os nossos politicos não se sabem impor pelas causas de Portugal, por isso sempre lembramos a salazar, na suas palavras, que Portugal não estava a venda, para estes novos politicos é tudo ao contrario,
Eu gostaria de lembrar que quem autorizou os americanos a ir para os Açores foi... Adivinhem...
Oliveira Salazar.
As razões também são conhecidas, mas não podemos fazer acusações vãs. A realidade geoestratégica é a que é e nós não temos como modifica-la com facilidade.
EUA usam as Lajes como bem entendem
Sobre esta afirmação, gostaria de alertar para o facto de ela estar incorrecta e retirada do contexto.
Eu não li essa biografia do embaixador Hall Themido, mas li o livro dele «10 anos em Washington» em que refere a experiência dele durante o período final da ditadura até à vitória de Sá Carneiro nas eleições.
O embaixador faz referência à crise de 1973, em que os egípcios e os sírios atacaram Israel de surpresa, na que ficou conhecida como «guerra do Yom Kippur».
As notícias em Israel tornavam-se dramáticas e nos primeiros dias dos combates os comandantes israelitas chegaram a achar que a guerra estava definitivamente perdida.
Naturalmente que isso implicou que Israel lançasse mão de toda a sua capacidade de pressão sobre os Estados Unidos para que os ajudassem.
Na altura, Portugal encontrava-se em negociações com os americanos para tentar adquirir equipamentos que os embargos de armamentos não permitiam que fossem fornecidos a Portugal.
Marcelo Caetano, tentou aproveitar a situação, para exigir que os americanos fornecessem os mísseis anti-aéreos Redeye, que se julgava serem necessários para utilização na Guiné, onde o governo da Guiné Konakri tinha recebido aviões MiG-21, que Portugal não tinha como enfrentar.
Mas o governo português queria compromissos firmes e escritos por parte dos americanos, coisa que eles não podiam fazer e mesmo que pudessem não tinham tempo para fazer, enquanto os tanques egípcios avançavam no deserto.
Os americanos, foram - como é aliás normal - muito pouco diplomáticos e avisaram Marcelo Caetano de que não era hora para estar com negociações. Ficou claro na mensagem de Nixon, que os Estados Unidos utilizariam a base com ou sem autorização portuguesa.
Ficou também implícita a ideia de que ou Portugal autorizava a passagem dos aviões ou Washington cessaria qualquer tipo de apoio ao governo português, nomeadamente ao nível da ONU.
O embaixador Hall Themido, criticou a resposta de Marcelo Caetano, que foi contemporizadora, afirmando que Portugal aceitava que os americanos utilizassem a base, para evitar outros problemas.
Achou o embaixador que Caetano não deveria ter referido as supostas ameaças dos americanos.
=======================================
É no entanto como resultado desta pressão americana, que é encontrada uma forma de fornecer a Portugal os mísseis anti-aéreos.
Esses mísseis foram fornecidos a Israel, que posteriormente conforme acordado os forneceria a Portugal, mais ou menos pela porta-do-cavalo.
Quando ocorreu o 25 de Abril de 1974, os mísseis estavam a caminho, encontrando-se numa base na Alemanha.
=======================================
Não sei se o embaixador tem mais alguma razão para afirmar que os americanos fazem o que querem.
Mas pelo que o próprio embaixador escreveu no seu livro acima referido, parece-me que se refere ao que aconteceu há 35 anos atrás e não à situação actual.