Salario Mínimo Nacional

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pedro

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Salario Mínimo Nacional
« em: Novembro 15, 2005, 09:06:29 pm »
ola a todos.
caros amigos abri este topico para saber as vossas opinioes sobre o aumento de 3% que o governo vai dar?
espero as vossas opinioes? :lol:  :D
 

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Leonidas

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« Responder #1 em: Novembro 16, 2005, 05:11:38 am »
Saudações guerreiras, Pedro.

Pedrão, lanço-te um desafio. O que é que tu achas?  8)  
Vou dar uma ajuda. O salário minimo português é de 374. qualquer coisa

 :Soldado2:
 

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JoseMFernandes

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Re: Salario Mínimo Nacional
« Responder #2 em: Novembro 16, 2005, 11:39:02 am »
Citação de: "pedro"
caros amigos abri este topico para saber as vossas opinioes sobre o aumento de 3% que o governo vai dar?
espero as vossas opinioes? :lol:  :D ),  o governo nao vai dar nada, fez uma lei que actualiza o valor do salario minimo numa proporçao que entende ser viavel a economia poder acompanhar.Se as empresas vao poder cumprir ou superar, isso é outra historia.Se o proprio governo conseguir conter os seus gastos,  nao retirar tantos recursos a economia, e refrear a inflaçao ja seria muito bom(mas desconfio que se estara a pedir demais!).
Obviamente trata-se de um valor infelizmente baixo (demasiado), mas a questao a colocar podera tambem ser:...e seria possivel doutra forma, com outros valores bem mais elevados ?

Nao tenho comigo pois encontro-me em missao externa, os dados referentes a percentagem de trabalhadores que sao abrangidos pelo salario minimo.Penso ser uma ( mesmo que significativa) minoria no conjunto de trabalhadores nacionais, e teria de verificar os sectores economicos mais abrangidos, bem como as zonas geograficas, para uma melhor visao do problema.Mas acredito que dificilmente se poderia avançar muito mais( tenho ideia que a CGTP pretendia um compromisso para fixar como objectivo do governo a elevaçao do valor do SM a 500€ até ao ano 2010, corrijam-me se estiver fazendo confusao) aliàs os aumentos efectivamente reivindicados pelas duas centrais sindicais para o ano que vem eram 1 a 2,5 % superiores ao decidido pelo governo, significativo é certo, mas sem passarem a valores transcendentes.

A razao desta aparente complacencia sindical resulta do facto de saberem que um aumento artificial muito elevado, resultaria a curto prazo senao imediato, em falencias, despedimentos, atraso dos pagamentos...numa altura em que a situaçao economica internacional esta em plena e inquietante mudança.
Outros economistas e observadores diriam, e dizem, que seria melhor para a economia portuguesa debelar ja os seus males, acabando com empresas que subsistem sem viabilidade, geradoras de mais endividamento e desfasadas do mercado.Nao me meto agora nessa discussao, embora se saiba que normalmente para curar ou sarar graves problemas de saude, se torna praticamente impossivel evitar a dor e/ou sofrimento.Mas estamos a falar de pessoas...sao decisoes dificeis, terriveis, impopulares...  mas que talvez por nao serem avançadas  estao a fazer morrer a economia portuguesa.Sera que havia alternativas economicas de recolocaçao profissional ? ou que pelo menos a mais valia resultante dessa transformaçao poderia ajudar a aumentar  a assistencia social dos desempregados e excluidos, assumindo assim esses elevados custos ?
Cruel dilema...

Ainda proposito do assunto aqui introduzido, aproveitarei para perguntar aos meus colegas(sao de todas as nacionalidades europeias) a situaçao nos respectivos paises.Esta manha mesmo actualizei os meus conhecimentos em relaçao a Alemanha, que ainda é (mesmo meio gripado) um dos motores da economia europeia e fiquei a saber que nao existe salario minimo fixado, funcionando a lei do mercado e eventualmente de contratos colectivos.Consequentemente nao existe tao pouco pensao minima.Neste momento, segundo me disseram, e apesar do numero significativo de desempregados alemaes, principalmente na zona leste, existe uma mao de obra abundante, mas temporaria, designadamente na construçao civil e obras publicas, proveniente de paises do leste europeu e ex-republicas russas, especialmente ucranianos e bielorussos.Normalmente trabalham algumas semanas de seguida, voltam aos seus paises de origem e regressam a trabalhar por identico periodo algum tempo depois.E como sao pagos ? pois em média a 2 euros a hora ! 12 a 14 horas por dia, praticamente 7/7 dias.Certo que tem habitaçao (muitas vezes contentores, mesmo que bem equipados) e comida incluida, com seguro de trabalho(mas nao assistencia medica-social). Mas é obviamente muito pouco,...nao podem gastar dinheiro na Alemanha pois face ao custo de vida ficariam obviamente sem nada, mas voltam com essas poupanças para a sua terra onde aparentemente a vida é bem mais barata e alguns meses na Alemanha, mesmo miseravelmente pagos, dao para comprar  uma quintinha, ou apartamento ou montar um pequeno negocio na Ucrania.

Entretanto nestes dias os alemaes 'descobriram' que boa parte das reservas do seu Fundo de Pensoes se 'evaporou'... pois os governos, utilizaram esse dinheiro para financiar a reestruturaçao da antiga zona comunista (autoestradas...) esperando obviamente que o acréscimo economico viesse rapidamente ajudar a repor essas valores.Todos sabemos o que tem acontecido a economia em geral, e agora os germanos estupefactos veem-se perante cofres quase vazios e uma terrivel e dolorosa incerteza sobre as suas pensoes a médio prazo...!!!
Assim vai a vida...

Da para meditar um pouco, e nao sei porque agora pensei em (julgo) Vasco Pulido Valente que por vezes costumava acabar as suas cronicas com  ... "um dia  isto vai acabar mal  !! ".
 

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emarques

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« Responder #3 em: Novembro 16, 2005, 03:21:19 pm »
Isso das reservas dos fundos de pensão e da insegurança para o futuro também é uma grande treta. Um sistema de pensões não pode funcionar como as pessoas geralmente pensam, com o dinheiro de cada um muito guardadinho à espera que se reforme. As pensões são pagas com o dinheiro dos descontos de quem está a trabalhar, e enquanto os descontos forem tão grandes ou maiores que os pagamentos o sistema é perfeitamente sustentado. Qual é a diferença entre a situação antiga na Alemanha e a actual com esta "crise" das reservas? É que a segurança social normalmente teria uma reserva suficiente para funcionar uns meses sem receitas. Em todo e qualquer momento em que a segurança social alemã precisasse de recorrer à reserva para pagar despesa corrente o sistema de pensões estaria em falência e a precisar de revisão.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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JoseMFernandes

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« Responder #4 em: Novembro 16, 2005, 04:55:33 pm »
Caro EMARQUES, a informaçao sobre apropriaçao exagerada de valores do Fundo de Pensoes Alemao pelo governo, e a sua periclitante situaçao foi-me referida por varios colegas alemaes(informaçao cruzada portanto) mas que vale o que vale, e de modo algum me sinto vinculado a ela(o meu alemao nao é muito corrente, e os alemaes nao sabem e detestam falar outra lingua que nao a deles).
Concordo absolutamente consigo  EMARQUES, que os Fundos de Pensao nao funcionam com o 'dinheiro guardado'.Tal como os Bancos, de resto, que embora com severo e elevado fundo de garantia também nao poderiam cobrir os haveres dos seus depositantes, em caso de 'improvavel' falencia.Portanto logico e correcto, e sobretudo verdadeiro para os grandes Fundos de Pensoes estatais ou nao que como voce bem disse, funcionam basicamente com as receitas dos que descontam... nem voce e eu também, talvez se atreve a tanto, mas em certo ponto pode  lembrar  o esquema que os economistas designam de 'porta giratoria',  ja que seria mais inapropriado e incorrecto lembrar o o da nosssa saudosa 'D.Branca'.
Dito isto, os Fundos de Pensoes deveriam  garantir por um lado liquidez imediata para varios meses...e por outro ter uma parte importante de aplicaçoes moveis e imoveis de valor  'firme'',  mobilizaveis a prazo relativamente curto, em numero suficiente para obviar a dificuldades provenientes de crises maiores e mais persistentes, do sistema politico-financeiro.Restariam depois aplicaçoes mais 'ousadas', que aproveitando 'picos' de cotaçao, seriam fonte de generosas mais-valias.Resta saber se num caso extremo e/ou prolongado,como sera que mesmo essa participaçao considerada 'segura' (titulos tesouro, obrigaçoes publicas  estados, fundos imobiliarios...) resistira.

Li ha dias um comentario interessante, mas a que faltavam elementos mais concretos.Tratava-se de um artigo, ou melhor opiniao, de Eugenio Rosa, economista ligado a  CGTP, e que punha em duvida o interesse da transferencia futura de colossais fundos de Pensoes da banca privada portuguesa, para a Caixa Nacional de Pensoes(ou o Estado, em suma).Efectivamente ele punha em duvida o valor real anunciado desses fundos(constituidos em boa parte certamente por uma variedade imensa de titulos e acçoes) e considerava que podia ser mesmo nociva essa transferencia.Sei que nao foi tomada nenhuma medida de momento, e houve até agora alguma retracçao e mesmo negativas sobre a existencia de negociaçoes, mas nao ha duvida que o futuro destes fundos bancarios sera muito interessante de seguir, pois esta ja a passar-se com eles o que provavelmente acontecera gradualmente com os Fundos Publicos, ou seja tem ja neste momento mais beneficiarios que contribuintes.Serao precisos certamente rendimentos excepcionais para cobrir os encargos a médio e longo prazo, pois nao creio que os fundos proprios dos Bancos (como parece ter acontecido com a CGD) possam vir a colmatar duravelmente os 'furos' que aparecerem.

Complemento para informaçao com um extracto de um artigo do PUBLICO do passado sabado, relativo a Espanha, que me parece interessante, embora nao fale da maneira como os seus excedentes estao aplicados, e que seria curioso confrontar com dados correctos do sistema portugues, que parece estar a entrar ja no 'vermelho'.De notar o valor maximo de pensao em Espanha (2000 euros mensais) com o funcionalismo publico e privado no mesmo sistema, e confronta-lo com os valores facilmente obtidos na Funçao Publica portuguesa.Recordo que ao contrario do preconizado por especialistas, o governo portugues preferiu alinhar o valor da pensao maxima pelo salario do PR, com o que certamente satisfaz aquieta uma larga clientela...
 

Citar
O Governo espanhol apresentou aos parceiros sociais um projecto de reforma da Segurança Social cujo principal objectivo é o prolongamento da vida laboral dos contribuintes. As negociações começam na próxima segunda-feira, embora cerca de 70 por cento do texto tenha, antecipadamente, o acordo das partes.
"Esta proposta contém um amplo pacote de medidas que não afectam, apenas, as pensões", disse o Octávio Granado, secretário de Estado da Segurança Social de Espanha. Embora o documento contenha outros aspectos, como o novo regime das pensões de viuvez, Granado voltou a insistir na questão primordial. "O Governo está disposto a ser muito generoso com os empresários", salientou, referindo-se aos que mantenham a actividade laboral dos seus trabalhadores mais antigos. Embora o sistema de Segurança Social espanhol esteja de bom saúde, tendo apresentado superávites nos últimos exercícios orçamentais, quatro de cada dez espanhóis reformam-se antes dos 65 anos e, se tudo continuasse na mesma, em 2015 o sistema seria deficitário.
O objectivo é prolongar a vida laboral segundo a fórmula de "estreitar a relação das contribuições dos trabalhadores com as prestações sociais". Ou seja, garantir a sustentabilidade do sistema. Assim, parte dos 800 milhões de euros anuais que custam as reformas antecipadas serão destinados a incentivos às empresas que mantêm em actividade os seus trabalhadores mais antigos.
Para tanto, todos os contribuintes que tenham chegado aos 65 anos com direito à pensão máxima, cerca de 30.200 euros anuais, desde que tenham contribuído nos últimos 35 anos e continuem em actividade até aos 70, receberão uma pensão em que aumenta o valor percentual por cada um dos últimos cinco anos em que continuam a trabalhar. Actualmente, só os que chegam aos 65 anos com reforma inferior à máxima podem continuar a contribuir até aos 70 anos.
Do mesmo modo, as reformas antecipadas passarão dos 60 para os 65 anos e serão submetidas a penalizações: a meta é atrasar a idade actual de reforma efectiva, que é de 63,7 anos. E, em contrapartida, as bonificações às empresas serão ampliadas caso tenham trabalhadores no activo a partir dos 59 anos de idade.
Este conjunto de medidas é conjugado com outras subordinadas a preocupações sociais. O Executivo de Madrid compromete-se a aumentar progressivamente até ao fim da legislatura - 2008 - as pensões mínimas até 26 por cento face à sua entrada em funções, ou seja, Abril do ano passado. O que representaria um aumento médio de 6,5 pontos por ano.
É também avançada uma nova definição de beneficiários para a pensão de viuvez, contemplando as uniões de facto e, em caso de divórcio prévio ao óbito, garantindo um mínimo de 50 por cento da pensão ao antigo cônjuge. Neste âmbito, será também considerada a dependência económica de cada membro da família. A adequação aos novos tempos sociais está, ainda, presente na concessão de licença da paternidade, após os quatros meses de maternidade. Assim, o pai deixa de necessitar um período mínimo de contribuição para ter direito a uma semana de licença.
Por fim, o projecto governamental espanhol de reforma da Segurança Social, já esboçado na última Primavera e cuja necessidade era sublinhada no plano de competitividade da economia espanhola do ministro Pedro Solbes, propõe alterar a regulação do fundo de reserva das pensões. Algo que, segundo os analistas, só será alcançado se parte deste fundo for investido em rendimento variável e não, como ocorre actualmente, em títulos de dívida pública. Foram prudentes e genéricas as primeiras reacções dos sindicatos ao anúncio do secretário de Estado, Octávio Granado. A UGT e as Comissões Operárias afirmaram que só assinam um acordo que melhore a qualidade do emprego, aumente a coesão social e garanta a competitividade da economia espanhola.



Enfim, espero desculpem a extensao deste 'post',  e  que deixando este tema interessante certamente mas mais especifico, se venham entao a receber outras contribuiçoes relativas ao tema do salario minimo.
« Última modificação: Novembro 16, 2005, 07:41:55 pm por JoseMFernandes »
 

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pedro

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« Responder #5 em: Novembro 16, 2005, 07:35:48 pm »
eu acho que o governo tem que ir com calma e a pouco e pouco ir aumentando o salario minimo eu acho que eles ate 2014 deveriam ter o salario minimo em 620 euros nao e uma coisa do outro mundo.
mas eu acho que as reformas ate 2010 deveriam estar nos 400 euros e por um subsidio extra de por exemplo 100 ate 200 euros de maneira a que o povo viva sem problemas. :lol:
 

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emarques

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« Responder #6 em: Novembro 16, 2005, 07:45:29 pm »
Desculpe se a minha mensagem pareceu muito forte. Só queria dizer que, pelo que sei, os meios de comunicação alemães fizeram bastante barulho por causa do estado das reservas dos fundos de pensões, com isso de por em causa todo o futuro do sistema de pensões, e mais não sei quê, quando a situação que se verifica é mais de poder complicar a vida aos serviços durante uns tempos, mas em geral não comprometerá grandemente o futuro do sistema (ou seja, até pode falhar, mas não é por causa disto).

Quanto aos salários mínimos, em parte subscrevo aquela escola que diz que salários mais altos criam aumentos de procura e fazem crescer a economia. :)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
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TOMKAT

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« Responder #7 em: Novembro 17, 2005, 02:34:31 am »
Os portugueses têm um baixo índece de produtividade por trabalhador.
Os aumentos de produtividade ganhos pela maioria das emprezas ou sectores que praticam vencimentos próximos do salário mínimo nacional
fizeram-no à custa de mais mão-de-obra, normalmente pouco ou nada qualificada, em vez de apostarem na modernização e na racionalização dos seus meios de produção.
Estas emprezas situam-se em sectores muito específicos normalmente sujeitos a forte concorrência interna e externa.
Consequência disso tornaram-se emprezas bastante vulneráveis e pouco concorrênciais, ainda mais após a abertura do mercado europeu aos produtos chineses e indianos onde ainda se praticam ordenados mais baixos.
Um aumento significativo do ordenado mínimo nacional terá como consequência imediata o disparar da taxa de desemprego, pois se a maioria dessas emprezas já luta com dificuldades um súbito aumento dos encargos salariais implicaria a falência da maioria delas.
Os empresários portugueses ligados a estes sectores têm uma larga percentagem da culpa desta situação.
Os políticos que nos têm governado serão talvez os maiores culpados devido à sistemática manutenção de erradas políticas de emprego esgotando as suas ideias para esses sectores na subídiodepedência.
Os trabalhadores serão os menos culpados.

Olhem para a nossa vizinha Espanha.
Comparem o aumento do salário mínimo espanhol com a evolução da taxa desemprego espanhola.
Não se pode ter o melhor de dois mundos: salários elevados e pleno emprego.

Isso é uma utopia que só as organizações sindicais defendem com a
"cassete" que "engoliram" à tantos anos.
Nem reparam que já estamos à anos na era do DVD. :?
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«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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manuel liste

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« Responder #8 em: Novembro 17, 2005, 12:11:35 pm »
Tomkat: es bien cierto lo que comenta. El alto desempleo en España, iniciado a partir de finales de los 70' estuvo intimamente relacionado con la espiral salarios-inflación sufrida con motivo del alza de los precios del petróleo, además del descontrol social que se produjo tras la muerte del dictador Franco.

La tríada salarios-inflación-desempleo existe y funciona, y la historia reciente de España es buena prueba de ello.
 

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TOMKAT

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« Responder #9 em: Novembro 17, 2005, 05:27:17 pm »
Citação de: "manuel liste"
Tomkat: es bien cierto lo que comenta. El alto desempleo en España, iniciado a partir de finales de los 70' estuvo intimamente relacionado con la espiral salarios-inflación sufrida con motivo del alza de los precios del petróleo, además del descontrol social que se produjo tras la muerte del dictador Franco.

La tríada salarios-inflación-desempleo existe y funciona, y la historia reciente de España es buena prueba de ello.


Pois manuel liste...
O que ainda torna a situção dos portugueses mais deprimente é a falta de coragem política dos políticos que nos governam para tomarem medidas que tenham visão estratégica, e não se limitem a medidas imediatistas sem sustentação futura.
É certo que essas medidas não dão votos mas há que pensar a médio e a longo prazo para se conseguirem resultados.

Irrita-me sobremaneira também a miopia das organizações sindicais quando pedem aumentos salariais e não cedem um milimetro quando se fala em liberalizar a lei laboral, como se isso fosse um crime leza-pátria.

Dei o exemplo espanhol para fundamentar a minha ideia...
Já noutro post doutro tópico apontei o exemplo irlandês.
Na Irlanda havia gente a morrer à fome quando nós entramos para a então CEE, tal a situação desatrosa em que os irlandeses se encontravam.
Hoje vejam onde os irlandeses estão em relação aos portugueses.
O segredo deles?
Simples. Liberalização quase total da sua lei laboral (muito inspirada na lei laboral americana) como forma de estimular a criação de novos negócios com a consequente criação de novos empregos e essencialmente captar investimento estrangeiro.
Até na Alemanha, uma economia forte e solidificada, uma das primeiras medidas que se apregoam do novo governo é mexer na lei laborar para a tornar mais flexivel.

Aqui perde-se demasido tempo a olhar e a cobiçar a "carteira do vizinho" sem procurar entender como o vizinho encheu a carteira.

Curioso, ou talvez não, as organizações sindicais têm a sua base (80 %)
no funcionalismo público.
Os restantes 15% estão em emprezas bem consolidadas que já pertenceram ao sector público, ficando os outros 5% para os sindicalistas
profissionais, que já não sabem o que é trabalhar numa empreza há muitos anos.

Outro promenor significativo é só haver greves no sector público.

Há muita falta de coragem e de realismo neste país. :(
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manuel liste

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« Responder #10 em: Novembro 18, 2005, 11:14:13 am »
Eu não sou um profundo conhecedor de seu país, mas considero pouco provável que os problemas econômicos atuais sejam produto de falta de liberalização do mercado laboral.

Quiçá o mais grave seja a falta de competitividade dos produtos manufaturados. Os investimentos industriais procuram a maior rentabilidade, e hoje é mais rentável investir em Europa Oriental do que em Portugal, inclusive para as empresas do seu vizinho peninsular (com exceções).

O turismo também é uma grande fonte de riqueza, mas a concorrência internacional é muito forte. O Caribe ou a China são destinos mais e mais demandados.

Não vou dizer do têxtil algo que não saibam.

A solução à situação não a conheço, mas sempre terá que ir acompanhada de fortes investimentos empresariais.

Em Espanha, o setor financeiro é vital para sustentar o crescimento. Como é em Portugal?
 

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emarques

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« Responder #11 em: Novembro 18, 2005, 03:52:03 pm »
Mais do que liberalizar o mercado laboral, acho que importa cortar a sério em burocracias relacionadas com a criação de empresas. Alguém que queira criar uma empresa neste país tem que andar tempos sem fim a correr de uma repartição para outra para conseguir que ponham o carimbo no papel (qual papel?! o papel). É muito difícil encontrar informação sobre o que é preciso para criar empresas, quase é preciso andar a mendigar informação que deveria mas é estar espalhada por todo o lado.
Ai que eco que há aqui!
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É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
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TOMKAT

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« Responder #12 em: Novembro 18, 2005, 05:28:46 pm »
Citação de: "manuel liste"
Eu não sou um profundo conhecedor de seu país, mas considero pouco provável que os problemas econômicos atuais sejam produto de falta de liberalização do mercado laboral.

Quiçá o mais grave seja a falta de competitividade dos produtos manufaturados.
...
O turismo também é uma grande fonte de riqueza, mas a concorrência internacional é muito forte. O Caribe ou a China são destinos mais e mais demandados.
...

Em Espanha, o setor financeiro é vital para sustentar o crescimento. Como é em Portugal?

manuel liste eu não afirmei que os problemas económicos de Portugal se deviam unicamente a não liberalização da lei laboral.
Este problema é apenas uma "peça" do complicado puzzle que é o tecido produtivo português.
Por norma o português acrescenta pouco valor acrescentado ao que produz. Chega ao rídiculo de produzir produtos de qualidade que vão para o estrangeiro a preços ridiculos onde são etiquetados voltando a aparecer nos mercados a preços elevados e com uma denominação de origem estranha ao país que o prduziu.
Depois outro erro fatal na nossa política económica é a depêndencia da generalidade das empresas portuguesas de pequena ou média dimensão
do mercado interno.
Quando o mercado interno "arrefece" as empresas portuguesas "constipam-se".
Mesmo as, considderadas grandes empresas portuguesas pouco mais longe foram que o mercado europeu.
Poucas conseguiram ultrapassar as fronteira europeias.

Turismo claro que é uma grande fonte de riqueza, mas por estranho que pareça o mercado português não é tão concorrencial como isso.
Sai mais barato uma semana de férias nas Canárias que no Algarve ou Tunisia por exemplo, considerando o binómio preço/qualidade.

Quanto ao sector financeiro português ele próprio está sobre-endividado,
apostando quase exclusivamente no mercado imobiliário como investimento de risco, criando enormes entraves a qualquer empresário
que procure capitas de risco para um possível investimento.

emarques escreveu:
Citar
Mais do que liberalizar o mercado laboral, acho que importa cortar a sério em burocracias relacionadas com a criação de empresas.


Isso já está em prática, das poucas iniciativas de louvar dos últimos anos dos políticos que nos governam.
Neste momento é possível criar uma empresa em poucas horas.
Ainda haverá "arestas" a limar certamente, mas o fundamental foi feito:
desburocratizar.
Mas os reflexos dessa evolução não são imediatos, infelizmente. :(
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emarques

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« Responder #13 em: Novembro 18, 2005, 10:03:00 pm »
Citar
Turismo claro que é uma grande fonte de riqueza, mas por estranho que pareça o mercado português não é tão concorrencial como isso.
Sai mais barato uma semana de férias nas Canárias que no Algarve ou Tunisia por exemplo, considerando o binómio preço/qualidade.

Consegue sair mais barato passar uma semana no Brasil ou na República Dominicana do que no Algarve. E não é só na qualidade/preço, é mesmo custar menos dinheiro voar para lá e ficar uma semana em "Tudo incluído" do que pagar só a estadia no Algarve em pensão completa. :)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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TOMKAT

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« Responder #14 em: Novembro 18, 2005, 10:54:56 pm »
Citação de: "emarques"
Citar
Turismo claro que é uma grande fonte de riqueza, mas por estranho que pareça o mercado português não é tão concorrencial como isso.
Sai mais barato uma semana de férias nas Canárias que no Algarve ou Tunisia por exemplo, considerando o binómio preço/qualidade.
Consegue sair mais barato passar uma semana no Brasil ou na República Dominicana do que no Algarve. E não é só na qualidade/preço, é mesmo custar menos dinheiro voar para lá e ficar uma semana em "Tudo incluído" do que pagar só a estadia no Algarve em pensão completa. :wink:

Quanto ao Brasil, bom no meu post não quiz ir tão longe..."e o Brasil aqui tão perto". :)
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