Portugal Ultramarino

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TOMSK

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« Responder #15 em: Janeiro 30, 2009, 01:12:34 am »
E mais! :G-clever:

"Não pode ter lugar a menor dúvida de que o golpe-revolução de 25 de Abril de 1974 foi o maior desastre que incidiu sobre Portugal nos oito séculos e meio da sua História. Ele não pode deixar de ter sido realizado por quem era de uma pobreza intelectual e cultural confrangedora, ou por quem se motivava e agia perante interesses estrangeiros, ou, ainda, por quem era dotado de uma ingenuidade imensa capaz de considerar credíveis as mais absurdas e obtusas miragens.

Isto porque, este golpe-revolução destruiu, de forma irreversível, a Pátria que era a Portuguesa, esse Prodigioso Conjunto Português de então. Prodigioso na sua textura étnico-social, na sua estrutura pluricontinental, na sua economia florescente, nas suas posições geo-estratégicas excepcionais, na dignidade com que se processava a vida portuguesa, e ainda, prodigioso na posição de grande respeito, que Portugal acabou por conquistar no Mundo Civilizado.

Tal destruição transformou, o que foi a Metrópole Portuguesa, em período áureo de progresso (7,5% de crescimento económico anual), num País pequeno, pequeníssimo, pobre, paupérrimo (próximo de 0% de crescimento económico anual), que sobrevive face a esmolas estrangeiras, e num País onde campeiam a marginalidade e a insegurança, a amoralidade e a corrupção, que se não querem ou sabem combater no bastante.

E destruição que transformou, o que foi o Ultramar Português, particularmente Angola e Moçambique, espectacularmente prósperas (respectivamente, cerca de 15% e 9% de crescimento económico anual), em espaços de tirania, de miséria e fome, de doença, de ódio e guerra, de mutilação e morte, atrasando-os de séculos, no seu percurso para a civilização.

Assim, mantenho como "dogma", que o "25 de Abril" foi a maior catástrofe da História de Portugal."

Kaúlza de Arriaga
 

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Duarte

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« Responder #16 em: Janeiro 30, 2009, 02:38:48 pm »
Citação de: "TOMSK"
E mais! :Palmas:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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Heraklion

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« Responder #17 em: Janeiro 31, 2009, 03:19:37 pm »
:Palmas:  :Palmas:  :Palmas:  :Palmas:  :Palmas:
Nos liberi sumus;
Rex noster liber est;
Manus nostrae nos liberverunt
 

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TOMSK

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« Responder #18 em: Fevereiro 02, 2009, 02:20:10 am »
O Último Dia do Império



"Cidade do Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal"
Era a divisa, atribuída em sinal de reconhecimento pelo Rei D.João IV a Macau, por esta ter mantido sempre hasteada a bandeira portuguesa durante o domínio espanhol da Pátria.

Relembro com saudade e tristeza aquela manhã, em que RTP transmitiu toda a cerimónia da entrega de Macau. As despedidas, o hino, o arrear da bandeira nacional, mas acima de tudo, as lágrimas do último Governador da última filha do Império Português, quando recebeu a nossa bandeira dobrada, e a colocou junto ao coração.

Depois disso, Rocha Vieira esboçou um último olhar ao Escudo Português presente no alto do edificío governamental. Com claro pesar no rosto, o Governador entrou no carro que o levaria de volta à Pátria, mãe de Macau.
A seguir, acabou. Mais de 400 anos de presença portuguesa desvaneceram-se numa manhã...

Os vídeos da cerimónia.
É sempre com pesar que relembro estas imagens...
 :cry:
http://www.youtube.com/watch?v=YGc-iTxwa1w

http://www.youtube.com/watch?v=J0wpq1brZVY

http://www.youtube.com/watch?v=ZE7iee4y5A0
 

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Daniel

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« Responder #19 em: Fevereiro 02, 2009, 10:00:17 am »
Ao ver a descida da nossa bandeira, e o nosso hino, só deu pra chorar, emocionate. :cry:
 

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Xô Valente

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« Responder #20 em: Fevereiro 02, 2009, 10:38:10 am »
Eu fico triste ao ver o que tínhamos e o que temos. Fico triste ao ver a minha amada Pátria a ser maltratada. :cry:
 Isto tem de mudar, e para melhor... :roll:
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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jmosimoes

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« Responder #21 em: Fevereiro 02, 2009, 09:41:06 pm »
Isto que se passa desde o 25 para cá é o resultado, de sermos muito pacientes com certas tribos que democráticamente vão entregando a pátria a retalho.
DEUS FEZ OS HOMENS SAMUEL COLT TORNOU-OS IGUAIS
BEM DA TRISTE E POBRE NAÇÃO  E DA CORRUPTA DEMOCRACIA
 

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Heraklion

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« Responder #22 em: Fevereiro 17, 2009, 06:12:35 pm »
É triste ver este video.
A morte de um Império.... :(  :(
Viva o (futuro) Império Português!
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TOMSK

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« Responder #23 em: Fevereiro 23, 2009, 11:52:57 pm »
---------------------O FIM DO ULTRAMAR PORTUGUÊS-------------------

-----------------------------ERRO E TRAIÇÃO------------------------

 Abril de 1994
Kaúlza de Arriaga


 A DESCOLONIZAÇÃO

SÍNTESE

 A chamada descolonização do Ultramar Português, realizada logo após o "25 de Abril", foi, na sua essência, um erro, diria um erro maior, e , no relativo à Pátria Portuguesa, que era, e às populações portuguesas metropolitanas e ultramarinas, que o eram, uma traição, diria, uma alta traição.

-I. O ERRO
 
O erro maior, resulta de duas realidades que, na ocasião, dominavam a conjuntura – o grau de desenvolvimento das populações ultramarinas e a situação internacional.

As Populações
A primeira realidade contém a verdade, verdade importante, das populações ultramarinas da época, não só não terem o menor sentimento nacional próprio, mas apenas sentimentos fortemente tribais, como terem por única ligação consistente, entre si, a sua qualidade portuguesa.

Também, nesta realidade, se contém outra verdade, esta certamente decisiva. As mesmas populações usufruiam de um esforço imenso que se fazia, nos anos 60 e começo dos anos 70, no sentido da sua promoção em geral e especialmente nos planos da educação, civismo, saúde, nível de vida e desempenho de cargos políticos, este sempre que a qualidade o aconselhava. Mas, mesmo assim, essas populações não possuíam, ainda, características que lhes permitissem autodeterminações minimamente autênticas e governações, se disso fosse o caso, minimamente capazes. As autodeterminações seriam forçosamente uma obtusidade e, no caso das independências, estas seriam fatalmente o caos.

Como, de resto, sucedeu factualmente e por forma trágica. Aqui há que afirmar, com nitidez e desmentindo frontalmente quem, por ignorância ou má fé, propagandeie o contrário, que se mais cedo tivesse sido feita a descolonização, mais generalizado e profundo teria sido o caos.

Dentro de cerca de três décadas, a partir de 1960, isto é, nos anos 90, e se continuasse o esforço de promoção referido, talvez, sim, as populações, principalmente as de Angola e Moçambique, tivessem atingido um grau de desenvolvimento permissivo de autodeterminações autênticas no bastante e de governações, se fosse esse o caso, suficientemente capazes.

A não consideração das verdades acabadas de expôr foi o erro.

A Situação Internacional

A segunda realidade dizia respeito à situação internacional então vivida, mas vivida intensamente. Era a confrontação Leste-Oeste no seu auge, que, na estratégia indirecta da URSS e durante algum tempo também da China Continental, continha, como grande objectivo, a conquista do controle da África Austral, fonte importantíssima de minérios essenciais à vida normal do Ocidente e ao seu esforço militar, e base de possíveis intervenções no fluxo do petróleo, não menos essencial, que vindo do Golfo Pérsico, abastecia a Europa e mesmo os EUA. Esse controle era, até então e na ocasião, exercido pelo Ocidente, através de Portugal - Angola e Moçambique - , da República da África do Sul e da Rodésia.

Nesse sentido da conquista do controle da África Austral e independentemente de um curto período em que os EUA - administração Kennedy - paternizaram uma infeliz intervenção no Noroeste de Angola, a URSS e a China Continental transformaram, em seus tele-satélites, os países fronteiriços a Norte da África Austral, os, hoje, Congo, Zaire, Zâmbia e Tanzânia. E, a partir destes países, lançaram-se na promoção, apoio e condução de ofensivas subversivas em Angola e Moçambique, com a finalidade de atacarem a África do Sul e o que, hoje, é a Namíbia, e conseguirem o seu objectivo anti-ocidental – o referido controle da África Austral.

Deste modo, qualquer autodeterminação ou independência de Angola ou Moçambique teria, como consequência imediata e inexorável, o seu domínio pela URSS e pela China Continental.

Como, de resto, sucedeu factualmente e por forma dramática em relação à URSS, dada a desistência da China Continental. Aqui, há, igualmente, que afirmar, com nitidez e desmentindo frontalmente quem, por ignorância ou má fé, apregoe o contrário, que se mais cedo tivesse sido a descolonização, mais depressa se teria verificado esse domínio de Angola e Moçambique pela URSS.

Dever-se-ia, em Angola e Moçambique, aproveitando e reforçando a paralização da guerra, verificada por impossibilidade do MPLA e da FRELIMO, isto é, o sucesso português em termos de contra-subversão, ter esperado pelo fim da URSS, o que teve lugar em 1991 e que era, mais década menos década, previsível, como eu próprio o previ, em conferência pública, proferida em 1966, no então Secretariado Nacional de Informação. E ter esperado, também, pela desistência da China Continental, o que teve lugar mais cedo.

A não consideração da realidade acabada de expôr foi mesmo erro maior.

 
II. A TRAIÇÃO

A Pátria é uma entidade estrutural, mais espiritual do que física, indiscutível e perene, e que se sobrepõe às diversas e sucessivas situações conjunturais nacionais que se vão vivendo.

E há Pátrias com vocação para gerarem outras Pátrias. É o caso de Portugal. Porém, isso só, exclusivamente, quando as Pátrias em gestação tenham já possibilidades factuais de realmente o serem, quer no relativo a sentimentos nacionais, quer no relativo ao seu desenvolvimento e quer no relativo ao seu enquadramento político internacional. E isso, também, só, exclusivamente, quando as populações da Pátria mãe, na execução da sua vocação, e as populações das Pátrias em gestação, o expressarem conscientemente, maioritariamente e empenhadamente.

Sempre que alguém pretenda afectar a estrutura da Pátria, no seu espírito ou no seu âmbito físico, sem que as populações interessadas se tenham expressado, como se disse, em consciência, maioritáriamente e com empenho, esse alguém está a praticar ou a tentar praticar um acto de traição ou de alta traição.

No caso do Conjunto Português, vigente em 1974, além de se não verificarem, como já se considerou, as condições citadas relativas a sentimentos nacionais próprios, ao desenvolvimento e ao enquadramento político internacional, as populações não expressaram minimamente qualquer desejo de que se formassem novas Pátrias. Isto, no referente às populações metropolitanas, com excepção de alguns, muito poucos: medíocres em demasia, ou cegos pelo ódio político; ou, ainda, servidores de interesses estrangeiros. E, no referente às populações ultramarinas, com excepção talvez em parte das da Guiné e de algumas pequenas parcelas de etnias de Angola e Moçambique, cujo "habitat" se situava de um e de outro lado das fronteiras com países tele-satélites da URSS e da China Continental, onde eram sujeitas a intensas lavagens cerebrais, verdadeiras intoxicações políticas. Assim, a esmagadora maioria das populações interessadas considerava-se bem, muito bem, na sua condição portuguesa.

E a descolonização em causa, efectivada, traiu a Pátria Portuguesa e traiu aquelas populações. A descolonização foi, pois, uma traição. O grau de traição elevou-se quando essa descolonização apenas consistiu na entrega, que se lhe sabia inerente e, deste modo, premeditada, dos territórios em causa à URSS. A descolonização foi mesmo alta traição.


III. OS ANOS 90

Se o "25 de Abril" não tivesse feito desaparecer os estadistas do Poder em Portugal, não teria tido lugar a descolonização efectivada e ter-se-ia esperado pelos Anos 90, nos quais se poderia oferecer a autodeterminação às populações de Angola e Moçambique, com a certeza de que, se tivesse continuado o esforço de sua promoção exercido nos anos 60 e começo dos anos 70, estas saberiam tomar as opções certas e de que não haveria intervenção alguma da URSS e da China Continental.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe poderiam ser Regiões Autónomas Portuguesas, segundo o modelo da Madeira e dos Açores.

Idêntica solução talvez fosse de encarar para Timor e Macau.
 

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TOMSK

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« Responder #24 em: Fevereiro 26, 2009, 01:12:02 am »
Citar
Dr. Mário Soares "Desapareça"



No que diz respeito ao Ultramar português, Mário Soares esforçou-se de forma empenhada para que o processo se passasse como se passou. Contrariamente ao que diz e à fama que se auto-atribui.

Em tempos de PREC, o dr. Soares cativava inocentes com promessas de consultas populares, a serem feitas cá, e lá, mas a verdadeira intenção era não perguntar nada a ninguém e entregar todo o nosso território ultramarino a elementos directissimamente ligados ao estalinismo soviético. Soares executou, objectivando-o, um desiderato do Partido Comunista. É assim deste personagem a responsabilidade pelo que considero ter sido, e ser ainda, a maior catástrofe nacional a destruição, traiçoeira e vil, de um ideal eminentemente português e a sequente, horrorosa e previsível mortandade que se seguiu.

A gravidade deste horror indescritível vem ainda do facto de nunca ninguém ter investido Soares de poderes para dispor de território nacional. Nem mesmo isso seria jamais possível, por muito que invoque a legalidade revolucionária (que substancialmente não foi legalidade alguma, por se ter traduzido naquilo em que se traduziu destruição de Portugal). A partir daqui, o que se passou é da enorme responsabilidade de uma pessoa imputável há 81 anos e que dá pelo nome de Mário Soares. A "descolonização exemplar" foi "exemplarmente" criminosa, e é imperdoável, tendo em vista a sua enorme gravidade.

Na nossa entrada na CEE o género continua. Depois de consultar técnicos, por si escolhidos, e aqueles o terem esclarecido de que não seria naquela altura, nem por aquele processo, que deveríamos entrar na então CEE, Soares, à revelia de tudo e de todos, comprometeu-se com Bruxelas e "implorou" que nos aceitassem. Segue-se a cedência de tudo a todos e o desprezo olímpico pelos pareceres que iam no sentido oposto.

Para defesa do indefensável, Soares não se cansa de nos tentar convencer de que não haveria alternativas. Só que havia. E várias. A que escolheu era a pior. Todas eram melhores, incluindo a entrada na CEE, mas bem negociada.

Soares, com o maior dos desaforos tem assumido atitudes quase majestáticas, como se tudo lhe fosse devido, reivindicando "direitos" que o têm colocado em ridículos patamares, como que a cobrar-se por uma resistência que está longe de ser a tal desgraça de que se queixa. Só que o que se deveria passar seria exactamente o contrário. Por razões de gravidade infinitamente menor das que vêm descritas em documentação vastíssima, e não desmentida, como na de Rui Mateus, entre outra, e pelo que está gravado na memória de centenas de milhares de espoliados do Ultramar, até o Ministério Público já, de alguma forma, se pronunciou. Havendo mesmo um notável parecer do prof. Cavaleiro Ferreira, eminente penalista, que por completo esclarece a situação. Mas o Dr. Soares, estranha, presumida e humilhantemente para todos, arroga- -se o direito de ter direitos que ninguém mais tem.

Mário Soares está ainda longe de ter sido o responsável, como se diz, por vivermos neste simulacro de democracia. O que se passou foi que, no segundo 1.º de Maio depois de 74, quando Soares se pretendia juntar aos comunistas, foi por estes rejeitado. Só mais tarde, e por ter percebido que se não se afastasse do PC teria a sorte que tiveram as dezenas de centros regionais daquele partido, que foi terem ido pelo ar na sequência de reacções populares, aproveitou para inventar o chamado socialismo democrático, que nunca ninguém percebeu muito bem o que é, mas que é do que tem vivido até agora.

Soares, como governante, foi ainda pouco menos que uma nulidade. Nos Governos Provisórios foi o desastre que se sabe. Em 1978 foi demitido pelo gen. Eanes por má governação. Em 1983-85 frustrou completamente os acordos de coligação com o PSD, que permitiriam a Portugal desenvolver-se e modernizar a economia. Em 1983-85, com Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo e com empréstimos do FMI. Tudo por culpa da teimosia do dr. Soares que, obstinadamente, se recusava a rever a Constituição que permitiria uma liberalização da nossa economia. Facto este que estava previsto nos acordos de coligação entre o PS e o PSD em 1983. O radicalismo de esquerda, no Verão Quente, foi, mais uma vez, bem mais da responsabilidade de Mário Soares do que do PC, realidade que está na base do estado actual de Portugal.

Por todas estas, e por muitas outras razões, Mário Soares é a figura política que mais e mais gravemente prejudicou Portugal em toda a sua existência. Outros terão tentado, como Afonso Costa, mas, graças a Deus, não conseguiram. Mário Soares conseguiu. Assim, e usando a expressão que ele próprio usou com um GNR que o servia, exijo-lhe dr. Mário Soares deixe-nos em paz. Desapareça.

jmportugal@hotmail.com
 

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dannymu

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« Responder #25 em: Fevereiro 27, 2009, 01:45:05 pm »
Citação de: "TOMSK"
---------------------O FIM DO ULTRAMAR PORTUGUÊS-------------------

-----------------------------ERRO E TRAIÇÃO------------------------

 Abril de 1994
Kaúlza de Arriaga


 A DESCOLONIZAÇÃO

SÍNTESE

 A chamada descolonização do Ultramar Português, realizada logo após o "25 de Abril", foi, na sua essência, um erro, diria um erro maior, e , no relativo à Pátria Portuguesa, que era, e às populações portuguesas metropolitanas e ultramarinas, que o eram, uma traição, diria, uma alta traição.

-I. O ERRO
 
O erro maior, resulta de duas realidades que, na ocasião, dominavam a conjuntura – o grau de desenvolvimento das populações ultramarinas e a situação internacional.

As Populações
A primeira realidade contém a verdade, verdade importante, das populações ultramarinas da época, não só não terem o menor sentimento nacional próprio, mas apenas sentimentos fortemente tribais, como terem por única ligação consistente, entre si, a sua qualidade portuguesa.

Também, nesta realidade, se contém outra verdade, esta certamente decisiva. As mesmas populações usufruiam de um esforço imenso que se fazia, nos anos 60 e começo dos anos 70, no sentido da sua promoção em geral e especialmente nos planos da educação, civismo, saúde, nível de vida e desempenho de cargos políticos, este sempre que a qualidade o aconselhava. Mas, mesmo assim, essas populações não possuíam, ainda, características que lhes permitissem autodeterminações minimamente autênticas e governações, se disso fosse o caso, minimamente capazes. As autodeterminações seriam forçosamente uma obtusidade e, no caso das independências, estas seriam fatalmente o caos.

Como, de resto, sucedeu factualmente e por forma trágica. Aqui há que afirmar, com nitidez e desmentindo frontalmente quem, por ignorância ou má fé, propagandeie o contrário, que se mais cedo tivesse sido feita a descolonização, mais generalizado e profundo teria sido o caos.

Dentro de cerca de três décadas, a partir de 1960, isto é, nos anos 90, e se continuasse o esforço de promoção referido, talvez, sim, as populações, principalmente as de Angola e Moçambique, tivessem atingido um grau de desenvolvimento permissivo de autodeterminações autênticas no bastante e de governações, se fosse esse o caso, suficientemente capazes.

A não consideração das verdades acabadas de expôr foi o erro.

A Situação Internacional

A segunda realidade dizia respeito à situação internacional então vivida, mas vivida intensamente. Era a confrontação Leste-Oeste no seu auge, que, na estratégia indirecta da URSS e durante algum tempo também da China Continental, continha, como grande objectivo, a conquista do controle da África Austral, fonte importantíssima de minérios essenciais à vida normal do Ocidente e ao seu esforço militar, e base de possíveis intervenções no fluxo do petróleo, não menos essencial, que vindo do Golfo Pérsico, abastecia a Europa e mesmo os EUA. Esse controle era, até então e na ocasião, exercido pelo Ocidente, através de Portugal - Angola e Moçambique - , da República da África do Sul e da Rodésia.

Nesse sentido da conquista do controle da África Austral e independentemente de um curto período em que os EUA - administração Kennedy - paternizaram uma infeliz intervenção no Noroeste de Angola, a URSS e a China Continental transformaram, em seus tele-satélites, os países fronteiriços a Norte da África Austral, os, hoje, Congo, Zaire, Zâmbia e Tanzânia. E, a partir destes países, lançaram-se na promoção, apoio e condução de ofensivas subversivas em Angola e Moçambique, com a finalidade de atacarem a África do Sul e o que, hoje, é a Namíbia, e conseguirem o seu objectivo anti-ocidental – o referido controle da África Austral.

Deste modo, qualquer autodeterminação ou independência de Angola ou Moçambique teria, como consequência imediata e inexorável, o seu domínio pela URSS e pela China Continental.

Como, de resto, sucedeu factualmente e por forma dramática em relação à URSS, dada a desistência da China Continental. Aqui, há, igualmente, que afirmar, com nitidez e desmentindo frontalmente quem, por ignorância ou má fé, apregoe o contrário, que se mais cedo tivesse sido a descolonização, mais depressa se teria verificado esse domínio de Angola e Moçambique pela URSS.

Dever-se-ia, em Angola e Moçambique, aproveitando e reforçando a paralização da guerra, verificada por impossibilidade do MPLA e da FRELIMO, isto é, o sucesso português em termos de contra-subversão, ter esperado pelo fim da URSS, o que teve lugar em 1991 e que era, mais década menos década, previsível, como eu próprio o previ, em conferência pública, proferida em 1966, no então Secretariado Nacional de Informação. E ter esperado, também, pela desistência da China Continental, o que teve lugar mais cedo.

A não consideração da realidade acabada de expôr foi mesmo erro maior.

 
II. A TRAIÇÃO

A Pátria é uma entidade estrutural, mais espiritual do que física, indiscutível e perene, e que se sobrepõe às diversas e sucessivas situações conjunturais nacionais que se vão vivendo.

E há Pátrias com vocação para gerarem outras Pátrias. É o caso de Portugal. Porém, isso só, exclusivamente, quando as Pátrias em gestação tenham já possibilidades factuais de realmente o serem, quer no relativo a sentimentos nacionais, quer no relativo ao seu desenvolvimento e quer no relativo ao seu enquadramento político internacional. E isso, também, só, exclusivamente, quando as populações da Pátria mãe, na execução da sua vocação, e as populações das Pátrias em gestação, o expressarem conscientemente, maioritariamente e empenhadamente.

Sempre que alguém pretenda afectar a estrutura da Pátria, no seu espírito ou no seu âmbito físico, sem que as populações interessadas se tenham expressado, como se disse, em consciência, maioritáriamente e com empenho, esse alguém está a praticar ou a tentar praticar um acto de traição ou de alta traição.

No caso do Conjunto Português, vigente em 1974, além de se não verificarem, como já se considerou, as condições citadas relativas a sentimentos nacionais próprios, ao desenvolvimento e ao enquadramento político internacional, as populações não expressaram minimamente qualquer desejo de que se formassem novas Pátrias. Isto, no referente às populações metropolitanas, com excepção de alguns, muito poucos: medíocres em demasia, ou cegos pelo ódio político; ou, ainda, servidores de interesses estrangeiros. E, no referente às populações ultramarinas, com excepção talvez em parte das da Guiné e de algumas pequenas parcelas de etnias de Angola e Moçambique, cujo "habitat" se situava de um e de outro lado das fronteiras com países tele-satélites da URSS e da China Continental, onde eram sujeitas a intensas lavagens cerebrais, verdadeiras intoxicações políticas. Assim, a esmagadora maioria das populações interessadas considerava-se bem, muito bem, na sua condição portuguesa.

E a descolonização em causa, efectivada, traiu a Pátria Portuguesa e traiu aquelas populações. A descolonização foi, pois, uma traição. O grau de traição elevou-se quando essa descolonização apenas consistiu na entrega, que se lhe sabia inerente e, deste modo, premeditada, dos territórios em causa à URSS. A descolonização foi mesmo alta traição.


III. OS ANOS 90

Se o "25 de Abril" não tivesse feito desaparecer os estadistas do Poder em Portugal, não teria tido lugar a descolonização efectivada e ter-se-ia esperado pelos Anos 90, nos quais se poderia oferecer a autodeterminação às populações de Angola e Moçambique, com a certeza de que, se tivesse continuado o esforço de sua promoção exercido nos anos 60 e começo dos anos 70, estas saberiam tomar as opções certas e de que não haveria intervenção alguma da URSS e da China Continental.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe poderiam ser Regiões Autónomas Portuguesas, segundo o modelo da Madeira e dos Açores.

Idêntica solução talvez fosse de encarar para Timor e Macau.


Não conheço muito bem as ideias políticas do Kaúlza de Arriaga mas tenho que admitir que a história de Angola, Moçambique e de outras ex-colónias africanas desde a descolonização, está a a dar razão a esse artigo. Se não fosse a interferência dos comunistas, Angola e Moçambique não teriamse tornado nos países pobres e sub-desenvolvidos que hoje são. Mas talvez acha esperança de esses dois países desenvolverem-se, pois agora muitos Portugueses bem qualificados estão a ir viver nesses países e a dar empregi e educação de jeito aos seus cidadãos.
 

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legionario

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« Responder #26 em: Fevereiro 28, 2009, 08:18:53 pm »
Falava-se nesse tempo dum Portugal pluricontinental e multiracial, por este ideal morreram muitos portugueses numa guerra que nao começou em 1961 mas sim em 1415 com a conquista de Ceuta.
No periodo da  guerra do ultramar (1961-1975) morreram 8000 soldados portugueses por esta ideia. Mas regressados os nossos soldados à metropole, quantos milhoes de vitimas isso nao provocou ? so em Timor foram cerca de 300 000 civis massacrados por nossa culpa...e em Angola ? e  em Moçambique ?
Na minha opiniao, Portugal perdeu porque foi fraco, nao ha mais desculpas senao isto. Outros paises tomaram-nos o lugar, e agora nada mais nos resta que a evocaçao das glorias passadas... e as glorias do futebol :)
 

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TOMSK

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« Responder #27 em: Fevereiro 28, 2009, 08:43:01 pm »
Citação de: "legionario"
Falava-se nesse tempo dum Portugal pluricontinental e multiracial, por este ideal morreram muitos portugueses numa guerra que nao começou em 1961 mas sim em 1415 com a conquista de Ceuta.
No periodo da  guerra do ultramar (1961-1975) morreram 8000 soldados portugueses por esta ideia. Mas regressados os nossos soldados à metropole, quantos milhoes de vitimas isso nao provocou ? so em Timor foram cerca de 300 000 civis massacrados por nossa culpa...e em Angola ? e  em Moçambique ?
Na minha opiniao, Portugal perdeu porque foi fraco, nao ha mais desculpas senao isto. Outros paises tomaram-nos o lugar, e agora nada mais nos resta que a evocaçao das glorias passadas... e as glorias do futebol :cry: :evil:
 

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« Responder #28 em: Fevereiro 28, 2009, 11:42:00 pm »
Citação de: "Heraklion"
É triste ver este video.
A morte de um Império.... :(  :) ?
aproveita as termas da tua terra para descansares amigo  :lol:  :lol:
 

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Heraklion

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« Responder #29 em: Março 01, 2009, 03:03:26 am »
Sou um optimista!! :D  :D  :D
De facto enquanto existirmos teremos sempre oportunidade de mostrar ao mundo do que somos feitos e de fazermos novamente grandes feitos!!
Enquanto houver Portugal haverá Império, e enquanto houver Império este poderá expandir-se pelo mundo, lembrando a todos o poder lusitano!
Claro que não digo que amanhã faremos um excursão a Angola e conquistamos aquilo, mas quem sabe? O futuro só a Deus pertence....
Nos liberi sumus;
Rex noster liber est;
Manus nostrae nos liberverunt