F22: Nova oportunidade?

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Luso

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F22: Nova oportunidade?
« em: Março 22, 2004, 12:29:34 pm »
Australian Aviation 2004:

"Reports in the Uk media have suggested that UK Defence Secretary Geoffrey Hoon is on the brink of cancelling follow on orders for 177 Eurofighter Typhoons.
With delivery of the first 55 tranche 1 aircraft well underway, it is too late to cancel the project completely. However, it has been revealed that the first batch are to be delivered without the capability to fire air to air missiles or precision air to surface munitions due to ongoing software bugs in the aircraft's weapon systems.
The Uk MOD is reportedly dissatisfied with the tranche 1 aircraft and has been secretly seeking details on what penalties would apply if it was to cancel the follow on tranche 2 and tranche 3 aircraft."


Se o Reino Unido abandonar o Eurofighter, e se a Austrália precisa de um Avião com mais capacidade que o JSF para substituir o F111, pergunto-me se não haverá aqui uma oportunidade para aumentar o número de encomendas de um avião que está em risco de ser abandonado...
É que os preços finais, com a redução de encomendas podem atingir os USD$M320!  :shock:
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Ricardo Nunes

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« Responder #1 em: Março 22, 2004, 03:37:15 pm »
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it has been revealed that the first batch are to be delivered without the capability to fire air to air missiles or precision air to surface munitions due to ongoing software bugs in the aircraft's weapon systems.


Impressionante. Não fazia a mínima ideia. Ao confirmar-se é uma notícia bastante alarmante.
Mesmo assim penso que a hipótesse F/A-22 talvez se mantivesse como último recurso pois o elevado preço da mesmo provocaria uma aquisição de um nº de aeronaves bastante mais reduzido. E isto já sem contar com as questões de transferência de tecnologia.

Se realmente tal notícia se confirmar, penso que o mais lógico ( se a solução for apostar em outra aeronave ) seria adquirir o JAS-39 Gripen, aeronave sob o qual a BAe tem bastante envolvimento.
Ricardo Nunes
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JNSA

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« Responder #2 em: Março 22, 2004, 06:46:45 pm »
Já tinha visto uma discussão sobre esta notícia noutro fórum, e parece-me, se bem me lembro, que a conclusão era a de que a notícia era, no mínimo, pouco credível...

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However, it has been revealed that the first batch are to be delivered without the capability to fire air to air missiles or precision air to surface munitions due to ongoing software bugs in the aircraft's weapon systems.

Esta parte é um erro puro e simples... Não têm sido noticiados quaisquer problemas com o software, para além dos que são normais no desenvolvimento. Para além disso, não vos parece um bocado estúpido que o Reino Unido fosse comprar um avião que não pode disparar mísseis ar-ar, nem usar armas ar-solo, e que ainda por cima não tem um canhão?  :wink:) britânico esteja disposto a pagar pelo F-22

Quanto à Austrália, parece ponto assente que eles vão comprar o JSF. Parece que eles vão abdicar do alcance do F-111 porque acham que os sistemas AWACS e UAV's, em conjunção com as armas de longo alcance do JSF, vão diminuir essa necessidade...

De qualquer maneira, há quem fale em versões futuras do JSF com a fuselagem e sistemas do A (mas ligeiramente aumentada) e as asas do C (maior superfície alar para maior alcance e capacidade de armas), bem como a versão FB-22, com um F-22 convertido (aumentado) para as missões de ataque... Logo se verá.

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Se realmente tal notícia se confirmar, penso que o mais lógico ( se a solução for apostar em outra aeronave ) seria adquirir o JAS-39 Gripen, aeronave sob o qual a BAe tem bastante envolvimento.


Não me parece muito lógico, Ricardo. O RU parece estar a apostar numa mistura hi/lo, com o EF-2000 no "hi-end" e o JSF no "low-end". Se a notícia se confirmar, o défice em aeronaves seria no "hi-end", com missões típicas de intercepção, superioridade aérea e ataque. Ora o Grippen não foi feito para isto... Seria uma duplicação das capacidades do JSF (talvez com maior capacidade de dogfighting, mas sem stealth) que pouco iria acrescentar. Para além de que o RU precisaria de uma aeronave com alcance, e é preciso não esquecer que isto foi um dos aspectos que levou a que o Grippen ficasse para trás no programa brasileiro de aquisição de caças.

Apesar de muito improvável, o F-22 parece-me ser uma opção mais lógica do que o Grippen... Mas nunca se sabe  :wink:
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #3 em: Março 22, 2004, 06:49:15 pm »
João, a Batch 1 do Reino Unido vem equipada com canhão de origem. Contudo o Reino Unido não vai  adquirir as balas necessárias, devido à sua decisão política em não munir o EF com a capacidade do uso do canhão. No mínimo estranho.

Referi o Gripen pois vejo 2 entraves à compra do F/A-22:

- O seu elevado custo que levaria a um enorme debate político no Reino Unido. Ambos sabemos como são e que resultado eventualmente acabam por ter. Se com os C-17 já existiram enormes protestos ( e estes estão a título de empréstimo ) com o F/A-22 deveria esperar-se alguma oposição - que na minha opinião não seria justificada. E, caso a aquisição fosse para a frente seria um nº de aeronaves reduzidas.

- A relutância americana em, nesta fase inicial, exportar o seu "topo-de-gama". Acredito piamente que o F/A-22 não será proposto para exportação ( vieram aí uns rumores à baila sobre o interesse de Israel, mas não passou disso - interesse de um país ) antes de 2010/2012 altura em que a USAF terá pelo menos uma 1 ou 2 "Wings" operacionais.

Sou um acérrimo defensor do F/A-22, e tu sabes disso! Contudo penso que nenhum país do mundo ( fora os EUA ) deverá operá-lo pelos menos nos próximos 10/15 anos.
Ricardo Nunes
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« Responder #4 em: Março 22, 2004, 07:08:50 pm »
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João, a Batch 1 do Reino Unido vem equipada com canhão de origem. Contudo o Reino Unido não vai adquirir as balas necessárias, devido à sua decisão política em não munir o EF com a capacidade do uso do canhão. No mínimo estranho.


Essa não sabia...   :shock: Realmente é mesmo esquisito. Eu pensava que os EF-2000 pura e simplesmente não trariam canhão.

Eu percebo os entraves que colocaste, e até concordo com eles. Mas o que eu disse prendia-se não tanto com isso, mas com a questão das missões a realizar - se o RU não comprar a totalidade dos EF-2000, o défice será ao nível da superioridade aérea, onde os Grippen não fariam muita diferença. Seriam no fundo uma duplicação dos JSF... e se calhar, a bem da logística, seria melhor comprarem mais JSF em vez dos Grippen.

Realmente, o custo, mas sobretudo a falta de vontade dos EUA em vender o F/A-22, é que deve ser o principal entrave... Claro que como se trata do RU, e a compra ainda demoraria uns anitos, para além de que ajudaria a diminuir o custo por unidade, talvez isso fizesse os EUA pensar duas vezes.

Abraços
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #5 em: Março 22, 2004, 07:14:45 pm »
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Essa não sabia...  Realmente é mesmo esquisito. Eu pensava que os EF-2000 pura e simplesmente não trariam canhão.


A batch 1 já estava planeada e pronta para a linha de produção quando a decisão de retirar o canhão foi oficialmente tomada. Sendo assim, ficaria mais caro ao Reino Unido produzir a "Batch 1" sem canhão do que com ele. Foi então tomada a decisão de apenas retirar o canhão nas próximas linhas de montagem ( batchs ) - a 2ª e a 3ª.

Eventualmente é uma decisão que, espero eu, seja revista e reavaliada. É conhecida a impopularidade que esta medida causou na comunidade de pilotos de caças britânicos.
Ricardo Nunes
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Spectral

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« Responder #6 em: Março 22, 2004, 09:05:13 pm »
Essas notícias surgiram à uns tempos e são muito pouco credíveis, como o JNSA já disse.

A batch 1 e 2 serão de certeza compradas ( acho que no total são 180 aparelhos). A batch 3 pode ser cancelada, mas todos os aparelhos anteriores serão convertidos a esse standard.

Também admiro bastante o F-22 ( o A do F/A é só para convencer políticos :nice: ), mas não estou a ver os EUA a exportarem-no tão cedo, e os países possíveis ( Reino Unido ou talvez Israel)  não têm o dinheiro suficiente para comprar deses aparelhos em no suficiente.

O Gripen pode parecer muito engraçado e barato, mas em termos de capacidades efectivas, está bastante atrás do Eurofighter ou do Rafale.
O JSF ainda está muito sujeito a alteraçõs para se poder fazer uma comparação definitiva, na minha opinião.
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« Responder #7 em: Março 22, 2004, 10:31:35 pm »
USD$320 por uma avião é muita fruta!
É o preço de uma fragata razoável!

Não me parece que o Programa vá correr bem, a menos que haja mais encomendas.
E o orçamento de estado dos EUA está a revalar para a loucura.
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Guilherme

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« Responder #8 em: Março 23, 2004, 05:30:41 pm »
Citação de: "JNSA"
Para além de que o RU precisaria de uma aeronave com alcance, e é preciso não esquecer que isto foi um dos aspectos que levou a que o Grippen ficasse para trás no programa brasileiro de aquisição de caças.


Não existe qualquer pronunciamento oficial da FAB quanto à isto. O relatório de avaliação não foi divulgado, e além de questões como alcance, manobrabilidade, capacidade de carregar armamentos, etc., há tambem caracteristicas que contam muito, como capacidade de receber novas atualizacoes, capacidade de integrar novos armamentos, aviônicos modernos, facilidade para manutencao, etc. Nestas ultimas caracteristicas, o Gripen se sai mto bem.

Alem do q, este aviao nao iria substituir apenas os 12 Mirage, ele tbm irá substituir os F-5 no futuro, os quais os Gripen pode substituir mto bem.

Não acreditem qdo disserem que o "Mirage 2000 é o favorito" ou "o Gripen não tem chance". Não há nada de oficial nisso, são na maioria das vezes boatos ou estratégia de marketing dos concorrentes.
 

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FinkenHeinle

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« Responder #9 em: Março 25, 2004, 04:58:35 am »
Para a Austrália, a melhor solução seria o Su-34 Platypus/Fullback.
Um Forte Abraço.
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Spectral

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« Responder #10 em: Março 25, 2004, 10:03:41 pm »
O Su-32/34/27IB Platypus/ Fullback ( ou como lhe quiserem chamar esta semana  :D ) seria efectivamente perfeito para substituir os F111 do país dos cangurus, mas tal como no caso de outros países, por motivos geopolíticos e de alianças, tal é virtualemnte impossível...

Quando é anunciado o vencedor do F-X brasileiro ?


cumptos
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FinkenHeinle

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« Responder #11 em: Março 25, 2004, 11:06:58 pm »
Olá Spectral,


O F-X seria anunciado nesse fim de Marcço. Entretanto, provavelmente será anunciado em Abril, pois o relatório da Aeronáutica foi entregue ontem ou anteontem.

De qualquer forma, se sair um vencedor, me dou por satisfeito. Já estou com raiva de ficarem adiando aqui, empurrando de lá.  :x  :cry:

E vocês, de Portugal, cruzem os dedos para que dê Su-35 na cabeça, certo???
Um Forte Abraço.
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« Responder #12 em: Março 25, 2004, 11:42:30 pm »
Citar
E vocês, de Portugal, cruzem os dedos para que dê Su-35 na cabeça, certo???

 :D
não sou lá grande fã da família Flanker ( acho que é um avião com capacidades terrívelmente exageradas: basta ver o exemplo da famosa manobra Cobra, que não tem validade nenhuma em combate e que apenas pode ser efectuada com os depósitos praticmente vazios), excepto claro o  Su-32/34/27IB ...

Mas até acho que o Flanker é capaz de ser uma boa opção devido ao seu bom raio de acção ( o melhor dos concorrentes, acoh eu) e às distâncias que terá de cobrir. Mas o Brasil não se pode esquecer que qualquer decisão terá grnades implicações a nível da indústria e das relações internacionais, que não são decisões para serem tomadas de ânimo leve...

E quantos caças será a encomenda ao todo ?
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« Responder #13 em: Março 26, 2004, 11:09:36 am »
Serão de 108 a 120 aeronaves, pois alem de substituir os Mirage, substituirão também os F-5. Serão 12 aeronaves para substituir os Mirage agora, e a partir de 2015, mais aeronaves para substituir os F-5.

Não acho que serão comprados 120 Su-35, pois os custos de operação são muito maiores que os do F-5. Se o Su-35 for escolhido, penso que será para substituir os Mirage e serão comprados mais alguns, para aumentar a capacidade de defesa aérea. Outro avião menor, como o Gripen, poderia substituir os F-5.
 

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« Responder #14 em: Março 28, 2004, 09:27:52 pm »
Uma combinação Flanker/ Grippen seria interessante, desde que fosse possível utilizar o máximo possível de equipamento/armamento comum ( israelita ? ), o que não seria nada fácil...

Só que 2015 é um prazo demasiado dilatado.  O mundo aeronáutico pode estar a dar uma grande mudança aí, com a introduçao dos 1os UCAVs ( UAVs armados) efectivos...

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