CPLP

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #225 em: Setembro 30, 2015, 07:48:21 pm »
CPLP apoiam Brasil na corrida a lugar de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU


"Nos discursos da Assembleia-Geral que fiz nos dois últimos anos insisti nesse ponto e, desta vez, o Presidente (da República) Aníbal Cavaco Silva voltou a insistir", afirmou Machete.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português falou à Lusa após a reunião de hoje dos chefes da diplomacia da organização lusófona, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

"Este é um ponto em que consideramos que se justifica que o Brasil e outros países, cuja dimensão e importância nas relações internacionais e economia mundial, tenham a sua presença como membro no Conselho de Segurança (CS). Estamos ainda longe de uma visão da ONU nesse sentido", comentou.

A reforma do CS teve início com o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan (1997-2007), e se arrasta desde então. O homólogo brasileiro, Mauro Vieira, reforçou que há um apoio dos países lusófonos tanto para a reforma do CS como do pleito brasileiro.

"Não há dúvida. (Este apoio) já foi expresso em mais de uma ocasião, inclusive em documentos oficiais. Todos os países apoiam o pleito brasileiro de reforma do CS e de o Brasil tornar-se membro permanente do Conselho", disse à Lusa.

Atualmente a Comissão para a Consolidação da Paz da ONU na sua Configuração Específica para a Guiné-Bissau é presidida pelo brasileiro Antônio Patriota, ex-ministro das Relações Exteriores, o que pode fortalecer o papel internacional do Brasil.

"O Brasil ajuda no diálogo, na criação de consenso e dá apoio a resoluções negociadas, sobretudo com a participação de forças políticas e interessadas de cada país. A vocação do Brasil é dialogar e trazer nossas experiências para a solução dos problemas em outros países. Temos uma herança cultural e social comum que facilita a comunicação", reforçou.

No seu discurso na Assembleia-Geral, nesta segunda-feira, o Presidente Cavaco Silva não só defendeu a reforma do CS como também saiu em defesa de que a língua portuguesa seja incluída como idioma oficial da ONU.

"O Conselho de Segurança desempenha um papel primordial neste âmbito [na resolução de conflitos e garantia dos direitos humanos]. Para que possa desempenhar da forma mais eficaz o seu mandato, deve refletir as realidades do nosso Mundo, o que pressupõe um alargamento de ambas as categorias de membros, a par de uma revisão dos seus métodos de trabalho", disse.

E ainda declarou que a língua portuguesa é "um veículo de comunicação global e economicamente relevante, na qual se exprimem cerca de 250 milhões de pessoas da Ásia à Europa, da África à América na sua vida quotidiana. É também língua oficial e de trabalho em diversas organizações internacionais, nomeadamente em algumas das agências especializadas das Nações Unidas. A legítima ambição da CPLP é ver a língua portuguesa como língua oficial das Nações Unidas".

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #226 em: Outubro 12, 2015, 09:35:00 pm »
Guiné Equatorial faz balanço positivo de um ano de integração na CPLP


"Quisemos entrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa porque sentimos que isso é o regresso a casa", disse Tito Mba Ada na intervenção que proferiu hoje na sede da CPLP, em Lisboa, para assinalar o primeiro aniversário da entrada do seu país na organização que junta os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial.

"A Guiné Equatorial foi descoberta por um português e tem raízes portuguesas, por isso este é o regresso para os nossos 1,2 milhões de habitantes", salientou o embaixador, acrescentando que, entre outras, desde a adesão à CPLP enquanto membro de pleno direito, em julho de 2014, o seu país lançou um conjunto de iniciativas, incluindo a abertura de uma embaixada em Lisboa e de outra junto da CPLP, o início da ratificação dos estatutos da CPLP no parlamento nacional, a criação da comissão nacional da CPLP e visitas recíprocas de políticos de Malabo e da CPLP, entre outros.

Numa intervenção destinada essencialmente a apresentar o país e os passos que foram dados para a integração na CPLP, Tito Mba Ada destacou que a Guiné Equatorial "é uma nação generosa", e lembrou os 1.760 milhões de euros para as empresas que queiram investir no país nos setores considerados prioritários no Plano de Desenvolvimento 2020, entre outros.

"A CPLP deve saber que a Guiné Equatorial está a abrir oportunidades económicas e fomentando a iniciativa e o crescimento, deve saber que as nossas leis protegem o investimento estrangeiro, são seguras para investir; a CPLP deve saber que o país é solidário, é o promotor do Prémio Guiné Equatorial UNESCO para as Ciências, com 13 milhões de dólares, e deu 2 milhões de dólares à Organização Mundial de Saúde para combater o Ébola", destacou.

Na sua intervenção, Tito Mba Ada mostrou também as conquistas desde a adesão à CPLP: "inauguramos uma sede para a cooperação empresarial na CPLP em Malabo, fizemos um protocolo de cooperação com a União de Exportadores da CPLP, e graças à CPLP a Constituição do meu país foi mudada para integrar os princípios da CPLP. Foi emitido um programa de serviços informativos na televisão, a cooperação empresarial foi fortalecida, assinámos uma moratória sobre a pena de morte, temos dois embaixadores em Lisboa e graças à integração na CPLP queremos dar a conhecer a experiência política, económica e social para construirmos uma CPLP mais diversificada, aberta e mais forte", concluiu.

Lusa
 

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Re: CPLP
« Responder #227 em: Dezembro 27, 2015, 01:38:55 pm »
Descendentes de portugueses na Ásia criticam uma CPLP voltada para as "nações ricas"



Em declarações à agência Lusa, o também representante das minorias junto da administração de Malaca e autor do livro "Pessoas Proeminentes na Comunidade Portuguesa em Malaca", disse que os lusodescendentes de dez países asiáticos estão a organizar a primeira Cimeira da Comunidade dos Portugueses Asiáticos.

O encontro, adiantou, terá lugar em Malaca, onde reside uma das maiores comunidades de descendentes de portugueses, por altura da festa do São Pedro, entre "23 e 29 de junho" do próximo ano.

O bloco terá representantes da Malásia (Malaca), Índia (Goa, Damão e Diu), Sri Lanka, Singapura, China (Macau), Tailândia (Banguecoque), Austrália (Perth), Indonésia (Jacarta, Ambon e Flores), Timor-Leste e Myanmar.

O lusodescendente afirmou que o bloco poderá vir a ter "muito mais" membros, por acreditar que ainda existem grupos de descendentes de portugueses por identificar.

Joseph Sta Maria, que está a liderar a iniciativa, adiantou que vai convidar para a cimeira o primeiro-ministro português, o "mestiço" António Costa, porque também ele é um luso-asiático com antepassados goeses.

O mesmo responsável justificou esta decisão "rebelde" com o facto de a CPLP "estar interessada nas nações ricas", como a Guiné Equatorial, onde a língua oficial é o espanhol.

"Eu não sei se eles [CPLP] sabem que nós existimos", questionou.

O lusodescendente reconheceu que os euro-asiáticos em causa são minorias sem força política, ou seja, não administram países e, como tal, não podem ser incluídas como membros na CPLP.

O representante das minorias em Malaca frisou que o facto de haver comunidades como a sua, que "mantém a cultura portuguesa há cinco séculos e vive num ambiente de comunidade, comunicando em português [crioulo malaio-português]", é algo que "não tem preço".

Deu ainda o exemplo dos portugueses negros de Tugu, que "foram levados como escravos para a Batávia [antiga Jacarta], forçados a converterem-se ao protestantismo e a mudarem os seus nomes para nomes holandeses" e que, mesmo assim, "ainda se sentem orgulhosos por serem chamados de portugueses".

"Portugal não se sente orgulhoso disto?", questionou, considerando que o país "tem uma responsabilidade moral" para com os seus "filhos" espalhados pelo mundo.

Após reconhecer que Portugal enfrenta dificuldades, o autor destacou que a "CPLP tem nações ricas", como o Brasil.

Questionado sobre ajudas concretas, Joseph Sta Maria deu a ideia de "montar uma aldeia cultural dos portugueses asiáticos" na Ásia, caso "Portugal e os seus parceiros da CPLP" estejam interessados.

Essa aldeia de "80 a 100 hectares" totalmente portuguesa seria "um negócio muito lucrativo para a CPLP e para organizações ricas no mundo, com as fundações [Calouste] Gulbenkian e Oriente", prosseguiu.

O projeto, reforçou, seria útil para disseminar a cultura e a língua portuguesas e o catolicismo, ao atrair turistas de todo o mundo.

Os portugueses foram responsáveis por muitos dos primeiros contactos dos europeus com o Oriente e chegaram a administrar várias zonas na região, desde Malaca e Timor-Leste a Macau.


Lusa
 

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Re: CPLP
« Responder #228 em: Outubro 30, 2016, 12:52:32 pm »
O Brasil, que vai assumir a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), rejeita que a organização averigue alegadas violações de direitos humanos na Guiné Equatorial para confirmar se o país cumpre os estatutos. Na cimeira que assinala os 20 anos da organização, será aprovada a Nova Visão Estratégica da organização e eleito um novo secretário-executivo.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/cimeira-da-cplp-brasil-recusa-apurar-violacoes-de-direitos-humanos-na-guine-equatorial
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Re: CPLP
« Responder #229 em: Outubro 30, 2016, 02:37:57 pm »
CPLP, a Comunidade das Bananas.
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: CPLP
« Responder #230 em: Outubro 31, 2016, 12:30:25 am »
Uma organização que podia ser tanto mas é tão pouco.
Gostava de cooperação tecnológica, intercâmbio entre universidades, entre academias militares, até exercícios militares conjuntos ou campeonatos desportivos...
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Re: CPLP
« Responder #231 em: Outubro 31, 2016, 01:01:57 am »
Uma organização que podia ser tanto mas é tão pouco.
Gostava de cooperação tecnológica, intercâmbio entre universidades, entre academias militares, até exercícios militares conjuntos ou campeonatos desportivos...

Tens razão, apesar de que acho que Portugal é o menos culpado. A forma como a cúpula do poder em Angola fala sobre o nosso país...... tb acho que o orgulho não tem preço e quem merece levar um chuto, leva e pronto!

Quanto ao intercâmbio na educação, tenho conhecimento de causa e posso dizer-te que há um grande envolvimento. Portugal forma os quadros intermédios e superiores de Cabo Verde, por exemplo. Temos muitos milhares de estudantes no ensino superior do Brasil.......

Em termos económicos, quem está a bloquear tudo é o Brasil. É um pais que protege em demasia as empresas nacionais, o que prejudica como é evidente os consumidores. Por esse motivo temos muitos brasileiros milionários e o resto na miséria..... se deixarem de proteger tanto as empresas brasileiras..... abrindo o mercado, os restantes países da CPLP concerteza também abririam as fronteiras a produtos brasileiros.

Em relação a Portugal julgo que ainda há bastantes ressentimentos, em especial o Brasil que já é independente à 200 anos e continuam a culpar-nos por estarem nesta situação!!!! Julgo que o principal interesse com Portugal, prende-se com os vistos!!!!!!
 
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Re: CPLP
« Responder #233 em: Junho 24, 2017, 06:44:31 pm »
 
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Re: CPLP
« Responder #234 em: Julho 22, 2017, 12:12:52 am »
CPLP adia tema da livre-circulação


 

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Re: CPLP
« Responder #235 em: Julho 22, 2017, 01:39:23 pm »
Adiem e até ao próximo século!!  :N-icon-Axe:

Mas esta gentinha tem alguma noção daquilo que está a propor?! Ou é só para parecer bem?
Entrada livre para pessoas vindas do narco-estado que é a Guiné?!?!?
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Re: CPLP
« Responder #236 em: Julho 22, 2017, 07:10:36 pm »
Adiem e até ao próximo século!!  :N-icon-Axe:

Mas esta gentinha tem alguma noção daquilo que está a propor?! Ou é só para parecer bem?
Entrada livre para pessoas vindas do narco-estado que é a Guiné?!?!?

Tal proposta não concretizará tão logo. Pelo menos que percebo, pelo lado do Estado Brasileiro, isso não sairá nem no longo prazo.
 

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #237 em: Novembro 23, 2017, 03:09:04 pm »
CPLP apenas pode "observar" situações na Guiné Equatorial e no Zimbabué


A CPLP "apenas pode observar, informar-se e acompanhar com atenção" as situações na Guiné Equatorial, com eleições contestadas pela oposição, e no Zimbabué, com o fim do regime de Robert Mugabe", afirmou hoje o Presidente de Cabo Verde.

Jorge Carlos Fonseca, que falava aos jornalistas no final de uma deslocação à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no quadro da visita de Estado de quatro dias iniciada quarta-feira a Portugal, apelou, contudo, à estabilidade em ambos os países.

“Acompanhamos com atenção, mas, naturalmente, a CPLP, neste momento, em relação ao Zimbabué, não poderá fazer mais do que observar, informar-se e acompanhar com atenção, para que, e isso é fundamental, haja estabilidade no quadro dos valores da CPLP, de partilha de valores como o respeito, democracia, transparência e liberdade de atos eleitorais. E isso vale para o Zimbabué e para a Guiné Equatorial”, sublinhou.

Sobre as eleições gerais na Guiné Equatorial, e questionado sobre as críticas da oposição não só ao processo eleitoral, mas também à missão de observação da CPLP, que as validou, Jorge Carlos Fonseca escusou-se a comentar, mas considerou que os órgãos da comunidade devem “avaliar, certificar-se e ter uma avaliação objetiva e segura”.

“A CPLP, através dos seus órgãos, deve avaliar, certificar-se e ter, digamos, uma avaliação objetiva e segura sobre esse tipo de eleições. Temos de respeitar esses princípios tradicionais de funcionamento do Estado: respeito pela integridade territorial, pela independência, pelas suas opções. Mas a comunidade ergue-se na base de valores e de princípios e um deles é o da democracia e o respeito pelos direitos fundamentais e esse deve ser um critério vetor da intervenção da CPLP em qualquer circunstância”, explicou.

Sobre o Zimbabué, nomeadamente sobre se África perdeu mais um regime ditatorial com o afastamento de Mugabe, Jorge Carlos Fonseca indicou que, como Presidente de Cabo Verde, não tem a liberdade que gostaria de ter para responder.

“Só posso responder a isso como Presidente de Cabo Verde, não tenho a liberdade que gostaria de ter. O que posso dizer é que pugno, como Presidente de Cabo Verde, de um Estado membro da CPLP, da CEDEAO e da União Africana (UA), para que tenhamos progressos a todos os níveis, nomeadamente no plano político”, afirmou.

“E isso significa progressos na consolidação de democracias, de constituição de Estados de direitos e de respeito e afirmação dos direitos fundamentais, em qualquer dos Estados da União Africana”, acrescentou.

Sobre a própria CPLP, o Presidente Cabo Verde, país que, em meados de 2018, receberá a conferência de chefes de Estado e de Governo e passará a assumir a Presidência rotativa da comunidade lusófona, reforçou a ideia apresentada quarta-feira no final de uma reunião com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de maior mobilidade e livre circulação entre os nove Estados membros.

“A CPLP tem feito progressos inegáveis. Há muitas expectativas, mas também alguma insatisfação, sobretudo nas sociedades, nos cidadãos, porque talvez se esperasse mais, mais preparação empresarial e económica, mais capacidade de ação política e diplomática, por exemplo, quando há conflitos que atravessam países que nos são mais próximos, quando há eleições ou eleições em países da comunidade ou nos países mais próximos, mais intercâmbio entre segmentos da sociedade civil, mas sobretudo mais mobilidade e mais circulação”, sublinhou.

“No meu entendimento, a CPLP tem de criar as condições e deve haver vontade, determinação e imaginação de todos os Estados, de todos eles, para que possamos constituir-nos mais numa comunidade de povos, de cidadãos, de pessoas, e isso supõe mais mobilidade e mais circulação”, insistiu.

O Presidente cabo-verdiano adiantou também esperar que, na próxima cimeira, dar “passos em frente” neste capítulo, de forma a que possam ultrapassar as “barreiras e condicionalismos” que dificultam a livre circulação.

“Cabo Verde é um país da CPLP e está a discutir a livre circulação no quadro da Parceria Especial com a União Europeia e há dificuldades. Por isso, temos razões redobradas para, num espaço mais pequeno, mais próximo, que consigamos atingir esse objetivo (livre circulação entre cabo-verdianos e europeus). E essa deverá ser uma meta importante para os países da CPLP”, concluiu.


>>>>>> http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/cplp-apenas-pode-observar-situacoes-na-guine-equatorial-e-no-zimbabue
 

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Lightning

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Re: CPLP
« Responder #238 em: Janeiro 05, 2018, 10:39:56 am »
Portugal e França vão reforçar cooperação entre a Francofonia e a CPLP

Portugal vai integrar a Organização Internacional da Francofonia, por proposta de França, que passará também a fazer parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/portugal-e-franca-vao-reforcar-cooperacao-entre-a-francofonia-e-a-cplp_n1050022
 

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Daniel

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Re: CPLP
« Responder #239 em: Fevereiro 16, 2018, 10:27:41 am »
Primeiro ministro de São Tomé diz que CPLP pode “deixar de ter interesse” nos próximos anos
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/primeiro-ministro-de-sao-tome-diz-que-cplp-pode-deixar-de-ter-interesse-nos-proximos-anos-269928


Citar
O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, considera que os países lusófonos não estão a “fazer um bom uso” da CPLP devido às suas agendas internas, advertindo que a organização pode “deixar de ter interesse” nos próximos anos.

“Eu considero que nós não estamos a fazer um bom uso da CPLP. Para isso é preciso que as agendas dos países deixem lugar a uma agenda da comunidade”, disse o chefe do Governo são-tomense, em entrevista à agência Lusa, em Lisboa.

Patrice Trovoada defendeu que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) podia “ser mais interventiva”, nomeadamente em relação às questões ou conflitos internos dos Estado-membros, mas defendeu que para isso é preciso que encontrar “um novo patamar” sobre o que liga os países lusófonos.

Segundo o primeiro-ministro, fazia sentido a ligação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) com Portugal, porque têm “coisas em comum” e souberam “ultrapassar a rutura da descolonização” para tentar evoluir e “pôr no mesmo barco os seus interesses”, mas depois, com a entrada do Brasil “alguma coisa se perdeu”.

“É preciso voltarmos à questão do que é que temos em comum e eu acho que a língua não é suficiente”, disse, dando como exemplo a questão económica, institucional ou os recursos humanos como áreas prioritárias.

“Estou convencido que se nós não chegarmos a esse ponto de fusão, a CPLP vai deixar de ter muito interesse nos próximos anos para cada um de nós”, referiu Patrice Trovoada.

Questionado sobre se São Tomé e Príncipe vai cumprir o acordo feito com Portugal de exercer dois anos no secretariado executivo da organização, dando depois lugar a um representante português de 2019 a 2020, Patrice Trovoada referiu que cabe às autoridades portuguesas decidirem o que fazer.

“Esse foi o acordo que se encontrou, se as razões que levaram a esse acordo permanecem, esse acordo é para se manter. A questão foi mais levantada por Portugal. Se Portugal mantém essa posição, o acordo mantém-se”, disse.

Até à cimeira de Brasília, em novembro de 2016, todos os secretários-executivos renovaram os seus mandatos, exercendo quatro anos.

Pela ordem alfabética caberia a Portugal assumir o secretariado-executivo da CPLP depois de Moçambique, mas a diplomacia portuguesa propôs, em março de 2016, ao Conselho de Ministros que fosse São Tomé a avançar nos primeiros dois anos para evitar a ausência de África dos cargos da organização, tendo em conta que o Brasil assumiu a presidência rotativa.

Questionado sobre se apoia a proposta de Portugal e de Cabo Verde para facilitar a mobilidade na CPLP, Patrice Trovoada referiu que “São Tomé não tem problemas com isso”, mas considerou que a proposta é “uma questão de protagonismo” porque São Tomé e Príncipe já está a aplicar essa medida.

“Antes disso tudo [da proposta] São Tomé e Príncipe adotou a política de livre circulação para todos os cidadãos da CPLP”, mas “talvez com menos efeitos mediáticos”, disse, explicando que o seu Governo aprovou a atribuição de nacionalidade imediata, direta a todos os que são oriundos da CPLP e que estavam no país na altura da independência, em 1975.

“Iremos ver qual é a proposta e é evidente que nós não podemos senão apoiar tudo o que vai nesse sentido”, acrescentou Patrice Trovoada.

Portugal e Cabo Verde propuseram a criação de autorizações de residência para os cidadãos lusófonos, que implica ainda o reconhecimento das habilitações académicas e qualificações profissionais recíprocas e a portabilidade dos direitos sociais, que deverá ser discutida na próxima cimeira da CPLP, prevista para julho, na cidade da Praia.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.