Sector Portuário

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Lusitano89

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Re: Sector Portuário
« Responder #120 em: Abril 14, 2012, 05:58:19 pm »
Kia Portugal passa a receber automóveis para o mercado nacional no Porto de Setúbal







Numa clara aposta nos recursos nacionais, a Kia Portugal começou já a receber os automóveis provenientes da Coreia do Sul e destinados ao mercado português, através do Porto de Setúbal. Segundo o representante da marca sul-coreanaem Portugal, a passada terça-feira fica na história da Kia Portugal, já que foi esse dia em que foram descarregadas no Terminal Ro-Ro do Porto de Setúbal 295 veículos Kia, no que constituiu o arranque dos desembarques de viaturas da marcaem Portugal, exclusivamente, pelo Porto de Setúbal.

As viaturas chegaram ao porto no navio “Morning Chorus”, do armador OW SHIPPING CO PTE LTD, agenciado pela Barwil Knudsen - Agentes de Navegação, Lda. e a descarga foi efectuada pela Setefrete – Sociedade de Tráfego e Cargas, SA.

Para o Porto de Setúbal, este tipo de operações contribui para o posicionar como o maior porto português de veículos, com potencial para ser um futuro hub Ro-Ro da Península Ibérica e da Europa, com ligação ao Mediterrâneo, África, Américas e Ásia.

Lusa
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #121 em: Abril 16, 2012, 03:25:48 pm »
Caro PedroI,

Mais uma vez obrigado pelas suas explicações e "historias da caserna", que nos elucidam cada vez mais como funciona o Sector Portuàrio.

Quanto a "maquina mediatica", fazem muito bem tentar vender o "peixe "deles.

PS: Estava de Ferias :).
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #122 em: Abril 17, 2012, 09:42:26 am »
Movimento de mercadorias nos principais portos nacionais bateu recordes em 2011
No ano de 2011 foram movimentados, nos sete principais portos nacionais, 66,8 milhões toneladas de mercadorias, o que traduz um aumento de 2,8% face aos números registados em 2010, perfilando-se como o melhor registo anual de sempre. Segundo dados divulgados pelo IPTM, o crescimento no segmento dos contentores foi ainda maior, cifrando-se nos 11%.

Entre os portos com resultados positivos estão Leixões (na foto), Lisboa, Sines e Figueira da Foz, sendo que o porto que mais carga movimentou em 2011 foi o porto de Sines, com quase 26 milhões de toneladas. No tipo de mercadorias movimentadas, o destaque vai para os granéis líquidos que superaram os 27 milhões de toneladas, ou seja quase 41% do total. Já a carga geral (23,2 milhões de toneladas) e os granéis sólidos (16,3 milhões) apresentam uma quota mais modesta: 34,7% e 24,5% respetivamente.

Aos crescimentos no total de carga movimentada e no segmento dos contentores não correspondeu o total de navios operados nos principais portos nacionais, com uma ligeira quebra de 1,5%.
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #123 em: Abril 24, 2012, 08:23:16 pm »
Porto de Leixões regista recorde de 4 000 turistas num dia


Quatro mil turistas britânicos e alemães desembarcaram hoje no novo cais de cruzeiros do porto de Leixões, um número “recorde de passageiros num só dia” naquela estrutura marítima, informou hoje fonte oficial.
 
“É um novo recorde de número de passageiros (4.000) e tripulação (1.700) recebidos num único dia. Foram necessários cerca de 50 autocarros turísticos para transportar os passageiros dos cruzeiros atracados, em visitas à região do Porto e Norte”, lê-se na nota de imprensa da Associação de Portos do Douro e Leixões (APDL) enviada à comunicação social.
 
Os turistas chegaram em dois navios – “Ventura” e “Albatros” e participam num cruzeiro dedicado à "descoberta da Europa Ocidental", acrescenta a mesma nota informativa da APDL.
 
A viagem teve início no Mónaco, navegando por portos do Mediterrâneo e Costa Atlântica. O objetivo é chegar a Bremerhaven (Alemanha).
 
O navio Ventura, com 289 metros de comprimento, 19 pisos e 116 mil toneladas de peso, transportou cerca 3.500 passageiros, na sua maioria britânicos, e 1.300 tripulantes.
 
O navio Albatros, com 205 metros de comprimento e 28 mil toneladas, transportou 500 passageiros, maioritariamente alemães, e cerca de 400 tripulantes.
 
O tráfego de navios de cruzeiros em Leixões aumentou este ano com a inauguração do novo cais, estrutura que tem capacidade para acolher navios com mais de 250 metros de comprimento.

Lusa
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #124 em: Abril 27, 2012, 09:09:25 am »
1º Noticia

Porto de Sines: Exportações atingiram novo máximo histórico no primeiro trimestre
Foi um primeiro trimestre de 2012 bastante positivo para o porto de Sines, ao registar um crescimento global de 22,2% no movimento de mercadorias relativamente a igual período do ano anterior. Nestes meses foram movimentadas 6,96 milhões de toneladas, com os principais segmentos de carga a registarem um comportamento muito positivo.

Os Granéis Sólidos cresceram 25,2% e registaram um total de 1,15 milhões de toneladas movimentadas, os Graneis Líquidos cresceram 21,9% e atingiram o total de 4,27 milhões de toneladas de mercadorias e a carga contentorizada registou um crescimento de 21,1% correspondente a 1,54 milhões de toneladas de mercadorias.

Na análise do desempenho dos primeiros três meses do ano, destaca-se ainda o forte aumento das exportações que registou um crescimento de 63,3% e permitiu obter o melhor trimestre de sempre na história do porto de Sines no mercado das exportações, ao atingir 1,67 milhões de toneladas.

Nos Graneis Líquidos as principais exportações foram ao nível dos produtos refinados nos vários tipos de gasolinas, combustíveis para a aviação e os combustíveis para as máquinas marítimas, tendo como principais destinos os Estados Unidos da América, Espanha, Gibraltar, Marrocos, Reino Unido, Gana, Nigéria, Holanda, Turquia, Guiné-Bissau e México. Já na Carga Geral as exportações aumentaram bastante no movimento por contentor, sendo os principais produtos as pedras ornamentais (mármores), papel, produtos hortícolas e frutícolas, maquinarias e os plásticos, tendo como principais destinos praticamente todas as regiões do globo.

Na carga contentorizada, o terminal de contentores registou, neste trimestre, um total de 122.510 TEU movimentados (+7%), correspondendo a um crescimento de 21,7% na mercadoria movimentada por contentor.

Neste período, foram inaugurados os serviços para a costa oeste dos Estados Unidos e Canadá, através do Canal do Panamá e para a América do Sul abrangendo o Brasil, o Uruguai e a Argentina, serviços da responsabilidade da MSC, 2º operador mundial, que permitiram incorporar novas origens e destinos no tráfego de contentores por Sines. Sines deu, igualmente, as boas vindas à CMA-CGM, 3º operador mundial de contentores, que iniciou, no final deste trimestre, a actividade de transporte marítimo regular em Sines, com um novo serviço de ligação a África.

2º Noticia

Porto de Leixões com recorde de passageiros
 
© APDL
Foram cerca de 4.000 turistas que desembarcaram no novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, apenas num só dia. O recorde aconteceu esta terça-feira, dia 24 de abril, e foram necessários cerca de 50 autocarros turísticos para transportar os passageiros dos cruzeiros atracados, em visitas à região do Porto e Norte.

O novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, "atingiu um novo recorde de número de passageiros (4.000) e tripulação (1.700) recebidos num único dia", explica o comunicado de imprensa da Associação de Portos do Douro e Leixões (APDL).

Os navios responsáveis por este recorde "são o Ventura, da P&O Cruises, e o Albatros, da companhia Phoenix Seereisen", salienta o comunicado da APDL.

Após o desembarque, os turistas, na sua maioria britânicos e alemães, foram transportados por cerca de 50 autocarros turísticos com o objetivo de visitar a região do Porto e Norte.

O navio Ventura, que transporta cerca de 3.500 passageiros, na sua maioria britânicos, e 1.300 tripulantes, atracou no novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, cumprindo uma escala integrada num itinerário que saiu de Southampton e percorreu as Ilhas Atlânticas onde se incluiu uma paragem na Madeira.

Já o navio Albatros, que transporta mais de 500 passageiros, maioritariamente alemães, e cerca de 400 tripulantes, cumpriu a escala em Leixões de um itinerário que se "insere num cruzeiro de 'descoberta da Europa Ocidental' que teve o seu início no Mónaco, navegando por portos do Mediterrâneo e Costa Atlântica, rumo a Bremerhaven, na Alemanha".

Aumento do tráfego com novo cais

Segundo o comunicado de imprensa, o tráfego de navios de cruzeiros no Porto de Leixões aumentou significativamente este ano com a inauguração do novo Cais de Cruzeiros.

O novo terminal de cruzeiros "veio dar ao Porto de Leixões a capacidade de acolher navios com mais de 250 metros de comprimento".

Para além do novo cais de cruzeiros, a estrutura inclui uma estação central de passageiros, um cais fluvio-marítimo, para acostagem de embarcações que proporcionem itinerários turísticos no rio Douro, um Porto de Recreio Náutico para 170 embarcações e um parque de estacionamento para autocarros e viaturas ao longo do molhe.

A estrutura, cuja construção foi finalizada em 2011, permite uma maior capacidade no que toca à oferta turística da região do Porto e Norte de Portugal, estando a APDL a promover o Porto " como destino imprescindível para alguns dos mais importantes operadores de cruzeiros do mundo
 

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #125 em: Maio 10, 2012, 11:15:53 am »
Boas,

Quem anda no meio do transporte internacional, contentores, etc, costuma reclamar do processo de exportação para os USA que obriga a que a documentação da carga chegue aos USA 48h, salvo erro, antes do Navio sair sequer do Porto de origem, mas a verdade é que na Alemanha aparecem caixas de chá radioactivas.
Imagino o tombo que os preços do chá vão levar...... :N-icon-Axe:

Citar
Hamburg Port Finds Radiation Contaminated Box, Abendblatt Says
[BLOOMBERG] May 8, 2012 11:27 PM PT

Officials in the German port of Hamburg discovered a container contaminated with radioactive cobalt-60, Hamburger Abendblatt reported today, citing the city’s health authorities.
The source of the radiation was empty tea boxes being shipped in the container from India to a company in the German state of Schleswig-Holstein, the newspaper said. The container has been cordoned off in an isolated area of the port and will eventually be sent back to India, Hamburger Abendblatt reported.
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #126 em: Maio 29, 2012, 01:52:34 pm »
Movimento de carga nos portos nacionais cresceu 10% no primeiro trimestre
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de estatística (INE), o movimento de mercadorias nos portos nacionais cresceu 10% no primeiro trimestre de 2012. À exceção do porto de Aveiro, todos os portos nacionais registaram melhorias face a período homólogo de 2011, com destaque para o porto de Sines.

Ainda segundo o boletim da Atividade dos Transportes, do INE, o crescimento foi maior em janeiro (aumento de 14,9% face ao mesmo mês de 2011) e em fevereiro (subida de 14,3%). Ao todo foram movimentadas 16,6 milhões de toneladas de mercadorias, com destaque para o trio composto por Sines, Leixões e Lisboa, responsáveis por 79,1% do total das mercadorias movimentadas.

O porto de Sines foi o que mais cresceu (+22,8%). Leixões (+4,8%) e Lisboa (+0,1%), também registaram subidas entre janeiro e março deste ano. Já o porto de Aveiro apresentou uma quebra de 7,3%. O porto da Figueira da Foz melhorou o volume de mercadorias movimentadas (+25,8%), assim como Setúbal (+0,9%).

Destaque ainda para o facto de ter havido um crescimento tanto no tráfego nacional (+11,6%), como no tráfego internacional (+9,7%), o qual representou 84,3% do movimento total dos portos. Neste último, destaque para o porto de Sines com um crescimento homólogo de 22,8%
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #127 em: Junho 14, 2012, 12:02:52 am »
Porto de Setúbal à procura de parceiros


O Porto de Setúbal quer assumir-se como uma plataforma de distribuição de automóveis entre a Europa e o resto do Mundo, e apostar no segmento de contentores para crescer no futuro. O início da exportação directa de automóveis da Autoeuropa para a China através de Setúbal (anteriormente eram enviados para a Alemanha e depois para o país asiático) no final do ano passado é um dos exemplos dos planos da infra-estrutura portuária que poderá potenciar novas parcerias.

A entrega de veículos da fábrica da VW em Palmela para o mercado chinês tem disparado nos últimos meses. E poderá duplicar em 2012 para cerca de 30 mil unidades e, por arrasto, aumentar a actividade no Porto de Setúbal, com quem tem uma ligação ferroviária. No futuro, a China poderá mesmo tornar-se no maior mercado da Autoeuropa.

A Autoridade do Porto de Setúbal e Sesimbra (APSS) refere ao SOL que o contrato com a Autoeuropa para a China poderá ser aproveitado no futuro para «a realização de transporte marítimo de veículos entre o Mediterrâneo, o Norte da Europa, a Ásia e a América do Sul, designadamente pela rede da VW».

O grupo automóvel alemão (que além da VW detém outras seis marcas como a Audi e Skoda), é um dos principais clientes de Setúbal e uma âncora para a criação de um «hub» atlântico no transporte de veículos automóveis. Em 2011, o transporte de viaturas automóvel subiu 40% no porto e só para exportação foram carregados mais de 112 mil veículos contra 80 mil em 2010.

Para esse fim, o Porto de Setúbal está a estudar e a procurar parceiros privados para a ampliação do seu terminal a fim de aumentar a capacidade e oferecer serviços logísticos para atrair novos clientes no sector automóvel europeu como marcas, grupo e carregadores que queiram usar Setúbal como plataforma de exportação para outras regiões. Áreas de parqueamento de viaturas ligeiras e pesadas e serviços de inspecção automóvel pré-entrega são dois exemplos de oferta que o Porto quer implementar para evitar que as marcas tenham de deslocar os veículos para outros locais. O projecto de ampliação tem um investimento de três milhões de euros e está incluído no Plano Estratégico dos Transportes.

No sector automóvel, o Porto de Setúbal já é responsável pela movimentação de 90% dos veículos em Portugal. A empresa adianta que o sector dos contentores, cuja movimentação cresceu 52% em 2011, será também um das grandes apostas no futuro.

O Porto de Setúbal tem sido apontado como um dos exemplos de boa gestão no sector empresarial do Estado, tendo sido uma das 32 empresas do SEE (um universo de 97 companhias) que obteve a classificação máxima na qualidade da gestão. No ano passado, a APSS registou lucros de 5,3 milhões de euros e o volume de carga movimentado ascendeu a 6,9 milhões de toneladas, o segundo melhor ano de sempre da infra-estrutura.

SOL
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #128 em: Junho 19, 2012, 09:34:08 am »
Porto de Viana do Castelo pode chegar às 600 mil toneladas este ano
Brogueira Dias, administrador do porto de Viana do Castelo enalteceu o crescimento registado nos primeiros cinco meses de 2012, 47% acima dos números registados em igual período do ano passado.

Entre janeiro e maio deste ano, o porto vianense movimentou cerca de 250 mil toneladas de carga, sendo que Brogueira Nunes, em entrevista ao Oje, antecipa números extremamente positivos no resultado anual: "A tendência do crescimento nestes cinco meses é muito superior a 2011, já movimentámos quase 250 mil toneladas. Este ano poderemos chegar, a este ritmo, às 600 mil toneladas".

Admitindo que "as coisas estão a correr melhor que o previsto", Brogueira Nunes lembrou que em 2011 o porto movimentou meio milhão de toneladas, tendo estabelecido uma meta de 10% de crescimento para este ano. Porém, a fazer jus a estes números, o crescimento pode duplicar face ao expetável. "Sobretudo é importante registar a inflexão que aconteceu, de um porto importador para exportador. As exportações já têm mais peso, à razão de 55 para 45%", acrescentou o administrador da APVC
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #129 em: Agosto 07, 2012, 07:47:40 pm »
Governo prevê poupar mais de 25% nos portos


O Governo prevê uma poupança até 30 por cento da factura portuária com o plano 5+1 hoje apresentado, que inclui medidas de redução dos custos com o objectivo de incrementar a competitividade do sector. O plano 5+1, que foi apresentado pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, prevê medidas nos contratos de nova geração (incluindo a revisão dos que estão a terminar), na governança dos portos (com o Governo a centralizar as decisões políticas), a abertura do mercado de trabalho, mais intermodalidade, novos operadores no mercado e a redução das taxas aplicadas pelo Estado.

«O nosso objectivo de redução está entre 25 por cento e 30 por cento da factura portuária», disse Sérgio Monteiro aos jornalistas.

Questionado sobre a aplicação das medidas dos contratos de concessão de nova geração, Sérgio Monteiro explicou que tal «será certamente adoptado em função do ritmo que cada concessão permite».

Isto porque «há contratos assinados, a maioria dos quais termina até 2020, e temos muitos a terminar em 2015. É no âmbito desses contratos que procuraremos fazer essa revisão», disse o secretário de Estado,

Segundo o presidente do IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, João Carvalho, até 2015 há seis concessões.

Sérgio Monteiro adiantou que até final do ano serão revistas as taxas, com o objectivo de serem reduzidas e aumentarem a competitividade dos sector.

Actualmente, segundo João Carvalho, as taxas portuárias pesam entre 26 por cento a 27 por cento da factura portuária.

Lusa
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #130 em: Agosto 13, 2012, 11:42:54 pm »
Leixões atinge novo recorde mensal de contentores em Julho


O porto de Leixões alcançou um novo recorde mensal de transporte de contentores em Julho, verificando-se um crescimento de 28 por cento em termos homólogos face a 2011, anunciou hoje a administração daquela infra-estrutura. Segundo comunicado da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), o porto de Leixões movimentou 53.978 contentores (medidos em ‘Twenty-foot Equivalent Units’, uma medida descrita como equivalente ao volume de um contentor de 20 pés).

O mesmo documento indicou que as exportações efectuadas através de Leixões «continuam a crescer a bom ritmo com um aumento» até Julho de 16 por cento, destacando-se Angola na lista de principais destinos com um aumento de 27 por cento, em particular na categoria de ferro e aço, que cresceu 53 por cento.

Nos primeiros sete meses de 2012, o porto de Leixões viu o volume de mercadorias movimentadas crescer quatro por cento, o que se traduziu por um total de 9,8 milhões de toneladas transportadas.

No final do primeiro semestre, o movimento de mercadorias no porto de Leixões tinha atingido o valor recorde de 8,3 milhões de toneladas, impulsionado pelo aumento de 14 por cento das exportações.

Em comunicado divulgado em Julho, a APDL destacou que as exportações via Leixões totalizaram 2,5 milhões de toneladas de carga até Junho, com destaque para os produtos refinados/aromáticos, o ferro/aço, os paralelepípedos, o papel e as bebidas.

Angola, Reino Unido, Marrocos, Argélia e os EUA foram os principais destinos da carga exportada.

Lusa
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #131 em: Setembro 24, 2012, 03:00:53 pm »
Factura do gás deverá baixar com expansão do Terminal de Sines


A expansão do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Sines deverá reduzir a factura do gás para a indústria e para os consumidores finais, o que poderá acontecer «a qualquer momento», disse hoje o secretário de Estado da Energia. «O terminal está já em operação. O facto de aumentarmos a escala e de podermos ir buscar gás natural mais barato pode reflectir-se nos preços a qualquer momento», defendeu Artur Trindade, à margem da cerimónia de inauguração da expansão do terminal, que já está operacional.

Em declarações aos jornalistas, o governante disse que «quanto maior for a porta de entrada, maior acesso a fontes diversas e maior a possibilidade de encontrar fontes diversificadas», considerando que a concorrência faz baixar os preços.

«Ao haver possibilidade de contratar gás de outra proveniência só se irá fazer se se conseguir um preço mais competitivo», adiantou, referindo «o benefício da indústria e dos consumidores».

Também é convicção da REN, a responsável pelo terminal de Sines, que o investimento de 193 milhões de euros possa reduzir a factura do gás.

A REN também acredita que este investimento pode vir a reduzir a factura do gás, uma vez que a infraestrutura permite «aos agentes económicos comprar gás mais barato», afirmou o presidente da REN - Redes Energéticas Nacionais, Rui Cartaxo.

«Hoje existem basicamente dois mercados de gás natural: o dos contratos de muito longo prazo, em que os produtores impõem preços indexados ao preço do petróleo, e há o mercado SPOT, que está num crescimento muito rápido e que dá oportunidade aos agentes económicos de comprarem gás mais barato», explicou.

De acordo com o presidente da empresa que gere as redes energéticas nacionais, onde o Estado ainda detém 11 por cento do capital, depois de ter alienado 40 por cento em Fevereiro, «a partir de hoje, Portugal passa a ter uma infraestrutura que é das melhores do género na União Europeia».

«Todos os utilizados, em especial associações de industriais e os comercializadores de gás natural, têm hoje uma infraestrutura que lhes permite tirar partido das oportunidades que o mercado SPOT [negociação para entrega imediata] oferece hoje», acrescentou o gestor.

As obras da 2.ª fase deste projecto, iniciadas em 2009, passaram pela construção do terceiro tanque de armazenagem de GNL, bem como de outros equipamentos como novos circuitos de água do mar e sistema de emissão, e uma terceira baía de enchimento de camiões.

O incremento de capacidade permite, também, que mais fornecedores acedam ao terminal, aumentando a concorrência e beneficiando o consumidor final através do acesso acrescido ao mercado internacional de GNL a preços competitivos.

Esta expansão permite ainda o aumento da energia movimentada pelo Terminal de Sines, que actualmente representa 56 por cento do total anual de gás natural consumido em Portugal.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector Portuário
« Responder #132 em: Outubro 07, 2012, 01:17:19 pm »
Nova expansão avança em Sines


A segunda fase de expansão do terminal de contentores do Porto de Sines, no valor de 78 milhões de euros, vai avançar, revelou ao SOL o presidente da Comunidade Portuária de Sines (CPSI), Carlos Vasconcelos. «Está tudo encaminhado para a empreitada começar a ser executada», garante.
O líder da CPSI desfaz assim as dúvidas levantadas por Jorge de Almeida, consultor e antigo líder da PSA Sines, empresa que detém a concessão da exploração do terminal de contentores e que é a responsável por efectuar as obras. No final de Junho, em declarações ao Expresso, esse responsável disse que «enquanto a PSA Sines não entender a reorganização que o Governo vai efectuar no sector, suspende o investimento».

Contrariando o consultor desta empresa de Singapura, fontes próximas do processo dizem ao SOL que a fase inicial da empreitada já está mesmo a arrancar no terreno. Em resposta ao pedido de esclarecimento do SOL, o actual director-geral da PSA Sines, Rui Pinto, limitou-se a afirmar: «Não faço qualquer comentário sobre esse assunto».

O novo investimento, a cargo da PSA Sines, irá expandir de 730 para 940 metros o terminal de contentores. Esta melhoria vai aumentar em 40% a capacidade instalada de movimentação para 1,4 milhões de contentores por ano. Esta segunda fase de expansão do terminal, cujas obras deverão estar finalizadas em Setembro de 2014, deverá criar 450 postos de trabalho, segundo estimativas da empresa.

Já este ano foi inaugurado um investimento de quase 100 milhões de euros, que quadruplicou a capacidade de movimentação de contentores do porto. E até ao final do ano será finalizada a ampliação do molhe Leste, um investimento de 40 milhões de euros, financiado pelo Estado.


Greves paralisam portos

Os portos nacionais tiveram esta semana praticamente paralisados, com a excepção de Leixões e Sines. A greve total, iniciada na segunda-feira, continuará até dia 1 de Outubro. Em causa estão as paralisações, em dias diferentes, dos pilotos de barra, dos estivadores e dos trabalhadores das administrações portuárias.

Segundo diz Vítor Dias, do Sindicato dos Estivadores, os protestos são contra «a falta de diálogo do Executivo» e contra os planos para «retirar a exclusividade da execução de algumas tarefas» aos trabalhadores portuários.

Dentro da política de austeridade que está a ser aplicada ao país, o Executivo pretendia também fundir a gestão das infra-estruturas portuárias numa ou em duas, uma a Norte e outra a Sul. Contudo, devido à oposição dos agentes do sector, o Governo recuou. A alternativa passa agora pela criação de um organismo que definirá a estratégia dos portos, mantendo cada porto uma administração independente.

SOL
 

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miguelbud

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Re: Sector Portuário
« Responder #133 em: Novembro 23, 2012, 06:46:28 pm »
:shock:  :shock:  :shock:  :shock:

Citar
Nem todos podem ser estivadores, mas muitos gostavam

O gráfico está na página 49 do último Boletim Económico do Banco de Portugal mas não me recordo de o ver citado nos jornais, nas rádios ou nas televisões. Mas é um soco no estômago, pois revela que a nossa "taxa natural de desemprego" já está em cima dos 12 por cento quando se situou na casa dos seis por cento durante toda a década de 1990. De uma forma muito simplista, isto significa que mesmo que Portugal não se encontrasse em recessão e não houvesse necessidade de o Estado seguir uma política de austeridade, o desemprego não desceria da casa dos dois dígitos. Porquê? Porque a nossa economia, mesmo aproveitando toda a capacidade instalada, não geraria empregos suficientes.

Quando olhamos para a linha do gráfico do Banco de Portugal vemos que ela começou a escalada por volta da viragem do século e nunca mais parou de subir. Mesmo quando o desemprego real diminuía, o desemprego natural continuava a aumentar. Mesmo quando não faltou dinheiro (a crédito) para "estimular o crescimento", a nossa economia perdia vigor e capacidade de criar empregos.

Enquanto olhava para aquele gráfico vieram-me à memória as políticas dos países onde o desemprego natural não existia, pois o pleno emprego era garantido por lei e pelo Estado, e foi como se revisitasse as lojas cheias de empregados, mas sem produtos para vender, de Havana, ou as profundezas do Metro de Moscovo, onde velhas empregadas continuam de vigia às escadas rolantes, como se isso fosse necessário. Nesses países os empregos eram eternos, mesmo quando não havia trabalho. Portugal escapou a tempo, a 25 de Novembro de 1975, desse destino, mas não escapou por completo à lógica que sustentou e sustenta a ideia de que há funções e regalias que são para toda a vida. E que desejar adaptar modos de vida e de trabalho a realidades em permanente mutação representa "um recuo civilizacional" ou deriva da "tirania do dinheiro e do lucro". Um bom exemplo disso é o que se passa nos portos portugueses, onde um conflito laboral de inimagináveis contornos ameaça uma das poucas áreas onde a economia portuguesa se tem portado bem, a das exportações.

São apenas 400 trabalhadores (num universo de quase 1300 estivadores) os que têm dado nas vistas, quase sempre pelas más razões. Formalmente enquadrados por sindicatos da CGTP (os sindicatos da UGT chegaram a acordo com o Estado e por isso ninguém quer saber de paralisações em Leixões, Sines ou Viana do Castelo), os estivadores em greve têm tido grande protagonismo nas últimas manifestações quer por causa da sua violência, quer por alguns terem sido fotografados de braço estendido (e não de punho no ar). Vale a pena perceber o que os motiva.

O trabalho nos portos ainda é regulado por uma lei de 1993 - ou seja, com quase 20 anos - que, numa altura de ilusão de rápido crescimento económico, cristalizou regras que fazem com que os trabalhadores deste sector fiquem de fora do regime geral do Código do Trabalho. Por exemplo: de acordo com a legislação laboral, o limite anual das horas extraordinárias é de 250 por ano; nos portos, há trabalhadores que acumulam mais de 1500 horas extra por ano. Como é isso possível, perguntar-se-á? Afinal, isso representa uma média de 30 horas extra por semana, uma brutalidade. Pois é, mas os trabalhadores mais antigos (com contratos anteriores a 1993) não necessitam de trabalhar as oito horas de um turno, basta-lhes trabalhar uma para terem direito ao pagamento integral do turno. Mais: existe um regime de prioridades que obriga os operadores a chamar sempre esses trabalhadores mais antigos (que são também os que têm salários base mais elevados) para todos os turnos.

Há muitas outras anormalidades no regime laboral dos estivadores. Existe, por exemplo, uma "carteira profissional do trabalhador portuário" e ninguém que não a possua pode trabalhar nos portos. A concessão dessas carteiras depende das opiniões dos sindicatos, o que não só limita a liberdade contratual das empresas, como se traduz em inúmeros casos de nepotismo. Apesar de, como dizem, o seu trabalho ser muito duro e arriscado, a verdade é que não faltam nos portos filhos, sobrinhos ou enteados dos estivadores mais velhos. A lei em vigor também classifica como trabalho portuário muitas operações indiferenciadas, fazendo com que só possam ser desempenhadas pelos titulares das raras carteiras profissionais, isto é, por quem beneficia de condições contratuais de excepção que nada justificaria existirem no desempenho das funções mais banais.

O actual Governo está, até por causa do Memorando de Entendimento com a troika, a tentar modificar este estado de coisas. Já assinou acordos com 9 dos 11 sindicatos, mas cerca de um terço dos estivadores resolveu assumir-se como um reencarnação dos irredutíveis gauleses, mesmo que isso prejudique fortemente os portos onde trabalham e o conjunto da economia nacional. Basta ver que um dos portos mais afectados, o de Lisboa, já só contribuiu em Outubro passado com 12 por cento para o total da tonelagem movimentada, sensivelmente metade da contribuição de Leixões. Ao mesmo tempo, grandes empresas exportadoras como a Autoeuropa procuram alternativas fora de Portugal ou recorrendo aos mais onerosos transportes por via terrestre. E tudo isto porquê? Porque os tais irredutíveis gauleses querem manter um regime de excepção que permite aos seus campeões ganharem, graças ao regime das horas extra, mais de 4000 euros mensais.

Numa sociedade de expectativas crescentes, regimes como os que vigoram nalguns portos portugueses correspondiam tão-somente à ideia de que se viveria sempre melhor no futuro. Em sociedades como aquelas em que hoje vivemos, onde as expectativas se inverteram, tais regimes não só cristalizam iniquidades como comprometem o que é decisivo nas economias modernas: a competitividade. Se outros sectores da economia não tivessem, nestes 20 anos, mudado profundamente a sua forma de organização, se os seus trabalhadores tivessem ficado presos a horários, funções e regras do passado, se tudo continuasse, nos regimes laborais, como há duas décadas, poucas empresas teriam sobrevivido. Ou então sobreviviam como as empresas fantasmas e imutáveis de regimes como o cubano e o soviético, com os seus trabalhadores sem trabalho.

A verdade, no entanto, é que a resistência à mudança dos nossos irredutíveis gauleses é muito comum em todos os sectores onde se tem a percepção de que, suceda o que suceder, o futuro ainda vai estando garantido. Ou, pelo menos, que não vão ter de enfrentar a catástrofe de um encerramento, essa perspectiva de tragédia que tanto contribuiu para tornar possíveis mudanças como as da Autoeuropa, a tal empresa onde a capacidade de adaptação a novas normas e novos ritmos foi sempre salvando o essencial, os postos de trabalho. E muitos outros exemplos poderiam ser dados, da indústria do calçado ao negócio bancário.

O que se passou em Portugal é que, em certos sectores mais protegidos da economia - e em especial no Estado e nas empresas públicas -, se manteve, em diferentes graus, o mesmo imobilismo e atavismo dos portos. E foi também por causa da persistência de sectores ou de profissões protegidas que no nosso país foi subindo a tal taxa natural de desemprego do gráfico do Banco de Portugal. É esse desemprego que hoje pressiona as mudanças, e um pouco por todo o tecido económico, mudanças que para muitos são bem mais dramáticas do que as previstas para os trabalhadores portuários. O problema desses muitos é que não têm o poder de choque - e de perturbação de toda a economia - de 400 estivadores.
http://www.publico.pt/opiniao/jornal/ne ... m-25633038
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #134 em: Novembro 26, 2012, 10:30:21 am »
Depois de se terem estreado no Porto de Leixões as cargas de pasta de papel e sucata que antes circulavam em Aveiro e Figueira da Foz, o Porto de Sines pode passar a receber os carros da Autoeuropa, uma grande fatia da produção nacional até agora exportada através de Setúbal. As sucessivas paralisações dos portos de Lisboa, Aveiro, Setúbal e Figueira da Foz estão não só a beneficiar os portos de Sines e de Leixões, como estes estão também a dar tempo ao Governo para que aprove a nova lei do trabalho portuário no Parlamento e, com isso, force o fim das paralisações.

Os números de Outubro que, segundo o PÚBLICO apurou, devem repetir-se em Novembro, mostram um crescimento significativo no movimento de carga nos portos de Sines, que registou um aumento de 7,58 pontos percentuais em relação a 2011, e no de Leixões, que teve uma subida de 1,89 pontos.

Em contrapartida, os resultados mostram um decréscimo nos portos em greve: Aveiro baixou uns ténues 0,1 pontos, Lisboa caiu 5,48 e Setúbal registou uma quebra de 3,9. Apesar de estar em greve, o Porto da Figueira da Foz registou um crescimento residual de 0,27 pontos.

No total, o movimento de cargas nos portos nacionais cresceu 2,7% em Outubro, num contexto em que o peso total de Sines e de Leixões sai reforçado, atingido agora 71,64% da carga movimentada, quando nos meses anteriores às paralisações a sua quota do mercado nacional rondava os 60%.

De acordo com várias fontes, apesar de as transferências de carga de porto a porto representarem maiores custos para as empresas, os portos de Sines e de Leixões estão a conseguir responder ao acréscimo de movimento. No caso do porto de Leixões, o movimento médio mensal de camiões aumentou dos 30 mil para os 40 mil - o melhor mês de que há memória.

Uma parte significativa da transferência de carga está a ser feita essencialmente pelos portos nacionais, embora "a greve possa trazer vantagens aos portos espanhóis", como admitiu ao PÚBLICO João Carvalho, presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos.

PS pode ser decisivo
A eficiência dos dois portos está a facilitar a vida ao Governo, que com a manutenção do nível de exportações ganha tempo até à aprovação do novo regime do trabalho portuário na Assembleia da República. Na próxima quinta-feira, data em que está agendada a votação da proposta de lei, o Governo pode receber ainda uma ajuda de peso: a abstenção do Partido Socialista (PS).

Armadores internacionais e empresas portuguesas têm desenvolvido esforços para sensibilizar o PS para a importância de aprovar um novo regime portuário que termine com as paralisações e aumente a competitividade dos portos. A isto junta-se o facto de a reforma laboral portuária ter sido uma das primeiras exigências da troika - cujo primeiro acordo foi assinado por Sócrates. Do lado oposto, o PS recebe nesta segunda-feira o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, que tem encabeçado a contestação ao documento e que vai apelar ao voto contra dos socialistas.

Depois da aprovação na generalidade, a lei vai descer à comissão de especialidade, onde há espaço para pedidos de audições, o que pode atirar a aprovação final para o início do próximo ano. O diploma terá ainda de ser promulgado pelo Presidente da República e só depois será publicado em Diário da República, o que pode representar novo atraso para a entrada em vigor do diploma.

Forçar o fim da greve
Com a apresentação, em Julho, do projecto de proposta de lei, os caminhos do executivo e dos estivadores divergiram para, até hoje, não se voltarem a encontrar. O Ministério da Economia e do Emprego afirmou ao PÚBLICO que os trabalhadores rejeitaram o diploma "e quaisquer negociações", ao entregarem "um pré-aviso de greve para um período alargado". Ainda assim, refere o ministério, "o Governo aceitou receber um conjunto de propostas dos sindicatos que entraram em greve".

De acordo com Vítor Dias, o presidente do Sndicato dos Estivadores do Centro e Sul, os trabalhadores da Frente Comum entregaram um documento de "cerca de 40 páginas" de propostas para a alteração do documento, ao qual o ministério terá respondido, "em tom de gozo", que o estaria a analisar. Para além do mais, disse Vítor Dias ao PÚBLICO, o ministério só terá aceitado reunir-se, de maneira informal, meses depois de o documento ter sido já aprovado em Conselho de Ministros.

Se o documento de reforma da lei do trabalho nos portos está por detrás do início da contestação, este pode ser também a principal arma do Governo para acabar com as paralisações, à falta da possibilidade de requisição civil.

A par da principal bandeira do Governo, que é a da redução da factura do Estado com os portos em 25 ou 30%, aos estivadores ficarão barradas algumas funções que estes profissionais da estiva desempenham exclusivamente, ainda ao abrigo da lei do trabalho de 1993, o que pode levar a uma maior oferta de postos de trabalho. Por outro lado, o número de horas extraordinárias vai ficar reduzido a 250 por ano - algo que já acontece com os portos de Leixões e Sines. A isto junta-se uma maior flexibilização nos contratos a termo, o que pode potenciar a substituição geracional dos actuais quadros e afastar dos postos cruciais os estivadores que agora paralisam os portos.

Todas estas são razões que levam o Governo a crer que, com a entrada em vigor do novo diploma, possam ser afastados os quadros de profissionais que apelam agora à greve. No entanto, esta intenção é refutada por Vítor Dias e Eduardo Marques, este último presidente do Sindicato de Estivadores de Aveiro, que prometem que os estivadores não vão parar as contestações mesmo com a entrada em vigor da nova lei.

CP com menos comboios
O desvio de tráfego para os portos de Sines e Leixões levou, por exemplo, a CP Carga a realizar mais 13 comboios por semana para aqueles destinos, mas, em contrapartida, a suprimir 39 circulações por semana para Lisboa, Aveiro e Setúbal.

Nos últimos meses, a empresa realizou mais seis comboios de contentores por semana desde o Entroncamento e Bobadela para Sines e mais sete desde a Bobadela para Leixões. Mas a greve dos estivadores levou à supressão de cinco comboios semanais de contentores de Leixões para o porto de Lisboa e 20 comboios de cimento por semana de Souselas (Coimbra) para o porto de Aveiro.

Para Setúbal a empresa deixou de realizar dez comboios de cimento (7 mil toneladas por semana) com origem em Alhandra e dez comboios de produtos siderúrgicos (8 mil toneladas por semana) desde o Seixal. Entre a Bobadela e Setúbal foram também suprimidos dez comboios semanais de contentores.

De Palmela para Setúbal, deixaram também de se realizar algumas composições com automóveis produzidos na Autoeuropa. A empresa continua à procura de soluções alternativas, sendo o porto de Sines a mais provável.


2º Noticia

2012
Exportações a partir do porto de Viana devem crescer entre 8 a 10% neste ano
O porto de Viana do Castelo deverá registar, no final de 2012, um crescimento nas exportações entre os 8 e os 10%, o que significará o segundo ano consecutivo de crescimento de carga para exportação nesta infra-estrutura portuária. Recorde-se que em 2011 o porto movimentou meio milhão de toneladas, com 55% para exportação.

"Termos, de novo, mais exportações do que importações, mantendo sensivelmente os valores do ano passado, é um dado histórico, nunca tinha acontecido", referiu Vasco Cameira, da Administração do Porto de Viana do Castelo, à Lusa.

"Deveremos registar ainda um crescimento na ordem dos 8 a 10% em relação ao ano anterior", acrescentou Vasco Cameira, num evento de promoção daquela infraestrutura em Vila Nova de Cerveira, com empresários da região.

O aumento das exportações de aerogeradores por parte da multinacional alemã Enercon e de papel canelado da Europac, ambas instaladas no concelho de Viana do Castelo, voltam a explicar o crescimento do movimento e da saída de carga.

O administrador sublinhou ainda que "um dos pontos fortes" daquele porto tem sido a "paz social", apesar das greves dos estivadores em vários pontos do país: "Na informação que sai na imprensa o porto de Viana parece que não existe, mas o país é um todo e o sistema portuário também. Quando se diz que não há greve em Sines e em Leixões, deve dizer-se que também não há em Viana".

"Queremos penetrar mais no mercado dos contentores. É difícil, porque temos muita concorrência, mas não é impossível, já que o que temos ainda é pouco", realçou ainda o responsável.