesmos veículos ansiosos para anistiar os crimes da ditadura (de que foram cúmplices) vêem com suspeita o atual compromisso dos militares com a democracia e a defesa dos interesses nacionais.

Ou será legítimo, nesse contexto, o faroeste midiático atribuir papel de guardiã da paz e do desarmamento à superpotência invasora do Iraque? Tenho dúvidas; a mídia não. Ela condena a resistência do Brasil em aderir ao Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas do TNP, o tratado de não proliferação nuclear. Ignora os interesses do país e insinua culpa de militares obcecados em ter a bomba-A.

A disputa em torno do desenvolvimento da energia nuclear é menos simplista do que sugere o cacoete desse jornalismo de aliar-se a interesses de fora. Os países sem armas nucleares sofrem restrições em suas pesquisas – punidos por terem aceitado firmar o TNP. Índia, Paquistão e Israel ignoraram o TNP e construiram bombas atômicas. Começam a ser paparicados e privilegiados com acordos especiais.

A bomba e os interesses comerciais

Em 1998 essa mesma mídia aplaudiu o governo FHC por submeter-se à pressão e assinar o TNP. Já então, a pretexto de que o Iraque de Saddam Hussein tinha violado o tratado ao criar um programa nuclear oculto, os EUA ensaiavam exigir que os “sem bomba-A” (ou have nots, não detentores de armas nucleares, em oposição aos haves, que as tem) aderissem ainda ao Protocolo Adicional criado para estender as restrições, controles e inspeções.

Inexistente antes, o protocolo tem de ser negociado agora com cada signatário do TNP – e não imposto. Os países “sem bomba-A” sofrem limitações nas pesquisas, que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) faz cumprir com inspeções. E os donos de arsenais nucleares, que deviam reduzí-los até a total eliminação, ao invés de cumprir sua parte, sofisticam suas armas, o que agrava o problema por tornar mais viável seu uso no futuro. (Apesar disso, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, acredita ser este um bom momento para EUA e Rússia reduzirem suas ogivas nucleares).

O compromisso do Brasil, pelo TNP e por sua Constituição, é com o uso pacífico da energia atômica. Além de atuar como poucos em favor da causa do desarmamento nuclear, sua tradição pacífica é reconhecida. Mas não pode abrir mão da tecnologia nuclear. E afirma a necessidade estratégica de desenvolvê-la e dominá-la, o que inclui hoje o projeto do submarino de propulsão nuclear.

Em 2004 um editorial da Folha de S.Paulo propôs rendição singular, a pretexto de ser “transitória” a existência de duas categorias de países (com e sem bomba-A): o governo brasileiro devia aderir, “como decisão soberana”, ao Protocolo Adicional, e ao mesmo tempo “pedir” avanços pelo desarmamento. Dos 190 que assinaram o TNP só 82 aderiram ao protocolo. Muitos temem que os EUA eternizem seu arsenal “transitório”.

E há os interesses comerciais: o crescente mercado mundial de urânio enriquecido movimentou US$ 18 bilhões em 2001. Além de dono da 5a maior reserva natural de urânio, o Brasil tem tecnologia própria de centrifugação, desenvolvida por seus cientistas ao longo de 27 anos. Para protegê-la a sala das centrífugas na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da INB em Resende é protegida com painéis durante as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, AIEA.

A cruzada pelo Protocolo Adicional

Os interesses dos países donos de arsenais nucleares são obviamente diferentes dos países “sem bomba-A”. A hipótese de espionagem industrial em inspeções da AIEA sobre a tecnologia inovadora do Brasil foi descartada assim pela Folha: os “EUA ou qualquer outra grande potência” não precisam disso porque podem recorrer à espionagem “clássica”. Ou seja, o editorial subestimou a hipótese como remota.

Quem acompanha as páginas internacionais sabe que no Iraque, antes da invasão de Bush, a CIA usava a UNSCOM, equipe de inspeção da ONU – primeiro chefiada pelo sueco Rolf Ekeus (até 1997), depois pelo australiano Richard Butler (1998) para espionar. O inspetor Scott Ritter, ex-fuzileiro dos EUA e veterano da guerra do Golfo, criticou os dois, acusando-os de aceitarem o jogo da CIA.

Na mesma linha do editorial da Folha, o do Estado de S.Paulo quatro dias depois negou haver razão que justifique a não adesão ao Protocolo Adicional. Alegou ser do interesse do Brasil ratificar o compromisso com o desenvolvimento pacífico da energia atômica, evitando ao mesmo tempo atritos com as grandes potências empenhadas em impedir a proliferação nuclear. Esqueceu a FCN e o mercado de urânio.

Alguns meses depois dos editoriais, o secretário de Estado de Bush, Colin Powell, veio ao Brasil e ouviu explicação do ministro Celso Amorim, de que o país tinha o dever de proteger sua tecnologia, desenvolvida por cientistas brasileiros. Depois, em entrevista à Veja, Powell minimizou o que Folha e Estadão maximizaram. O Brasil, disse, não preocupava os EUA, e não devia ser comparado a Irã e Coréia, apesar do “desacordo momentâneo” com a AIEA.

Uma entrevista muito estranha

Mas a Folha voltou ao ataque a 9 de janeiro de 2009, em matéria assinada pelo chefe da surcusal de Brasília, Igor Gielow. “Os EUA cobraram ontem a adesão do Brasil ao chamado Protocolo Adicional”, dizia o texto. Não ficou claro se a “cobrança” era iniciativa americana, usando a Folha como intermediária, ou se viera por acaso, premiando uma solicitação de entrevista feita pelo jornal.

Quem dava a entrevista era o embaixador Gregory Schulte, que representava os EUA não no Brasil mas na AIEA e outros organismos com sede em Viena. Gielow omitiu (de propósito?) se o diplomata respondera a perguntas, se falara em Brasília (estaria ali por alguma razão?), se a entrevista fora por telefone ou se mandara respostas por email a perguntas enviadas a Viena.

Como o próprio jornalista caracterizou a entrevista como “cobrança” dos EUA, seria no mínimo oportuno informar como ela ocorrera – cara-a-cara, por telefone, troca de emails ou qualquer que tenha sido a situação. Seria uma tentativa de intimidação do governo brasileiro? A dupla Bush-Cheney, afinal, sofrera derrota eleitoral e vivia seus últimos momentos na Casa Branca (restavam aos dois apenas 12 dias).

Pelo relato da Folha, Schulte “cobra” a adesão do Brasil porque os EUA aderiram. Mas o protocolo é adicional ao Acordo de Salvaguardas (artigo III do TNP), só aplicável (impondo obrigações) aos “sem bomba-A”. Os EUA têm a faculdade de escolher (ou não) instalações suas a serem inspecionadas. Os “sem bomba-A” não; só têm obrigações. E rígidas. A AIEA é que decide o que vai inspecionar – e como.

*Argemiro Ferreira
Título:
Enviado por: Paisano em Setembro 06, 2009, 10:01:29 pm
Citar
A explosiva descoberta brasileira

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 928838.asp (http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/09/05/e050928838.asp)

Citar
BRASÍLIA - Uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército – Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação – pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica.

– Não precisa fazer a bomba. Basta mostrar que sabe – diz o físico.

Mantida atualmente sob sigilo no IME, a pesquisa foi publicada num livro e sua divulgação provocou um estrondoso choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), responsável pela fiscalização de artefatos nucleares no mundo inteiro. O pesquisador desenvolveu cálculos e equações que permitiram interpretar os modelos físicos e matemáticos de uma ogiva nuclear americana, a W-87, cujas informações eram cobertas de sigilo, mas vazaram acidentalmente.

Barroso publicou o grosso dos resultados da tese no livro A Física dos explosivos nucleares (Editora Livraria da Física, 439 páginas), despertando a reação da AIEA e, como subproduto, um conflito de posições entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores. A crise vinha sendo mantida em segredo pelo governo e pela diplomacia brasileira.

A AIEA chegou a levantar a hipótese de que os dados revelados no livro eram secretos e só poderiam ter sido desenvolvidos em experimentos de laboratório, deixando transparecer outra suspeita que, se fosse verdade, seria mais inquietante: o Brasil estaria avançando suas pesquisas em direção à bomba atômica.

A AIEA também usou como pretexto um velho argumento das superpotências: a divulgação de equações e fórmulas secretas, restritas aos países que desenvolvem artefatos para aumentar os arsenais nucleares, poderia servir ao terrorismo internacional. Os argumentos e a intromissão da AIEA nas atividades acadêmicas de uma entidade subordinada ao Exército geraram forte insatisfação da área militar e o assunto acabou sendo levado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.

No final de abril, depois de fazer uma palestra sobre estratégia de defesa no Instituto Rio Branco, no Rio, Jobim ouviu as ponderações do ministro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE, numa conversa assistida pelos embaixadores Roberto Jaguaribe e Marcos Vinicius Pinta Gama. A crise estava em ebulição.

Jobim deixou o local com o texto de um documento sigiloso entitulado Programa Nuclear Brasileiro – Caso Dalton, entregue pelo próprio Mourão. Mandou seus assessores militares apurarem e, no final, rechaçou as suspeitas levantadas, vetou o acesso da AIEA à pesquisa e saiu em defesa do pesquisador.

Num documento com o carimbo de secreto, chamado de Aviso 325, ao qual o Jornal do Brasil teve acesso, encaminhado a Celso Amorim no final de maio, Jobim dispara contra a entidade. “A simples possibilidade de publicação da obra no Brasil e sua livre circulação são evidência eloquente da inexistência de programa nuclear não autorizado no país, o que, se fosse verdade, implicaria em medidas incontornáveis de segurança e sigilo” criticou o ministro no documento.

Diplomacia

Amorim teria assumido uma posição dúbia, tentando contornar a crise sugerindo que o pleito da AIEA fosse atendido, pelo menos em parte, como convém sempre à diplomacia. A entidade queria que o livro fosse recolhido e exigiu dados mais detalhados sobre o método e as técnicas utilizadas pelo físico brasileiro. Insistia que o conteúdo do livro era material sigiloso. Jobim bateu o pé e, em nome da soberania e da clara opção brasileira de não se envolver na construção de arsenais nucleares – explicitada na Constituição – descartou qualquer interferência no setor.

Situado na Praia Vermelha, o IME é um órgão de pesquisa básica, com curso de pós-graduação e extensão universitárias para civis e militares, subordinado ao Comando do Exército. O ministro citou a banca examinadora do IME, formada por seis PhDs em física, entre eles o orientador de Barroso, Ronaldo Glicério Cabral, para garantir que a tese é trabalho teórico e sem vínculo com qualquer experiência realizada no Brasil. Jobim citou o respeito a tratados para afirmar que o Brasil tem credibilidade para pesquisar “à margem de suspeições de qualquer origem”.

Jobim enfatizou ainda que o recolhimento compulsório do livro, como queria a AIEA, implicaria em grave lesão ao direito subjetivo protegido pela Constituição. Em outras palavras, seria uma censura a uma obra acadêmica com a chancela do governo Lula. E ainda criticou a entidade que, segundo ele, não justificou os comentários sobre a obra e nem apresentou base científica para amparar o questionamento.

A crise é uma ferida ainda não cicatrizada. Jobim não quis dar entrevista sobre o assunto, mas confirmou que encaminhou o documento ao Ministério das Relações Exteriores, responsável pelas conversações diplomáticas com entidades como a AIEA. Procurado pelo JB, Amorim não retornou. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – o órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia responsável pelo apoio aos inspetores da AIEA – Odair Dias Gonçalves, também não quis falar.

Citar
Domínio sobre enriquecimento de urânio reforça preocupação

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 928840.asp (http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/09/05/e050928840.asp)

Citar
BRASÍLIA - O caso da pesquisa desenvolvida pelo físico nuclear brasileiro Dalton Ellery Girão Barroso não foi o primeiro conflito entre o governo brasileiro e a AIEA. Em 2004, os inspetores da entidade tentaram, também sem sucesso, acessar as centrífugas de enriquecimento de urânio das usinas de Resende. A suspeita era, mais uma vez, que o Brasil estava enriquecendo urânio em teor superior ao necessário para a produção de energia elétrica. O governo alegou que seu compromisso era abrir à inspeção apenas a entrada e saída do material e que a tecnologia dos equipamentos, um assunto de Estado, poderia ficar exposta. E fechou as portas aos inspetores.

Os sucessivos embates, segundo especialistas ouvidos pelo JB, geraram um dilema insuperável para a AIEA, com o qual o governo nada tem a ver: como a entidade pode ter a garantia de que o Brasil, já detentor do conhecimento e da tecnologia, não vai enriquecer o urânio em teor de bomba atômica? Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Jobim afirma que a garantia está na Constituição de 1988, da qual ele foi relator e ajudou a escrever. Mas foi também Jobim quem convenceu o governo, em outro embate este ano com Amorim, mediado pelo presidente Lula, a não assinar o último protocolo adicional pedido pela AIEA.

O ministro argumentou que o protocolo inviabilizaria a pesquisa sobre a tecnologia e a produção de energia nuclear necessária ao novo submarino brasileiro. Em entrevista ao JB, em abril, Jobim afirmou que, embora respeite o tratado, o Brasil tem toda a tecnologia para desenvolver a energia nuclear que as potências mundiais já utilizam.

Barroso acha que nada justificaria hoje um programa agressivo de armas nucleares. Mas observa que, num mundo de futuro incerto, o Brasil não pode abrir mão dos conhecimentos para desenvolver os instrumentos necessários à garantia da segurança e da soberania, caso isso seja necessário.

– Abrir mão de possuir armas é uma coisa, abrir mão do conhecimento de como fazê-las é outra coisa – observa. Barroso diz que os resultados de suas pesquisas se destinam a fins pacíficos (geração de energia elétrica, agricultura, medicina, ect.). Mas admite que, se o governo tivesse vontade política e recursos, o país teria todas as condições de desenvolver a energia nuclear para fins militares. O Brasil, segundo ele, domina toda a cadeia do conhecimento e da tecnologia e poderia, se quisesse, construir arsenais para causar efeito dissuasivo, como fazem as potências desde o final da Segunda Guerra Mundial. – A tecnologia nuclear é absolutamente dual. Quem a domina para fins pacíficos, adquire também a capacidade para aplicá-la a fins bélicos.

Ele lembra que no processamento do combustível nuclear, a usina que enriquece o urânio para reatores, cujo teor é de até 5%, também pode ser operada no enriquecimento do urânio para uma bomba atômica, que exige 90% de teor.

– Quem constrói reatores para produzir energia elétrica, pode construir também para produzir plutônio adequado a fins bélicos – diz. Segundo ele, da mesma forma que são necessárias para reciclar o combustível nuclear no reator, as usinas podem extrair o plutônio do combustível queimado no mesmo reator.

Barroso levou seis anos pesquisando os explosivos nucleares. Os resultados obtidos na tese e divulgados pela primeira vez no livro, segundo admite, aprofundam o conhecimento universal dos processos físicos envolvidos nas explosões nucleares.

– Isso se deve a resultados de cálculos computacionais executados por mim, dentro de modelos físicos conhecidos – conta.

Citar
Cálculos desvendaram interior de ogiva dos EUA

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/leiajb/200 ... os_eua.asp (http://jbonline.terra.com.br/leiajb/2009/09/06/primeiro_caderno/calculos_desvendaram_interior_de_ogiva_dos_eua.asp)

Citar
A parte mais delicada da pesquisa de Barroso – e principal responsável pela reação da AIEA – está na página 349 do capítulo 10 do livro, que leva o títuloDetonações termonucleares. São cálculos complexos, desenvolvidos com a ajuda de um inédito programa de computador que ele mesmo criou, e que desvenda com resultados em níveis técnicos aceitáveis pela comunidade científica, a figura de uma das ogivas nucleares dos Estados Unidos, conhecida com warhead W-87 .

A figura reproduz o esquema de detonação termonuclear num moderno e compacto explosivo. Tudo o que sabia, até então, eram os dados sobre as dimensões externas dos símbolos, e assim mesmo porque as informações haviam vazado, em 1999, e publicadas pela revista americana Insight Magazine, em agosto daquele ano. Uma reportagem da publicação reproduziu um trecho de um relatório produzido pelo Congresso americano sobre denúncias envolvendo suposta espionagem chinesas nos laboratórios nucleares dos Estados Unidos, do qual, acidentalmente, foi incluída a imagem e os dados que deveriam permanecer em sigilo.

A divulgação deixou perplexo o inventor da bomba de nêutrons, Samuel Cohen que, em depoimento ao Congresso, alertou que um físico competente poderia usar os dados e desenvolver o mesmo projeto original. O físico brasileiro, contudo, não fez só isso. Barroso virou a figura do lado avesso e, além de interpretar as dimensões externas, desenvolveu a configuração para o módulo secundário do explosivo, abrindo o que estava em segredo sobre a parte termonuclear do W-87. Os cálculos coincidiram até com a potência do artefato americano, de 300 quilotons.

– Só adivinhei o que estava lá dentro – diz Barroso. O trabalho é duplamente inédito: é a primeira vez que um físico brasileiro aprofunda cálculos e equações que pertenciam apenas aos cientistas presos a sigilos de laboratórios e, ao mesmo tempo, explicita os resultados em literatura científica aberta. Barroso afirma que no mundo da física nuclear só não podem ser divulgados dados obtidos por espionagem em laboratórios de experimentos. Segundo ele, a pesquisa publicada no livro é baseada em modelos físicos e matemáticos conhecidos e disponíveis na literatura.

Mas o que encontrou é inédito graças, em boa parte, ao avanço da ciência da computação.

O livro tem outros quatro capítulos (4, 8, 9 e 10) recheados de novidades, também obtidas com simulações em computador. São conclusões relacionadas a explosivos de fissão pura, novos elementos químicos em massa físsil – como o deutério-trítio –, explosivos nucleares, termonucleares e as complexas bombas boosted.

A AIEA reclamou argumentando que várias informações reveladas nesses capítulos também eram sigilosas. O Ministério da Defesa anexou ao documento 42 duas obras disponíveis para mostrar que não se tratava de segredo.

– O livro não é um manual para terrorista – garante o físico.

Barroso sustenta que a tese, classificada como reservada – um eufemismo para sigilo – tem poucos dados além dos que já estão no livro. Apesar da crise gerada, diz que vai pedir ao IME que libere o resto para publicação. As partes mais polêmicas, garante, já foram publicadas.
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: gabriels em Agosto 04, 2011, 03:42:21 pm
O Brasil construir armas de destruição em massa (WMD) só tem um objetivo, roubar mais dinheiro (corrupção).
Não há qualquer utilidade para o governo brasileiro ter WMDs, nenhuma. O caso é  bem diferente (http://http)nos EUA, até porque há uma historia por trás do fato deles terem WMDs.

Quanto a quem deve ter WMDs, o justo é óbvio, ou qualquer um pode ter ou ninguém pode ter. Isso que os EUA fazem, eles fazem pelo fato deles já terem as armas e quererem manter o controle mundial no que diz respeito a forcas armamenticias (e ninguém tem peito para brigar com eles). Isso deles ficarem achando desculpa para reclamar quando alguém cogita desenvolver WMDs é hilario , parece reacão de criança quando você tira o brinquedo da mão dela.


-----------------------=============----------------
(o Hilário não era guarda redes?)
Atenção à ortografia.

OBS: engraçado não saberem diferenciar erros de português e falta de acentuação devido a um teclado incompatível com a língua portuguesa.
OBS 2: não havia nenhum erro de português, mas sim falta de acentos e abreviações.
OBS 3: WTH??? Abreviações como q e qq não são aceitas por qual motivo? Estranho...
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 04, 2011, 05:21:28 pm
A isto chama-se complexo vira-lata no fórum DB. :twisted:
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Snowmeow em Setembro 03, 2011, 04:31:40 pm
O objetivo de se ter o pleno domínio do ciclo nuclear completo para o Brasil vai além da "bomba": É necessário também obter combustível para o Submarino Nuclear, e isso requer uma pureza maior do que a empregada em usinas de energia (Creio que 20%). Sem isso, o Brasil se veria obrigado a importar combustível nuclear, o que seria ridículo.

Já sobre o conhecimento da "Bomba", é simples e pode se resumir em uma frase: "Nós não temos a Bomba, mas sabemos como fazê-la, portanto não invadam o nosso quintal, ou nós fabricamos uma(s) e mandamos nas vossas cabeças!"

CONHECIMENTO é necessário, inclusive para o Brasil manter a sua soberania.
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 23, 2021, 07:28:19 pm
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: SantaCatarinaBR em Fevereiro 01, 2021, 12:19:02 am
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitan em Fevereiro 01, 2021, 09:56:18 am
A ideia não é nova, mas tem mais desvantagens que vantagens. Para um país que tem inúmeros problemas sociais e económicos, parece-me que uma bomba atómica não deveria ser a prioridade...

https://tecnoblog.net/meiobit/401624/bolsonaro-quer-que-o-brasil-tenha-uma-bomba-atomica-boa-ideia-ou-viraremos-a-nova-coreia-do-norte/
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 01, 2021, 12:20:44 pm
A ideia não é nova, mas tem mais desvantagens que vantagens. Para um país que tem inúmeros problemas sociais e económicos, parece-me que uma bomba atómica não deveria ser a prioridade...

https://tecnoblog.net/meiobit/401624/bolsonaro-quer-que-o-brasil-tenha-uma-bomba-atomica-boa-ideia-ou-viraremos-a-nova-coreia-do-norte/

É basicamente começar a casa pelo telhado.

Relembro que o Exército precisa de novas ML, misseis anti-carro, Carros de Combate e um sem números de problemas. A Força Aérea precisa de caças para ontem e a Marinha Fragatas, submarinos, etc.

A ameaça da invasão estrangeira (por norma ou é a França, ou a Venezuela) é totalmente descabida.

Há muito em que é preciso realmente investir, antes de sequer pensar em ADM. Se querem falar de nuclear, então avancem de uma vez por todas com uma classe de SSN.

https://en.wikipedia.org/wiki/Brazilian_submarine_%C3%81lvaro_Alberto
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 21, 2022, 08:50:08 pm
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Novembro 23, 2023, 09:22:27 pm
Olás.

Angra 2 retorna a operação após parada para recarga de combustível.

https://www.eletronuclear.gov.br/Imprensa-e-Midias/Paginas/Angra-2-volta-a-operar-apos-troca-de-combustivel-nuclear.aspx

Vídeo interessante do processo, gravado durante a recarga de 2016.


A perceber que durante a descarga do núcleo os elementos sobem ainda a emitir o brilho da radiação Tcherenkov, e durante a recarga os elementos novos ainda não a emitem ao parecer.

Edito, porque ontem fez exatamente um ano da entrega da 10ª cascata de enriquecimento, o que marcou a conclusão da primeira fase Usina de Enriquecimento de Urânio. A intenção é licitar a segunda etapa nos próximos anos.

A ideia é que, com a operação das 30 novas cascatas de ultracentrífugas, que se somarão às dez já implantadas, o Brasil poderá alcançar autossuficiência no enriquecimento de urânio. Entre 2033 e 2035, o presidente da INB calcula que o combustível nuclear produzido pela usina será capaz de atender à Angra 1 e Angra 2. Com o total de 40 cascatas de ultracentrífugas instaladas em operação, em torno de 2039, a INB atenderá as demandas das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3, podendo exportar sobra de urânio para outros mercados consumidores.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/2a-fase-da-usina-de-enriquecimento-de-uranio-tera-licitacao-em-2025

Sds!
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 29, 2023, 08:40:03 pm
Brasil é acusado de estar desenvolvendo arma nuclear


Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Dezembro 08, 2023, 12:36:29 pm
Olas.

Mais equipamentos para produção de combustível.

Citar
NUCLEP ENTREGA EQUIPAMENTOS ESTRATÉGICOS PARA A PRODUÇÃO DE URÂNIO PELA INB
...
Tratam-se de dois Cilindros 48Y, essenciais para o armazenamento de hexafluoreto de urânio (UF6) no processo de fabricação dos elementos combustíveis das Usinas Nucleares de Angra 1 e 2...
...
https://petronoticias.com.br/nuclep-entrega-equipamentos-estrategicos-para-producao-de-uranio-pela-inb/

... e também para os futuros Angra 3 e SN-10 Álvaro Alberto a princípios da próxima década.

Sds!

Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Dezembro 26, 2023, 10:49:17 pm
Olás.

O acelerador de partículas Sirius por dentro.


Sds!
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 18, 2024, 07:25:59 pm
Estão pressionando para o Brasil desistir de seu submarino nuclear


Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 22, 2024, 07:48:54 pm
Brasil anuncia o desenvolvimento de sua primeira bateria nuclear


Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Janeiro 23, 2024, 01:27:21 pm
Olás.

É a pilha atómica

Primeira bateria nuclear brasileira vai durar 200 anos sem recarga

https://www.defesaaereanaval.com.br/ciencia-e-tecnologia/primeira-bateria-nuclear-brasileira-vai-durar-200-anos-sem-recarga

Sds!
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 15, 2024, 08:12:44 pm
Argentina preocupada com avanço nuclear e militar do Brasil


Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Fevereiro 24, 2024, 01:41:09 am
...
A ideia é que, com a operação das 30 novas cascatas de ultracentrífugas, que se somarão às dez já implantadas, o Brasil poderá alcançar autossuficiência no enriquecimento de urânio. Entre 2033 e 2035, o presidente da INB calcula que o combustível nuclear produzido pela usina será capaz de atender à Angra 1 e Angra 2. Com o total de 40 cascatas de ultracentrífugas instaladas em operação, em torno de 2039, a INB atenderá as demandas das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3, podendo exportar sobra de urânio para outros mercados consumidores.

Mas, enquanto isso não ocorre...

Citar
INB recebe 21 toneladas de urânio enriquecido na Rússia para recarga da usina nuclear de Angra 1
...
O material chegou ao Porto do Rio de Janeiro acondicionado em 14 cilindros e foi transportado no mesmo dia para a Fábrica de Combustível Nuclear da INB, em Resende/RJ, onde será utilizado na fabricação dos elementos combustíveis para a 29ª recarga de Angra 1.

(https://petronoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/02/inb-porto-768x512.jpg)

https://petronoticias.com.br/inb-recebe-21-toneladas-de-uranio-enriquecido-da-russia-para-recarga-da-usina-nuclear-angra-1/

Sds!
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Fevereiro 27, 2024, 01:50:19 am
Olás


Sds!
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Março 23, 2024, 07:45:19 pm
Olás.

Não é especifico sobre o tema nuclear mas acho que cabe aqui, é que o Brasil se torna oficialmente sócio do CERN.

Citar
O Brasil é o primeiro país das Américas com status de 'Estado Membro' do CERN, hospedando o maior colisor de partículas do mundo

A partir de agora, o governo pretende contribuir para os custos do centro europeu, confirmando a “partícula de Deus”, uma das maiores descobertas da física. O Brasil poderá nomear representantes, ter acesso a ‘superstars’ e participação de empresas brasileiras em licitações do CERN.
...
A mudança de status dá agora ao país o direito de nomear representantes, ou seja, assento em reuniões do Conselho e do Comitê Financeiro do CERN, com voz na tomada de decisões estratégicas e de pesquisa, além de permitir que brasileiros se candidatem a posições dentro da instituição.


https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/03/22/brasil-e-1o-pais-das-americas-com-status-de-estado-membro-do-cern-que-abriga-maior-colisor-de-particulas-do-mundo-entenda.ghtml

Sds!

Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: Lusitano89 em Março 23, 2024, 07:50:06 pm
Título: Re: Brasil Nuclear?!!
Enviado por: MMaria em Abril 11, 2024, 10:39:17 pm
Olás.

Investimentos em enriquecimento e urânio mas também em fosfatos, ilmenita, zirconita, rutilo, monazita e outros minerais, a INB esstá diversificando sua atuação.

INB irá receber investimentos de R$ 70 bilhões

https://diariodovale.com.br/tempo-real/inb-ira-receber-investimentos-de-r-70-bilhoes/

Sds!