O Marauder - excelente rapaz e com bom gosto para asas - ainda não sabe algumas tristes realidades acerca dos centros de decisão.
Há centros de decisão que são escolhidos por sufrágio universal de 4 em quantro anos (ou de 5 e cinco) cuja história dos últimos 30 anos se resume a copiar as decisões dos... centros de decisão estrangeiros da moda.
Quando esse centro de decisão derradeiro e máximo faz o que faz, estão à espera de quê?
Quanto mais depressa isto arder mas rápido surgirá a fénix.
(Esta é para os que lutam contra a onda avassaladora de mediocridade e de políticamente correcto que nos destroi.)
hehehe..so agora é que li isto. É verdade que as práticas empresariais são copiadas do estrangeiro, mas o que está em questão é quem é que toma as decisões sobre empresas portuguesas. Se esta for englobada como simples subsidiária de um grande grupo, basicamente as decisões podem ser de Paus mandados, ou de Laissez-Faire, como extremos. Actualmente uma boa parte das empresas, é minha opinião, segue a política de dar autonomia à subsidiária nacional, traçando ou não os objectivos estratégicos. Não somente cá em Portugal, mas pelo mundo.
É claro que à muito boa empresa PÚBLICA que funcionaria muito melhor dessa forma, mas isso não é o que está aqui em causa (embora eu defenda a privatização dessas pseudo-empresas). A golden share , penso que deve ser mantida até que o estado saia por completo dela, podendo assim defender o interesse nacional, decidindo vender esta talvez somente a tugas e não a estrangas. É claro que isso é contra a lei comunitária mas pronto.
Basicamente se resume a...se queremos privatizar as empresas a nacionais ou a estrangeiros. E a questão dos centros de decisão está relancionada com isto....queremos empresas portuguesas ou estrangeiras? É claro que as estrangeiras podem fazer um bom serviço, o contrário também acontece, e quando depois as empresas não apresentam resultados suficientes, lá a Alta entidade mor da empresa decide vender essa pequena subsidiária que actua em Portugal...e com isto anda a nossa subsidiária a saltar de galo em galo. É claro que isto é um caso, mas...então..não são principalmente os estrangeiros que decidem descontinuar suas actividades cá em Portugal em tempo de crise?
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Existem outras regalias associadas às Golden-share, como estão incluídas nas notícias. Essas eu estou em desacordo visto que são competencias que devem ficar na empresa e não no estado. E se o estado (caso tenha a maioria das acções) pode denominar o presidente d Conselho de Administração, CEO, whatever, então porqué esta vertente da golden-share? Já não está o estado representado na empres?
É claro que isto enfurece a União Europeia visto que é contra a Lei comunitária, mas...o que dizem é que não somos os únicos com este sistema ou sistemas similares...mas claro, em termos políticos somos mais pequenitos........exemplo desta dualidade de critérios...que me chateou imenso (a 1ª vez que realmente a UE não tem razão a meus olhos)....que foi o veto às alterações do sector energético cá em Portugal....que em Espanha foi um caso similar, mas a UE já nada falou da OPA da Endesa/Gas Natural. Para o nosso país não foi possivel porque se concentrava as actividades e corria-se o risco do monopólio, mas em Espanha aparentemente já não. Deve ser secalhar porque eles tem mais algumas empresas no sector...lalallala
A noticia de hoje...
Economia > 2006-04-04 13:53
Estado não vai desistir de direitos especiais na PT
DE com Lusa
O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou hoje que a existência de 'golden share' não é uma "bizarria portuguesa" e que o Estado não vai desistir facilmente dos direitos especiais que tem nas empresas.
"A 'golden share' não é uma bizarria portuguesa e o Estado não desistirá facilmente das 'golden-share' que tem e vai utilizar os mecanismos jurídicos de que dispõe para defender o seu ponto de vista e a sua posição", afirmou o ministro à saída da reunião de concertação social na qual apresentou o programa de reestruturação da administração central do Estado (PRACE) aos parceiros sociais.
"A 'golden share' é uma figura que existe noutras economias e noutras situações", acrescentou ao responder a perguntas dos jornalistas sobre a "golden-share" que o Estado detém na Portugal Telecom e que hoje será avaliada pela Comissão Europeia.
Bruxelas deverá instar hoje formalmente Portugal a abandonar os direitos especiais que detém na PT, dando dois meses a Lisboa para resolver o assunto antes de recorrer ao Tribunal de Justiça.
A Comissão Europeia deverá formalizar a decisão através do envio de um "parecer fundamentado" no qual Lisboa é "solicitada oficialmente" a alterar a situação privilegiada do Estado na PT.
Esta decisão significa o início da segunda fase do processo de infracção iniciado em 14 de Dezembro do ano passado com o envio, na altura, de um pedido oficial de explicações.
A Comissão Europeia considera que as "golden share" funcionam como um desincentivo ao investimento estrangeiro, o que viola as regras comunitárias.
Os serviços do comissário europeu responsável pelo Mercado Interno e Serviços, Charlie McCreevy, defendem que os direitos
especiais detidos pelo Estado e entidades públicas na PT vão contra as regras do Tratado da Comunidade Europeia no que respeita à livre circulação de capitais e direito de estabelecimento no território europeu.
O Estado é accionista da PT, na qual detém uma participação preferencial (golden share) constituída por 500 acções do tipo A e uma participação ordinária de 1,18% do capital.
As acções preferenciais conferem ao estado na prática, poder de veto sobre a escolha de um terço dos administradores da empresa, incluindo o presidente do conselho de administração.
Esta participação dá também ao Estado, na prática, poder de veto sobre a aplicação dos resultados do exercício, sobre a definição dos "princípios gerais de política de participações em sociedades" e, também, sobre "aquisições e alienações, nos casos em que aqueles princípios as condicionem à prévia autorização da assembleia geral".
de:
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 35449.html