Onde Nasceu Cristóvão Colombo?

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Luso

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« Responder #45 em: Maio 31, 2008, 03:17:54 pm »
Leitura recomendada:

Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabecinhas

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« Responder #46 em: Maio 31, 2008, 04:31:31 pm »
Por acaso estou a ler este livro, mas na versão traduzida... Acho engraçado como é que um jornalista curioso consegue provar uma coisa e históriadores simplesmente desprezam essa possibilidade
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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papatango

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« Responder #47 em: Maio 31, 2008, 06:47:41 pm »
O problema são sempre as provas claras que a História precisa para provar alguma coisa.

Um jornalista (aliás dezenas de jornalistas e editores de programas de TV) já demonstraram que provavelmente os primeiros europeus a chegar à América foram os Vikings.

Isso pode até ser óbvio e evidente. Mas a verdade, é que não há um documento claro que o comprove.

Os portugueses, por exemplo, começaram por erguer marcos. Os padrões dos descobrimentos. Eles podem até nem ter sido respeitados, mas são documentos.

Pelo que conheço desse livro - de que só conheço o resumo, pelo que não se pode excluir que esteja a dizer uma barbaridade - estamos perante o mesmo problema.

Tenho que esgravatar por aí para procurar o livro...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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André

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« Responder #48 em: Maio 31, 2008, 07:18:53 pm »
Citação de: "papatango"
O problema são sempre as provas claras que a História precisa para provar alguma coisa.

Um jornalista (aliás dezenas de jornalistas e editores de programas de TV) já demonstraram que provavelmente os primeiros europeus a chegar à América foram os Vikings.

Isso pode até ser óbvio e evidente. Mas a verdade, é que não há um documento claro que o comprove.

Os portugueses, por exemplo, começaram por erguer marcos. Os padrões dos descobrimentos. Eles podem até nem ter sido respeitados, mas são documentos.

Pelo que conheço desse livro - de que só conheço o resumo, pelo que não se pode excluir que esteja a dizer uma barbaridade - estamos perante o mesmo problema.

Tenho que esgravatar por aí para procurar o livro...


Quanto à descoberta da América é um facto aceite que foram os Vikings, desde o tempo do Lyndon Johnson e quando foram descobertas casas Vikings em L'Anse aux Meadows.

Estou a ler esse livro, e está muito interessante, se nós chegamos a Timor, muito provavelmente chegamos à Austrália. E o mapa de Vallard é como algodão não engana ...   c34x

 

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Luso

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« Responder #49 em: Junho 03, 2008, 10:30:21 pm »
Da leitura de "Beyond Capricorn", da obra de Luciano da Silva e de Rainer Daehnardt, com referencias a assuntos semelhantes mas ao mesmo tempo díspares, levam-me a conceber uma imagem dos monarcas da Idade de Ouro, nomeadamente de D. João II- certamente o artífice determinante - que seria monarca e estadista de uma grandeza perante a qual eu me curvo.
Que gente!

Não é à toa que uma certa "cultura", "ideologia" ou "fé" os queira banir da memória: a escória não suporta o brilho do ouro.

Dos três autores posso retirar uma leitura comum da acção de pelo menos 3 navegadores portugueses ao serviço de Espanha ou França.

Recomendo aos foristas interessados que investiguem o assunto para posterior discussão.

Por agora confesso-me esmagado pela grandeza dos nossos reis da dinastia de Avis, nomeadamente por D. João II.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #50 em: Junho 03, 2008, 10:40:16 pm »
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O Pelicano foi o símbolo adoptado por D. João II. Segundo a lenda, o pelicano bicava o seu próprio peito de onde retirava alimentos para dar às crias. Dava a vida para alimentar os filhos.

Era assim que se apresentava o rei, como protector, pai dos súbditos.
D. João II não era um inocente. Para vencer usou maquiavelicamente os poderes que tinha e outros que veio a conseguir
. Morreu também em circunstâncias estranhas. Diz-se que envenenado.

Isabel, a Católica, o outro lado do espelho, a que conquistou Granada e mandou Cristóvão Colombo à América, chamava-lhe "El Hombre".

D. João II teve um projecto consistente. Foi no seu tempo que se descobriu a costa de Angola e se provou que o Índico não era um mar fechado e que se podia ir à Índia por mar. Bartolomeu Dias passou pelo "mostrengo que está no fim do mundo" e o Adamastor foi vencido e ultrapassado.

Hoje não precisamos de pelicanos nem desejamos Maquiavéis mas convinha que houvesse projectos consistentes, não para mudar o mundo mas que mudasse alguma coisa para melhor.

 :arrow: http://www.lis.ulusiada.pt/cursos/gradu ... xto_82.pdf
 

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Luso

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« Responder #51 em: Junho 03, 2008, 10:57:34 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Hoje não precisamos de pelicanos nem desejamos Maquiavéis mas convinha que houvesse projectos consistentes, não para mudar o mundo mas que mudasse alguma coisa para melhor.


Quem disse que não precisamos de pelicanos e maquiavéis?
Ñós não temos nada disso e olhem para o resultado...

Esse também deve ser um professor universitário: honra o feito e depois, para estar bem com Deus e o Diabo, nega o "mal" necessário. Essa gente, do alto da sua vaidade moral, recusa-se a aceitar o trabalho sujo.
Uns zeros.
Uns fracos.
Uns guterristas.
Umas mulheres.
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Luso

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« Responder #52 em: Junho 05, 2008, 06:11:22 pm »
Adivinhem com quem estive hoje pessoalmente à conversa... c34x
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lancero

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« Responder #53 em: Junho 05, 2008, 10:25:57 pm »
Citação de: "Luso"
Adivinhem com quem estive hoje pessoalmente à conversa... c34x


O Colombo?
O Pinto da Costa?
Ah, esses estão mortos


O Rodrigues dos Santos?

PS - Ainda há 15 dias encontreio-o num almoço, ele foi colega de curso da minha madrinha de casamento.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Luso

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« Responder #54 em: Junho 05, 2008, 10:33:51 pm »
Com o Dr. Luciano da Silva, com direito a amena cavaqueira. É um senhor impecável. :D
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lancero

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« Responder #55 em: Junho 05, 2008, 11:06:11 pm »
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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Espanhol, genovês ou português? Há séculos que historiadores e curiosos discutem as origens de Cristóvão Colon, mas hoje são cada vez mais os indícios que apontam para a possibilidade de o descobridor do continente americano ter nascido na vila de Cuba

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O enigma de Colon(bo)


Carlos Pinto


 
A vida do navegador que descobriu, no ano de 1492, o continente americano é hoje um dos maiores mistérios da História universal. Da sua origem às reais motivações que o levaram a comandar a nau Santa Maria, a vida de Cristóvão Colombo aparece sempre envolta num manto de grandes segredos e enredada em constantes contradições. A começar pelo local do seu nascimento, passando pelo verdadeiro nome e terminando nas convicções religiosas.
Seria o navegador espanhol, genovês ou português? Talvez grego ou até francês... O seu nome seria mesmo Cristóvão Colombo ou tal não passaria de um pseudónimo? Praticaria o catolicismo ou o judaísmo? Seria ele um homem convicto no sucesso da sua viagem rumo à Índia pelo ocidente ou estaria apenas a desempenhar uma missão secreta em nome de D. João II?
Mais de cinco séculos depois, numa época em que a tecnologia encontra respostas para quase tudo, todas estas questões parecem redundar num imenso mar de dúvidas sem consensos à vista na comunidade científica que se dedica ao estudo da História. O que não deixa de ser curioso, sendo Colombo o segundo homem mais conhecido do mundo e aquele sobre quem mais se tem escrito livros, depois de Jesus Cristo.
Mas para um alargado número de historiadores e curiosos, assim como para muitos cubenses, a verdade é bem clara: Cristóvão Colon (e não Colombo) chamava-se realmente Salvador Fernandes Zarco, era descendente directo de D. Fernando, Duque de Beja, nascido na vila de Cuba e feito “espião” ao serviço de D. João II.
“Cristóvão Cólon é português até prova em contrário”, afirma convictamente Manuel Luciano da Silva, médico de 82 anos e um dos muitos participantes no colóquio “Cristóvão Colon, Portugal e a Cuba”, que no passado sábado, 24, encheu o Centro Cultural daquela vila.

História “oficial”. A tese de Manuel Luciano da Silva (e de muitos mais) contraria, por completo, aquilo que ao longo dos séculos os livros de História foram revelando sobre as origens de Cristóvão Colon, o comerciante de sedas de Génova, plebeu e ambicioso, que em meados do século XV rumou a Portugal, na altura a grande potência mundial (a par de Espanha).
Pequeno mas próspero, Portugal tinha na descoberta do caminho marítimo para a Índia das especiarias e tapeçarias a grande missão de um povo que, antes de todos, ousou aventurar-se “por mares nunca de antes navegados”. Contudo, o pedido de financiamento para uma viagem marítima até à Índia, mas pelo Ocidente, não convenceu D. João II, que acreditava que o destino sonhado só estaria ao alcance das naus lusitanas através da Rota do Cabo, dobrando o Cabo das Tormentas (depois, da Boa Esperança).
Inconformado, o mercador dito “genovês” rumou a Espanha, onde sob a protecção da rainha Isabel de Castela, a Católica, conseguiu convencer D. Fernando II de Aragão das possibilidades de sucesso da sua viagem. A 3 de Agosto de 1492, Cristóvão Colombo, ao comando da nau Santa Maria, saiu do porto de Palos de La Frontera rumo ao objectivo indiano. Dois meses depois, a 12 de Outubro, encontrou terra. Não era a Índia desejada por D. Fernando II de Aragão, mas uma das ilhas que compõe o actual arquipélago das Bahamas. Estava assim descoberto o continente americano. A História fez o resto!

Tese cubense. Num mundo hermético como é o da História, avesso a grandes mudanças, tentar alterar a verdade dos factos sobre uma figura como o homem que descobriu o continente americano é uma tarefa quase hercúlea.
Nos últimos anos, contudo, tem vindo a ganhar consistência a tese de que Colon é mesmo português e nascido na vila de Cuba, fruto de uma relação proibida entre o infante D. Fernando, Duque de Beja, e Isabel Gonçalves Zarco, uma das várias filhas de João Gonçalves Zarco, cavaleiro do reino e descobridor do Porto Santo e da Madeira.
Manuel Luciano da Silva, juntamente com a sua mulher, Sílvia Jorge da Silva, foi dos primeiros a defender a “portugalidade” do navegador, baseado nas investigações que fez através das bulas papais da época [N.d.r.: consultadas na Biblioteca do Vaticano] e da análise à sigla e ao monograma de Colon. Seguiu-se Mascarenhas Barreto (com os dois volumes de Colombo Português – Provas Documentais) e mais recentemente Manuel Rosa, que juntamente com Eric J. Steele sustenta em O Mistério Colombo Revelado que o testamento que torna Colon italiano – descoberto oito décadas após a sua morte – é “falso” e “sem fundamento”.
“Quando o testamento cair, cai também o único pilar que sustenta a fantasiosa tese da origem italiana de Cristóvão Colon e vai ser preciso encontrar outros documentos para afirmar a figura do tecelão genovês”, frisou em Cuba o investigador – radicado nos EUA – citado pela Agência Lusa.

Mistério por resolver. Quinhentos e dois anos após a sua morte [N.d.r.: a 20 de Maio de 1506], a história de Cristóvão Colon continua a ser um enigma de difícil resolução. Sobretudo pelo que o navegador representa para o mundo e pelo que uma mudança da História sobre a sua figura pode implicar.
As diversas teses existentes sobre o tema tiveram, contudo, o condão de mexer com os cânones instituídos e lançar “a semente para a discussão entre os académicos, que até aqui evitavam fazê-lo”, afirma Carlos Calado, presidente do Núcleo de Amigos da Cuba e da recém-criada Associação Cristóvão Colon, além de ser, também, um grande estudioso das ligações genealógicas do navegador a várias figuras proeminentes da sociedade de então.
Tudo porque “em causa está a verdade”, conforme remata o decano Manuel Luciano da Silva. E a verdade aparenta estar cada vez mais próxima da vila de Cuba…


O NAVEGADOR
AS ORIGENS > Português, espanhol ou genovês (para não falar de grego ou francês)? Nascido em 1447 ou 1451? Muitas são as incertezas sobre as verdadeiras origens de Cristóvão Colon, o homem que comandou a primeira expedição marítima até ao continente americano ao serviço da coroa espanhola. Em 1479 desposou Filipa Moniz, filha de Bartolomeu Perestrelo, um dos povoadores e capitão donatário da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira. Da união nasceu, em 1480, Diogo Colombo, posteriormente nomeado segundo Almirante e Vice-rei das Índias pelo rei espanhol.

O PROJECTO > A grande missão de Colon ao longo da sua vida foi a descoberta do caminho marítimo para a Índia navegando pelo ocidente. Apoiado pela coroa espanhola depois da recusa de D. João II, foi essa a viagem que empreendeu a 3 de Agosto de 1492, numa jornada que redundou na descoberta, a 12 de Outubro do mesmo ano, do continente europeu. Há, contudo, teses – nomeadamente a que reclama a origem cubense de Colon – que defendem que o navegador não foi mais que um espião português a la 007, distraindo o rei de Espanha enquanto as naus ao serviço de D. João II tentavam chegar à Índia.

A MORTE > Depois da primeira viagem, em 1492, Cristóvão Colon voltou ao continente americano por mais três vezes (1493, 1498 e 1502). Acabaria por morrer a 20 de Maio de 1506 na cidade espanhola de Valladolid. Os seus restos mortais, tal como toda a sua vida, acabaram por ser tornar num pomo de discórdia. Inicialmente sepultado em Sevilha, daí foi trasladado para Santo Domingo (República Dominicana) e depois para Havana (Cuba), antes de “regressar” à Catedral de Sevilha, em 1898. Há, contudo, quem defenda que os restos mortais do navegador continuam na capital cubana.
fonte: wikipedia.org

Nova associação defende “portugalidade”
Defender a portugalidade e dinamizar actividades e iniciativas sobre a vida e obra do navegador que descobriu o continente americano é o grande objectivo da nova Associação Cristóvão Colon (ACC), criada em Cuba a 20 de Maio deste ano, no dia em que se celebraram 502 anos após a sua morte. Sedeada em Cuba, a nova associação teve origem no Núcleo de Amigos de Cuba e conta com 26 membros fundadores, entre os quais os autarcas Francisco Orelha (Cuba) e José Ernesto Oliveira (Évora).
Carlos Calado, presidente da nova ACC, explica ao “Correio Alentejo” que a associação terá como objecto social a defesa, “por todos os meios legítimos, a nível mundial, a portugalidade do navegador Cristóvão Colon, divulgando os respectivos factos históricos”.
“É altura de alargarmos o âmbito desta intervenção e não é só com as pessoas da Cuba que isso se pode fazer. Faz todo o sentido juntar numa associação as pessoas espalhadas pelo país e pelo mundo que se interessam pelo tema Cristóvão Colon e a sua portugalidade”, acrescenta este responsável, que tem em mente a edição de revistas e livros sobre o tema, além da dinamização de mais debates e colóquios.
Paralelamente, continua Carlos Calado, a ACC pretende igualmente criar na sua futura sede – num espaço que será cedido pela Câmara de Cuba – uma casa-museu dedicada ao navegador. “Começámos agora a dar os primeiros passos e ideias não nos faltam”, sublinha.


http://www.correioalentejo.com/?go=lista&lista=2
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #56 em: Junho 05, 2008, 11:09:49 pm »
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sexta-feira, 30 de maio de 2008
Entrevista. Manuel Luciano da Silva, médico e autor do livro Cristóvão Colon era Português!

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“Colon é português até prova em contrário”

 

Médico de formação e historiador por paixão, Manuel Luciano da Silva foi dos primeiros a sustentar as raízes portuguesas de Cristóvão Colon, numa “epopeia” que, sempre acompanhado pela esposa Sílvia Jorge da Silva, natural de Santana de Cambas, deu origem ao último filme de Manoel de Oliveira, “Cristóvão Colombo – O Enigma”. Em entrevista ao “Correio Alentejo”, Manuel Luciano da Silva defende a sua tese e desafia os académicos portugueses a deixarem as suas “torres de marfim” e a estudarem o tema.

É médico de formação e não historiador. Porquê esta dedicação à verdadeira história de Cristóvão Colon?
Tive sempre na minha vida dois amores: de dia a medicina, de noite a história. E por identificação com o meu pai, que era marinheiro, apaixonei-me pelos Descobrimentos portugueses. Nos EUA, apaixonei-me por tudo o que se relacionasse com a história da emigração portuguesa. E interessei-me por Colon porque era parte dos Descobrimentos.

Está convicto de que Colon era mesmo português?
Cristóvão Colon é português até prova em contrário. Com aqueles dados todos, as bulas, o monograma, a sigla, a bênção, não há nação no mundo que possa dizer que esses documentos estão ligados a essa nação. Faço sempre os meus estudos com um método científico e é por isso que tenho sido capaz de descobrir coisas que os historiadores não descobrem. Porque eles não têm um método científico.

O Estado português devia interessar-se mais por esta questão?
Os professores catedráticos tinham a obrigação moral e patriótica de enfrentarem estes dados [que apontam Colon como genovês ou espanhol]. Para saberem se são, ou não, verdade. Mas eles ficam circundados nas suas torres de marfim e ganham o mesmo [de ordenado] sem fazer nada.

O que está em causa na questão da nacionalidade de Colon?
Em causa está a verdade. Acima de tudo. Um amador procura sempre a verdade. Os maiores historiadores da história de Portugal foram sempre amadores. Gago Coutinho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Jaime Cortesão, Armando Cortesão, Oliveira Martins… Nunca ensinaram História nos liceus ou nas universidades e no entanto foram aqueles que descobriram coisas. Aqueles que têm por missão ensinar, nunca descobriram nada.

Sente que já cumpriu o seu papel em busca da verdade sobre Colon?
Fui dos indivíduos que primeiro fez a conferência em Cuba [sobre o tema]…

E está satisfeito com o impacto que a questão tem agora?
Temos de prestar atenção ao avanço que se tem feito. Programas de televisão, um filme internacional… Sinto-me satisfeitíssimo. Porque o Alentejo foi, há 500 anos, o epicentro dos Descobrimentos. Vasco da Gama era daqui. Pedro Nunes era daqui. Cristóvão de Mendonça era de Mourão e descobriu a Austrália. Foi em Évora que D. Manuel I disse a Vasco da Gama para ir à Índia. É uma coisa extraordinária. Quem é alentejano, deve sentir-se orgulhoso de o ser. Eu, por exemplo, com tantas mulheres que há nos EUA escolhi para casar uma alentejana natural de Santana de Cambas!


sexta-feira, 30 de maio de 2008


http://www.correioalentejo.com/index.ph ... 62&lista=2
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André

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« Responder #57 em: Março 08, 2009, 06:10:09 pm »
Cristóvão Colombo chamava-se Pedro Scotto, diz historiador espanhol


O navegador Cristóvão Colombo, conhecido como o descobridor da América e cujas origens são alvo de pesquisas, chamava-se, na realidade, «Pedro Scotto» e era genovês, afirma o historiador espanhol Alfonso Enseñat de Villalonga citado este domingo pelo jornal espanhol ABC.

A maioria dos especialistas acredita que Colombo, que teria descoberto a América em 1492, era filho de um tecelão genovês enquanto que outros dizem que era português, catalão, galego ou corso.

De facto, segundo o minucioso trabalho de Enseñat, parcialmente divulgado pelo ABC, Colombo era filho de um comerciante, foi baptizado como Pedro e nasceu em Génova (então uma república marítima independente e hoje uma cidade da Itália).

«Ele tinha olhos claros, cabelos louros, mas com fios brancos. Assim era descrito pelos seus contemporâneos. Nada a ver com as imagens tradicinais, totalmente inventadas», afirma Enseñat.

Esta hipótese apoia-se nos textos de um cronista dos reis católicos, Lucio Marineo Siculo, que referiu «Pedro Colombo» e não Cristóvão Colombo.

Villalonga diz ainda que, durante um tempo, Colombo trabalhou para o pirata Vincenzo Colombo, quando acabou por adoptar esse sobrenome para não prejudicar os seus familiares.

A complexa personalidade de Colombo (1451-1506) é descrita pelos seus biógrafos como a de um comerciante ávido de glória e riquezas e que não hesitou em vender os índios como escravos.

Lusa

 

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Duarte

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« Responder #58 em: Março 08, 2009, 07:02:10 pm »
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sexta-feira, 30 de maio de 2008
Entrevista. Manuel Luciano da Silva, médico e autor do livro Cristóvão Colon era Português!


O Dr. Luciano da Silva foi nosso médico de família durante muitos anos, até se reformar, e é um grande patriota, historiador e uma personalidade ímpar na lusofonia. Infelizmente, a comunidade italiana é maior nos EUA, e Colombo continua a ser Italiano..

 :roll:
« Última modificação: Março 08, 2009, 08:29:26 pm por Duarte »
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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Daniel

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« Responder #59 em: Março 08, 2009, 08:23:28 pm »
Duarte
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Infleizmente, a comunidade italiana é maior nos EUA, e Colombo continua a ser Italiano..



Pois mas é preciso factos, porque contra factos, não há argumentos, eu pessoalmente creio que hoje já pouco importa, se colombo era espanhol, português, italiano etc, pois não vai mudar a história. c34x