Programa de substituição do C-130

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #435 em: Maio 06, 2016, 10:43:49 am »
Posto isto, o que seria elevar o debate a outro nível e de grande importância no âmbito da defesa nacional, seria termos "alguém com acesso a tal informação privilegiada" a partilhar com os leigos que por cá escrevem
O camarada já fez as contas a quantos desses "alguém" é que já por cá passaram e deixaram de cá vir? Um ou dois ainda cá vêm mas apenas promover um trabalho ou outro, os outros parece que foram desistindo. Porque será...?

Não se pode querer tudo. Mas também não há problema, no estado em que as FFAA estão a ficar o que não vao faltar são coisas para se falar e escrever!
 :G-beer2:

Cumprimentos!
O Camarada desculpe, mas  não me diga que esses elementos não vêm ao forum defesa pelo que cá se escreve? É que se é o caso, presumo então que não leiam jornais nem revistas e que andem na rua de "mãos a tapar as orelhas" para que não oiçam o que a populaça diz das forças armadas (aquela que compra os pasquins mais vendidos cá no burgo)? E acha também o camaradas (e camaradas que entretanto deixaram de vir ou só cá vêm a "espaços"), que  são os elementos do Forum Defesa que  escolhem o material da FAP? Ou influenciam a escolha do mesmo a Nível Ministerial ou Politico? Têm de perguntar é ao ministro e seu staff qual a razão de escolher modernizar os C130H, se existem horas e tripulações suficientes para modernizar 5 ou 6 e em que critérios se baseou? O que interessa o que os foristas sabem ou não se isso foi uma decisão das cúpulas do Ministério da Defesa? Aliás, se V.exma reparar o que não faltam aqui são indivíduos que mal ou bem, dentro ou fora da realidade das F.A. defendem o reforço de meios nas Forças Armadas Portuguesas. Se os camaradas da esquadra não sabem ou deixam de vir cá por esta ou aquela "patacoada", talvez não estejam a ver bem todo o "prisma", ou confundam má informação e  "desvaneios" com um qualquer forum dos jornais sensacionalistas dos Jornais Diários onde o "Bota Abaixo das F.A." é o pão nosso de cada dia ao invés de falar (bem ou mal) no tipo de aeronave A ou B que deveria substituir o C130H. Aqui mal o menos, a maioria dos foristas independentemente de bem ou mal informado, do que diz e do que escreve, está ao lado das Forças Armadas e reconhece a necessidade de mais meios humanos e materiais, face às missões desempenhadas. Portanto, se calhar antes de fazer contas a quem cá vêm ou deixou de vir é preciso primeiro que tudo, passar esta realidade, não?
Citação de: night_runner
Não se pode querer tudo.
Não, não se pode querer tudo. Aliás, prefiro saber o que a esquadra pensa hoje e continuar a saber o que pensa no futuro, do que "colocar a boca no trombone" para ficar bem visto como individuo informado em foruns e debates sobre as F.A. E existem informações que não se revelam, bem como fontes que não se comprometem. E com certeza que os camaradas da esquadra que já por cá passaram ou ainda passam, também sabem isso (os que conheço sabem, os outros se não sabem deviam ou não querem saber).
Citação de: night_runner
Mas também não há problema, no estado em que as FFAA estão a ficar o que não vao faltar são coisas para se falar e escrever!
Concordo. Mesmo por isso, mal ou bem é necessário debater a defesa sem entrar na palhaçada dos foruns de qualquer jornal ou revista sensacionalista, antes que esta realidade ainda fique pior. Faça as contas de quem mal ou bem debate defesa com um nível mínimo de seriedade e respeito pelas F.A. neste pais. Seja por quem está dentro das F.A. ou por quem está fora, tenha ou não acesso a informação privilegiada, diga mais ou menos "patacoadas", é necessário debater, informar e instruir. O que faz essa gente que diariamente revela o trabalho dos homens e mulheres das F.A. nas redes sociais, blogs e afins, mesmo sendo ex militares ou aficionados pela temática em questão? O que interessa se é tudo escrito com total conhecimento de causa quando se fala na necessidade de  continuar a ter uma frota de transporte com meios humanos e matérias que permita à FAP executar as missões militares, humanitárias e de utilidade pública, numas F.A. numa situação cada vez mais dificil ? Quanta desta gente dita "mal informada", longe de serem "peritos" publicam teses e mestrados sobre as necessidades de meios humanos e materiais das F. A. ? Se calhar é algo que muitos camaradas deveriam ter em conta ao invés de  olharem com desdenho para este ou aquele comentário porque não reflecte a realidade das F.A. para quem está lá e a vive todos os dias. Corrigir, debater em vez de ostracizar, enquanto as F.A. vão tendo menos meios materiais e humanos e nem tão pouco se deslumbra no horizonte qualquer mudança, se calhar deveria ser o mote (digo eu). Ficam depois os média sensacionalistas e os "seus forums de gente séria e informada" para debater "pessimamente mal", denegrir o papel e os operacionais das Forças Armadas Portuguesas e colocar as culpas sempre nos mesmos, pelo estado actual e futuro das F.A. Talvez alguns camaradas prefiram assim em vez de uma ou outra "algarviada" ou de situações discordantes, mas que mal ou bem vão transmitindo o que as F.A. fazem diariamente, a sua realidade e limitações, tentando chegar (e mudar a mentalidade) do grande público que pouco ou nada sabe sobre as Forças Armadas Portuguesas (pois afinal é este mesmo público que vota nos tais políticos responsáveis pela maioria das decisões) . Mas é como diz, não se pode ter tudo. 

Saudações
« Última modificação: Maio 06, 2016, 06:22:30 pm por mafets »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #436 em: Maio 09, 2016, 06:35:55 pm »
Enfim, ridículo ter chegado ao ponto em que, não concordando com algo, amuam e vão-se embora... Que bela demonstração de maturidade, supostamente ter conhecimento mais aprofundado de certos assuntos que são discutidos aqui no Fórum, mas escolher não partilhar desse mesmo conhecimento. Por isso é que há Homens e Mulheres, e depois há "gente", com o seu complexo de superioridade.

De volta ao tópico, há que focar no upgrade (que pelos vistos será baratucho), e deixar de sonhar com novas aeronaves por uns tempos, visto que, após este upgrade, espera-se que os C-130 voem por mais uns bons anitos. Se só der para ter 5, que seja, sempre se poupa de algum lado e as vagas para pilotos abertas, podem ser direcionadas para outras aeronaves.
Há outras prioridades no seio da FAP no que diz respeito à substituição de aeronaves.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #437 em: Maio 10, 2016, 12:23:18 am »

De volta ao tópico, há que focar no upgrade (que pelos vistos será baratucho), e deixar de sonhar com novas aeronaves por uns tempos, visto que, após este upgrade, espera-se que os C-130 voem por mais uns bons anitos. Se só der para ter 5, que seja, sempre se poupa de algum lado e as vagas para pilotos abertas, podem ser direcionadas para outras aeronaves.
Há outras prioridades no seio da FAP no que diz respeito à substituição de aeronaves.
Como os Alpha e os Al III?  ;D ;D  ;D Vejamos a curiosidade: Enterramos 40 milhões no Kc390 que afinal  não é uma prioridade porque o C130H até pode voar mais 10 anos com um Upgrade comparticipado pela UE com fundos comunitários. E agora "guito" para substituir as "velharias"? Não há. (ou também existem fundos comunitários para isso? Dizemos que os helicópteros são para apagar incêndios e que os aparelhos de treino são para vigiar as fronteiras contra os migrantes...)   ::)


Saudações  ;D :P
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #438 em: Maio 10, 2016, 12:49:37 pm »
Uma observação em relação a algo que escrevi anteriormente: o C-130H-30 "16802", parado numa placa da Base Aérea do Montijo há mais de dois anos, pode ser recuperável se houver dinheiro para isso porque vontade existe. Supostamente, e volto a repetir, supostamente os problemas com esta aeronave serão quase exclusivamente relacionados com o desgaste sofrido nas duas extensões aplicadas nas OGMA no início dos anos 90 e que permitiram que passasse de um Hércules normal à versão alongada. Como disse em ocasião anterior, o aparelho é recuperável, pese embora as óbvias marcas de exposição aos elementos, e o estar a servir de "vaca", isto é, de peças para a restante frota C-130.

Contudo, e isso é observável em fotos tiradas à mesma na BA6, houve o cuidado por parte da Esquadra de proteger a fuselagem frontal de modo a resguardar o cockpit e equipamentos lá presentes, o que não é propriamente condizente com uma aeronave já descartada. Ainda assim, e face ao modesto valor alocado para a modernização, é bem possível que o "02" possa ficar de lado temporária ou definitivamente, ficando a Esq. 501 com 3 C-130H e 2 C-130H-30.
« Última modificação: Maio 10, 2016, 02:20:35 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #439 em: Maio 10, 2016, 02:01:36 pm »
Não faria mais sentido concentrar os esforços em recuperar e modernizar mais um C-130H-30 ao invés de um dos C-130H?

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #440 em: Maio 10, 2016, 02:30:22 pm »
Não faria mais sentido concentrar os esforços em recuperar e modernizar mais um C-130H-30 ao invés de um dos C-130H?

Cumprimentos,

Logicamente faria, sempre seria uma aeronave de maiores dimensões e capacidades, porém há-que ter em conta as verbas disponíveis.

Foto do "16802" em Outubro do ano passado, retirada do fórum da APEA.


http://forum.apeapt.com/viewtopic.php?f=10&t=6863&start=10
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #441 em: Junho 01, 2016, 09:58:27 pm »
Avança a modernização de 5 C-130H...
Citar
O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, autorizou hoje o início do procedimento para a modernização de cinco aeronaves C-130H operadas pela Força Aérea. Este processo de modernização será levado a cabo conforme previsto na Lei de Programação Militar, devendo estar concluído em 2023 e não excedendo o montante máximo de 29 milhões de euros no global da intervenção.

Considerando que o programa de modernização dos C-130H é imprescindível para o cumprimento dos requisitos impostos pela regulamentação do Céu Único Europeu, bem como para a sustentação e modernização destas aeronaves, o Ministro da Defesa autorizou o procedimento de contratualização que vai permitir agora assegurar a operacionalidade dos C-130 para o futuro.

O Ministro da Defesa Nacional delegou no Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Manuel Teixeira Rolo, com faculdade de subdelegação “as competências para assinar a Letter of Request e formalizar o início do procedimento junto do FMS/EUA, bem como para praticar os demais atos necessários à condução do procedimento”.

A Capacidade de Transporte Aéreo Estratégico nacional é atualmente garantida pelos C-130H, que são aeronaves essenciais, quer em operações de natureza militar, quer em diferentes missões de interesse público. 

Os C-130 executam missões nos mais diversificados e exigentes cenários, como em missões de paz, patrulhamento marítimo, busca e salvamento, apoio logístico e assistência médica em evacuações aéreas – podendo transportar 74 macas e evacuar 97 feridos ou doentes.

Estas aeronaves começaram a ser utilizadas pela Força Aérea Portuguesa em finais da década de 1970 e ao longo do seu tempo de serviço já atuaram em Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, Timor, Golfo Pérsico, Moscovo, Afeganistão, Ruanda, Balcãs, entre outros.

São estas aeronaves que transportam regularmente os militares portugueses e a sua carga para os diferentes teatros de operação, como aconteceu com as Forças Nacionais Destacadas em Timor-Leste, Iraque, Afeganistão, ou mais recentemente na Lituânia no Kosovo. Os C-130 estiveram também envolvidos em missões de apoio humanitário no Haiti, Egito e Líbia e, mais recentemente, na Operação MINUSMA, no Mali, em 2015.
   
      
Atualizado em: 01-06-2016 16:50


http://www.defesa.pt/Paginas/Moderniza%C3%A7%C3%A3ode5avi%C3%B5esC-130daFor%C3%A7aA%C3%A9rea.aspx


Cumprimentos
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #442 em: Junho 02, 2016, 11:52:00 am »
Afinal sempre serão 5.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #443 em: Junho 02, 2016, 02:30:28 pm »
E é bom que seja uma modernização prioritária pois em breve haverá a projecção de forças para a Republica Centro Africana com muitas necessidades de transporte. 
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #444 em: Junho 02, 2016, 02:46:06 pm »
Previsão de entrega final em 2023... Então é previsto ficarmos com os C-130 até... 2040?
 

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #445 em: Junho 02, 2016, 02:53:10 pm »
Previsão de entrega final em 2023... Então é previsto ficarmos com os C-130 até... 2040?
A FAP anda a ver se bate o record de 80 anos de C47 que os sul africanos detém...  ::) :P

Citar
http://www.warbirdsnews.com/warbirds-news/80-year-milestone-saaf-dakota.html




Saudações  :G-beer2:
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #446 em: Junho 02, 2016, 03:34:05 pm »
E é bom que seja uma modernização prioritária pois em breve haverá a projecção de forças para a Republica Centro Africana com muitas necessidades de transporte.

Acho que não são assim tão rápidos ;D, a projecção do pessoal para a RCA é ainda este ano :G-beer2:.

E pelo que percebi, mesmo que os C-130 levem um upgrade importante em várias vertentes, uma das mais importantes é a possibilidade de voar no Céu Unico Europeu, e isso logicamente é irrelevante para voar em África, é importante sim para o espaço aéreo europeu.

PS: Pensava que ias dizer que a modernização era importante porque iamos ter que ir evacuar civis à Venezuela :G-bigun:.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #447 em: Junho 02, 2016, 03:38:23 pm »
A FAP anda a ver se bate o record de 80 anos de C47 que os sul africanos detém...  ::) :P

Talvez, mas antes dos C-47 ainda tem que bater o tempo dos B-52 Americanos que já tem uns 60 anos.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #448 em: Junho 06, 2016, 09:03:13 am »
Notícia do jornalista ligado à área de Defesa Manuel Carlos Freire, na edição de hoje do DN.

Citar
Força Aérea abate C-130 e pede fundos à UE para atualizar frota

Defesa

06 DE JUNHO DE 2016 00:22

Manuel Carlos Freire

Modernização de cinco aeronaves para voarem sem restrições sobre Europa envolve 29 milhões de euros. Cerca de 12,5 milhões podem vir de Bruxelas

A modernização das aeronaves militares C-130 da Força Aérea, que se candidatou a fundos europeus para conseguir metade dos custos, implicará o abate de um dos seis aparelhos da frota, soube o DN. Isso explica a opção do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, no recente despacho onde autoriza o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) a iniciar os respetivos procedimentos do concurso, de modernizar apenas cinco dos C-130 em operação desde o final dos anos 1970.

Azeredo Lopes, num despacho anunciado no dia da primeira visita oficial do atual Presidente da República à Força Aérea, estabeleceu um teto de 29 milhões de euros de investimento nesse programa - necessário para os C-130 poderem voltar a voar sobre a Europa sem restrições - há anos adiado.

Este concurso difere do aprovado há quatro anos pelo então ministro da Defesa do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, que foi anulado por ausência de candidatos, em pelo menos dois aspetos: modernizam-se cinco em vez das seis aeronaves, o bolo financeiro é de 29 milhões (contra os 12 milhões disponíveis em 2012).





Recorde-se que, num outro despacho de fevereiro passado, o ministro Azeredo Lopes autorizou a Força Aérea a candidatar os programas de modernização das aeronaves C-130, Falcon 50 e Epsilon a fundos europeus. Embora Bruxelas não financie projetos militares, está em causa a atualização de equipamentos de voo (anticolisão, telecomunicações, aviónicos) para operar no espaço europeu - a diferentes altitudes, velocidades, corredores aéreos - e isso não tem natureza bélica.

No caso dos C-130, ao serviço da Força Aérea desde o final dos anos 1970, os novos equipamentos a colocar nas aeronaves implicam modernizar outros componentes do cockpit para garantir a compatibilidade do seu funcionamento, precisou uma das fontes. A opção da Força Aérea em abater um dos C-130 à sua frota é uma consequência de cumprir o objetivo de ter três aeronaves prontas a voar com um total de cinco e não, como agora, das seis existentes, explicou uma das fontes. O aparelho que ficará por modernizar é o da versão longa que está parado há meses na base aérea do Montijo e que tem "fornecido" peças para manter os outros cinco C-130 a voar. Quanto aos prazos: embora o Ministério da Defesa tenha previsto concluir o programa dos C-130 até 2023, é quase certo que a Força Aérea procurará antecipar a sua conclusão em dois a três anos, admitiu uma das fontes, baseada na relativa rapidez da sua execução e na urgência em concluir um processo sucessivamente atrasado nos últimos anos.

Para isso contribuíram as restrições financeiras do país - que obrigaram a cortes significativos nas horas de voo e afetaram as qualificações das tripulações a partir de 2010 - e o investimento a fazer na inevitável compra de novos aparelhos de transporte estratégico. Certo é que modernizar os C-130 vai garantir-lhes pelo menos mais uma década de vida operacional, conforme estimativas do ramo.

http://www.dn.pt/portugal/interior/forca-aerea-abate-c-130-e-pede-fundos-a-ue-para-atualizar-frota-5212660.html
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #449 em: Junho 06, 2016, 03:56:36 pm »
 Outros congéneres da Nato e utilizadores do C-130 começaram a  proceder à actualização dos aviónicos do cockpit há cerca de 18 anos. Até a indigente Argentina já o fez. Nós também o somos sem dúvida. Esta situação de pedir apoio a Bruxelas para pagarem a modernização de aeronaves é o cúmulo do ridiculo e imagino a galhofa ou o embaraço lá a abrirem os dossiers e virem este país a pedir uma esmola para ajudarem a pagar a modernização dumas avionetas (Epsilon) e de uns vetustos aviões de transporte. Isto é o bater com força no fundo, isto é a vergonha e a indigência absoluta. E de vermos um tipo empossado de ministro da defesa (que noutros tempos nem chegaria a contínuo sequer de uma qualquer repartição pública) com uma conversa tipicamente de chico-esperto português a justificar que a ajuda não é bélica. Que patético!

Já não bastou a figura ridícula perante os parceiros da NATO com a recente "compra" dos "novos" navios que estavam encostados num porto secundário dinamarquês à espera de apodrecer em que os limparam por dentro cá e meteram-lhe uns radares que tinham armazenados e foram comprar uns aparelhos baratos usados na navegação comercial para os equipar.

 Se aparecer aí um bancozeco com problemas, aparece logo um cheque de biliões para pagar a festa.

 Pobre país!
« Última modificação: Junho 06, 2016, 04:03:58 pm por Major Alvega »
 
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