Ricardo Nunes:
Essa da Carmen Electra era bem pensado...
Mas quanto às FA, para que servem?
Para preservar a soberania nacional, a sua integridade e servir de instrumento de política externa sempre que se justifique.
Já não estamos no século XIX em que era cada um por si.
Hoje estamos inseridos num sistema defensivo que é a NATO, que nos protege, e somos aliados dos EUA (e quem está com os EUA está com Deus).
Mas como nós, também outros países pertencem a alianças defensivas, nomeadamente a NATO.
Num mundo em rápida mudança, em que o que hoje pode parecer certo, amanhã já o pode não ser, há que admitir novos cenários.
E com o actual estado das nossas FA, estas não serão capazes de garantir qualquer dos pressupostos que justificam a sua existência.
Nem o serão quando o programa de modernização estiver concluido e se assinar o fim da actual Lei da Programação Militar.
Num país, estado-nação, como o nosso há duas opções: Ou se tem FA credíveis e capazes de dar conta do recado, ou se opta à islandesa por não ter essas FA:
Uma vez que em Portugal (e bem) se opta por ter FA, então estas terão que assegurar a nossa soberania e independência, a nossa integridade territorial, e os nossos interesses geo-estratégicos.
Não se pode passar a vida a discutir o acessório, como o calibre das peças que irão equipar os NPO's, quando nenhum NPO ainda está construído, porque isso é discutir a árvore, esquecendo a floresta.
Se não, as FA apenas servirão para sustentar umas centenas de oficiais superiores em missões de cortesia, e para manter uma aparência de poder aquando dos desfiles militares.
O CEDN definiu as prioridades e foi com base nas suas conclusões que se programou as aquisições, o que teoricamente me parece correcto:
Mas acha que perante os pressupostos da discutida publicamente CEDN os equipamentos previstos serão suficientes?
P.S.
E se em vez da Carmen Electra, fosse a Britney Spears?
Meterial americano...