Timor Lorosae

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Jorge Pereira

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Timor Lorosae
« Responder #15 em: Fevereiro 13, 2004, 01:09:41 am »
Na minha opinião tudo passa pela gestão meticulosa dos recursos (escassos neste caso) da jovem nação timorense e de um forte apoio (ou antes boa vontade) dos países da CPLP.
A minha proposta para o tema em discussão seria a seguinte:
Incorporação de UH-1 artilhados em segunda mão. Portugal não teria problemas em obter meia dúzia de aparelhos junto do amigo americano.
Cedência de Aviocars portugueses (talvez 4) após a aquisição dos C-27 Spartan.
Também penso que o Brasil não teria problemas em ceder ou vender (com a participação de Portugal se fosse necessária) entre 2 a 4 Super Tucano ao «irmão» timorense.
Quanto a mim seria o ponto de partida para a criação da força aérea timorense.
No entanto reconheço que a compra dos Super Tucano iria depender da evolução da situação após a retirada da missão da ONU do território.
Prioritário seria também, como já aqui foi dito, o reforço do patrulhamento da fronteira e o equipamento individual de cada soldado (principalmente na área das comunicações) para garantir uma supremacia absoluta perante os milicianos e quem sabe “kopassus”.


P.S. A permanência de forças portuguesas no território é na minha opinião indispensável nos próximos anos, alem de, esta presença nos oferecer um cenário para o treino das nossas forças a meu ver único.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Luso

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Ricardo Nunes

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« Responder #17 em: Fevereiro 13, 2004, 05:38:11 pm »
Luso já conhecia o artigo do 4º link que publicou.

Deixe-me dizer-lhe que é simplesmente lixo. Robert Craig Johnson é conhecido pela sua clara antipatia pela guerra colonial portuguesa e no seu artigo existem mais falhas e incertezas do que gotas de água no mar.  :roll:

Aliás, vim a saber que ao que parece um Francês quis agredir o mesmo senhor por causa de um artigo semelhante que este tinha publicado sobre a guerra aérea COIN na Argélia.

A juntar a isso, só me falta dizer que tal artigo me faz lembrar um cartaz de propaganda do PAIGC.

 :?
Ricardo Nunes
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emarques

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« Responder #18 em: Fevereiro 13, 2004, 06:57:49 pm »
Bem, não achei o artigo assim tão mau (pode estar cheio de imprecisões, não sei), porque tende para provar uma coisa: só porque os americanos se armam em bons e se recusam a vender material, não impede que se combata, e se consigam meios eficientes para isso. Provavelmente, se os americanos não tivessem levantado aqueles entraves todos, Portugal tinha acabado por se endividar mais para conseguir as mesmas capacidades aéreas que usou durante a querra. :)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
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Spectral

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« Responder #19 em: Fevereiro 13, 2004, 07:11:19 pm »
Em 1º lugar Timor deve investir em helis médios, já que a geografia local os torna indispensáveis. Só depois se deveria ir para algo mais armado, sendo as opções o Hind ( nas suas enésimas versões) ou um avião tipo ALX. O ALX parece oferecer uma maior versatilidade, mas provavelmente será mais caro...


Luso, esses artigos sobre a utilizações de aviões ligeiros por forças armadas modernas ( neste caso americanos) são já velhinhos e como o Ricardo disse, considero-os lixo.

Estão ligados a uma certa  "mafia da internet" que idolatra os  para-quedistas americanos. Eles entretém-se a proclamar o quanto as operações para-quedistas de larga escala são vitais às batalhas modernas ( ahahahah ainda vivem no mundo de fantasia  :twisted: , e como o um M113 é totalmente superior a qualquer coisa que se mexa, incluindo um Abrams. ( Guess what: a brigada com Strykers no Iraque está efectivamente sair-se muito bem, tendo estes véículos já resistido a tiros de RPG! )

Claro que para um país como Timor, essa opção de aviões ligeiros parece-me bastante razoável e interessante...

cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Luso

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Pois...
« Responder #20 em: Fevereiro 13, 2004, 09:12:18 pm »
http://www.murdoconline.net/archives/000777.html

Lógicamente que nada é indestrutivel;

http://209.157.64.200/~cannoneerno4/

Bela gaiola! Mas olhem para as rodas... :twisted:

Os Abrams são bons mas pouco cooperantes com a infantaria que os pode acompanhar em mout devido à turbina;

Máfia ou não, o que eles dizem faz sentido. E são pela poupança de recursos e equipamentos simples. Não vejo nada de mal nisso. Nada mesmo. Quanto à questão Stryker/M113 modernizado alguém vai ter que me convencer da superioridade do primeiro.

Quanto à pagina dedicada ao COIN portuguesa: não vi nada de mal. Até fiquei orgulhoso do desenrascanço lusitano. Se há comentários anti-colonialistas não lhes dei importância nenhuma.

Se querem ver um livro irritante vejam "The Chopper Boys: Helicopter Warfare in Africa" escrito por um sul-africano. Para ele a experiência portuguesa não passa de uma nota de roda-pé.
Alguém quer comprar-lo?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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fgomes

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« Responder #21 em: Fevereiro 14, 2004, 11:50:17 am »
O referido artigo está cheio de complexos anti-coloniais e imprecisões históricas, tais como dizer que o Dr. Salazar promoveu a colonização branca de África. Pelo contrário até 1961 era mais difícil emigrar para a então África Portuguesa do que para o estrangeiro. Também dizer que havia elites autóctones que asseguravam a economia e a administração é uma fantasia. A parte positiva do artigo é mostrar a capacidade de desenrascanço dos portugueses, ao conseguir realizações com recursos muito escassos.
Quanto  a obras de origem anglo-saxónica, há uma tendência para desvalorizar ou mesmo ignorar experiências alheias, como deve ser o caso desse autor sul-africano, mas há excepções como a obra "Contra-Insurreição em África 1961-1974, O modo português de fazer a guerra" de John P. Cann.
Quanto a Timor devemos ter em atenção que há algum tempo atrás circularam notícias de que seria um alvo para o terrorismo islâmico, devido ao facto de ter saído do domínio muçulmano para passar a ser dominado por cristãos. Também a instabilidade da Indonésia poderá trazer problemas. Por isso penso ser necessário que a presença militar portuguesa vá continuar nos próximos anos e se pense sériamente no equipamento e treino das Forças Armadas timorenses, nomeadamente meios aéreos, atendendo à escassez de recursos.
 

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Luso

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...
« Responder #22 em: Fevereiro 14, 2004, 04:22:50 pm »
"mas há excepções como a obra "Contra-Insurreição em África 1961-1974, O modo português de fazer a guerra" de John P. Cann. "

Fgomes (Fernándo Goames?)  :wink:
Tem esse livro?
E recomenda-o?
USD$74 dá que pensar...
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fgomes

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« Responder #23 em: Fevereiro 14, 2004, 05:26:16 pm »
Luso, tenho a tradução portuguesa que me foi oferecida. Foi editado pelas Edições Atena, Lda. Acho que vale a pena, trata-se de um estudo académico, sem preconceitos politicamente correctos cuja a ideia central é que houve um modo português fazer contra-insurreição em África.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #24 em: Fevereiro 14, 2004, 06:38:05 pm »
Comprei o livro à 3 dias exactamente. Pode-o encontrar nas livrarias Bertrand nomeadamente na loja do Chiado ( penso que não está disponível nas outras ). O preço foi de 11.30€.

Infelizmente não tenho tido tempo para o ler ( ainda não passei do 1º capítulo ).  :roll:
Ricardo Nunes
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fgomes

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« Responder #25 em: Fevereiro 17, 2004, 10:23:02 pm »
Sobre o Super Tucano, no papel de patrulha marítima, aqui vai um link, que provalmente alguns participantes do forum já conhecem:

http://www.sistemasdearmas.hpg.ig.com.br/

É também  necessário que Timor tenha alguma capacidade nesta área, quanto mais não seja para defender as plataformas de exploração de petróleo, que certamente irá ser o principal recurso de Timor a médio prazo
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #26 em: Fevereiro 17, 2004, 10:42:27 pm »
Citar
O ALX da FAB poderá ter um armamento bem variado. O P-29 pode manter a capacidade de treinamento e auxiliar no treinamento do P-3BR. A aeronave é capaz de simular o envelope de vôo de outras aeronaves. No caso da Marinha, além de ter uma aeronave de patrulha marítima, o P-29 poderia cumprir tarefas auxiliares como treinamento de pilotos de caça, reboque de alvos aéreos, alvo para controladores aéreos, treinamento de guerra eletrônica com casulo, treino anti-helicóptero. O ALX já se encontra homologado para levar o casulo de canhão GIAT M20A1de 20mm, os mísseis Mectron MAA-1 Piranha, bombas Mk 82 LDGP e lança-foguetes LAU-69/A.


Esta é a parte mais interessante. Ora aqui temos uma aeronave que para além de CAS, Treino, Reconhecimento ( e pode assumir funções de FAC ) ainda pode cumprir as tarefas de patrulha marítima. Nada mau para uniformizar aeronaves, especialmente no caso de Timor, um país relativamente pobre que não se pode dar ao luxo de comprar aeronaves mais evoluídas.

Mais um ponto a favor do ALX!  :G-Ok:
Ricardo Nunes
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ALX

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« Responder #27 em: Fevereiro 18, 2004, 12:11:23 am »
O preço de um ALX gira em torno de US$ 5 milhões...

Quanto à utilização do turbohélice da Embraer como avião de patrulha marítima, essa não passa de uma divagação do criador da página Sistema de Armas...
 

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papatango

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« Responder #28 em: Fevereiro 18, 2004, 04:21:51 pm »
5 milhões de dolares é muito dinheiro para o arçamento de Timor, que quase não tem dinheiro para pagar aos funcionários públicos. As despesas militares já são bastante grandes porque tiveram que enquadrar os resistentes da Fretilin, de forma a evitar problemas.

No entanto creio que com esse dinheiro se podería comprar uns helicópteros em segunda mão, que tornaríam a situação mais controlável em caso de necessidade. Não sei se quando os PUMA foram substituidos pelos EH-101 não sobrará um ou dois que se possam mandar para Timor. No entanto há sempre o prblema da manutenção, o que torna mais atraentes equipamentos que sejam utilizados pela Australia e que se possam mandar para lá para manutenção / revisão.

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