Exportações e Importações Portuguesas

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Lusitano89

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #135 em: Agosto 08, 2014, 02:57:14 pm »
Exportações aumentam em Junho, mas ficam abaixo das importações


As exportações aumentaram 8% em Junho, depois de três meses consecutivos a cair, mas ficaram mesmo assim abaixo das importações, que tiveram um acréscimo de 9,6%, indicam as estatísticas do comércio internacional.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a recuperação das exportações resultou da evolução registada na venda de bens no espaço comunitário, que subiu 8,8%, para 3.047 milhões de euros, destacando-se as categorias de combustíveis minerais, vestuário e máquinas e aparelhos.

O comércio extra-União Europeia (UE) cresceu 5,9%, para 1.197 milhões de euros, devido essencialmente aos combustíveis minerais e veículos e outro material de transporte, nomeadamente automóveis.

No que respeita às importações, registou-se um aumento de 6,6% na compra de bens a países da UE (num total de 3.596 milhões de euros), designadamente veículos e máquinas, e de 18% a países extra-UE, alcançando 1.438 milhões de euros, em resultado da aquisição de combustíveis minerais, bem como veículos e outro material de transporte, em especial aviões e outros veículos aéreos.

Em termos mensais, em Junho de 2014, as exportações aumentaram 3,8% face ao mês anterior, enquanto as importações progrediram 1,4%.

No total, ente Janeiro e Junho, o valor das exportações atingiu 43.379 milhões de euros, cerca do dobro das importações (23.923 milhões de euros).

No segundo trimestre de 2014, as exportações diminuíram 0,4%, enquanto a compra de bens ao estrangeiro aumentou 1,3%, face ao período homólogo, reflectindo-se num aumento de 236,2 milhões de euros do défice da balança comercial.

Para a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o "dinamismo" de Junho contribuiu "para inverter a tendência descendente em termos acumulados que se verificava desde Fevereiro", e aproximou "o resultado acumulado no ano à perspectivam de uma subida anual de 1,2% das exportações de bens em 2014".

A AICEP acrescenta, em comunicado, que, em 2014, as exportações totais (de bens e serviços) deverão registar "uma evolução positiva, mas com um abrandamento do crescimento dentro do que tem sido projectado pelas instituições especialistas na matéria, quer interna, quer externamente (como o Banco de Portugal, a Comissão Europeia ou a OCDE, por exemplo)".

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #136 em: Setembro 11, 2014, 04:20:26 pm »
Exportações de mobiliário e colchoaria sobem 12% até Julho para 820 milhões de €€€


As exportações portuguesas de mobiliário e colchoaria aumentaram 12% até julho, em termos homólogos, para 820 milhões de euros, evidenciando que "o setor é cada vez mais uma certeza nos planos de negócio das empresas", divulgou hoje a APIMA.

Em comunicado, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) destaca o crescimento de 4% do mercado francês, principal destino das exportações portuguesas do setor, para onde as vendas até julho somaram 220 milhões de euros, equivalentes a uma quota de 29% do total de exportações do período. Já Espanha cresceu 8% em termos homólogos, atingindo um volume de vendas de 214 milhões de euros e mantendo a segunda posição no 'ranking' dos parceiros comerciais, com uma quota de 27%.

Angola ocupa a terceira posição, com uma quota de 11% das exportações e um crescimento homólogo de 5%, sendo ainda salientado pela APIMA o crescimento homólogo de 153% no Reino Unido, que o posiciona no quinto lugar na lista dos principais mercados. De janeiro a julho, as importações de mobiliário e colchoaria recuaram 12% face a igual período do ano passado, fixando-se nos 337 milhões de euros, o que acentuou o já excedentário saldo da balança comercial do setor, para 482 milhões de euros, a que corresponde uma taxa de cobertura de 243%.

Salientando que o setor do mobiliário e colchoaria "desempenha um papel fundamental na dinamização da economia portuguesa", a APIMA sustenta que "os dados de 2014 têm vindo a demonstrar que o setor, como exportador, é cada vez mais uma certeza nos planos de negócio das empresas portuguesas e que o dinamismo dos empresários portugueses nos mercados internacionais tem contribuído para o crescimento sustentável da economia nacional".

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #137 em: Dezembro 10, 2014, 03:50:13 pm »
Exportações disparam e atingem máximo de 12 meses


As exportações aumentaram 9,4% em Outubro face ao mês homólogo, obtendo o melhor desempenho dos últimos 12 meses, com o contributo decisivo das vendas para fora do espaço comunitário que cresceram 18,3%, revela o INE.

As estatísticas do comércio internacional dão também conta de um aumento homólogo de 1,2% das importações.

No comércio extra União Europeia (UE), verificou-se um aumento das vendas da generalidade dos produtos, destacando-se os veículos e outro material de transporte, combustíveis minerais e produtos agrícolas.

As exportações intra UE aumentaram 5,5% em Outubro face ao mês homólogo de 2013, reflectindo a evolução da categoria "outros produtos", produtos agrícolas e plásticos e borrachas.

A nível de importações, registou-se um aumento de 6,9% no comércio comunitário (salientando-se o acréscimo dos veículos e outro material de transporte), enquanto as compras a países terceiros caíram 13,4%, devido sobretudo à evolução dos combustíveis minerais.

Comparando com o mês anterior, as exportações cresceram 13,8% em Outubro (7,9% no espaço europeu e 28,2% no exterior) e as importações 5,4% (6,1% dentro da UE e 3,1% fora).

No trimestre terminado em Outubro, as exportações de bens aumentaram 4,1% e as importações subiram 2% face ao período homólogo de 2013, resultando num desagravamento de 190,6 milhões de euros do défice da balança comercial.

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #138 em: Dezembro 15, 2014, 01:07:43 pm »
Exportações de calçado batem máximos históricos


O sector português de calçado continua a caminhar rumo ao sucesso. Este ano as exportações vão ultrapassar os 1,8 mil milhões de euros, um máximo histórico.

Os bons resultados do sector devem-se, sobretudo, ao sucesso fora de portas.

No total, de Janeiro a Outubro foram vendidos para o exterior mais de 70 mil milhões de pares de calçado, no valor de 1,6 mil milhões de euros, um crescimento de 8,8% face ao ano anterior. “Trata-se do quinto ano consecutivo de crescimento do sector de calçado nos mercados externos, para onde se dirige 95% da sua produção”, segundo a APICAPPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos.

Desde 2010 até 2014, as exportações de calçado terão aumentado mais de 45%.

Actualmente, os sapatos portugueses chegam a 150 países nos cinco continentes, estando a crescer “em praticamente em todos os mercados”, sublinha a associação do sector.

Na União Europeia, “o calçado português consolida a sua posição, com um crescimento superior a 8%. Mas é fora do espaço comunitário onde mais se vai afirmando”.

Os EUA (mais 65% para 33 milhões de euros), Canadá (mais 29,4% para 22 milhões de euros), Angola (mais 2,5% para 19 milhões de euros), Austrália (mais 26,8% para 7 milhões de euros) e China (mais 46,6% para 5 milhões de euros) são os destinos que registaram o maior crescimento das vendas.

O recorde de vendas contribui também de forma positiva para a balança comercial portuguesa. Até Outubro o contributo líquido para essa mesma balança supera os 1120 milhões de euros, segundo a APICAPPS.

A abertura de novas unidades fabris em Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Paredes de Coura ou Pinhel levou ainda à criação de novos postos de trabalho. O sector deverá fechar o ano com mais de 35.000 colaboradores e com 1.350 empresas de cariz industrial.

SOL
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #139 em: Dezembro 15, 2014, 01:42:46 pm »
Citação de: "Lusitano89"


No total, de Janeiro a Outubro foram vendidos para o exterior mais de 70 mil milhões de pares de calçado, no valor de 1,6 mil milhões de euros, um crescimento de 8,8% face ao ano anterior.

SOL

Há qualquer coisa de estranho nestas contas. Então 70 mil milhões de pares de sapatos valem apenas 1.6 mil milhões de euros? Portanto cada par de sapatos portugueses vale apenas 0.023€, 2 cêntimos?

Bem se assim for percebo porque razão a economia portuguesa não sai do buraco, a vender-mos pares de sapatos e 2 cêntimos mais vale os mesmos serem produzidos na china.
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #140 em: Março 24, 2015, 12:30:11 am »
Exportações do setor metalúrgico subiram em Janeiro pelo 12.º mês consecutivo


As exportações do setor metalúrgico e metalomecânico português mantiveram em janeiro a tendência de subida, aumentando 16,2% em termos homólogos para 1.169 milhões de euros e completando o 12.º mês consecutivo de crescimento, divulgou hoje a associação setorial.

Em comunicado, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) destaca que a evolução positiva de janeiro "vem confirmar a tendência de crescimento homólogo que se verificou ao longo de todo o ano" 2014. Segundo a associação, a Europa continua a ser o principal destino das exportações do setor, representando 70% das vendas para o exterior, mas mercados como Angola, China, EUA, Marrocos, Moçambique e Colômbia "começam a ter um peso cada vez mais relevante".

"Em 2015 a nossa aposta passa pela expansão para mercados externos de alto valor acrescentado e complexidade tecnológica e por uma aposta na substituição gradual das importações de bens e serviços da área da metalurgia e metalomecânica. O nosso objetivo é o de reforçar a oferta de produtos com uma boa relação qualidade/preço e 'time to market,' que permitam, não só às empresas mas também ao Estado, a aquisição em Portugal, por oposição às compras ao exterior", explica o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira.

Nos últimos quatro anos, entre 2010 a 2014, as exportações do setor metalúrgico e metalomecânico português aumentaram 30%, assumindo-o como uma área com "um peso cada vez mais relevante na economia portuguesa" e "um pilar fundamental para o crescimento económico e industrial nacional, contribuindo para o desenvolvimento e difusão de novas tecnologias", lê-se no comunicado.

Com cerca de 15.000 empresas e 200.000 colaboradores, o setor abrange vários subsetores que englobam atividades tão diferentes como a metalurgia, a cutelaria e louça metálica, máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamento de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel, na aeronáutica, na indústria nuclear, entre outras.

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #141 em: Outubro 27, 2015, 01:23:14 pm »
Dez maiores empresas em Portugal concentram 1/5 das exportações/importações em 2014


Segundo as estatísticas do 'Comércio Internacional por Características das Empresas' relativas a 2014, hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta "significativa concentração" do valor num "número limitado" de empresas foi "ainda mais acentuada" no comércio extra comunitário, com as cinco maiores empresas a concentrarem 23% das exportações e 51,6% das importações.

Ainda assim, nota o INE, face à média do período 2010-2013 verificam-se reduções, "apesar de pouco significativas", na concentração das exportações num número reduzido de empresas.

As empresas com maior diversificação de mercados concentraram o maior valor transacionado em 2014, equivalente a 42,4% nas exportações e a 28,7% nas importações, mas o facto é que a maioria das empresas (69,3% das exportadoras e 86,6% das importadoras) transacionou bens com apenas um país.

De acordo com o INE, face à média dos últimos quatro anos tem-se verificado uma "crescente diversificação" de mercados de exportação e também de importação, principalmente para países terceiros," em resposta à crise económica que se tem sentido particularmente na Europa".

Comparando 2014 com a média do período 2010-2013, verificou-se um aumento mais significativo no número de empresas a exportar para 20 ou mais países extra-UE (+34,1%), enquanto no comércio intra-UE esse acréscimo foi de 17,7%.

Os 69,3% de empresas que em 2014 exportou bens para apenas um mercado foram responsáveis por apenas 7,6% do valor transacionado, enquanto as unidades que apresentaram uma maior diversificação de mercados (20 ou mais países) concentraram o maior peso no valor exportado (42,4%), apesar de corresponderem a apenas 1,9% do total de empresas exportadoras de bens.

Face à média dos últimos quatro anos, o INE reporta que o peso do número de empresas que exportam para apenas um país decresceu 1,3 pontos percentuais (p.p., de 70,6% para 69,3%) e aponta uma maior concentração do valor exportado nas empresas com 20 ou mais países clientes (+1,4 p.p., de 41,0% para 42,4%).

No ano passado, as cinco maiores empresas exportadoras tinham como principais clientes a Alemanha (19,6%, -6,4 p.p. face a 2010), a Espanha (13,6%, +2,9 p.p. face a 2010) e os EUA (9,5%, +0,8 p.p. face a 2010), mantendo-se a situação verificada em 2010.

Já as cinco maiores empresas importadoras tinham como principais fornecedores Angola (15,6%, +9,5 p.p. face a 2010, onde ocupava a 6.ª posição), Espanha (13,7%, +5,8 p.p. face a 2010, onde ocupava a 4.ª posição) e Alemanha (10,0%, -9,8 p.p. face a 2010).

Em 2010, os principais fornecedores das cinco maiores empresas importadoras tinham sido a Alemanha (19,8%), Nigéria (14,7%, que em 2014 foi o 8.º principal fornecedor com um peso de 5,2%) e Líbia (8,0%), o que, nota o INE, "evidencia bem as alterações nos países fornecedores de produtos petrolíferos a Portugal".

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #142 em: Fevereiro 17, 2016, 12:55:12 pm »
Exportações de café aumentam 11% em 2015 e batem recorde de 10 anos


Mais de 15 empresas nacionais juntaram-se hoje no Porto para o X Encontro Nacional dos Profissionais do Setor do Café, para discutir soluções para crescer nos mercados internacionais, aproveitando o ritmo de crescimento das exportações e o aumento do consumo de café a nível mundial (2,5%).

Portugal importa principalmente café verde, ou seja, não torrado, nem descafeinado, que posteriormente transforma, exportando sobretudo café torrado.

O Vietname é o principal fornecedor de café verde, contribuindo com 12.400 toneladas das cerca de 46.300 importadas para Portugal no ano passado.

Portugal importou ainda 7.600 toneladas de café torrado, não descafeinado, ou seja café cuja torrefação é feita no estrangeiro.

Em 2015, Portugal exportou quase 11.800 toneladas de café (mais 4,15% do que em 2014), das quais mais de dez mil relativas a café torrado, num total de quase 63 milhões de euros (cerca de 52 milhões de euros de café torrado) que compara com menos de 57 milhões de euros registados em 2014.

Em declarações à Lusa, a secretária-geral da associação industrial do café, Cláudia Pimentel, afirmou que os produtores acreditam que "vai manter-se este valor de exportações" no futuro, considerando que para isso contribuirá a tendência de crescimento verificada no mercado asiático, mas também na Europa, com vários países a transformarem o consumo habitual de café de saco em café expresso, o produto que os produtores portugueses mais comercializam.

"Também contribui para isso as máquinas de café mais limpas, que estão a introduzir café em países que não tinham esse hábito, ao facilitarem beber o café, mas também pelo fim do mito de que o café faz mal à saúde", acrescentou.

Questionada sobre em quais os países antevê maiores crescimentos, Cláudia Pimentel não quis fazer prognóstico, mas voltou a referir que os países asiáticos como China ou Coreia do Sul, que tradicionalmente bebem chá, deverão continuar a aumentar o consumo do café.

"Temos um café com qualidade e características específicas e valorizadas, não só por nós portugueses mas também pelos estrangeiros que visitam Portugal. Esta vaga de turismo beneficia o setor do café", afirmou a líder da Associação Industrial e Comercial do Café.

Económico
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #143 em: Fevereiro 26, 2016, 07:11:19 pm »
Comissão Europeia diz que Angola pode fazer baixar exportações portuguesas


Perspetivas económicas pouco animadoras em mercados emergentes relevantes para Portugal, como Brasil, China e Angola, podem causar uma queda das exportações portuguesas para esses países, segundo um relatório da Comissão Europeia relativo a Portugal.

O documento refere ainda que além da eventual baixa das exportações portuguesas para esses países, poderá existir também uma diminuição dos fluxos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) desses países para Portugal.

Destaca ainda assim que as repercussões nas exportações portuguesas serão menores do que face a uma recessão nos principais parceiros comerciais de Portugal na União Europeia (UE), como a Espanha, a França, a Alemanha e o Reino Unido. O relatório detalha inclusive que "as fracas perspetivas económicas" para os mercados emergentes "já surtiram efeitos negativos para Portugal", patentes designadamente na queda das exportações para Angola, adiantando, contudo, que "o impacto traduzir-se-á essencialmente em efeitos indiretos".

"Angola continua a colocar em risco o desempenho das exportações portuguesas, com a baixa dos preços do petróleo a comprometer as perspetivas económicas do país", lê-se no relatório.

Acresce ao facto que Portugal está muito dependente de afluxos de IDE da UE, refere o documento, detalhando que em 2013, as exportações para Espanha, França, Alemanha e Reino Unido representaram mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) e cerca de 50% do total das exportações.

Em contrapartida, o comércio extra-UE representou apenas 30% do total das exportações e mais de 10% do PIB. "Angola, o Brasil e a China constituem os mercados emergentes mais relevantes para Portugal em termos de comércio e de IDE. Assim, o fraco desempenho económico destes países pode ter repercussões no crescimento económico da Portugal", reforça.

Por outro lado, o documento reconhece que as exportações contribuíram significativamente para o ajustamento externo e que os ganhos de competitividade resultantes de ajustamentos dos preços relativos e de melhorias da qualidade dos produtos "criaram condições para que as exportações contribuíssem mais para o equilíbrio das contas com o exterior, em especial entre 2010 e 2013".

Mais recentemente, o excedente comercial estabilizou devido ao forte aumento das importações em resposta ao maior dinamismo da procura interna. Em consequência, o excedente da balança corrente deverá manter-se em cerca de 1% do PIB em 2016.
O documento destaca também que a atividade económica abrandou no final do ano passado e que os indicadores económicos de curto prazo apontam para uma certa moderação da atividade económica no final de 2015.

"Tanto as exportações como as importações cresceram a ritmos mais baixos do que no primeiro semestre de 2015, refletindo perspetivas menos animadoras para o comércio mundial. Não obstante, o dinamismo que marcou o primeiro semestre levou a uma subida do PIB real de 1,5% em 2015", refere.

A parte das exportações no PIB "permanece relativamente baixa", diz o documento, frisando que embora haja a registar melhorias nos últimos anos, as exportações representavam ainda apenas 40% do PIB em 2015, "o que é baixo em comparação com outras economias pequenas e abertas da área do euro".

O relatório salienta ainda que a perda do dinamismo na melhoria atual da balança corrente "põe em perigo o processo de ajustamento externo", mas adianta que esta situação "poderia ser corrigida com a afetação de recursos adicionais para os setores transacionáveis com maior produtividade".

Os investimentos no reforço das capacidades de exportação, acrescenta, com utilização de mais bens produzidos internamente, "contribuiria para acelerar o processo de reequilíbrio externo e abriria perspetivas de crescimento mais sustentável a médio prazo".
O presente relatório "é um documento de trabalho dos serviços da Comissão Europeia" e "não constitui uma posição oficial da Comissão nem condiciona qualquer posição dessa natureza", lê-se ainda.

Lusa
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #144 em: Junho 23, 2016, 06:48:59 pm »
Portugal trocou bacalhau por tabaco com a Noruega em 2015


É uma das mais conhecidas importações norueguesas para Portugal, mas poucos saberão que produtos portugueses são vendidos à Noruega e menos ainda que o tabaco foi a mercadoria mais exportada para aquele país nórdico em 2015.

No dia em que os noruegueses assinalam, de forma simbólica, a venda do bacalhau 500 milhões a Portugal, a Lusa analisou as estatísticas dos últimos 70 anos, altura em que começaram a ser sistematizados os registos do comércio internacional, e concluiu que o padrão de exportações se alterou significativamente.

No ano passado, os dados preliminares, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que Portugal aumentou as exportações para os 207 milhões de euros.

O 'tabaco e seus sucedâneos', como charutos, cigarrilhas e cigarros, uma categoria praticamente inexistente nas duas décadas precedentes, passam a valer quase 20% do total (cerca de 40 milhões de euros), ficando, mesmo assim, aquém dos cerca de 50 milhões de euros de bacalhau vendidos anualmente pelos noruegueses aos operadores portugueses.

Distinguiram-se ainda nas vendas as categorias de materiais têxteis ('Pastas [ouates], feltros e falsos tecidos; fios especiais, cordéis, cordas e cabos; artigos de cordoaria), com 12,3% do total exportado, os 'minérios, escórias e cinzas', com 10,2%, as embarcações e estruturas flutuantes (8,8%) e o calçado (6,2%).

Entre 1996 e 2015, Portugal conseguiu aumentar o valor das vendas de bens aos noruegueses, mas o peso das exportações para este país, face ao total, desceu de 0,9 para 0,4%, com a Noruega a cair da 15.ª para a 29.ª posição entre os parceiros comerciais de Portugal.

Nas décadas de 40 e 50 se eram os produtos da agricultura, das florestas e das pescas que se distinguiam, nas três décadas seguintes foi a indústria que ganhou preponderância, com os têxteis e o calçado a ganhar ainda mais fôlego no novo milénio.

Em 1946, um ano após o fim da II Guerra Mundial, que obrigou praticamente a interromper as trocas comerciais entre os dois países, o valor dos produtos portugueses exportados para a Noruega pouco excedia os 36 milhões de escudos (cerca de 36 mil contos, ou seja, pouco mais de 181 mil euros), correspondentes, essencialmente, a matérias-primas de origem animal e vegetal, num total de 24 mil contos (cerca de 120 mil euros).

Destacava-se na primeira categoria o óleo de sardinha (dois terços das exportações em valor) e, na segunda, a cortiça e o pez-louro (colofónia), uma matéria-prima obtida através da resina de pinheiro bravo e usada na indústria química.

Portugal vendeu ainda, nesse ano, 1.500 contos em produtos têxteis (incluindo Bordados da Madeira, feltros em obra, roupa usada e, sobretudo, redes e linhas de pesca), quase 3.000 contos de vinho, salientando-se os do Porto, e produtos alimentares como o miolo de amêndoa, que valeram 2.400 contos aos exportadores.

As 'manufaturas' eram uma categoria pouco relevante, não ultrapassando os 1.200 contos, dos quais 834 correspondentes a chapéus de feltros, acessório indispensável na moda masculina da altura.

Dez anos depois, Portugal tinha conseguido pouco mais do que duplicar o valor das suas exportações para a Noruega, para quase 77 milhões de escudos (cerca de 77 mil contos ou 385 mil euros), continuando a ser líderes as matérias-primas oriundas do setor primário.

As 'substâncias alimentares' foram a segunda categoria de mercadorias mais vendidas em 1956, num total de 25 mil contos, voltando a sobressair os vinhos do Porto e a amêndoa e surgindo ainda com algum sucesso a categoria de 'tomates em sumo'.

Os produtos têxteis começam também a ganhar algum protagonismo, valendo quase 9.600 contos, enquanto as manufaturas, com os inevitáveis chapéus de feltro na terceira posição, não iam além dos 5.200 contos.

Na década de 60, as exportações para a Noruega renderam a Portugal mais de 180 milhões de escudos (mais de 180 mil contos ou 902 mil euros), com as matérias têxteis a posicionarem-se em primeiro lugar (mais de 125 mil contos).

As matérias-primas do reino vegetal, com destaque para as frutas e hortícolas, suplantavam de longe as de origem animal e a cortiça continuou a ser relevante, mas também os produtos da indústria alimentar que começaram a brilhar em 1966, com 33.605 contos exportados nesta categoria, repartidos maioritariamente entre bebidas alcoólicas e 'preparados de produtos hortícolas e frutas'.

Dois anos após o 25 de abril, em 1976, as exportações para a Noruega aumentam para mais de 1,5 milhões de contos, com as matéria-primas animais e vegetais a recuarem de forma acentuada, enquanto os produtos das indústrias alimentares e bebidas, bem como das indústrias químicas conquistam terreno, a par dos têxteis.

No ano da entrada de Portugal na CEE, 1986, as vendas para o país do bacalhau caem para pouco mais de um milhão de contos e torna-se mais evidente a ascensão dos setores têxtil e do calçado que valem quase metade do total exportado (cerca de 420 mil contos).

Também relevantes neste ano são as vendas de máquinas e aparelhos e material elétrico, madeira e cortiça, celuloses e papel e produtos agroalimentares e bebidas.

Na década seguinte, ainda antes da introdução do euro, mas com as estatísticas fornecidas pelo INE já convertidas na nova moeda, as exportações sobem para 180 milhões de euros (3,6 milhões de contos), sendo o vestuário e acessórios a principal categoria exportada num total de 61 milhões de euros, seguindo-se o calçado (25 milhões de euros).

Os 'veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres' surgem em terceira posição a valer mais de 21 milhões de euros.

Quatro anos decorridos desde a introdução da moeda única, em 2006, a venda de bens à Noruega cai para os 110 milhões de euros.

Juntos, o vestuário e o calçado representaram quase um quinto do total exportado (21,1 milhões de euros), enquanto os 'veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres' se ficaram pelos 12,5 milhões de euros.


>>> http://www.dn.pt/dinheiro/interior/portugal-trocou-bacalhau-por-tabaco-com-noruega-em-2015-5244235.html
 

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #145 em: Outubro 10, 2018, 05:42:40 pm »
Importações portuguesas aumentaram 8,6% em agosto


 

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Lusitano89

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Re: Exportações e Importações Portuguesas
« Responder #146 em: Outubro 06, 2023, 01:23:03 pm »
Exportações de cortiça batem recordes