Portugal - Galiza

  • 18 Respostas
  • 10989 Visualizações
*

JoseMFernandes

  • Perito
  • **
  • 394
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
Portugal - Galiza
« em: Março 03, 2007, 10:12:35 am »
EXPRESSO 3/03/2007:com subtitulo 'Galiza dos ovos de ouro'


Citar
A Galiza é hoje o principal cliente português em Espanha e é cada vez mais um fenómeno de integração transfronteiriça na Península Ibérica. Só nos primeiros meses do ano passado, a região galega comprou mais de 1750 milhões de euros em produtos portugueses e ultrapassou zonas mais ricas como Madrid ou a Catalunha.

Se fosse um país autónomo seria hoje o sexto maior destino das exportações portuguesas, logo atrás do Reino Unido. Desde 1999, as trocas aumentaram mais de 1100 milhões. Mas nem só no comércio a integração se tem feito sentir. Os parques industriais de Valença e Vila Nova de Cerveira têm actualmente cerca de 70% de empresas espanholas, a maior parte das quais da vizinha Galiza. Com falta de espaço a norte do rio Minho, muitas empresas acabam em Portugal.

As duas regiões de fronteira são quase vistas, no exterior, como uma única economia. De tal forma que os Governos dos dois países têm alinhado estratégias para fazer uma gestão integrada da política de transportes. Além da ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo, que está em preparação para os próximos anos, estão já em marcha planos para transformar o aeroporto de Sá Carneiro na infra-estrutura aeroportuária de referência da zona. Muitos espanhóis utilizam-no para, a partir dali, viajar para diversas partes do mundo


O nosso melhor cliente

 
Galiza é o principal destino das exportações para Espanha
 
Integração. As empresas espanholas estão a invadir os parques industriais no Norte de Portugal
   
Quando a IKEA anunciou o investimento de 225 milhões de euros em Matosinhos para criar a sua maior superfície comercial na Europa, a direcção da empresa foi clara: os clientes-alvos serão portugueses e espanhóis, porque a Galiza “está a apenas uma hora de distância”. Mais que uma estratégia comercial montada a pensar num mercado alargado de seis milhões de consumidores do Noroeste peninsular, a decisão da IKEA mostra que até na Suécia a crescente proximidade entre as duas regiões é já uma realidade conhecida.

A Galiza é hoje o principal destino das exportações portuguesas. Dentro do ‘cliente’ espanhol, que é o maior consumidor mundial de produtos nacionais, a região consegue mesmo ultrapassar gigantes económicos como a Comunidade de Madrid ou a Catalunha, onde o poder de compra é bastante superior. Os galegos tinham em 2004, de acordo com as últimas estatísticas do Eurostat, um produto interno bruto (PIB) «per capita» de 17.416 euros. Na região da capital e de Barcelona os valores ultrapassam os 25 mil euros.

Nos primeiros 11 meses do ano passado, Portugal exportou mais de 1750 milhões de euros para a Galiza - cerca de 22% do total vendido em Espanha. No mesmo período, Madrid e a Catalunha, com as quais a economia portuguesa sempre teve uma forte ligação, compraram, respectivamente, 1121 e 1629 milhões de euros. Continuam a ser, ainda assim, as duas zonas de onde os portugueses mais importam. A Galiza surge em terceiro lugar com 14,5% do total.

A região galega tem hoje uma importância estratégica para o comércio externo português. Desde 1999, as vendas de produtos portugueses cresceram mais de mil milhões de euros por ano. Se fosse um país, a Galiza era hoje um dos principais destinos das exportações nacionais, quase ao nível do Reino Unido, que é um mais antigos parceiros nacionais (5º maior cliente), e mesmo acima de economias como a italiana ou a holandesa. A proximidade entre Portugal, em particular o Norte, e a Galiza vê-se também no investimento. Os primeiros passos na internacionalização de muitas empresas das duas margens do rio Minho são muitas vezes dados na região vizinha.


Parques industriais partilhados


No terreno, multiplicam-se os sinais da crescente integração das duas economias. Um dos mais visíveis está nos parques empresariais de Valença e Vila Nova de Cerveira, onde mais de 70% das empresas e das intenções de investimento são espanholas. Mas há outras explicações para a forte procura espanhola dos parques empresariais minhotos. Do lado galego “há muita dificuldade em encontrar terrenos industriais e isso encarece muito os preços em Espanha”, admitem dirigentes associativos dos dois países. Um artigo recente do diário ‘El País’ referia que há mais de duas mil empresas com novos projectos para a Galiza pendentes de local e autorização administrativa, avaliando em 5 mil milhões o investimento “em fila de espera”. Só no Parque Tecnológico de Vigo terão ficado mais de 300 empresas sem lugar para materializar o seu investimento.

“E, enquanto do lado de lá eles estão no limite, nós estamos ainda numa fase emergente ao nível dos parques industriais”, refere Joaquim Covas, da União Empresarial do Vale do Minho. José Carpinteira, presidente da Câmara Municipal de Cerveira, diz mesmo que os investidores do país vizinho presentes nos parques industriais do seu município “não são estrangeiros, são, também, investidores nacionais”.

Em Vigo, de onde saem 5 autocarros diários para o aeroporto Sá Carneiro, a direcção da Confederação Empresarial de Pontevedra acredita que Pontevedra e Ourense “têm já mais relações com o Norte de Portugal do que com Lugo ou outras regiões espanholas”.

E, numa altura em que a concorrência asiática afasta muitas encomendas dos grandes grupos têxteis galegos, como a Inditex, da indústria nacional, surgem novas áreas de aproximação. “As relações podem até acentuar-se e diversificar-se em áreas distintas como o turismo, as energias renováveis, o sector automóvel e a biociência”, defende Valente de Oliveira.

O projecto da plataforma logística de Valença deve ser outro factor favorável ao fortalecimento da integração das duas regiões. Mas António Marques, presidente da Associação Industrial do Minho, prefere salientar as diferenças na aproximação entre o Norte de Portugal e a Galiza: “Enquanto eles vêm mais com capital, nós vamos mais com mão-de-obra”.

Junto ao rio Minho, mesmo sem números oficiais, todos dizem que são mais de 30 mil os portugueses que trabalham do outro lado, muitos empurrados pelo desemprego nos têxteis do Ave e pela crise na construção.

Do lado de cá, os espanhóis mais populares são os médicos. Já este ano, o novo governo da Xunta de Galicia, confrontado com a carência de médicos na região, apelou ao regresso dos seus emigrados, lançando o pânico no Minho porque só em Viana do Castelo um em cada cinco médicos nos centros de saúde é espanhol.

A forte proximidade entre as duas regiões obrigou os Governos a repensar toda a rede de transportes na zona. Os fluxos de pessoas e mercadorias têm aumentado consideravelmente nos últimos anos e, para muitas empresas, não interessa sequer se fazem ou não parte do mesmo país.


Política de transportes comum


A região Noroeste peninsular - a Galiza e o Norte de Portugal -, que gera o maior fluxo de transporte transfronteiriço, vai beneficiar de uma coordenação estratégica cada vez maior entre os Governos português e espanhol, ao nível de políticas integradas portuárias, de transportes e de logística do lado português que, gradualmente, deverão ser utilizadas também por empresários galegos. Trata-se de um universo de cerca de 6,4 milhões de habitantes, dos quais 3,7 milhões localizados na região Norte de Portugal. “Dos cerca de 76,5 mil passageiros que, em 2004, atravessavam diariamente a fronteira, cerca de um terço faz a travessia entre estas duas regiões, com particular destaque para a fronteira de Valença-Tuy que representa aproximadamente um quarto do total diário de passageiros entre Portugal e Espanha”, observou a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, na última reunião do Eixo Atlântico recentemente realizada em Vila Nova de Gaia. Nas mercadorias, do total de 10.360 veículos pesados que atravessavam, em 2004, diariamente a fronteira Portugal-Espanha, “cerca de 18% faziam-no entre a região Norte e a Galiza”, refere.

Ao nível dos passageiros que cruzaram as fronteiras em 2004, “cerca de 95,9% utilizaram o modo rodoviário, com destaque para os cerca de 87% que realizavam as suas viagens em automóvel, e apenas os restantes 4,1% utilizavam outros meios de transporte.

Foi lançada recentemente uma campanha de «marketing» na Galiza para posicionar o aeroporto Francisco Sá Carneiro como líder do Nordeste peninsular. Os resultados foram imediatos e já é consensual que, até 2011, chegue aos cinco milhões de passageiros, segundo estimativa do Ministério das Obras Públicas. Para o efeito, a ANA-Aeroportos e Navegação Aérea contratualizou com a empresa Autna a ligação rodoviária entre Porto e Vigo, cinco vezes ao dia. Tudo isto com o objectivo de encurtar a curta distância entre as duas margens do rio Minho.

A IMPORTÂNCIA DA GALIZA

1750
milhões de euros é o total das exportações para a Galiza no ano passado

2000
milhões de euros em mercadorias galegas foram compradas pelos portugueses entre Janeiro e Novembro de 2006

507
milhões de euros entraram em Portugal vindos da Galiza nos últimos 14 anos; na última década, o investimento da região ultrapassou os 473 milhões de euros

747
milhões de euros foi quanto as empresas portuguesas investiram na Galiza desde 1993; a maior parte deste investimento foi feito nos anos 2002 e 2004, quando a entrada de fundos somou mais de 550 milhões



Lactogal na liderança ibérica
 
A empresa de Vila do Conde escolheu a Leche Celta para ganhar dimensão internacional no sector dos lacticínios

A empresa liderada por Casimiro de Almeida aproveitou a Galiza para abrir a primeira porta no seu projecto de internacionalização. A compra da Leche Celta à multinacional americana Dean Foods, anunciada em Agosto, rondou os cem milhões de euros e colocou a Lactogal entre as 20 maiores empresas europeias do sector dos lacticínios. Dez anos depois de apostar na fusão das cooperativas Agros, Lacticoop e Proleite para criar um grande grupo nacional capaz de responder à ameaça dos operadores externos, a empresa lusa conquista uma quota de 18% na Península Ibérica e atinge a fasquia dos mil milhões de euros na sua facturação, reforçando em 50% a capacidade de processamento de leite.

Pescanova vem pescar a Portugal
 
A multinacional galega acaba de garantir a expansão dos seus projectos de aquacultura a Mira e estuda novos investimentos
     
A partir de Pontevedra, a Pescanova controla o segundo maior grupo de pescas da União Europeia e sétimo a nível mundial. Dificuldades em garantir a aprovação de novos projectos na Galiza levaram a multinacional a olhar para o outro lado do rio Minho. Começou por interessar-se pelo litoral norte, mas foi em Mira que conseguiu ‘luz verde’ e apoio do Governo português para um investimento de €180 milhões que criará 300 postos de trabalho e vai produzir 10 mil toneladas de peixe. Presente em 21 países, a Pescanova tem uma frota de 170 navios-fábrica e navios-congeladores e captura em média 130 mil toneladas de peixe por ano, para uma facturação de €900 milhões. Em Portugal, estuda já um novo projecto de aquacultura em local ainda a definir.


Galp é mais barato em Espanha
 
Na margem galega do rio Minho, as garrafas de gás da Galp mudam de cor e de preço. Revendedores nacionais queixam-se de quebras nas vendas até 80%
     
   
“Em Arcos de Valdevez, mais de 300 famílias já compram gás mais barato. E você, de que está à espera?” Esta é a pergunta dos anúncios publicitários de uma empresa nacional que está a lançar-se no novo negócio da venda e distribuição ao domicílio de gás de garrafa espanhol em Portugal.

Até a Galp é mais barata no país vizinho. Em Valença, basta atravessar a ponte para comprar nas bombas de gasolina do lado espanhol do Minho gás butano da Galp a €11,80. À nova cor esverdeada da garrafa e ao peso de 12,5 quilos (menos 500 gramas do que a versão nacional) corresponde uma economia de €5,20.

Os automóveis de matrícula portuguesa sucedem-se quase ininterruptamente, mesmo aos dias de semana, nas bombas junto à fronteira. Abastecem o depósito com gasolina e o porta-bagagens com garrafas de gás. Deixam os revendedores oficiais da Galp e da Repsol em Portugal “desesperados”, a ver “os potenciais clientes passar”. “Vêm cada vez de mais longe. E até já há carrinhas do Vale do Sousa e do Douro a carregar Galp e Repsol para vender depois ao público”. “Está a instituir-se um novo circuito de economia paralela”, denunciam.

No caso da empresa de Arcos e de uma congénere em Melgaço, cumprem os formalismos legais. Mesmo quem atravessa a fronteira três vezes por semana para carregar garrafas de gás e respeita as burocracias da Alfândega por causa do ISP pode oferecer “preços imbatíveis”, de €14,50 para o butano e €14 para o propano, contra os €17 e os €17,5 das mesmas marcas em Portugal, refere a sócia Dalila Brandão.

“Na verdade, em Espanha, vendem o gás ao público ao preço a que nós o compramos aos fornecedores em Portugal”, queixam-se os revendedores nacionais. A explicação está na política de preços do Governo espanhol, nos impostos (Portugal tem ISP e IVA a 21% contra 16% em Espanha) e nas margens de comercialização das petrolíferas, dizem.

 

*

Tiger22

  • Perito
  • **
  • 566
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #1 em: Março 03, 2007, 05:56:37 pm »
Quantas mais vezes vou a Galiza mais me sinto em Portugal.

Tenho um amigo meu que é galego e que diz muitas vezes isto: A minha capital é Lisboa, não é Madrid. asi que te calllas ¡he¡?¿
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #2 em: Março 03, 2007, 08:20:45 pm »
José M. Fernandes: ¿Pode poñer un link á notiza? Non atopo a información no Expresso dixital de hoxe
 

*

JoseMFernandes

  • Perito
  • **
  • 394
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #3 em: Março 03, 2007, 11:48:13 pm »
Citação de: "manuel liste"
José M. Fernandes: ¿Pode poñer un link á notiza? Non atopo a información no Expresso dixital de hoxe


 OK.?  :)  
Cumprimentos
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #4 em: Março 04, 2007, 08:05:43 pm »
En el futuro próximo el valle del Miño será la primerá área transfronteriza industrializada. A la plataforma logística de Salvatierra (donde si Dios quiere será instalada una gran planta de bio-diésel) habrá que añadir una planta de paneles fotovoltaicos en Orense, y nuevas inversiones en Portugal, concretamente en Valença: aparte de la fábrica de yates Rodman Lusitania, Dayco-Ensa de Vigo abrirá una planta de componentes del automóvil para clientes de Alemania y Suecia, que creará 200 empleos más.

Faro de Vigo

A eso se añadirá el TGV Vigo-Porto.

Galicia tuvo en 2006 un crecimiento económico del 3,9% aproximadamente, y la provincia de Pontevedra (donde se encuentra mi ciudad) es la tercera más exportadora de España, tras Barcelona y Madrid. Exporta principalmente automóviles y componentes de automóviles, barcos, maquinaria y piedra ornamental.

Nosotros tenemos lo que queríamos: la desaparición de la frontera. A partir de ahora la región transfronteriza podrá desarrollar todo su potencial.
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #5 em: Março 09, 2007, 05:04:23 pm »
Quen quera ter acceso a unha ampla información estatística da Galicia de hoxe vea aquí: http://www.ige.eu/ga/difusion/galicia_2005/index.htm
 

*

Doctor Z

  • Analista
  • ***
  • 825
  • +1/-0
    • http://www.oliven
(sem assunto)
« Responder #6 em: Março 12, 2007, 12:51:20 pm »
Citação de: "Tiger22"
Quantas mais vezes vou a Galiza mais me sinto em Portugal.

Tenho um amigo meu que é galego e que diz muitas vezes isto: A minha capital é Lisboa, não é Madrid.


Boas,

Vou algumas vezes a um restaurante na Galiza em Salvaterra de Minho e
sempre todos os portugueses são recebidos como se fossem galegos (irmãos
e não apenas vizinho) como no resto das regiões espanholas.
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

*

Tiger22

  • Perito
  • **
  • 566
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #7 em: Maio 25, 2007, 08:46:38 pm »
Como sabem, ontem a empresa galega Pescanova e o governo português assinaram um acordo para um mega investimento em Portugal.

Citar
Pescanova anuncia que invertirá en nuevos proyectos en Portugal

Miguel A. Rodríguez | enviado especial | lisboa

«Pescanova confía en Portugal, en su gente y en su Gobierno. Por eso estamos aquí y por eso aseguro que la planta de Mira no será el último proyecto de Pescanova en Portugal». Así de contundente se mostró ayer el presidente del grupo alimentario vigués, Manuel Fernández de Sousa, durante la firma del contrato con el Ejecutivo luso para la construcción del mayor complejo de acuicultura del mundo.
No hubo ni una sola alusión directa al frustrado intento de crear en Galicia la que está llamada a convertirse en primera planta productora mundial de rodaballo. Pero en los discursos oficiales hubo referencias implícitas a la negativa de la Xunta para acoger este proyecto en cabo Touriñán. «Portugal sí que ha apostado por el sector de la acuicultura -dijo Fernández de Sousa-, y estoy seguro de que ocupará el lugar que se merece en el sector». Y a renglón seguido matizó: «La acuicultura es una industria limpia y compatible con el desarrollo sostenible».
El máximo responsable de Pescanova agradeció al ministro de Economía e Innovación, Manuel Pinho, la diligencia del Ejecutivo portugués, que en sólo seis meses ha tramitado los permisos necesarios para iniciar las obras en Mira, después de que en octubre del 2007 la empresa viguesa rompió sus relaciones con el Ejecutivo gallego. El proyecto arrancará antes del último trimestre del 2007 (la fecha prevista es en septiembre); y, a finales del 2008, el complejo habrá producido ya sus primeras 3.500 toneladas de rodaballo. En el 2009 se alcanzarán las 7.000 toneladas. La inversión supera los 140 millones de euros y, ayer, el presidente de la Asociación para la Promoción dos Investimentos (API) de Portugal, Basilio Hortas, confirmó que las ayudas oficiales de la UE y del Gobierno luso podrían llegar hasta el 50% del total.
Fernández de Sousa fijó la mirada de Pescanova en Portugal, y no sólo para la acuicultura. Tras la firma del contrato de Mira, anunció que estudiarán la nueva terminal del puerto de Sines, al sur de Lisboa, como opción para desviar las cargas que ahora se gestionan desde el puerto de Vigo. «El retraso de 7 a 20 días en la tramitación de los contenedores es inaguantable -afirmó-, y contemplamos alternativas en Portugal y también en España, como Bilbao, Málaga o Valencia». Sines prepara una plataforma de carga que ocupará 500 hectáreas y estará operativa este mismo año.? El ministro portugués de Innovación agradeció la «apuesta de Pescanova en Portugal», y recogió el guante del presidente invitándole a «presentar nuevos proyectos». Pinho dijo que su país precisa «nuevas tecnologías y alta cualificación laboral» y, según comentó, «la planta de Mira, que duplicará la producción acuícola lusa, cumple todas estas premisas».? En presencia de los secretarios de Estado de Pesca y de Industria, el presidente de la Asociación de Promoción dos Investimentos aludió a las declaraciones del presidente gallego, Emilio Pérez Touriño, pero lo hizo para restarles importancia: «Diga lo que diga Galicia, siempre seremos amigos», ironizó, «respetamos la decisión que tomó la Xunta con el proyecto de Pescanova, y le pedimos que también respete la nuestra». En un año, Portugal ha cerrado inversiones extranjeras por valor de 950 millones en los sectores de acuicultura, siderurgia y energía.

http://www.lavozdegalicia.es/buscavoz/v ... k=PORTUGAL


Citar
acuicultura
Pescanova sella su voluntad de seguir apostando por Portugal
25.05.2007 Fernández de Sousa cierra el desembarco en Mira augurando más proyectos en un país con "una costa muy larga" ·· Touriño subraya su compromiso medioambiental ·· Feijóo se compromete a "resucitar" Touriñán si gobierna
REDAC/AGEN • SANTIAGO
 

El Gobierno portugués sí supo entender a Pescanova en su proyecto de macroplanta para la producción de peces planos, diseñado inicialmente para desarrollarse en cabo Touriñán y que finalmente desembarcará en Playa de Mira, cerca de Coímbra. Así lo defiende, al menos, Manuel Fernández de Sousa, presidente de la multinacional gallega que, en un claro recado a la Xunta, dejó caer ante el ministro de Economía luso que el país vecino "nos ha escuchado, y ha demostrado ser uno de los más avanzados del mundo por elegir la acuicultura".

Durante la firma del pacto por el que la empresa española invertirá 140 millones de euros y generará 200 puestos de trabajo directos en la creación de la mayor piscifactoría de Rodaballo del mundo, que a su vez servirá a Portugal para duplicar su producción de este pescado, Fernández de Sousa aprovechó además para añadir que este es el primero, pero no el último proyecto que Pescanova acometerá en Portugal, "que tiene una costa muy larga".

Pero lo que supone toda una "conquista" al otro lado del Miño es una amenaza en su política de protección de los recursos naturales para Galicia. De este modo, el titular de Economía luso, Manuel Pinho, que ayer presidió la ceremonia que ataba los millones de la reina del langostino, ensalzó un proyecto "extremadamente disputado" y que supone un "referente mundial".

Sin embargo, criterio bien distinto es el que guía al presidente de la Xunta, Emilio Pérez Touriño, quien trasladó su ­"enhorabuena" a Portugal por este acuerdo, "un avance del que tan necesitado está", insistiendo en su "apuesta" por la protección de los recursos naturales y por "crecer más y mejor". El Ejecutivo autonómico "hace los deberes", enfatizó, y elabora un plan de acuicultura que "espero que permita a Galicia seguir siendo una potencia mundial".

Una "jornada luctuosa"

Con todo, este contrato hizo del día de ayer "una jornada luctuosa" para la economía gallega, según el PPdeG, cuyo presidente, Alberto Núñez Feijóo, aseguró que es un hecho sin precedentes que la Xunta "eche a una empresa" de la comunidad, reiterando su compromiso de que, "tras las elecciones autonómicas", pedirá a Pescanova que rescate el proyecto para Cabo Touriñán, en el municipio coruñés de Muxía.

Mientras, el portavoz del grupo parlamentario socialista, Ismael Rego, acusa al PP de insistir con Pescanova para acabar con la Costa da Morte "con cemento, al no lograrlo con chapapote".

Finalmente, el colectivo ecologista Adega calcula que cada uno de los puestos de trabajo de la piscifactoría "costará alrededor de 700.000 euros", teniendo en cuenta los 140 millones de euros de inversión, precisando que 225.000 saldrán del erario público portugués.

http://www.elcorreogallego.es/index.php ... cia=170024


Na Galiza no entanto, a polémica esta servida.

Citar
Feijoo acusa a la Xunta de obligar a la firma a instalarse en territorio luso

?l PP de Galicia mantuvo ayer, día en que se firmaba en Lisboa el acuerdo para que Pescanova se instale en Mira, su postura acusadora contra la Xunta, a la que tacha de responsable de que una de las grandes empresas de Galicia se instale y territorio luso. Para el líder del PPdeG, Alberto Núñez Feijoo, ayer fue una «jornada luctuoso» para la economía gallega, por materializarse el acuerdo entre la empresa y Portugal, al tiempo que lamentó «la irresponsabilidad» de la Xunta por «expulsar a Pescanova de Galicia» y por «obligar» a la firma a instalar fuera una planta, que en un principio iba a construirse en Cabo Touriñán, en Muxía, «con la previsión de crear 300 puestos de trabajo».

La formación dirigida por Núñez Feijoo, quien ayer prometió pedir a Pescanova que se instale en Galicia si gana las elecciones autonómicas de 2009, recordó que el comisario de Pesca de la Unión Europea, Joe Borg, acreditó que el permiso otorgado por el anterior Gobierno autonómico se ajustaba a la legalidad.

http://www.lavozdegalicia.es/buscavoz/n ... TO=5836042


Citar
a bordo
Portugal luso, Galicia ilusa
25.05.2007
CARLOS LUIS RODRÍGUEZ
La noticia no sería tan amarga si la inversión hubiese emigrado a un país del tercer o cuarto mundo. En ese caso, nos tranquilizaría la explicación de que la empresa fue en busca de mano de obra esclava y de una tolerancia total para sus fechorías contaminantes. Diríamos entonces, con razón, que Galicia no debe competir con territorios donde los derechos laborales no existen, ni existe tampoco respeto por el medioambiente. No habría que sentir ninguna pena por la pérdida de ese proyecto.

Sin salir de nuestro mundo, esta emigración empresarial podría explicarse si el Gobierno anfitrión perteneciese a la derecha o al ultraliberalismo. Ya se sabe que el modelo de desarrollo de esta gente es menos escrupuloso con la ecología, y por lo tanto es lógico que ampare una industria que la izquierda rechaza. La decisión de descartar el proyecto sería discutible, pero no se le podría negar coherencia política.

El problema es que la piscifactoría que no se hizo en Muxía, no va a Madagascar, ni a Angola, ni a Guinea, ni se instala en territorios con menos requisitos medioambientales, ni lo aplaude un presidente derechista. El presidente es socialista, la legalidad europea que protege la naturaleza es la misma que rige en Galicia y el lugar beneficiado está ahí al lado, en Portugal. Así pues, toda la línea argumental seguida para vetar la famosa planta de rodaballo en Touriñán se desmorona. No hay razones ecológicas, ni laborales, ni ­europeas, y ni tan siquiera vale esa penúltima trinchera ideológica, porque es un Gobierno la mar de socialista el que ayer firmó, con toda la pompa, el acuerdo definitivo con la multinacional gallega.

Esa era la penúltima argumentación, porque la última podría haberse basado en el origen foráneo del inversor, y la consiguiente sospecha de que sólo pretendía establecer aquí un enclave para llevarse lejos los dividendos. Resulta que el capital es autóctono y la galleguidad de la empresa tiene más antigüedad que la del Gobierno que se opuso a la inversión. Cuando la autonomía aun era todavía un sueño lejano, Pescanova ya era una realidad.

La noticia de que los ministros vecinos acaban de ratificar el proyecto es amarga. En sus declaraciones, los gobernantes lusos proclaman que esos ciento cuarenta millones de la granja marina fueron internacionalmente muy disputados. Desde luego Galicia no participó para nada en esa disputa. Para sorpresa de los que pelearon por la inversión, las autoridades galaicas hicieron esfuerzos para perderla, como si el suyo fuese un próspero Estado alemán, y no una comunidad que lucha por evitar el descenso. La amargura está justificada.

Y aumenta al comprobar como aquí determinados sectores consideran sospechosa la defensa de un proyecto empresarial que a un paso de la frontera se recibe con entusiasmo. En esos círculos existe una curiosa mentalidad que desconfía por principio de cualquier inversión. Sus componentes ven tramas ocultas en el apoyo a Pescanova, cuando, puestos a desconfiar, podría pensarse que los detractores de la granja del rodaballo querían favorecer al Gobierno portugués o a las empresas rivales.

El Portugal luso le acaba de dar una lección a la Galicia ilusa. La cultura política portuguesa se basa en el realismo, la izquierda de allá sabe que un país excéntrico como el suyo no puede despreciar inversiones por puro capricho. La cultura política de aquí olvida muchas veces lo que somos y dónde estamos. De haberlo recordado, la foto de ayer sería completamente distinta.

http://www.elcorreogallego.es/index.php ... cia=170106

 
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #8 em: Maio 26, 2007, 04:45:40 pm »
Citar
MASA FORESTAL GALLEGA
Grandes empresas lusas se posicionan en Galicia al faltar madera en Portugal
23/05/2007
 
Los incendios y el aumento de plantas transformadoras han provocado el desabastecimiento

El país vecino importa ya eucalipto uruguayo al doble de precio que el producto local

 Los productores forestales de la comunidad gallega tendrán en los próximos años un importante hueco de mercado en Portugal. La industria lusa ha alertado ya a su propio Gobierno de que se enfrentan a un importante déficit de materia prima. El pasado mes de marzo, la compañía Portucel Soporcel, principal productor ibérico de pasta y de papel, envió una carta al ministro luso de Agricultura en la que advertía de que, en los últimos años, el volumen de madera en pie en los bosques portugueses ha descendido en 5,4 millones de metros cúbicos.

Las causas de la caída de la producción se hallan en la devastadora ola de incendios que sufrió el país hace dos años, y también en que la propia industria forestal portuguesa ha ampliado sus plantas de transformación, que precisan ahora 1,1 millones de metros cúbicos más de madera, una cantidad que se suma a los 7,5 millones que se procesan en la actualidad.

Los datos del inventario forestal luso alertan, por tanto, de que en los próximos tres o cuatro años la oferta interna de materia prima sólo llegará a cubrir el 52% de las necesidades de la industria pastera.

Compras caras

Portugal está importando ahora madera de eucalipto de Uruguay a un precio aproximado de 90 euros por metro cúbico, cuando el valor del producto portugués en origen oscila entre los 42 y los 44 euros. Este desequilibrio abre un nuevo escenario para los productores de Galicia, donde las compañías lusas han puesto su mirada para abastecerse en los próximos años. De hecho, el grupo Portucel Soporcel ha iniciado ya una estrategia para posicionarse como comprador de eucalipto en Galicia ante el posible cierre de Ence en Pontevedra, cuya concesión para ocupar los terrenos en Lourizán finaliza en el 2018.

«En los próximos años asistiremos a un importante descenso de los flujos de madera portuguesa hacia España y al inicio de un mercado importante para los productores gallegos en Portugal. Nosotros pensamos que esto podría repercutir positivamente en los precios que perciben los propietarios forestales gallegos», precisa Jacobo Feijoo, secretario general de la Asociación Sectorial Forestal Galega (Asefoga) una organización promovida por el sindicato Unións Agrarias.

Problemas

Galicia tiene en la actualidad un importante problema en el origen de la cadena de valor. De los 700.000 dueños de montes que existen en la comunidad autónoma, sólo 100.000 cortan madera con regularidad. Las explotaciones forestales no están bien dimensionadas y trabajarlas no es rentable. La propia industria transformadora galaica sostiene que el problema no está en el precio al que se paga la madera, sino en los elevados costes que soportan los dueños forestales por cortar poca cantidad.

Bosque improductivo

De hecho, las empresas que operan en la comunidad gallega creen que los montes de la autonomía deberían ser más rentables y advierten de que su competitividad futura también está amenazada. Un tercio del bosque es improductivo para las industrias de Galicia.

«La falta de madera no es sólo un problema portugués; nosotros también precisamos más materia prima aquí. Indudablemente, la carestía del producto en Portugal abre oportunidades de negocio para los propietarios forestales gallegos, pero tampoco pensamos que la industria lusa vaya a pagar precios desorbitados por la madera gallega», explica Juan Picos, gerente de la patronal gallega Monte Industria.


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

mllom

  • Membro
  • *
  • 74
  • +0/-0
eu tamben
« Responder #9 em: Maio 26, 2007, 06:59:07 pm »
Tiger, a mi me pasa lo mismo, cuantas más veces voy a Portugal más me siento en España  :roll: .
El 25 de Mayo regresé de Lisboa, de un congreso internacional de Medicina y tengo que decir que me han tratado de maravilla y que los portugueses son gente estupenda y muy hospitalaria. Ya lo sabía porque he estado muchas veces en Portugal. Cada día está más claro que los que quieren enfrentar a nuestros 2 países son 4 gatos y están en este forum.
Obrigado Portugal.
 

*

Tiger22

  • Perito
  • **
  • 566
  • +1/-0
Re: eu tamben
« Responder #10 em: Maio 27, 2007, 03:37:23 am »
Citação de: "mllom"
Tiger, a mi me pasa lo mismo, cuantas más veces voy a Portugal más me siento en España  :roll: .
El 25 de Mayo regresé de Lisboa, de un congreso internacional de Medicina y tengo que decir que me han tratado de maravilla y que los portugueses son gente estupenda y muy hospitalaria. Ya lo sabía porque he estado muchas veces en Portugal. Cada día está más claro que los que quieren enfrentar a nuestros 2 países son 4 gatos y están en este forum.
Obrigado Portugal.


Mllom, nós portugueses não temos nenhum problema com o povo espanhol. Os nossos problemas ao longo de 900 anos de história têm sido com as elites espanholas.

Foram essas elites que tentaram sempre submeter Portugal sem nunca no entanto o terem conseguido.

São essas mesmas elites que reclamam Gibraltar para a Espanha, mas no entanto dizem que com Olivença “no pasa nada”, quando na realidade muitos menos argumentos tem a Espanha para reclamar Gibraltar que nós temos para reclamar Olivença. Alias, Espanha comprometeu-se na sua devolução, mas até hoje “no pasa nada”.

Como quer que os portugueses olhem para uma país assim, que se diz aliado e amigo de Portugal?

Quer saber como o povo português mudava rapidamente de ideias?

Devolvam Olivença!

Garanto-lhe que em pouco tempo teria um país verdadeiramente amigo ao vosso lado.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #11 em: Maio 27, 2007, 11:04:10 am »
Outro olhar sobre as relações luso-galegas...

Uma data que passou despercebida, ... para uma comemoração singular.

Citar

Orgulhamo-nos em anunciar que o vindouro 25 de Maio o luso-reintegracionismo galego (na vanguarda do frikismo toalheiro) celebrará em Compostela, pela primeira vez na sua história, o Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata.

Manifesto do Orgulho lusista

No grande dia orgulhamo-nos em publicar o formosíssimo texto que, a modo de manifesto, escreveu o amigo Carlos Quiroga para todas e todos nós. Um autêntico luxo luso-reintegracionista!
O próprio autor será quem se encarregue de dar leitura a este a modo de manifesto no decurso da concentraçom que em comemoração do VII Dia Internacional da Toalha e I Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata terá lugar amanhã, 25 de Maio, na compostelana Praça do Pam,-ão (aka Pç. de Cervantes) e a partir das 19h30 (hora galego-portuguesa, uma hora mais no Reino de Espanha).

ATOALHAR BESTAS

    Conta a Wikipédia, oráculo dos nossos dias, que o Dia Internacional da Toalha se celebra no 25 de Maio em homenagem a Douglas Adams, autor d’O Guia do Mochileiro das Galáxias. Na saga tem certa importância a toalha, de grande utilidade aos «viajantes da galáxia» em variadas situações: secar após o banho, evidentemente se a toalha estiver seca e limpa; proteger do frio e da chuva, naturalmente se chove; evitar contacto com o chão dormindo, se for –é claro– ao relento; e, enfim, vendar os olhos no caso de querer evitar olhar para algo, como um grande abismo ou umha Terrível Besta de Traal (altamente voraz mas burra, pois acha que se tu nom consegues vê-la, ela nom consegue ver-te).

    Dos detalhes toalhísticos e de tantos benefícios se aperceberam os devotos admiradores da história galáctica, os mesmos que andavam à procura de um modo de homenagear o autor ao seu falecimento. E aí acharam e daí tiraram: levantaram toalha a jeito de capa, luziram enrolada como turbante, exibiram em saias e bandeiras, todo toalha e por primeira vez no 25 de Maio de 2001, convocando a partir de entom a fazer a mesma festa na mesma data, juntar-se portando toalhas durante o dia inteiro.

    Repararam em tal precedente as cabeças mais esclarecidas do luso-reintegracionismo galego (na vanguarda do frikismo), e lembraram-se de ligar a tal comemoraçom um nosso grande dia, O Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata. Prova de lucidez para umha proposta absolutamente revolucionária. Porque nom se trata de um tributo a Douglas Adams, é claro, mas da reverência a um elemento essencial na conformaçom do nosso presente imaginário, e que já estava aí antes de Adams. Exactamente, a toalha! De enooorme utilidade aos viajantes da galáxia galega. Elemento identitário. Elemento totémico. A grande desculpa para ir a Valença. O motivo simbólico da antiga viagem épica ao estrangeiro, onde nos esfregaram por primeira vez os olhos num galego escrito com j's e nh’s (contaminaçom ocular), antes de esfregar os corpos naquelas felpas e algodões. Um esfregar posterior este que, como o de apanhar sol durante horas sobre elas, causava umha segunda contaminaçom (por comichom cutánea, há quem garanta), origem em qualquer caso de erupções e viroses de reintegracionismo –a longo prazo. Máquina morosa e autêntica bomba, portanto, tam eficaz como as armas químicas.

    Mas o faro atento e viajado dos nossos esclarecidos foi mais longe, descobriu um homem que se adiantou em todo ao futuro, um tipo nosso que usou e ousou: o primeiro visionário em erguer a toalha a talismám. Falamos do grande Eusébio da Silva Ferreira, o mítico futebolista moçambicano e português, por cujo nome até parece vizinho de Escairom (onde existem um Eusébio, um da Silva e um Ferreira). Pantera Negra, adiantado no campo de jogo e na galeria do frikismo, ele foi achado e merecidamente eleito para o cartaz desta primeira ediçom ludo-reivindicativa do Orgulho Lusista e Reintegrata. Grande acerto. Outro. Porque este talento nom se separava da toalha branca, retorcida no braço esquerdo ou drapejada sobre os ombros do seu terno, fosse o Benfica ou a selecçom que vozeava. Umha superstiçom, «umha fé», conta o antigo jogador. Um símbolo, um motivo de homenagem, pensaram os nossos guias.

    E aqui estamos, esclarecidos todos, exibindo pedaços de tecido, linho e algodom de enxugar e de estender sobre mesa, de banho e de rosto, de mao e de praia. Presentes em diversas cores, estampas e tamanhos, com rendas ou sem rendas, modelo gigante Stripes Areia ou Veneza Listrada-Rosto-Sam Joam Evangelista. Frikis como os de Adams mas com nossos próprios motivos, Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata. Proposta lúcida e absolutamente revolucionária. Porque nada melhor do que um banho para relaxar, completado por umha toalha macia com a qualidade que um corpo reintegracionista exige. Toalha de altar, toalha higiénica, toalha interfolha. Toalhinha. Toalhita. Boas toalhas é tudo que o corpo reintegrata precisa para se enxugar, para comer sobre ela (todo o tipo de manjares e outros corpos), para deixar de choromicar, para ter a sensaçom agradável do toque macio, da felpa long loop -de alta absorçom!- ou do tradicional algodom 100%.

    E existe um último argumento: Pilatos lavou as maos diante do povo querendo fazer-se o inocente do sangue de um justo, mas nem Mateus nem ninguém nos falou em toalha. Será que Pilatos nom tinha toalha? Que passaria se tivesse? Mateus teria reparado nesse importante detalhe –fora acréscimos infundados dos filmes. E, o que é mais importante, que passaria se os nossos Pilatos, os Pilatos de agora, tivessem umha boa toalha em que pousar os seus dedos? Teriam acaso remorsos e teriam comichom cutánea, deixariam de ser as Terríveis Bestas de Traal, altamente vorazes e burras?

    Nom sabemos. As Bestas estas parecem muito mais burras, pois mesmo estando nós a vê-las, elas já antes nom conseguiam ver-nos a nós nem a galáxia galega. Bem ao contrário da saga, talvez aqui as próprias Bestas de Traal estejam pedindo nos seus próprios olhos. E agora já temos. Toalhas. E a consciência delas. Para nós e para atoalhar Bestas. A partir deste dia.

Dicas na hora de Lavar toalhas após usar com Bestas de Traal:

-Lavar em temperatura mínima de 60°C: quanto maior a temperatura de lavagem maior a eliminaçom da burrice absorvida.
    -Usar generosamente sabom em pó e amaciante: a falta destes produtos pode causar perda do poder de absorçom reintegrata das toalhas.
    -Usar produtos que contenham cloro azul banda de bandeira e fazer soar música de samba: a toalha nom se vai importar e a sua tarefa será mais prazenteira.
    -Usar algum produto de Limpeza de Cheiro de Besta, além do sabom e amaciante: testar a resistência do cheiro numha pequena área, antes de aplicar o produto sobre o tecido.
    -Lavar as peças de cores escuras ou com combinaçom de cores contrastantes com água portuguesa em abundância, para garantir a eliminaçom do excesso de corantes espanhóis que normalmente se desprende.
    -Deixe os artigos de molho por tempo prolongado para eliminar a baba brilhante e acrescentar umha oitava dos Lusíadas: mesmo em fotocópia, é mao de santo.
    -Se o artigo lavado apresenta manchas devido a migraçom de cores, lave-o com água quente em abundância, seguido de um enxague com água morna, sal e a oitava dos Lusíadas.
    -Ao lavar no tanque, use escovas ou qualquer material que possa desgastar a crosta ideológica sobre o tecido.
    -Se depois de passar por máquina, tanque, molho prolongado com oitava, nom consegue eliminar completamente a crosta, seque bem o tecido em varal e queime completamente o artigo: use umha toalha nova para amansar outra Besta.

Carlos Quiroga é professor da Universidade de Santiago de Compostela

http://mdl-galiza.org/content/view/302/
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #12 em: Maio 27, 2007, 09:50:35 pm »
Citar
2007-05-27 - 00:00:00

Alteração: Reforma no Ensino Secundário
Estudantes galegos vão aprender a falar português

A língua portuguesa poderá vir a integrar o plano curricular do ensino secundário na Galiza. O governo regional está a preparar uma alteração legislativa para implantar uma segunda língua estrangeira obrigatória, lançando o debate sobre qual o dialecto preferencial, para além do inglês, numa região onde os laços com o Norte de Portugal estão cada vez mais fortes.

A afinidade cultural e social da comunidade galega com o Norte de Portugal tem sido reforçada desde a entrada na União Europeia, sobretudo através da multiplicação de intercâmbios e associações no campo económico, tanto ao nível de empresas, como organizações representativas dos diferentes sectores. O Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia que ficará situado em Braga promete intensificar esta proximidade do noroeste da Península.

“A verdade é que temos a ganhar muito mais com o Português do que com qualquer outra língua estrangeira, porque se trata de um país vizinho, com o qual desenvolvemos contactos permanentes. Há uma relação muito estreita e, em alguns casos, torna-se mesmo obrigatório trabalharmos em conjunto”, defende Teresa Carros, porta- -voz da associação galega Movimento Defesa da Língua.

No âmbito da iniciativa do governo regional da Galiza para a reforma do secundário, que prevê a instituição de uma segunda língua estrangeira obrigatória, já a partir do próximo ano lectivo, o Movimento Defesa da Língua encetou uma campanha de sensibilização a favor da língua portuguesa.

Em detrimento do alemão ou do francês, a galega Teresa Carros questiona qual a utilidade de aprender uma língua estrangeira originária de um país relativamente longínquo e que não beneficia de uma utilização massificada nas relações internacionais, como é o caso do inglês.

É nesse enquadramento que a porta-voz do movimento sustenta que é preferível apostar no português como segunda língua estrangeira, já que se trata do país vizinho da Galiza e com um vasto naipe de países que adoptaram a sua língua, como Brasil e Nações africanas.

MOVIMENTO

LÍNGUA IRMÃ

Criado há 12 anos, o Movimento Defesa da Língua trabalha em defesa da cultura da Galiza. E considera o Português como ‘língua irmã’ do galego, pelo que devem ser estudadas em conjunto.

MOBILIZAÇÃO

Na campanha a favor do ensino do português, o movimento tem enviado cartas aos professores das escolas secundárias da Galiza no sentido de mobilizarem os alunos para a necessidade de apreenderem Português.

JOVENS

Os jovens da Galiza têm revelado “mais interesse em aprender Português”, pois estão em contacto permanente com Portugal, onde fazem visitas frequentes e procuram eventos.
Mário Fernandes, Braga
 


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2235
  • Recebeu: 89 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +59/-44
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #13 em: Março 20, 2008, 09:09:43 am »
Citar
El éxodo vacacional colapsó ayer durante horas la frontera en Tui
La operación salida provocó una avalancha que produjo colas de cinco kilómetros y retenciones de doce

Miles de gallegos cruzaron el Miño atraídos por la oferta comercial y turística de Portugal


Autor:
Mónica Torres
Fecha
19/3/2008
 El éxodo masivo de gallegos que desde ayer disfrutan de sus vacaciones en Portugal colapsó literalmente la frontera tudense. El goteo de vehículos se inició a primera hora y, poco antes de media mañana, las retenciones alcanzaban ya los doce kilómetros.

La singularidad del puente, en el que el festivo de San José añade un día más a las vacaciones de Semana Santa, desató una peregrinación sin precedentes al país vecino, provocando colas que ya no se recuerdan desde que se suprimieron los controles en las fronteras.

Miles de vehículos atestaron los dos carriles del paso elevado sobre el Miño durante varias horas así como sus principales vías de acceso. Tanto la autovía A-55, como la autopista entre A Coruña y Oporto, (la AP-9), actuaron como embudo de entrada al país luso que, según las previsiones de las oficinas de turismo nacionales, empezó a recibir ayer a los más de 70.000 españoles que pasarán sus vacaciones en Portugal.

Tan solo en el Alto Minho (la franja comprendida entre Viana do Castelo y Valença), pernoctarán hasta el domingo 35.000 gallegos, según confirma la asociación de turismo de esta región, que ya colgó el cartel de lleno en el cien por ciento de sus establecimientos hoteleros hace varios días. Los gallegos fueron también muy madrugadores en sus salidas, pero las retenciones -que por momentos se sufrían ya apenas pasado O Porriño-, triplicaron para muchos la duración prevista para los traslados. Recorrer los últimos diez kilómetros hasta alcanzar la frontera portuguesa supuso más de una hora.

Mercadillo en Valença

El viacrucis continuó después para los que solo iban hasta Valença, paraíso del pequeño comercio que ayer celebraba su mercadillo semanal. Si era difícil acceder hasta el centro de la villa, encontrar una plaza de aparcamiento era misión imposible al mediodía. La mayoría de los turistas continuaban viaje tras superar la ciudad lusa fronteriza, con un tráfico mucho más relajado aunque extraordinariamente denso.

Y es que a los miles de gallegos que pernoctarán en tierra lusa se les unen los cientos de excursionistas que cruzaron el Miño para pasar el día.

La mayoría de estos desplazamientos tienen como destino Braga y Oporto, las principales ciudades del norte de Portugal. «Vamos a comer a Oporto y, por la tarde, de compras, a Ikea y al Factory, porque allí no es festivo», señalaba Alfredo Durán.

Aún así, los destinos preferentes son Lisboa, el Algarve, Cascais y Madeira (con todos los vuelos agotados hasta el lunes). Los propios medios de comunicación lusos se hacían eco ayer de esta «avalancha» de turistas que «encheram os hotéis de Lisboa e Porto».

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
(sem assunto)
« Responder #14 em: Março 21, 2008, 09:28:44 pm »
Muito boa, essa excelente relação com a Galiza.Penso que tenderá a crescer nos próximos anos. :D
zocuni