Revolta no Mundo Árabe

  • 864 Respostas
  • 160293 Visualizações
*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2234
  • Recebeu: 89 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +59/-44
    • http://forumdefesa.com
Revolta no Mundo Árabe
« em: Janeiro 28, 2011, 09:55:43 pm »
Aquilo que se está a passar na Tunísia, Egipto, e Iémen pode ser o início de uma autêntica reviravolta no mundo árabe com amplas consequências para nós, e para o resto do mundo.

Vamos seguir com atenção todos estes acontecimentos.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1828
  • Recebeu: 663 vez(es)
  • Enviou: 386 vez(es)
  • +330/-6212
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #1 em: Janeiro 28, 2011, 10:11:54 pm »
Consequências especialmente para nós. O escudo avançado que "protegia" a margem Sul do Mediterrâneo foi à vida. Agora, os do Sul da Europa passam a ser a fronteira do fanatismo islamico. Talvez agora se comece a pensar realmente em Defesa nesta Nação.

Para o resto do Mundo, passa a mensagem que o "Ocidente" já não tem fôlego ($ ou €) para sustentar os seus fantoches e, se calhar, certas "monarquias" da zona (cheias de "pitroil" só por acaso) começam a olhar para a Índia e a China com outros olhos.
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12744
  • Recebeu: 3083 vez(es)
  • Enviou: 7573 vez(es)
  • +759/-1292
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #2 em: Janeiro 28, 2011, 10:16:29 pm »
Parece que os restantes foristas estavam com vergonha para criar este tópico.  :lol:  

De qualquer modo, parece que se acendeu o rastilho.
Para quem crê que estamos rodeados de estados aliados ou amigáveis, que não necessitamos de sistemas de defesa nas nossas ilhas ou mesmo no território nacional.
Que as nossas alianças são suficientes para a nossa defesa.

Vejam como estes países instáveis podem cair da noite para o dia.
Mudam-se os governos, mudam-se as vontades.
E a paz é o intervalo entre as guerras.

Vamos ver até onde vai arder...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1828
  • Recebeu: 663 vez(es)
  • Enviou: 386 vez(es)
  • +330/-6212
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #3 em: Janeiro 28, 2011, 10:51:04 pm »
"Mumiaarak" acabou de dissolver o governo e que amanhã nomeará um novo governo, além de prometer reformas sociais, económicas e politicas. Também afirmou que era ele ou o caos (onde raio é que eu já ouvi isto  :lol: )
 

*

PILAO251

  • 184
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #4 em: Janeiro 28, 2011, 11:35:47 pm »
Curiosa, a actuação da policia argelina nos ultimos confrontos, relativamente ao aumento dos preços, (tal como em 2008 em Oran por causa  do clube local em que os tumultos puseram o centro da cidade a ferro e fogo), em comparação com a manif. da semana passada do RCD, em que Argel estava perfeitamente controlada, em contra-partida nos outros tumultos foi o deixar andar, deixar queimar sem fazer muitas baixas, isto é, até se pode dizer, uma boa gestão dos estragos.
Aliás a nossa embaixada pediu o recenseamento às empresas de todos os tugas.
Mas, se o Egipto cai, temos o caldo entornado, pois o vazio de poder será ocupado pelos Frères Musulmans.
São neste momento de revolta espontânea e inopinada os únicos com estrutura para ocuparem a cadeira de poder.
Na Tunísia, até ao momento não há um interlocutor válido, mas maralha nas ruas com o corão nas mãos é mato, e isto não é nada de admirar.
O FIS na Argélia, ganhou umas eleições aparentemente válidas, precisamente com o trabalho de sapa feito nos bairros de lata.
 Não há um único regime democrático nos ditos países arabes, há quando muito umas ditaduras mais ou menos liberais, o resto são umas monarquias medievais, uns réis que tratam o pais como um quintal, uns sheiks que vão organizar umas futeboladas, e os ditadores com 30 anos de casa.
Quem está a esfregar as mãozinhas é o Bin-Laden, pois o AQMI, pelo menos nesta zona deve estar a apanhar a boleia, senão a apanhou já.
Pois, a fronteira, e muito por culpa dos totós da Europa, está às portas, e julgo que os imigras mouros da europa, se ainda não se mexeram, foi, porque foram apanhados de surpresa pela onda tunisina.
Bem podem os Camones, abanarem, pois se o Mubarak cai, (e espero que não), isto não para por aqui.
Estou neste momento a ouvir o Obama a botar a faladura do costume, a apoiar o amigo( e não pode fazer outra coisa) Mubarak.
 

*

Desertas

  • Perito
  • **
  • 338
  • +0/-0
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #5 em: Janeiro 29, 2011, 02:08:36 am »
Será que todo o Norte de África e o resto do Médio Oriente entrará em convulsão?
 Estaremos no início duma transformação política e talvez religiosa dessas áreas ?
Que sinais pode a Europa e o Ocidente dar às populações destes países em convulsão para evitar o alastrmento do fundamentalismo Islamico?
Estas são algumas perguntas que me ocorrem de momento  e para as quais gostaria de saber as vossas opiniões.

Um Abraço
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

*

PILAO251

  • 184
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #6 em: Janeiro 29, 2011, 08:38:37 am »
Evitar o alastramento do fundamentalismo islâmico, na Europa, só arrumando a casa.
Porque ele vai bater-nos á porta.
A sobranceria e o desprezo pelos valores ocidentais, são de  raiz religiosa, que está na génese do imobilismo doutrinário islâmico. Quase que sou levado a dizer que a raiz do atraso dos países árabes advém precisamente, da leitura literal que fazem do corão, a aparente riqueza dos sauditas, só se mantém enquanto os USA apoiarem os reizinhos sauditas, pois quando isso deixar de acontecer, será vê-los nas ruas de corão nas mãos.
Como já referi, não há sociedade laica, não há um puro direito civil, este, está misturado com o direito religioso.
Se são pobres a salvação está em Deus, se são ricos, temos que voltar aos caminhos da pureza e a salvação está em Deus.
 Esperemos que o Mubarak se aguente.
Não sei porquê mas o Kadafi anda muito calado.
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7384
  • Recebeu: 931 vez(es)
  • +4436/-848
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #7 em: Janeiro 29, 2011, 03:24:39 pm »
Estas movimentações só estão a ocorrer nos países com ditadores autocráticos relativamente liberais.
E o Egipto, como a Tunisia são relativamente liberais quando comparados com a Libia ou com a Siria.

Tanto Libios quanto Sirios, como os iranianos, dispoem de sistemas de repressão muito mais brutais e por isso a população tem menos tendência a revoltar-se.
Na Siria ou na Libia, toda a gente sabe que se alguem for preso por ser contra o regime, depois da pessoa, vão buscar a familia para a matar ou prender.

No entanto, mesmo nesses países as coisas podem deixar de funcionar.
Os regimes comunistas da Europa de leste também possuiam as máquinas de repressão mais eficientes do mundo, mas não deixaram de entrar em colapso por isso.

O direito à liberdade e a ansia das pessoas pela liberdade podem ser imprevisíveis.
O problema é que essa ânsia é facilmente aproveitada por interesseiros e espertos.
No mundo islâmico, são os extremistas fundamentalistas islâmicos. Os muftis fanáticos, que aguardam nos minaretes para começar a vomitar ódio.

Esses são o problema.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

linergy

  • 204
  • +0/-0
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #8 em: Janeiro 29, 2011, 03:49:55 pm »
Imagens ao vivo e entrevistas: http://www.presstv.ir/live/llnw/

É o 25 de Abril deles, só que é muito difícil ultrapassar a nossa fase, vamos ao longo do tempo ver se é efectivamente composto um governo secreto, ou se há alguma criatividade e se consegue criar uma forma de governo superior às falsas democracias de hoje!
 

*

Desertas

  • Perito
  • **
  • 338
  • +0/-0
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #9 em: Janeiro 29, 2011, 05:11:06 pm »
Citar
Egito: Ministro da Aviação Ahmad Chafic nomeado primeiro-ministro - TV estatal
Cairo, 29 jan (Lusa) - O ministro da Aviação egípcio, o general Ahmad Chafic, foi hoje encarregado de formar um novo governo por decreto do presidente Hosni Mubarak, sucedendo a Ahmad Nazif, anunciou a televisão estatal.
 O anúncio surge num dia em que presidente Hosni Mubarak, no poder há 29 anos, nomeou um vice-presidente pela primeira vez (o chefe dos serviços secretos, Omar Suleiman) e está numa reunião de emergência com os seus colaboradores.
Dezenas de milhar de egípcios desafiaram hoje o recolher obrigatório (14:00 em Lisboa, 16:00 no Cairo), no quinto dia de uma sangrenta revolta contra o regime de Hosni Mubarak. Mais de 50 pessoas morreram em cinco dias.

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/628935

São já algumas medidas , mas julgo que ainda não são suficientes. A ver vamos como corre o recolher obrigatório hoje .
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

*

alphaiate

  • Membro
  • *
  • 196
  • Recebeu: 21 vez(es)
  • Enviou: 3 vez(es)
  • +0/-0
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #10 em: Janeiro 31, 2011, 11:50:29 am »
Há algo que me faz estranhesa! Alguém tem que estar a financiar isto tudo, não nasceu do "vazio"!
Já notaram que só as "ditaduras" pró-ocidentais estão em convulsão?

enfim.. Roma desarmou as legiões... esqueceu os seus valores... e heis que os godos se preparam para invadir o império...
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20465
  • Recebeu: 2362 vez(es)
  • Enviou: 255 vez(es)
  • +1088/-1474
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #11 em: Janeiro 31, 2011, 12:44:15 pm »
Egipto. O que está à vista? Mudança de liderança ou de regime?
Alexandre Reis Rodrigues


 
 
Algo de importante vai certamente mudar no Egipto, na sequência da onda de desobediência civil em que o país mergulhou, como que seguindo a insurreição que depôs na Tunísia o Presidente Ben Ali. Não é previsível, porém, o que acontecerá no Cairo. Pode haver apenas uma mudança de liderança, sem modificação de políticas, ou uma alteração radical na postura externa pró-ocidental do País, em paralelo com reformas internas. Numa situação extrema, poderá surgir um Estado islamita, hipótese com que sonham os radicais islamitas mas que terá a oposição da hierarquia militar.

Mubarack pode recuperar o controlo do país, com a ajuda das Forças Armadas, circunstância em que nada mudaria; esta possibilidade já pareceu mais remota do que se apresenta hoje. Noutro cenário, pode ser compelido a abandonar o poder pela hierarquia militar. Esta conseguiu, por algum tempo, ter o controlo da situação, depois das forças de segurança o terem perdido e terem sido retiradas de cena por ordem do Ministro de Interior, para deixar o assunto ser resolvido pelo Exército. Foi uma espécie de presente envenenado, para deixar claro que o Exército sozinho também não conseguirá repor a normalidade. De facto, a situação voltou em breve a roçar o caos, a situação actual. Se continuar a deteriorar e o clima de boa receptividade que os militares usufruem junto da população desaparecer, estes poderão sentir-se compelidos a “convencer” o Presidente a afastar-se em nome do regresso à ordem. Entretanto, admite-se que as forças de segurança vão regressar para uma acção decisiva com o apoio do Exército.

Em qualquer caso, com grande probabilidade, será das mãos das Forças Armadas, mais do que no Governo, que se encontrará uma saída para a crise. O Governo acolheria de bom grado um claro envolvimento dos movimentos islamitas nas manifestações, em especial a Irmandade Muçulmana, o que confirmaria as acusações que Mubarack lhes faz e lhe permitiria actuar sem contemplações e, provavelmente, com uma regular base de apoio. A oposição islamita, no entanto, não lhe faz a vontade; embora muito longe de ter uma frente unida, está a actuar cautelosamente, eventualmente nos bastidores. A sua participação nas acções de rua faz-se sem qualquer associação visível com a Irmandade Muçulmana.

Quem dá a cara são sobretudo os jovens, os que sofrem mais com a crise de desemprego (a rondar no seu caso 40%, enquanto que em termos médios anda pelos 10%) e constituem cerca de 60% da população (abaixo dos 30 anos). A questão é muito séria; segundo um estudo da Population Action International 80% dos conflitos mundiais entre 1970 e 1999 começaram em países com mais de 60% de jovens. Uma população jovem, de facto, tanto pode proporcionar progresso como problemas; depende das oportunidades que se lhes dêem. No entanto, para haver uma mudança vai ser preciso mais do que os jovens e as manifestações; vai depender de como os acontecimentos serão aproveitados pelas organizações políticas e de como estas se entenderão com as Forças Armadas. El Baradei, ex-director da Agência Internacional de Energia Atómica, que entretanto regressou ao país para liderar a oposição, já disse que vai entrar em contacto com os militares.

De facto, estes têm sido o garante da estabilidade nacional desde 1952, data da fundação da moderna República, quando Nasser, coronel do Exército, depôs o regime monárquico que o Reino Unido apoiava. Desde aí, a Presidência do País não mais saiu das mãos dos militares; com Sadat até 1981 e desde aí com Mubarak, oficial general da Força Aérea. A entrega do cargo de 1º Ministro a um ex-Chefe de Estado Maior da Força Aérea, Ahmed Shafiq, numa tentativa de Mubarak de retomar o controlo não pode deixar de ser lida nessa perspectiva. Como se esperava, a medida não resultou porque os descontentes querem romper com o passado.

Poderá ser de novo das “fileiras” que sairá um novo líder se, de facto, a situação evoluir para a retirada de Mubarak; para alguns observadores, as Forças Armadas estão a preparar condições para a sua retirada. Quanto tempo vão esperar depende da forma como a situação evoluir; se a população se começar a virar contra os militares, então não haverá grande espera. Gamal Mubarak, filho do Presidente e há muitos anos referido como o “sucessor”, não tem, de momento, qualquer hipótese séria de ser escolhido pelo Partido Nacional Democrático. Entretanto, consta que Mubarak e Habib al-Adly, o ministro do Interior, os dois alvos principais dos descontentes, já negociaram a sua continuação no poder, pelo menos nos tempos mais próximos.

Obviamente, o assunto não é apenas interno do Egipto, o maior país da região e como que o centro de gravidade do mundo árabe; a crise tem uma dimensão regional para todo o Médio Oriente e particularmente para o conflito entre Israel e a Palestina. Enquanto se mantiver o acordo de paz assinado por Sadat, há mais de 30 anos, os outros países árabes também não hostilizarão Tel Aviv. Mas se houver uma alteração radical de política externa egípcia pode ficar em causa o triângulo EUA-Israel-Egipto e agravar-se-ão as dificuldades de Washington em tentar manter a situação sob controlo.

El Baradei pode ser uma esperança para o Ocidente, como alternativa à eventual chegada ao poder do Irmandade Muçulmana o que seria um enorme revés para o Ocidente em geral e para os EUA em particular. Veremos se é uma boa hipótese para os egípcios e se consegue o apoio das Forças Armadas. No entanto, uma mudança para um regime interno moderado, com prováveis cedências à oposição islamita, pode encerrar o assunto apenas por breve período. O registo histórico de situações semelhantes, como lembra Leslie H. Gelb (Council on Forein Relations), mostra que, muito frequentemente, se os moderados não têm sucesso a curto prazo, seguem-se outros ditadores.
 
Jornal Defesa
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1828
  • Recebeu: 663 vez(es)
  • Enviou: 386 vez(es)
  • +330/-6212
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #12 em: Janeiro 31, 2011, 02:07:59 pm »
Seja como for, os resultados nunca serão bons para o Ocidente. E, penso, que quanto mais tempo durar este momento, pior. O "Rosna Mumiarak" já deveria ter saído, deixando aos militares (da nova geração) os encargos da Nação, dispersando a principal razão das manifestações e deixando que a oposição se dividisse entre si para a futura luta de poder. Assim apenas está a dar tempo para que a oposição fundamentalista (que tem estado muito sossegada em parte por ter sido apanhada de completa surpresa pelos acontecimentos) se organize.

Temo que se o Exército decidir carregar os extremistas ficaram na mó de cima e boa parte da oposição laica e ocidentalizada irá virar-se para o extremismo como única forma de lutar contra o "sistema", além do perigo do Exército poder cindir-se.

Dê o que der, já perdemos, agora serve apenas a limitação de estargos. Quem parece estar cada vez mais com o "credo na boca" são os Israelitas e a Casa de Saud.

Os juros da tretas e canalhices da admistração dos neocons/GWB estão agora a ser bem pagos e somos nós aqui, na Europa, que estamos na cara do "bicho".
 

*

Vital

  • 2
  • +0/-0
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #13 em: Janeiro 31, 2011, 08:50:02 pm »
Alguém me esclarece, o porque de ser o GOE da PSP, a unidade escolhida para embarcar na aeronave da FAP que efectuará o repatriamento de portugueses no Egipto?
Cumprimentos
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7888
  • Recebeu: 1223 vez(es)
  • Enviou: 342 vez(es)
  • +5149/-234
Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #14 em: Janeiro 31, 2011, 09:03:48 pm »
Provavelmente por uma questão legal, porque não são militares.