2008-12-19 20:03
Caso BPN
PGR alertou Banco de Portugal há 3 anos
Na altura o banco central respondeu a Pinto Monteiro: «O banco não consta dos nossos registos».
[ Última actualização às 20:03 do dia 19/12/2008 ]
Em causa estão os documentos trocados entre a Procuradoria-geral da República e o Banco de Portugal. Em Dezembro de 2004 o Departamento Central de Investigação e Acção Penal pediu ao Banco de Portugal informações sobre o banco insular. Estava em causa uma fraude de dimensão internacional. A resposta da instituição presidida por Vítor Constâncio não podia ser mais clara: «não consta do nosso registo».
Agora quase quatro anos depois, num ofício de Janeiro deste ano, o Banco de Portugal admite que afinal sempre foram detectadas transferências de fundos que envolvem o banco insular, transferências que remontam precisamente a 2004.
Face à contradição fica a pergunta: afinal existe ou não articulação entre a Procuradoria-geral da República e o Banco de Portugal e mais uma vez a resposta não podia ser mais clara: «Eu penso que pode haver uma maior articulação entre a entidade de supervisão e o Ministério Público», afirmou Pinto Monteiro, procurador-geral da República.
Em Novembro Vítor Constâncio afirmava não ter conhecimento anterior dos factos relacionados com o agora caso BPN. Mais uma contradição que no parlamento não foi encarada de ânimo leve. Na comissão parlamentar o procurador-geral da República afirmou ainda que o Ministério Público não está preparado para investigar crimes desta natureza.
TVI