Mortes nos Comandos em Portugal!

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Miguel

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Mortes nos Comandos em Portugal!
« em: Novembro 19, 2016, 10:02:43 am »
Ricardo Rodrigues, primeiro-sargento do 127º curso de Comandos, é um dos mais visados no despacho da procuradora Cândida Vilar, que promoveu a detenção dos cinco oficiais e dois sargentos.

O instrutor é denunciado por ter recusado água pelo menos quatro vezes, cortado a comida em duas ocasiões e aplicado severos castigos físicos a militares exaustos em cinco situações.

O mais grave, quando pôs areia na boca de Hugo Abreu – um dos dois que acabaram por morrer de golpe de calor. O outro foi Dylan Silva.




 


Diz o despacho que Abreu, confuso pela exaustão, dores e vómitos, "cuspia em seco e afirmava, sem nexo, que estava ‘ali para curar as feridas’". Rodrigues pôs a areia na boca de Abreu e gritou "cospe lá agora".



 
Infografia

Conheça as 24 horas de terror do 127.º Curso de Comandos

Instruendos tratados como "descartáveis". Dois deles morreram.
Os sete detidos - o tenente-coronel diretor do curso; três tenentes; dois sargentos; e o capitão-médico - foram ontem presentes pela procuradora do DIAP de Lisboa a uma juíza de instrução. E saíram todos em liberdade. O médico está suspenso de funções nos Comandos e nas unidades de saúde militares.

Ricardo Rodrigues estava encarregado do grupo de graduados, de Hugo Abreu. O primeiro castigo foi logo pelas 03h00: recusou água a dois militares e ordenou flexões a todos em castigo por um instruendo querer dar da sua água aos camaradas ‘em seco’. Seguiram-se mais "exercícios físicos por castigo" na montagem das tendas. E logo outro: não puderam dormir.

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Sete militares do caso dos Comandos saem em liberdade

Ao pequeno-almoço deu-lhes apenas um dos três pacotes de bolachas e impediu água. Rodrigues voltou a não os deixar beber após a ginástica. Há outras punições que o Ministério Público não lhe imputa mas diz que existiram. O sargento castigou ainda a falha num exercício com o corte do intervalo e a retirada da água. Deu apenas dois minutos para o almoço dos graduados, recusando alimento a três. Depois atacou Hugo Abreu com a areia na boca.

Perante os abusos de autoridade dos instrutores – "praticados com premeditação", diz o Ministério Público –, o diretor da prova nada fez. E tornou-se coautor dos crimes: "Tinha conhecimento de tais atos porque ia observando as instruções."
« Última modificação: Fevereiro 14, 2017, 03:52:01 pm por Jorge Pereira »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #1 em: Novembro 19, 2016, 01:49:30 pm »
Citação de: Nuno Rogeiro
SÓ OS FACTOS, POR FAVOR
1. A presunção de inocência também se aplica aqui..
2. O segredo de justiça também se aplica aqui
3. A condenação do circo mediático também se deve aplicar aqui.
3A - O processo tem de seguir o seu curso, com todas as garantias, porque não pode deixar de haver apuramento exemplar de responsabilidades. Mas sem histerias extra-judiciais.
3B - As mortes deviam levar a uma reflexão sobre a instrução, em geral, olhando ainda para exemplos internacionais recentes, especialmente funestos. Queremos militares bem preparados, mas vivos.
4. Se a base do Regimento de Comandos fosse o «ódio irracional e patológico», a unidade não existiria.
5. Nenhuma força especial sobrevive fundada no medo dos seus membros entre si, nem na coacção. O que a une são outros elementos, mas é preciso viver no seu seio para os compreender.
6. Em suma, nada de juízos «morais» (ou murais) a olho. Os factos, só os factos, nada mais do que os factos.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #2 em: Novembro 19, 2016, 03:06:22 pm »
Os militares não são deste tempo?
Helena Matos

á se comparou a polémica que rodeia a morte de militares durante a instrução com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Após a morte dos candidatos a comandos começou uma sequência de declarações, desmentidos e novas declarações que dão conta de como é cada vez mais difícil justificar a instituição militar, como esta divide os partidos que apoiam o Governo e como, em consequência disso, a extinção dos Comandos chegou a ser ponderada.

Escrevo que a extinção dos Comandos chegou a ser ponderada não por Catarina Martins ter vindo pressurosamente exigi-la. É óbvio que o fez e fará sempre, pois para o BE os militares devem ser ou uma milícia ou uma ONG, sendo que para mais os Comandos têm aquele senão de oficialmente terem derrotado a esquerda radical no 25 de Novembro de 1975. (Não desmerecendo no valor dos Comandos, em Novembro de 1975 não foi apenas Jaime Neves quem veio para a rua, também houve, à esquerda, quem ficasse em casa, como Otelo, ou quem não deixasse os seus homens sair, caso de Rosa Coutinho. Afinal, em Novembro de 75, depois de ter feito o que queria em África e de garantir em Lisboa os cargos institucionais e administrativos que por largos anos lhe dariam uma influência que nenhum desaire eleitoral abalaria – qualquer semelhança com os tempos presentes não é coincidência – o PCP já não precisava da extrema-esquerda para nada.)

Mas, e voltando ao facto de a extinção dos Comandos ter sido quase decidida, se aos considerandos de Catarina Martins juntarmos as declarações do porta-voz do Exército anunciando que todas as hipóteses estavam “em cima da mesa” a propósito da suspensão dos cursos de Comandos, percebemos que a líder do BE não falou no vazio. Houve ainda uma fonte oficial do Ministério da Defesa respondendo ao Expresso, quando questionada sobre o fim dos Comandos: “Está tudo em aberto”. Para finalizar, o Presidente da República, por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas, achou apropriado ao seu cargo declarar que “será apurado tudo até às últimas consequências”. O português é de facto uma língua traiçoeira e a expressão “até às últimas consequências” não é neutra de modo algum. Note-se que o PR não falou de causas. Falou sim de consequências e só de consequências, num momento em que, acreditávamos nós, se procuravam apurar as causas. Que consequências eram essas?

Entretanto, a roda livre das palavras inverteu o sentido e agora todos, à excepção do BE, garantem que os Comandos não vão ser extintos. Em resumo, extinguir os Comandos chegou a ser ponderado mas essa extinção era ceder demasiado ao BE, que tem manifestado um interesse constante pelo que se passa nos quartéis e já saíra triunfante do caso do Colégio Militar, em que, recorde-se, Marcelo Rebelo de Sousa aceitou, como se isso fosse um mero acto administrativo, o pedido de demissão do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Carlos Jerónimo.

Por agora, a não ser que uma nova declaração ou facto alterem substancialmente as circunstâncias, os Comandos continuarão a existir. Mas eles em particular e a instituição militar no seu todo são uma espécie de corpo estranho, pois à força de se se confundir paz com pacifismo (nada mais perigoso) acabámos sem perceber para que servem os militares. E não, este não é um problema que decorra de termos radicais no Governo. Claro que sempre que se fazem alianças com radicais tem de se lhes entregar sectores em que estes, dando asas à fúria inquisitorial que os anima, acabem a ganhar espaço: a polémica em torno dos colégios com contratos de associação é um bom exemplo dessa espécie de fatalidade. Mas a incompreensão em torno dos militares é muito mais profunda. Claro que um destes dias o PAN pode entrar em transe quando ouvir o grito “Mama Sume” dos Comandos, que era também o grito que se fazia ouvir aos jovens Bantu aquando da caça ao leão. E, naturalmente, uma qualquer comissão de género partirá, se tiver luz verde para tal, numa cruzada histérica por causa das referências às namoradas nos hinos militares. Mas, para lá deste folclore, as sucessivas fantasias que alimentamos sobre as forças armadas dão conta de algo que se chamaria decadência caso fossemos capazes de chamar as coisas pelos nomes.

Tivemos a fase das forças armadas enquanto barbudos distribuidores de flores. O resultado foi mais ou menos o caos e a institucionalização da violência. Mas ficámos com belas fotografias. Depois as flores ficaram para as floristas, as barbas para os barbeiros e os militares voltaram aos quartéis. Anos depois, extinguia-se o serviço militar obrigatório – rapar o cabelo e fazer flexões estava ao nível da tortura! – e apostava-se na excelência das forças especiais. Tudo foi feito ao sabor das modas e dos votos: agora que a Europa se debate com o fanatismo de milhares de jovens, questiona-se em países como a França a reintrodução do serviço militar obrigatório, não para que os recrutas combatam os terroristas, mas sim para que a ida à tropa faça aos jovens fanatizados aquilo que fez outrora a milhares de mancebos – integrá-los. Afinal, se do ponto de vista militar o serviço militar obrigatório não é hoje muito interessante há que ter em conta que quando se fecharam os quartéis se fechou também a instituição mais transversal da sociedade.

Mas voltemos à extinção do serviço militar obrigatório. Dava-se então como inquestionável que poderiam e deveriam existir forças especiais. Espantosamente (ou talvez não) dessas forças especiais tínhamos como actuações mediatica e publicamente aceitáveis os desfiles e as missões de paz. Sendo que por missões de paz se entendiam invariavelmente duas coisas: cozinhar bacalhau com couves no Natal, estivessem e estejam os militares onde estiverem, e a distribuição agora não de flores mas sim de medicamentos e comida.

Após o 11 de Setembro, passou a admitir-se que as tropas especiais (nunca as nossas, mas sim as de outros países) poderiam fazer outro tipo de operações além das reservadas à Cruz Vermelha. Chegou até a fantasiar-se que bastaria usar tropas especiais para assegurar a paz no mundo (Como bem se vê no caso da Síria, este tipo de intervenção poupa os militares, poupa os governos mas está longe de poupar os civis). A estas fantasias sobre a natureza e o impacto das operações feitas unicamente por tropas especiais veio juntar-se, em países como Portugal, a particularidade de ser cada vez mais difícil compatibilizar o funcionamento, a hierarquia e os valores das forças armadas, sejam elas constituídas por tropas especiais ou não, com sociedades em que os jovens apenas podem receber ordens se estiverem num programa de talentos culinários. Já a avaliação está reservada aos concursos televisivos. As vicissitudes do clima só as podem enfrentar nos festivais de verão. Desastres e acidentes resultantes do esforço físico só se toleram (e calam) caso os jovens sejam praticantes de um qualquer desporto, de preferência rentável ou medalhável. Já se comparou a polémica que rodeia a morte de militares com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Parece-me óbvio que aquilo que aconteceu neste curso de Comandos tem de ser investigado e corrigido o que tiver de ser corrigido. Mas por trás desta polémica o que temos é o resultado do populismo com que ao longo de anos se tem tratado a instituição militar.

http://observador.pt/opiniao/os-militares-nao-sao-deste-tempo/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #3 em: Novembro 19, 2016, 09:44:58 pm »
Sinceramente já nem sei o que dizer. Esse texto é de um atroz "ideologismo" e de uma total falta de conhecimento da Instituição Militar e das muitas e variadas missões efectuadas ao longo de todos estes anos, especialmente a partir de meados da década de 90.  Certamente que os primeiros batalhões de Páras na BiH assim como nós e os Rangers no Zaire ou quando tivemos de ir até à Guiné fomos lá "comer bacalhau com couves". Em Timor a rapaziada da 1ª missão comeu tanto bacalhau com couves durante os primeiros 3 meses que até deu para perder ao 10, 12 e 14 quilos de tão boa e voluptuosa ementa, assim como do rácio de patrulhas e serviços e intervenções.

E se vamos falar do fim do SMO ou da "perseguição às FA, à cabeça estão rapazinhos como o inenarrável Passos Coelho, só para começar e, se houve partido politico que tem tido uma conduta de responsabilidade sobre o papel das FA na Sociedade Portuguesa, têm sido justamente o PCP (yah yah, já sei que é para instrumentalizar e blá blá blá e com isto meia dúzia já saíram de frente do PC para se irem benzer junto ao retrato do Botas com uma miniatura do Portas de um lado e do Cavaco do outro e eu, agora que falei dessa tríade, tenho de me ir penitenciar frente ao retrato do Estaline enquanto emborco um vodka da minha "botelha" comuna cuja tampa é a esfinge do camarada Lenine para purificar o espírito).


Miguel, não concordo consigo na questão da extinção dos "Comandos", já expliquei o porque e, desde que a Instituição perceba o que tem andado a fazer, corrija o que tem de ser corrigido, puna quem tem de ser punido e crie os mecanismos que evitem este tipo de situações, não coloco essa questão.

Cabeça, factos é justamente o que está a colocar muita gente com os "tins-tins" entalados, para além deste grupo que já está indiciado. Não se vai buscar um Tenente-Coronel sem ter os pés bem assentes no chão, ou seja, com factos e argumentos .
 

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paraquedista

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #4 em: Novembro 19, 2016, 10:50:45 pm »
E mesmo triste...uma tropa excepcional quando pronta...mas fazem sempre estas grandes estupidezes aquando da instrucao Basica...vao muito alem do limite e do aceitavel. Nao dar agua quando as temperaturas estao nos 40 graus !!! e ainda por cima estao a levar os homens ao limite antes do tiro de combate...e depois obrigar a comer "terra" ou "arreia" e mesmo para doidos...Nunca tal coisa se faria nos Paraquedistas...nem no tempo do meu Pai, na Guerra Colonial....rebolar nas Silvas, sim, isso ja se fez
Tenho um grande amigo Comando e respeito muitas das coisas que os Comandos fizeram...mas estes actos sao inaceitaveis...para mais e algo que ja se repetiu vezes demais e por isso, nao ha desculpas !!!

Concordo que e tempo de acabar com esta tropa de uma vez por todas.
 

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perdadetempo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #5 em: Novembro 19, 2016, 11:10:40 pm »
Citar
se comparou a polémica que rodeia a morte de militares durante a instrução com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

Só um pequeno detalhe , na morte súbita dos atletas não havia silêncio, porque em vários casos assistiu-se na televisão um Sr. Dr. com um ar muito sério a informar que o atleta em questão não tinha lá feito os testes. Todos os atletas de alta competição são obrigados a fazer uma série de testes e provas de esforço para verificar a sua aptidão a praticarem a modalidade que praticam e existem estudos sobre o síndroma da morte súbita.

Por outro lado ainda me lembro do tempo dos mancebos e do facto de quase todos os anos aparecerem notícias de  pessoal a cumprir o SMO que morria por excesso de voluntarismo/abnegação?  e não me estou a referir aos indivíduos que se punham a brincar com granadas à volta da fogueira. Quem lesse as notícias até podia pensar que fazer a recruta era uma opção e não uma obrigação.

Existe uma prova de equitação o Raide muito dura para os animais em que existe um acompanhamento veterinário ao fim de cada etapa para confirmar o estado físico do animal e se pode ou não continuar em prova, a acreditar nas notícias as forças armadas ainda não chegaram a esse grau de sofisticação mesmo no novo formato profissionalizado.

Quanto às acções do sargento espero que se eventualmente se chegue a alguma conclusão se foi apenas o resultado dum treino muito duro e  com uma componente psicológica ainda pior coordenada por alguém sem a capacidade para reconhecer os efeitos das suas acções ou se se trata de outra coisa. Em relação ao pessoal médico ou serão coniventes ou não têm a autoridade para cumprir as suas obrigações, e seja qual fôr o caso mais vale arranjarem outra actividade.  O Tenente-Coronel que andava por lá tinha obrigação de saber com quem trabalhava e intervir caso fosse necessário em vez de deixar chegar as coisas ao estado a que chegaram, que eu me lembre é supostamente por isso que existe uma hierarquia.

Em relação às declarações polémicas dos betinhos do BE ou outros, é triste mas neste País só quando há broncas destas é que as instituições se sentem obrigadas a limpar os cantos à casa em vez de fazerem de conta que não há nada para ver, é o que se chama escrever direito por linhas tortas

Cumprimentos


 

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Sertorio

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #6 em: Novembro 20, 2016, 12:08:13 am »
Citar
E digam lá como é possível preparar técnicos com conhecimento superior na área da motricidade sem serem licenciados e em apenas seis meses (Mafra), e com um corpo docente (a maioria) sem creditação universitária? Claro que não é! Mas não venham dizer que não sabiam porque isso não desculpa as 19 mortes de comandos até ao presente! Terá de ser o Ministério da Defesa a equacionar a questão, porque o Estado-Maior do Exército, em 40 anos, foi incapaz de perceber isto, talvez porque a maioria dos membros do Corpo do Estado-Maior”, salvo raríssimas exceções, odiavam a Educação Física na Academia Militar…!

http://ionline.sapo.pt/artigo/532618/porque-morreram-comandos-?seccao=Opiniao_i
 
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Cabeça de Martelo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #7 em: Novembro 21, 2016, 02:58:11 pm »
Se ainda não perceberam eu coloquei dois artigos sobre este assunto, só para colocar as coisas de várias perspectivas.

Dito isto, depois de ler o artigo que o Sertório colocou aqui, devo dizer que devo ter assustado todos à minha volta... é que devo estar vermelho de tanta raiva. Não, não é contra o Sertório, mas sim da pessoa que escreveu o dito artigo de opinião.

Na minha incorporação os Comandantes de Pelotão que eram RV ou RC era tudo pessoal com o 12.º ano de escolaridade, excepto uma personagem que tinha exactamente o curso de Educação Física feita numa universidade por esse país fora. Esse Oficial foi o que mais porcaria fez na minha recruta, foi o que mais provocou lesões e depois esse senhor pensa que é por ter ou não 3/5 anos de formação numa universidade que fazia diferença?! Não meus senhores, uma coisa é a formação outra coisa é o carácter (ou falta dela) de um individuo. TIve Instrutores que foram excelentes, tive Instrutores que só de os ver o pessoal tremia com medo, tive de tudo!

Algo deve ser feito, mas não é batendo com a mão no peito e dizendo que os Comandos devem continuar assim, ou acabarem com a dita unidade. Deve isso sim, ver-se o que raio é que torna os Comandos um caso tão singular no seio das Forças Armadas, a razão de tantas mortes e lesionados e fazer algo.
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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #8 em: Novembro 22, 2016, 02:15:53 pm »
Parece que não sou só eu a pensar assim!

OS COMANDOS (OUTRA VEZ) NO CENTRO DO FURACÃO

Por Miguel Machado


Leitura do “Código Comando” na Parada Major-General “Cmdo”Jaime Neves do Regimento de Comandos, na Serra da Carregueira. As tradições são inerentes aos corpos militares, devem manter-se, mas a perenidade das instituições – e os Comandos não são excepção – dependem da sua abertura à mudança. Por vezes é complexa, mesmo dolorosa, mas inevitável.

Os Comandos, hoje

Os Comandos são credores de um espírito de corpo como há poucos em Portugal, daqueles que vão muito para além do tempo nas fileiras. São uma unidade de elite não apenas pela sua história, mas pelas capacidades do actual Regimento de Comandos. Poucos mas bons, equipados com a disponibilidade que o ramo terrestre consegue, participaram nas Forças Nacionais Destacadas, em Timor-Leste (2004), com uma companhia integrada num batalhão de infantaria e no Afeganistão (entre 2005 e 2010, com interrupções), como força autónoma, com efectivo de companhia reforçada, numa missão também desempenhada por Pára-quedistas. Tinham no teatro de operações um efectivo de cerca de 160 militares, incluindo o Destacamento de Controlo Aéreo Táctico da Força Aérea. Entre 2010 e 2012 com a mudança de figurino da missão portuguesa, os Comandos, assim como outras especialidades do Exército e até da Marinha, continuaram a servir em períodos semestrais, quer em funções de comando e estado-maior quer na chamada “Protecção da Força”. Agora uma “companhia menos”, com cerca de 50 militares. Assim, entre 2005 e 2012, muitos militares Comandos serviram no Afeganistão, em diferentes tarefas, tendo actuado com grande proficiência, sofrido várias emboscadas (eles e os Destacamentos da Força Aérea, que costumam ser esquecidos!), que só a política de comunicação do EMGFA de então ocultou (e mal!) da opinião pública.  Por opção do Exército os Comandos foram mesmo a força portuguesa que mais tempo serviu no Afeganistão, com muitos dos seus militares a cumprir ali várias missões.

Um militar Comando e um Pára-quedista morreram no Afeganistão, em 2005 e 2007, respectivamente.

Em 2015 o Exército iniciou a missão no Iraque com um contingente destinado a ministrar formação, composto 30 militares graduados, a maioria Comandos. Após 6 meses, foram substituídos por outras unidades da Brigada de Reacção Rápida, a qual, agora em 2016, foi rendida pela Brigada Mecanizada.

Em 2016 está previsto o envio de uma Companhia de Comandos – 160 militares – para a Republica Centro Africana. A partida tem sido sucessivamente adiada por motivos estranhos a Portugal e parece agora que será em Janeiro de 2017 o retorno dos Comandos a uma missão de “capacetes azuis”.

Na Cooperação Técnico-Militar, embora com efectivos muito reduzidos, militares Comandos, graduados, têm tido um importante papel de apoio à política externa portuguesa, mantendo-se actualmente, a pedido de Angola, a assessoria às suas Forças Especiais.

Esta é uma síntese da actividade operacional real desempenhada pelos Comandos desde que em 2002 foram reactivados e o balanço só pode ser considerado positivo.

Passo a passo, com a atribuição de meios e missões, o Regimento de Comandos estava agora a lutar, como o Exército em geral, pela conquista de voluntários. Sem pessoal, sem praças, não pode sequer haver continuidade nas missões. Mesmo que disponha organicamente de um batalhão, se o Regimento o empenhasse numa missão semestral, no período seguinte já não conseguia continuar a cumprir. Não é falta de vontade é impossibilidade!

Alcochete, Setembro de 2016

É neste quadro motivador para os Comandos – com uma missão exterior prevista e pronta a arrancar – que no decurso do 127.º Curso de Comandos, se dão as duas mortes que todos conhecemos e que remetem para acontecimentos anteriores, antes da extinção do Regimento em 1993, mas também para 2015.

Os factos estão a ser apurados como nunca o foram no passado, e não parece que possa haver qualquer encobrimento de eventuais responsabilidades a todos os níveis. Absolutamente inusitado o tratamento dado aos militares Comandos constituídos arguidos pela Procuradora Cândida Vilar, absolutamente desnecessário e manifestamente cruel, quer para os próprios quer mesmo para a Instituição Militar.

O Curso de Comandos vai ter que ser alterado. Não duvido que essa é a condição básica para a continuidade da unidade. Imagino que para muitos seja difícil, mas não há missão atribuível aos Comandos que justifique as consequências do que se possa ter passado em Alcochete.

Todas as missões que os Comandos cumpriram foram também realizadas por outras forças nacionais, como aliás os Comandos podiam perfeitamente ter realizado missões que não fizeram, na Bósnia, Kosovo e em muitos outros locais. Quem não quiser ver isto, não está a contribuir para a perenidade dos Comandos mas a fazer o seu contrário. É uma questão de tempo.

http://www.operacional.pt/os-comandos-outra-vez-no-centro-do-furacao/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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paraquedista

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #9 em: Novembro 22, 2016, 08:06:09 pm »
Noticia do DN, onde esta ainda mais bem explicado, o que se passou...e mostra bem os excessos cometidos e que por isso quanto a mim, os militares em causa, mereceram ser tratados da maneira que foram.

E claro, que concordo plenamente...que algo ira mudar...

Citar
Arguidos nas mortes no curso de Comandos saíram com termo de identidade e residência, juíza aplicou medida mais gravosa a médico. Ministério Público disse que detidos sabiam estar a dar ordens "contrárias ao dever militar"

Passava das 23:00 quando eram divulgadas as medidas de coação decretadas aos sete arguidos no caso das duas mortes no 127º curso dos comandos. Todos saíam em liberdade com termo de identidade e residência, a medida mais gravosa foi aplicada ao capitão médico Miguel Domingues, suspenso de exercer funções em unidade de saúde. Depois das medidas aplicadas pela juíza, os arguidos vão aguardar julgamento fora do presídio de Tomar, para onde foram levados após os mandados de detenção da procuradora do Ministério Público Cândida Vilar.

Nestes, a procuradora acusa os instrutores dos Comandos, detidos na quinta-feira, de privarem os instruendos de beber água numa situação de calor extremo que sabiam ser "absolutamente desaconselhável, conforme resulta de todas as publicações científicas sobre ondas de calor". Com o Presidente da República a declarar que a investigação do MP "deve merecer escrupulosa colaboração, por parte das Forças Armadas" - pois "são a história, o prestígio como elemento estruturante da identidade nacional e o respeito como salvaguarda do Estado de direito democrático que o impõem" -, os sete militares detidos foram ouvidos ontem por um juiz de instrução.

Quanto ao mandado do MP, a que o DN teve acesso, ele parece indicar que a privação de água (ou beber apenas quantidades mínimas) durante horas, aparentemente sem ter em conta o nível de calor existente, seria uma prova a superar pelos instruendos - quando o seu racionamento "não está sequer previsto no guião da prova".

Esta privação de água e outros maus-tratos resultaram em ordens "contrárias aos deveres do militar e disciplina militar" por parte dos cinco instrutores detidos, que o fizeram na presença do médico - que chegou várias horas depois de iniciados os exercícios no Campo de Tiro de Alcochete - e do diretor do 127.º curso dos Comandos (ambos também detidos para interrogatório pela Polícia Judiciária Militar).

O MP indica expressamente que um dos sargentos instrutores "privou os instruendos (...) de beber água, apesar de saber que devia ser garantido alimentação e água, conforme consta do guião" da chamada Prova Zero e que é a primeira do curso de Comandos.

Segundo o documento, os instrutores "bem sabiam que a exposição ao sol a temperaturas tão elevadas e sem que os instruendos se encontrassem hidratados era absolutamente desaconselhável, conforme resulta de todas as publicações científicas sobre ondas de calor". Note-se que no primeiro dia de exercícios do curso, a 4 de setembro, as temperaturas variaram entre os 24 e os 32,4 graus centígrados logo entre as 08.30 e as 10.20 - superando mais tarde os 40º, sem que o curso fosse interrompido e quando, num caso de desmaio em que o médico ainda estava ausente, "a enfermeira nem sequer foi capaz de se aperceber do estado de desidratação em que se encontrava o soldado", indica o MP.

No caso do capitão médico (com o curso da especialidade de comando), chegou ao Campo de Tiro de Alcochete cerca das 11.00 quando o exercício se tinha iniciado por volta das duas da madrugada - assim "violando gravemente os seus deveres funcionais" como clínico.

"Desde as 21.30 do dia 3 de setembro de 2016 [início da Prova Zero, no quartel do Regimento de Comandos na Serra da Carregueira] até às 12.20 do dia 4 de setembro, o grupo de graduados [oficiais e sargentos] bebeu no máximo cerca de dez tampas de água (320 ml - o equivalente a uma garrafa de água de 33 cl), sem terem tido praticamente descanso", indica o MP.

Quanto ao grupo dos instruendos formado apenas por soldados, identificado como P3, "bebeu no máximo um cantil de água (um litro)" no mesmo intervalo de tempo e quando todos já tinham realizado uma marcha de uma hora, exercícios físicos, ginástica educativa, instrução de técnica de combate "com elevado desgaste físico", instrução de tiro de combate com "intensidade física desgastante", ginástica de aplicação militar "com elevado desgaste físico" e a instrução do carrossel "de alta intensidade e de enorme desgaste físico".

As ordens dadas "visavam desgastar fisicamente os instruendos, provocando-lhes elevado estado de exaustão pelo calor, stress emocional e sentimentos de humilhação" - que os instrutores sabiam, repete o MP, que "eram contrárias aos deveres do militar e da disciplina militar".

Para o MP, "há indícios abundantes de terem sido cometidas ofensas à integridade física - simples e graves - dolosas, bem como "prova indiciária, resultante das autópsias médico-legais, que aponta para a imputação da morte dos militares Hugo Abreu e Dylan Silva a essas ofensas à integridade física, no plano objetivo, e aos militares que supervisionaram ao nível subjetivo, em que se exige negligência". Pelo que os instrutores dos Comandos no ativo "estão indiciados" pela prática dos "crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física grave, agravado pela morte das vítimas", e de "omissão de auxílio".

Para o MP "não restam igualmente dúvidas" de que "recaía sobre [os instrutores] o dever pessoal de evitar o resultado - quer a ofensa à integridade física quer a morte dos ofendidos. Tal dever é imposto pelas leis militares e resulta da relação hierárquica existente" entre eles, sustenta o MP.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #10 em: Novembro 23, 2016, 02:19:08 pm »

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The FFI Course is a 5 week program of instruction and will be conducted at the Force Fitness Readiness Center (FFRC) aboard MCB Quantico, VA.

http://www.marines.mil/News/Messages/Messages-Display/Article/936334/force-fitness-instructor-course/

Penso que é desta que os Marines vão começar a cair para o lado... cursos de 5 semanas! :Ups:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Miguel

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #11 em: Novembro 23, 2016, 03:18:19 pm »
O que vai se passar agora é :

Falta de voluntarios para os Comandos e mesmo para o resto do Exercito por causa deste caso.

O que fica na imagem popular é que atualmente os Comandos e uma especie de "club" ou "gang" estilo mafia. Nao vale
a pena lembrar o caso das armas desaparecidas....

Portanto resta 2 opçoes:

1° Deixar morrer por ele proprio o Regimento de Comandos depois de uma limpeza e processo, vai morrer por falta de
voluntarios, se actualmente os efetivos estao a 60% dentro de um ano, estarao a menos de 50%

2° Acabar com os Comandos, passar toda a historia para o museu militar como aconteceu com outras unidades antigas como
os Caçadores os Dragoes Granadeiros etc....
Esta opçao permite reforçar os efetivos do CTOE e os Paras, e dar uma imagem forte que nas forças armadas nao é permitido
algums caids/leaders mafiosos fazerem o que lhes apetece e brincar com os outros.
Sendo alias esta a unica maneira do Exercito sair com as maos menos sujas deste desastre...2 mortes e 20 feridos em diversos graus num dia.
Se é aceite Baixas num acidente como no caso do C130, Baixas por negligencias e torturas isso nao é aceitavél.

Como existe provalvalmente uma mafia "comandos" no Exercito é possivél a primeira opçao ser a escolha...Nesse caso o proprio risco do Exercito esta em causa, e talvez deverao voltar ao SMO, porque os voluntarios vao ser cada vez menos...

Passa por a cabeça de alguém que num dos paises com a pior demografia do mundo, se pode tratar assim de uma recruta ?
Tirar agua ao recruta e ainda por atirar areia ??? Para qué ?

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #12 em: Novembro 23, 2016, 03:41:51 pm »
O que vai se passar agora é :

Falta de voluntarios para os Comandos e mesmo para o resto do Exercito por causa deste caso.

Isso já é a realidade à muitos anos não só no Exército, como em todos os Ramos. As vagas que o governo autoriza são poucas, a qualidade e quantidade dos voluntários também não ajuda à festa.

Portanto resta 2 opçoes:

Citar
1° Deixar morrer por ele proprio o Regimento de Comandos depois de uma limpeza e processo, vai morrer por falta de
voluntarios, se actualmente os efetivos estao a 60% dentro de um ano, estarao a menos de 50%

Qual a diferença entre os Comandos e qualquer outra Tropa Especial? Os 44 catatuas que agora juraram bandeira no Regimento de Paraquedistas ou os 20 e poucos Fuzileiros que acabaram à dias de receberem a sua Boina... queres mais exemplos?


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Passa por a cabeça de alguém que num dos paises com a pior demografia do mundo, se pode tratar assim de uma recruta ?
Tirar agua ao recruta e ainda por atirar areia ??? Para qué ?

Não eram recrutas, eram formandos no primeiro dia do Curso de Comandos, que já eram militares "prontos" que vieram de outras unidades militares do Exército Português, que passarem por várias semanas de estágio, antes do curso em si.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #13 em: Novembro 23, 2016, 03:55:15 pm »
Engenharia de Segurança Operacional

Texto : Dr. Mário Vaz, Dr. Santos Baptista, Dra. Joana Guedes e TCor Mário Álvares

http://assets.exercito.pt/SiteAssets/JE/Jornais/JE661_Ago_Set16.pdf

pág. 31 à 33.

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Sertorio

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Re: Mortes, tortura e homicidio nos Comandos em Portugal!
« Responder #14 em: Novembro 25, 2016, 06:44:12 am »
 
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24.11.2016

Mais de 50 oficiais do serviço de saúde militar estiveram reunidos esta quinta-feira num jantar em Lisboa, uma demonstração de apoio ao médico dos Comandos que foi indiciado por homicídio por negligência no caso da morte de dois recrutas.

Os oficiais garantem que clínico será o menos responsável pelo que aconteceu e sublinham que as condições em que decorrem os cursos favorecem a existência de incidentes graves.

Ainda assim, lembram que os comandos são uma força de elite que atua em cenários muito difíceis e que só uma formação que leva os recrutas ao limite os pode preparar para as situações que vão encontrar.

Por essa razão, criticam o ministro da Defesa por se ter apressado em garantir que iriam ser encontrados os culpados, uma declaração que entendem que só pode ser feita por alguém que não saiba o que é um curso do género.

Veja-se no video da SIC a breve entrevista com um médico do exercito, antes do jantar de solidariedade, em que este realça a falta de condições atualmente existente no exercito a nivel de assistencia médica a este tipo de cursos

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-11-24-Militares-reunidos-em-jantar-de-apoio-ao-medico-indiciado-de-homicidio-por-negligencia