Tecnologia Portuguesa

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André

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« Responder #30 em: Outubro 24, 2007, 06:01:07 pm »
Português ganha prémio com simulação para protecção de naves e satélites

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Uma das grandes ameaças aos astronautas e aos instrumentos científicos no espaço são os choques com partículas solares. A animação premiada irá permitir compreender melhor os fenómenos da formação de cometas e a sua interacção com o vento solar, apontando soluções para protecção de naves e satélites.

Na 20ª Conferência Internacional de Simulação Numérica de Plasmas, o investigador português Luís Gargaté do Instituto Superior Técnico conquistou o Prémio Oscar Buneman (galardão criado em memória do pioneiro da simulação computorizada de plasma no espaço) para melhor visualização científica, na categoria de animação.

Face aos perigos existentes no espaço que ameaçam a integridada das naves espaciais e a saúde dos astronautas, o investigador português decidiu idealizar, por meio de uma simulação por computador, um espécie de "atmosfera, ou redoma, que tem como campo magnético uma bolha de gás" , explicou à Lusa.

A animação apresentada em Austin, nos Estados Unidos, representa uma bolha de gás que se expande para o espaço quando atingida pela radiação solar, que gera campos magnéticos.
A partir da simulação, o investigador pretende estudar o que se passa em termos físicos ao longo da evolução destes sistemas, "para ver como eles se comportam e perceber como proteger a nave ou satélite” , sustentou.

Segundo comunicado do Instituto Superior Técnico, a simulação de Luís Gargaté acrescentou novos conhecimentos sobre a formação de cometas e a sua interacção com o vento solar, "apontando novas direcções para a utilização de magnetosferas artificiais para a protecção de naves espaciais".

Ciberia

 

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André

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« Responder #31 em: Outubro 26, 2007, 12:15:00 am »
José Sócrates oferece sistema de navegação português a Vladimir Putin

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O Primeiro-Ministro José Sócrates vai oferecer ao Presidente russo, Vladimir Putini, o sistema português de navegação pessoal «NDrive G300», equipado com mapas de Portugal e da Rússia, revelou hoje a empresa produtora do equipamento.

«O «NDrive G300» é um sistema de navegação integralmente concebido e desenvolvido em Portugal pela empresa «NDrive Navigation Systems».

O presidente da empresa, João Neto, disse que a sua companhia se «sente muito honrada» com a escolha do Governo português, porque divulga o «talento e o trabalho das empresas tecnológicas, mostrando que Portugal é um país onde a tecnologia de ponta tem um papel importante no desenvolvimento económico e social».

A solução de navegação pessoal «NDrive G300» já tinha sido oferecida or José Sócrates aos chefes de Estado e de governo dos restantes países da União Europeia durante Cimeira Informal, da semana passada, em Lisboa.

O «NDrive G300», que é hoje comercializado em mais de 10 países, é um sistema de navegação pessoal, disponível em sistemas de navegação próprios, ou como software para telemóveis.

O NDrive permite a localização rápida de qualquer endereço ou ponto de interesse em mapas de praticamente todo o planeta, e assegura as instruções de navegação, passo a passo, de como chegar ao local de destino. Inclui também funcionalidades avançadas, tais como partilha de localizações, acesso a informação dinâmica com o estado do trânsito ou eventos culturais num determinado local e período.

Entre as suas principais características incluem-se a simplicidade de uso, a qualidade dos conteúdos e a compatibilidade com um vasto número de dispositivos móveis.

O equipamento foi pensado de raíz para os mercados internacionais, e quer os menus quer os comandos de voz estão disponíveis em diversos idiomas.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #32 em: Outubro 27, 2007, 03:07:21 pm »
Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa - Sócrates



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Lisboa, 27 Out (Lusa) - O secretário-geral socialista e primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa e considerou que nunca houve um período tão curto com igual aposta na ciência.

José Sócrates falava no Centro Cultural de Belém, na abertura de mais uma edição do Fórum Novas Fronteiras, dedicada à ciência e à tecnologia, em que fez um balanço dos resultados obtidos nessas áreas desde que o seu Governo tomou posse, em Fevereiro de 2005.

O secretário-geral do PS apresentou como novidade que "este ano, desde Janeiro, a balança tecnológica do país é positiva".

"Portugal está a exportar mais tecnologia do que aquela que importa. Isto tem sido permanente ao longo dos meses", sublinhou.

"Significa que esta é uma actividade bem integrada na economia global, significa que Portugal tem já o nível de investimento e desenvolvimento para responder às exigências desta área comercial", acrescentou.

"Em 2008, pela primeira na história de Portugal, vamos conseguir atingir um por cento de investimento em ciência em percentagem do PIB (Produto Interno Bruto), cumprindo o que foi desde sempre um grande objectivo nacional", salientou, por outro lado.

José Sócrates alegou que "nunca houve um período tão curto com uma tamanha e tão importante aposta na ciência e na tecnologia" no país.

Sócrates referiu também como "resultados dessa aposta, dessa política" o crescimento de 18 por cento da produção científica, medida através dos artigos referenciados em publicações científicas, e a subida para 100 mil dos investigadores doutorados a trabalhar em centros de investigação científica.

"Isto quer dizer que há uma comunidade científica em Portugal", disse, mencionando ainda, entre outros números, a duplicação das patentes registadas na Europa e o aumento de 71 por cento das patentes registadas nos Estados Unidos da América.

O secretário-geral do PS destacou as parcerias estabelecidas com entidades como o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).



Espero que isto venha a ser uma realidade cada vez mais evidente, e não seja demagogia politica.
 

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André

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« Responder #33 em: Outubro 28, 2007, 01:41:20 pm »
Opensoft desenvolve programa para aumentar produtividade

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A empresa tecnológica portuguesa Opensoft desenvolveu um programa de reconhecimento de voz por frases associado às suas aplicações, revelou o presidente executivo, José Vilarinho.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft assinalou que o programa de reconhecimento de voz, que tem «rácios muito elevados de reconhecimento efectivo», visa aumentar a produtividade e «permitir que os operadores tenham as duas mãos livres para as tarefas», comunicando por voz com o sistema informático.

Filipe Janela, administrador da Opensoft, salientou que este sistema de reconhecimento de voz «está focado na capacidade operacional, para fazer mais depressa e sem cometer erros», estimando-se que possa aumentar o desempenho em 15 a 20 por cento.

José Vilarinho disse que a Opensoft tem fortes competências em tecnologias para Internet, com desenvolvimento de soluções à medida muito viradas para o Governo electrónico.

Vilarinho deu como exemplo a parte tecnológica da Informação Empresarial Simplificada (IES), no âmbito do programa Simplex, que a Opensoft recentemente concebeu e que permite que as empresas transmitam numa única declaração electrónica informações sobre a sua actividade que antes era enviada a quatro entidades da administração pública.

A solução desenvolvida para o IES baseia-se no formato standard aberto XML e tem como característica inovadora possibilitar às empresas que apresentem a declaração directamente a partir dos seus sistemas contabilísticos, sem necessidade de preencher formulários, precisou.

José Vilarinho adiantou que a Opensoft desenvolveu, em parceria com a Siemens, uma solução para as alfândegas portuguesas que permite uma análise automática de situações de risco, com base nos dados declarados, tornando a fiscalização mais eficaz.

Acrescentou que a Opensoft criou, também, uma aplicação informática para controlo e detecção da evasão fiscal, que «ganhou um prémio de boas práticas pelas melhorias que trouxe aos processos».

A tecnológica portuguesa desenvolveu um sistema que automatiza todo o processo de controlo das contra-ordenações, «o que permitiu aumentar significativamente as receitas fiscais», ao permitir detectar muito mais situações e resolvê-las num tempo muito mais curto, afirmou o responsável.

No âmbito do novo regime de arrendamento urbano, adiantou José Vilarinho, a Opensoft concebeu o sistema que interliga câmaras municipais, Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Advogados, Finanças, senhorios e inquilinos e um portal que está acessível a todas aquelas entidades, com troca de informações on-line.

Em Portugal, a Opensoft desenvolveu o site de declarações electrónicas da Direcção-geral dos Impostos (DGCI), que é o site mais visitado da administração pública portuguesa, e o site do Instituto de Meteorologia, segundo José Vilarinho e Filipe Janela.

A Opensoft dispõe de uma solução informática para os notários - o SIMN - que automatiza um conjunto de actividades e permite libertar os notários para actividades de maior valor acrescentado, um programa concebido de raiz para a realidade portuguesa e que está instalado em meia centena de notários nacionais, segundo Filipe Janela.

Aquele administrador revelou que a Opensoft desenvolveu para o SIMN uma tecnologia, que designa por módulo cognitivo, que verifica as escrituras e tem um processo de aprendizagem a partir das correcções introduzidas pelos funcionários notariais.

O módulo cognitivo está preparado para identificar e apreender o estilo de escrita de cada notário, observou

José Vilarinho indicou que a Opensoft está a apostar na área da certificação e assinatura digital e desenvolveu há pouco tempo para a SIBS (gestora do sistema Multibanco) um software que facilita a troca de informação assinada digitalmente e que tem tido «excelentes resultados».

Filipe Janela salientou que a Opensoft está a desenvolver soluções de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), com base na sua aplicação O2P, que funciona sobre o software de gestão SAP R3 e que permite uma melhoria da gestão operacional de instalações, como armazéns ou lojas, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

No grupo de distribuição alimentar Jerónimo Martins, a Opensoft desenvolveu um sistema de gestão operacional de lojas que visa controlar e assegurar a execução eficiente de todas as manipulações de artigos nas lojas.

Filipe Janela indicou que a aplicação da Opensoft faz a gestão operacional das lojas da Jerónimo Martins, desde a gestão de armazéns ao controlo das operações e de tudo o que entra a sai dos hipermercados Feira Nova e dos supermercados Pingo Doce.

Fundada em Setembro de 2001, a Opensoft tem registado lucros e facturou no ano passado 3,4 milhões de euros, prevendo para 2007 um volume de negócios de 3,7 milhões de euros, segundo José Vilarinho.

O presidente executivo salientou que a Opensoft não tem dívidas, emprega 54 trabalhadores em Portugal (48 no fim de 2006) e oito no Brasil, admitindo chegar ao fim de 2007 com 70 a 80 efectivos.

A Opensoft tem quatro sócios, todos trabalhadores, detendo José Vilarinho mais de metade do capital, e tem um capital de 50 mil euros mas já foram feitas dotações para o aumentar para meio milhão de euros, precisaram os responsáveis da empresa.

Diário Digital / Lusa

... E procura parceiro sueco e analisa negócio nos PALOP

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A tecnológica portuguesa Opensoft, que abriu uma filial no Brasil em 2007, procura um parceiro na Suécia, onde tem um grande cliente, e está a analisar oportunidades de negócio nos PALOP, indicou o presidente executivo.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho, adiantou que a tecnológica está a analisar algumas oportunidades nos mercados de Cabo Verde, Angola e Moçambique, embora considere que «os mercados dos PALOP [países africanos de língua portuguesa] são complicados e específicos».

Por isso, a Opensoft admite ir para os PALOP em parceria e como fornecedor de tecnologias e soluções.

Além de Portugal, a Opensoft está presente no Brasil, onde tem como cliente a construtora aeronáutica Embraer (40 mil trabalhadores), segunda maior empresa brasileira e terceira no seu sector, a seguir à Boeing e Airbus, na Suécia, onde fornece a maior empresa sueca de congelados, a Dafgard, e na Polónia, com o grupo Jerónimo Martins, adiantou o responsável.

No Brasil, a Opensoft tem oito trabalhadores, dos quais seis na área de desenvolvimento de produtos.

A aplicação O2P, desenvolvida pela tecnológica portuguesa sobre o software de gestão SAP R3, gere toda a logística industrial da Embraer, permitindo a optimização dos processos de produção, segundo Filipe Janela, administrador da empresa.

Filipe Janela adiantou que a equipa brasileira da Opensoft está a desenvolver a monitorização de ciclos de rastreabilidade, o que permite saber, por exemplo, quanto tempo leva uma palete entre a saída da linha de produção e a sua colocação no armazém de expedição ou quanto tempo demora a montagem de um kit, «o que é um conceito inovador».

O administrador revelou que a Opensoft já tem um segundo grande cliente no Brasil, a Eleb, uma empresa de mecânica industrial da área da aeronáutica.

Relativamente à Espanha, José Vilarinho sublinhou que é um mercado de difícil penetração para as empresas portuguesas e, até agora, não surgiram oportunidades para a Opensoft.

José Vilarinho salientou que tanto na área do governo electrónico, como na de «supply chain management» (gestão da cadeia de fornecimentos), onde dispõe da aplicação O2P sobre SAP R3, como noutras áreas tecnológicas, a Opensoft «tem capacidade para exportar para qualquer parte do mundo».

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #34 em: Outubro 28, 2007, 03:46:46 pm »
Em 2009 Portugal irá produzir 1500 doutorados por ano


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José Sócrates fez ontem o balanço do investimento público em Ciência, com promessas na manga em 2008, pela primeira vez, este valor representará 1% do PIB e em 2009, as universidades portuguesas terão condições de formar 1500 doutorados por ano.

Ao fechar a sessão das "Novas Fronteiras" do PS, o ministro da tutela, Mariano Gago afirmou que dois dos cinco artigos científicos mais falados em 2006 tiveram "dedo" português.

A manhã numa das salas do Centro Cultural de Belém foi, por isso, de elogio ao que o Governo tem feito nesta área o recorde de 10 mil doutorados a trabalhar em centros de investigação, tendo este escalão académico crescido 18% - dos quais quase metade em Ciência e Tecnologia.

A contrastar com os números "cor-de-rosa" apresentados por José Sócrates - que se socorreu no discurso de fichas, ao invés do habitual teleponto -, Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) deixou um dado inquietante embora corroborando a contratação de mais de três dezenas de cientistas, nos últimos seis anos, para laboratórios associados, e tendo aludido às entrevistas em curso para preencher quase 30 vagas num desses laboratórios, a questão é que "mais de um terço (dos candidatos a esses lugares) são estrangeiros".

Tiago Outeiro, responsável por um departamento do Instituto de Medicina Molecular, que passou nove anos nos EUA e regressou a Portugal há apenas cinco meses, também disse estar a recrutar líderes para unidades de investigação - e, também neste caso, "a maior parte são estrangeiros".

Exportamos tecnologia

"Portugal está a exportar mais tecnologia do que importa". Este foi um dos dados mais surpreendentes revelados pelo chefe de Governo, que em linguagem mais técnica tinha afirmado minutos antes que "desde de Janeiro que a balança tecnológica é positiva".

Mas há mais resultados aumentou o número de patentes portuguesas na Europa, isto apesar do investimento privado em ciência e inovação empresarial ainda não ter sido divulgado.

Coube, por isso, ao presidente do Massachussets Institute of Techonology (MIT), Dan Roos, ser menos optimista, numa intervenção que passou em vídeo "Temos de ser realistas. É preciso que as universidades portuguesas tenham uma gestão institucional menos pesada e burocrática", disse, referindo as ligações com mais de 30 empresas portuguesas.

Também Alexandre Quintanilha - que em Novembro encabeçará uma delegação nacional à Universidade de Berkeley, na Califórnia, tentar firmar um acordo similiar ao que existe com o MIT - apontou como urgentes uma maior desburocratização no financiamento e mais portugueses em projectos internacionais.

Ao encerrar, Mariano Gago realçou o ingresso de mais sete mil alunos no ensino superior, apesar do 50 a 60 portugueses que foram estudar para Santiago de Compostela, disse, olhando para o presidente da Comissão Instaladora do Laboratório Ibérico de Neonatologia, em Braga, o galego José Rivas.

5820 bolsas de investigação foram atribuídas pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), que está a apoiar 4940 projectos, segundo referiu José Sócrates ontem na sessão das "Novas Fronteiras" dedicada à Ciência e ao Conhecimento.

60 parcerias entre o MIT (Massachussets Institute of Technology) e bolseiros portugueses da FCT (Fundação Ciência e Tecnologia), no que é o maior programa de colaboração do MIT na Europa, e que se prolonga até Outubro de 2011.
 

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André

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« Responder #35 em: Outubro 29, 2007, 06:53:30 pm »
Instrumento português vai estudar subsolo de Marte em 2013

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Em 2013, um instrumento científico português poderá estudar subsolo de Marte, integrado na missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA), num projecto que está a ser desenvolvido há um ano e meio por um consórcio 100 por cento nacional.

O Subsurface Permittivity Probe, ou SP2, é o instrumento que vai integrar a missão europeia, com o objectivo de estudar as propriedades eléctricas do subsolo de Marte.

«Ao medir as propriedades pode indicar se há ou não há água, mesmo que seja em muito pequenas quantidades, como apenas humidade», explicou à Lusa Pedro Pina, do Instituto Superior Técnico, uma das universidades envolvidas no projecto.

O SP2, cujo projecto inicial está aprovado pela ESA, será o primeiro instrumento a estudar o subsolo de Marte, onde até agora só se explorou a superfície, num projecto orçamentado em dois milhões de euros.

A sonda ExoMars tem como objectivo o estudo do planeta Vermelho para detectar provas de vida e tem lançamento previsto para 2011 para chegar a Marte em 2013.

O investigador português Fernando Simões, que estagiou na ESA e está a trabalhar em França, apercebeu-se da oportunidade de criar um instrumento de origem lusa que integrasse a missão da Agência e lançou as bases para a formação do consórcio SP2.

Em Abril de 2006, realizaram-se as primeiras reuniões com várias empresas e universidades para conhecer os currículos e as soluções para integrar o consórcio.

Depois de analisadas as propostas, seguiu-se a escolha das Universidades e das empresas, um total de oito elementos, que hoje formam o consócio SP2.

Da ExoMars fazem parte 11 instrumentos, criados por vários países europeus, e cuja selecção foi uma competição internacional «muito forte», disse Pedro Pina.

A aprovação final do projecto SP2 é feita em Abril de 2008, estando agora este consórcio à procura de financiamento, conforme as regras da ESA.

«A aprovação da ESA é feita por etapas e está dividida em oito partes. Para qualquer instrumento integrar uma missão tem de chegar ao nível oito, nós estamos no nível quatro», afirmou Pedro Pina.

O nível cinco, que tem de ser cumprido até Abril de 2008, exige o financiamento aprovado, disse o mesmo responsável, acrescentando que até agora têm trabalhado com verbas próprias.

«Apresentámos o projecto e uma proposta bastante detalhada ao Estado português», disse Pedro Pina, explicando que é este financiamento que permitirá «dar o salto».

«O financiamento é na ordem dos dois milhões de euros, o que significa três cêntimos por português em cerca de oito anos», explicou.

A componente científica do projecto é liderada pelo Instituto Superior Técnico e conta com a participação de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do Instituto de Telecomunicações, Pólo de Lisboa e da Edisoft.

O desenvolvimento do hardware e software, a componente técnica, é da responsabilidade da EFACEC, Critical Software, Active Space Technologies e Rotacional.

Para o país, este projecto pode ser «muito importante», disse Pedro Pina, porque permite a internacionalização das empresas portuguesas e da ciência em Portugal, em particular das ciências do espaço.

Além disso, acrescentou o mesmo responsável, permite o retorno ao país de alguns investigadores portugueses que estão no estrangeiro.

E, por fim, reforça a ligação entre a universidade e a indústria, motiva as gerações futuras para o sector, não só a nível técnico, mas também científico.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #36 em: Novembro 01, 2007, 07:22:24 pm »
Jovem engenheiro português premiado internacionalmente

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João Ramôa Correia, docente do Departamento em Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico (IST), venceu um prémio internacional que distingue contribuições excepcionais de jovens engenheiros.
 


O prémio, denominado "Outstanding Young Engineers Contributions" foi atribuído pela International Association for Bridge and Structural Engineering (IABSE) na categoria de jovens engenheiros com menos de 35 anos, em Weimar, na Alemanha.

O jovem engenheiro português ganhou o prémio no âmbito do estudo de novos materiais que possam substituir o aço e o betão na construção.

Actualmente pesquisam-se materiais compostos que têm origem na indústria aeronáutica e aeroespacial e o investigador do IST estuda a resistência desses novos materiais ao fogo.

A IABSE, fundada em 1929, é composta por 4000 membros, de 100 países e está ligada a todos os aspectos do planeamento, design, construção e manutenção de infra-estruturas civis.

 
 

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André

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« Responder #37 em: Novembro 16, 2007, 12:07:31 am »
Universidade Minho recebeu dois prémios European Enterprise Awards

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A Universidade do Minho recebeu, segunda-feira em Lisboa dois prémios «European Enterprise Awards» nas categorias de «Vanguarda da Iniciativa Empresarial» e de «Apoio de Iniciativa Empresarial», anunciou hoje a Reitoria.

Segundo a fonte, os prémios, entregues pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, distinguiram os projectos com maior destaque no apoio à iniciativa empresarial.

O Gabinete de Comunicação da Universidade adiantou que o vencedor na categoria «Vanguarda da Iniciativa Empresarial», entre 45 concorrentes nacionais, foi o programa INAUTO, que passou à fase seguinte onde irá competir a nível europeu, num outro concurso cujo resultado será apresentado dia 6 de Dezembro, no Porto.

O INAUTO foi desenvolvido por uma parceria alargada que incluiu oito universidades nacionais e internacionais, sete centros de investigação, mais de 60 empresas fornecedoras de componentes e três construtores, entre os quais se destaca a VW Autoeuropa, na aplicação de mais de 50 casos de estudo à indústria nacional.

«Um dos principais impactos do projecto foi a formalização de uma rede de suporte à indústria nacional centrada no Centro de Engenharia do CEIIA (CEIIA-CE) e na sua ligação às redes de conhecimento, nacionais e globais (MIT e Fraunhofer) através da implementação dos design studios», sublinha a fonte.

A Reitoria acentua que «esta plataforma integrada de inovação colectiva veio especializar a indústria em torno de estratégias de nicho, já em curso através da Plataforma Palmela (CEIIA-VW Autoeuropa), para promover a competitividade dos construtores e fornecedores nacionais».

Traz ainda um reforço de competitividade à Plataforma Norte de Portugal/Galiza (CEIIA-CTAG) para projectar a euro-região como piloto para a concepção, desenvolvimento e fabrico de novas soluções de mobilidade sustentável.

O prémio «Vanguarda da Iniciativa Empresarial» foi atribuído ao programa de «Spin-offs da Universidade do Minho», reconhecendo políticas inovadoras que promovam a iniciativa empresarial e atraiam investimento, particularmente em áreas em desvantagem.

Lançado em 2005, o programa contínuo permitiu, em apenas dois anos, o lançamento de cerca de 25 novas empresas de conhecimento intensivo e/ou base tecnológica que deram origem a 75 novos postos de trabalho altamente qualificados.

Estas novas empresas inovadoras têm surgido em domínios diversos como a Física, Geologia, Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Comunicação, Engenharia dos Materiais, Engenharia Civil, Electrónica, Dispositivos Médicos, Ambiente, Gestão Especializada e Marketing.

Actualmente um novo projecto empresarial é, em média, criado por mês na Universidade do Minho através do Programa «Spin-offs da Universidade do Minho».

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #38 em: Novembro 20, 2007, 02:08:59 pm »
Investigadora Mónica Bettencourt Dias recebe quarta-feira Prémio Crioestaminal 2007

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A cientista portuguesa Mónica Bettencourt Dias recebe quarta-feira o Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica 2007 pela identificação de moléculas que contribuem para a formação dos centrossomas, um trabalho com implicações no diagnóstico da infertilidade e do cancro.

"O trabalho de investigação [de Mónica Bettencourt Dias] revela informações importantes sobre a estrutura das células responsável pela infertilidade e pelo cancro, algo inédito no panorama científico", considera em comunicado a Associação Viver a Ciência, que atribui o prémio.

A investigadora identificou as moléculas que contribuem para a formação e função dos centrossomas, que são as estruturas que regulam o esqueleto e a multiplicação das nossas células.

Cada uma das células do corpo humano tem apenas um centrossoma, mas em casos de doenças, como o cancro, há frequentemente muitos mais, apresentando uma estrutura alterada.

O trabalho da investigadora, publicado em prestigiadas revistas como a "Nature", a "Science" e a "Current Biology", avançou no conhecimento das moléculas envolvidas na formação e função dos centrossomas e permite diagnosticar de forma precoce se elas apresentam alguma alteração associada a alguma patologia.

Este prémio para o incentivo do desenvolvimento de investigação em Portugal, no valor de 20 mil euros, é o terceiro que a jovem cientista do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, recebe nas últimas semanas.

Na passada semana, a cientista foi a primeira da Península Ibérica a receber o Prémio Europeu Eppendorf pelos seus estudos na área da multiplicação celular, um prémio atribuído anualmente a jovens cientistas europeus com trabalhos na área da biomedicina.

Recebeu ainda o Prémio Pfizer de Investigação Básica 2007, no valor de 20 mil euros, em conjunto com a investigadora Ana Rodrigues Martins, pelo projecto de investigação "Revisiting the role of the mother centriole biogenesis", desenvolvido em colaboração com as Universidades de Cambridge e de Siena.

No ano passado, o prémio o Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica distinguiu o jovem investigador Helder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto, por um projecto relacionado com a compreensão da multiplicação celular.

RTP / Lusa

 

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« Responder #39 em: Novembro 22, 2007, 03:35:43 pm »
NDrive lança o telemóvel S300 com tecnologia portuguesa

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A empresa portuguesa NDrive lançou hoje o telefone móvel NDrive Phone S300, com tecnologia desenvolvida em Portugal e que tem disponível sistema de navegação GPS, mapas de Portugal e sistema operativo Windows Mobile 6.

João Neto e Eduardo Carqueja, administradores da empresa, afirmaram hoje em conferência de imprensa que este é o primeiro telemóvel português com desenvolvimento tecnológico em Portugal, estando a sua produção a ser feita na China.

Para os responsáveis, o telemóvel tem um preço competitivo (399 euros) a nível internacional, comparando-o com outros telefones com características semelhantes.

João Neto adiantou que o NDrive Phone S300 vai estar a ser vendido no mercado português esta semana.

Só no próximo mês será lançado em Espanha e posteriormente em França e Itália, países onde os responsáveis da NDrive afirmaram ter feito contactos e ter recebido uma boa receptividade aos seus produtos.

O telefone utiliza tecnologia de segunda geração móvel, tem sistema operativo Windows Mobile 6 com Push Email, conectividade por Bluetooth 2,0 e Wifi (banda larga móvel); inclui aplicações profissionais Word, Excel e Power Point Mobile e uma função de scanner de cartões de visita que permite fotografá-los e passar os contactos directamente para o telemóvel.

O telemóvel disponibiliza um sistema de mapas detalhados de Portugal, incluindo Açores e Madeira, informação actualizada sobre trânsito, 70 mil pontos de interesse turístico com conteúdos detalhados e 20 mil fotografias e informação actualizada sobre farmácias de serviço, eventos culturais, meteorologia e radares fixos.

Como factor diferenciador deste novo telemóvel, João Neto apontou o facto do comprador do telefone ter acesso a todas as facilidades de navegação sem pagar qualquer tipo de assinatura, ao contrário do que se passa com os outros produtos disponíveis no mercado.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #40 em: Novembro 24, 2007, 06:11:16 pm »
Xenotransplante: uso de orgãos de animais por humanos defendido por investigadora portuguesa

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Viana do Castelo, 24 Nov (Lusa) - O homem poderá um dia fazer uma vida normal com um coração ou um fígado "doado" por um porco ou um chimpanzé, mas até lá "há muito trabalho a fazer" para garantir a segurança do xenotransplante.

A ideia foi defendida, sexta-feira, em Viana do Castelo, por Margarida Correia Neves, professora da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho e investigadora de Imunologia no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde, durante um jogo-debate sobre xenotransplante, ou seja, transplante de órgão de animais para seres humanos.

Segundo aquela investigadora, actualmente "já se faz em qualquer lado" o transplante para pessoas de pequenas partes de órgãos de animais, como válvulas cardíacas ou vasos sanguíneos, sobretudo do porco mas também, em alguns casos, da vaca.

No entanto, ainda não se conseguiu o transplante, com êxito, de um órgão inteiro, apesar de alguns ensaios já efectuados.

"Num dos casos, o receptor aceitou o fígado de um primata, a cirurgia correu bem, mas a pessoa acabou por morrer de infecções", referiu Margarida Neves.

O problema, explicou, é que para se fazer um xenotransplante "é necessário reduzir muito a resposta imunitária" do receptor, que assim fica muito mais vulnerável e mais sujeito a contrair infecções.

"Há muito trabalho ainda a fazer para se conseguir efectuar um xenotransplante com segurança", frisou.

Disse que, sobre este assunto, há as mais díspares teses, havendo alguns investigadores que são "extremamente optimistas" e que acreditam que será possível fazer um xenotransplante brevemente, enquanto que outros garantem que ainda haverá 20 ou 30 anos pela frente "até lá chegar".

O xenotransplante poderá dar uma ajuda no combate às listas de espera, mas Margarida Correia Neves acredita que as pessoas só o usarão em último recurso, até porque hoje em dia há cada vez mais "correcções artificiais" em materiais sintéticos, nomeadamente corações.

"Se perguntar a uma pessoa se prefere o coração de um porco ou um coração artificial em material sintético, a resposta parece óbvia. As pessoas têm medo do xenotransplante e com razão, porque é menos seguro e exige uma redução muito maior da resposta imunitária", referiu.

"Há vários vírus que entraram na população humana que vêm dos animais, como é claramente o caso do vírus da ébola. O próprio vírus da Sida é muito discutível se veio ou não dos animais", lembrou.

Reconheceu ainda haver uma "relutância natural" das pessoas em receber órgãos de animais, da mesma forma que há 30 anos "a fertilização 'in vitro' era vista como uma coisa horrorosa, a gente achava que ia nascer um Frankenstein. Hoje em dia, conhece alguém que ainda tenha medo?", questionou.

Por isso, defendeu que as investigações na área do xenotransplante devem prosseguir e manifestou-se convicta de que a ciência acabará por encontrar cada vez melhores resposta, a exemplo do que aconteceu com os avanços no tratamento do cancro da mama e da Sida.

Margarida Correia Neves não fugiu às questões de ética animal que o xenotransplante poderá levantar, mas criticou aqueles que por um lado acham que não se deve usar para investigações que podem salvar uma vida, e por outro comem ovos ou carne de produção industrial.

"A questão é saber se o homem é ou não um ser superior e tem ou não direito a usar animais. Se aceitarmos que tem, acho muito mais nobre usar animais para investigação, para conseguir vacinas novas, medicamentos novos, órgãos novos e salvar uma vida, do que usá-los para produção industrial de carne, que não é essencial à vida", rematou.

:shock:
 

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comanche

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« Responder #41 em: Novembro 24, 2007, 06:32:28 pm »
Inovação: Quinze empresas potuguesas certificadas com sistema de gestão da Cotec



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Lisboa, 23 Nov (Lusa) - As quinze primeiras empresas portuguesas certificadas com um sistema de gestão de inovação da Cotec foram hoje apresentadas pelo coordenador da Iniciativa de Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, João Picoito, que espera que atinjam o milhar em 2010.

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Entre as empresas que aplicaram o sistema de gestão da inovação apoiado pela Cotec e foram certificadas pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), há a nomear a Amorim Revestimentos, Bial, Brisa, Efacec, Havione FarmaCiência, Imperial, a Martifer Energia e a Mota - Engil.

Segundo João Picoito, "em Portugal, as empresas devem introduzir nas suas organizações o sistema de gestão da inovação segundo o referencial normativo da Cotec. Por agora são quinze, mas esperamos que ascendam a 1.000 no final de 2010".

"Estas empresas-piloto foram seleccionadas e puseram em prática, com o apoio da Cotec e de outras empresas de consultadoria, o sistema de gestão de inovação, que lhes permitirá aumentar a produtividade e contribuir para a melhoria da competitividade do país", disse à agência Lusa o coordenador global da Iniciativa de Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial.

A Cotec - Associação Empresarial para a Inovação - apresentou hoje no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, os resultados do projecto de "Innovation Scoring", o qual permitirá às organizações empresariais uma melhor avaliação e adequada medição das suas actividades de inovação.

Este projecto integra-se na Iniciativa sobre o Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial, que integra outros três projectos distintos: "Identificação e Difusão de Modelos e Mecanismos Empresariais Indutores de Desenvolvimento e Inovação (IDI), "Certificação da Gestão da IDI" e "Definição de uma Metodologia de Classificação das Actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação", já apresentadas publicamente.

As restantes empresas certificadas foram a Nokia Siemens Networks Portugal, a Primavera Business Solutions, Portugal Telecom Inovação, Somague Engenharia, Sonae Indústria e TMG (empresa de tecidos plastificados para a indústria automóvel).

A sessão foi encerrada pelo ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.

 

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comanche

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« Responder #42 em: Novembro 26, 2007, 08:22:47 pm »
Ciência: Investigadora portuguesa descobre que os genes que diferenciam as células estaminais estão activos desde o início


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Lisboa, 26 Nov (Lusa) - Os genes que orientam as células estaminais na descoberta da sua vocação para se transformarem em determinado órgão estão activos desde o início e não completamente desligados, como se pensava, revela um estudo da investigadora portuguesa Ana Pombo.

As células estaminais são células embrionárias muito pouco diferenciadas, que têm o potencial de se diferenciarem para dar origem a quaisquer outras células dos mais de 200 tipos que temos no nosso organismo.

"Qualquer órgão começa sempre com uma célula estaminal, que pode dar origem a uma célula do fígado ou uma célula nervosa ou do músculo, por exemplo, mas o que distingue os diferentes resultados, as diferentes células, é que elas vão ter uma 'cromatina' diferente, vão expressar os genes de maneira diferente", explicou à Agência Lusa Ana Pombo, investigadora no Imperial College London, que liderou o estudo "Ring1-mediated ubiquitination of H2A restrains poised RNA polymerase II at bivalent genes in ES cells", publicado esta semana na Nature Cell Biology.

"Cada um dos diferentes tipos de células usa o genoma de forma diferente e expressa certos tipos de genes de uma maneira muito controlada, de forma que se olharmos para uma célula do fígado, ela vai estar a fazer todos os processos que têm a ver com metabolizar, mas se olharmos para uma célula do cérebro ela vai ter outros tipos de proteínas", acrescentou.

O estudo de Ana Pombo debruçou-se sobre estes genes encarregues de iniciar a diferenciação, chamados "developmental regulator genes", e que fazem com que as células tomem estas decisões 'vocacionais' logo ao princípio.

"O que nós vimos é que estes genes estão num estado muito peculiar nas células estaminais, o que tem provavelmente a ver com o facto de eles terem de ser usados desta maneira tão importante", afirmou.

Por um lado, estes genes têm de estar silenciosos, porque assim que uma célula estaminal começa a expressar este gene de diferenciação começa a diferenciar-se e deixa de ser estaminal.

"Mas, por outro lado, têm que poder activar-se muito facilmente", salienta Ana Pombo.

"É como deixar a televisão em stand-by", exemplifica.

"É só carregar no botão e ele avança", explica, salientando que, antes deste trabalho, a comunidade científica pensava que estes genes estavam, inicialmente, completamente inactivos, "como se a televisão estivesse desligada na ficha ou mesmo dentro da caixa".

"O que nós vimos é que eles estão muito prontos para serem expressados, é só mesmo ligar, mas é claro que o processo é complexo e não se trata só de um botão, mas de um comando com muitos botões", refere.

Quando determinado 'desenvolvimental regulated genes' começa a ser expresso numa determinada célula estaminal, "ela pensa, por exemplo, que tem de se transformar em músculo ou, se ele está desligado, a célula começa a pensar que vai dar origem a uma célula nervosa".

"Se fizermos um diagrama começamos com as células estaminais e depois fazemos setinhas que vão dar a outras células que se chamam 'progenitor', que já enveredaram por um caminho, mas ainda não se decidiram. Estas vão depois dar a outras células já mais diferenciadas e depois do crescimento do embrião vamos então ter células que já estão completamente diferenciadas", sintetizou.

"A partir do momento em que isto acontece já não se pode voltar atrás, pelo menos naturalmente", salienta a investigadora.

Daí a importância de estudar estes genes, visto que controlam as primeiras etapas da diferenciação.

A equipa pretende agora descodificar este processo de diferenciação.

"Nós não sabemos exactamente como é que isto se estabelece. O que descobrimos é que a enzima que transcreve a informação destes genes está numa configuração muito estranha, como se, voltando à analogia anterior, o tal comando tivesse botões com uma forma que não conhecemos", afirmou.

"O que vamos tentar compreender é como é que estes genes adquirem esta configuração, como é que se activam, como é que funcionam e isto vai-nos ajudar a entender como é que podemos controlar os processos de diferenciação para fazer terapias celulares ou partir de células adultas para criar células estaminais, à semelhança dos actuais métodos das técnicas de clonagem, que têm obtido resultados pouco eficientes", salienta.

"Não sabemos se vamos chegar a melhorar esta eficiência, mas o nosso trabalho actualmente é nesta área: procurar entender melhor no futuro como é que a cromatina e a regulação destes genes funciona", conclui.

 

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André

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« Responder #43 em: Novembro 28, 2007, 07:20:35 pm »
CTT lançam primeiro selo de cortiça do mundo

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Os CTT lançaram hoje o primeiro selo de cortiça do mundo na Assembleia da República, numa edição única de 230 mil exemplares que está «praticamente esgotada».

«É um selo muito bonito, que homenageia em simultâneo quer a cortiça quer o sobreiro e o papel que o montado tem representado para fins ambientais em Portugal», destacou o presidente dos CTT, Luís Nazaré, no final da cerimónia de lançamento.

O selo, com a imagem de um sobreiro, tem o valor facial de um euro, e o presidente dos CTT assegura que a edição de 230.000 exemplares «está praticamente esgotada», estando afastada a possibilidade de uma segunda edição.

«Nunca fazemos segundas edições, é por isso que a filatelia portuguesa é tão considerada», explicou.

O presidente dos CTT sublinhou que, sendo uma estreia a nível mundial, não foi fácil produzir este selo de cortiça, em que cada exemplar é uma peça única.

«Tivemos de encontrar um material especialmente fino, que aguentasse a impressão, não se degradasse rapidamente e que pudesse ter no verso uma fita auto-adesiva», explicou, recusando contudo revelar o custo final da produção deste selo.

Na cerimónia de lançamento estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o ministro da Agricultura, Jaim Silva, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

Lusa / SOL

 

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comanche

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« Responder #44 em: Novembro 29, 2007, 06:52:26 pm »
Tecnologia: Universidade de Évora e empresa criam protótipo para aumentar rendimento painéis fotovoltaicos


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Évora, 29 Nov (Lusa) - A Universidade de Évora e uma empresa de energias renováveis criaram um protótipo que automatiza a orientação dos painéis fotovoltaicos e maximiza a captação da radiação solar, obtendo mais 20 por cento de rendimento energético.

João Figueiredo, um dos inventores do protótipo, inovador na tecnologia utilizada, explicou hoje à agência Lusa que o equipamento obteve este mês a patente, emitida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

"O pedido foi feito a 10 de Maio deste ano e a patente foi atribuída há cerca de duas semanas", afirmou, referindo que o processo foi desencadeado pela Universidade de Évora e pela empresa Lobo Solar, Energias Renováveis, também sedeada em Évora.

Segundo João Figueiredo, docente e director do Centro de Engenharia Mecatrónica da academia alentejana, este equipamento segue a incidência dos raios solares e transmite essa informação aos painéis fotovoltaicos de uma central, para automaticamente os orientar para o local correcto e optimizar o seu rendimento.

Em termos nacionais e mundiais, explicou, já existem outros equipamentos industriais, utilizados nas centrais fotovoltaicas, que fazem este seguimento da incidência solar, mas com diferentes tecnologias da aplicada neste protótipo.

"Recorrem, por exemplo, a prismas para medir os raios solares, mas a vantagem do protótipo que desenvolvemos é que faz uma medição directa, não indirecta como aqueles", disse.

A invenção da Universidade de Évora e da Lobo Solar utiliza uma pequena célula fotovoltaica, motorizada em dois eixos, que mede a radiação directa, "com a mesma grandeza da potência eléctrica que os painéis estão a fornecer".

Os primeiros parques solares, lembrou, "não eram motorizados", tendo depois evoluído para uma motorização assente num eixo, ou seja, os painéis automaticamente alteram a sua posição consoante o sentido nascente/poente do Sol.

"Só que o Sol nem sempre está na mesma posição, quer estejamos no Inverno, em que está mais baixo, quer no Verão, em que está mais alto", realçou, referindo que nessas centrais solares, para considerar esse eixo, a orientação dos painéis "tem que ser alterada manualmente".

Nos parques solares mais recentes, os dois eixos já são completamente automatizados, com as tais tecnologias semelhantes às do protótipo desenvolvido em Évora, embora só este faça a medição directa dos raios solares.

"É uma vantagem o sensor ter a mesma tecnologia do sistema de produção de electricidade e foi a hipótese que aplicámos para resolver o problema da orientação `cega`, pré-programada, dos painéis fotovoltaicos", reafirmou.

Com o aumento do preço do petróleo, que faz com que os investimentos sejam "amortizados mais cedo", e a energia cada vez mais cara, tecnologias como esta, que garantem "um acréscimo de 20 por cento do rendimento energético", são "importantes" para as empresas que apostam na energia solar fotovoltaica.

O protótipo concebido pela Universidade de Évora e pela empresa destina-se a instalações industriais, mais do que a unidades domésticas, onde preferencialmente está instalada energia solar térmica, para aquecimento da água.

"Este equipamento até é barato. O que fica mais dispendioso é a motorização que é necessária de todos os painéis da central. Mas o rendimento superior compensa", afiançou.

Agora, com este Sistema Automático de Orientação de Painéis Fotovoltaicos patenteado para Portugal, quem pretenda aplicar esta tecnologia no país tem que a adquirir aos titulares da patente.

"Essa avaliação sobre se este sistema é ou não vantajoso depende das empresas", disse João Figueiredo, adiantando que, consoante a aceitação comercial do produto, a Universidade de Évora e a Lobo Solar irão equacionar se adquirem a patente internacional do protótipo.