REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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Camuflage

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #30 em: Fevereiro 15, 2013, 02:16:02 am »
Citação de: "mafets"
Estatisticamente é praticamente o mesmo que as 3000 sondagens à boca das urnas. E o erro tem sempre uma margem de 5% que não afecta em nada o resultado final. Fazer 40, 400 ou 4000 inqueritos, desde que a amostra seja bem escolhida e tenha em consideração os diferentes extratos populacionais é exactamente igual às sondagens reveladas no dia de eleições. Acertam quase sempre com pouco erro.

Depende, as estatísticas costumam estabilizar a partir dos 800 inquiridos, à boca das urnas não é dificil prever resultados, votam sempre nos mesmos... lol A cobertura dos restantes partidos é extremamente baixa portanto se não são conhecidos ninguém vota.
     
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Quanto à culpa, esta é sempre de todos. Uns mais que outros como é evidente mas temos de ter a noção que as F.A. refletem a realidade do pais.

Não diria isso. Reflectiriam a realidade do país se não houvesse $ para pagar aos quadros, mas há e as pessoas são pagas e continuam a ganhar acima da média do pago ao trabalhador do privado. Queixam-se que as carreiras estão congeladas, mas no privado há quantos anos os trabalhadores estão sem aumentos? Portanto eu como contribuinte exijo mais de quem recebe impostos meus e durante anos a fio continuou a subir na carreira, viu regalias acrescentadas e pode "córtir a vida". Havendo $ como é o caso não se entende porque não há vontade de trabalhar e fazer melhor. Quero com isto dizer em pegar os problemas que as FA's enfrentam agora e fazer uma reforma séria.
A falta de marketing, o descuido com instalações, o crime, os quartéis ao abandono ou indefinição do que fazer com os mesmos, provas de selecção cada vez mais ridículas, instrução mais leve, é culpa do politico?
Em tempos referi e fui criticado aqui, queixavam-se da falta de praças para fazer guarda, pela lógica sobe-se na hierarquia, se não há praças, faz o cabo, se não há cabos faz o furriel e por aí acima. A meu ver a hierarquia serve para alguma coisa, na falta o mais baixo que existir sujeita-se. Mas não... "não faz parte das funções de quem está acima" não me parece que este tipo de questões se prenda com a forma como o país está ou com salários, mas sim com tiques que actualmente desenvolveram, como não há basicamente o escravo, então também ninguém faz nada, dá a sensação de que quem está no quadro não pode ser obrigado a nada e andam ali em bicos de pés para não se pisarem uns anos outros. Nos anos 60/70 alguém que viesse dizer isso, sabe bem o que lhe esperava.
Porque é que o Regulamento de Disciplina Militar não é cumprido? É o politico que vai a correr ao quartel impedir que tal ocorra? Está tudo para cada lado envolto numa teia de cumplicidade e cunhas ou as chefias militares superiores estão-se marimbando totalmente para tudo isso ou então as chefias militares já não controlam a situação.

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Não podemos esperar que quase tudo funcione mal e as F.A. sejam diferentes. Jamais alguem poderá conscientemente dizer que os militares não têm culpa, seja nas decisões que tomam ou nas avaliações mais ou menos correctas. Sejam politicos ou militares responsaveis, a titulo de exemplo, nunca percebi e também não encontro esforço instutucional em explicar as vantagens do Exercito ter uma ala aérea ou porque participou o pais no desenvolvimento do nh-90 quando já operava o Merlin.
Já estruturalmente, para mim ter umas F.A. como a Suiça em que até a pouco tempo se levava a arma para casa ou como na Suécia em que a Força Aérea se desdobra frequentemente fora das bases aéreas, é  indiferente, desde que funcione. Deve-se discutir, conversar e debater mas com "pés e cabeça" e de baterias apontadas à funcionalidade. Quando o fundamental é poupar, cortando em operacionalidade, material e prontidão, à que ter a consciência que se está a comprometer a utilidade pública, mas também se abre uma "caixa de pandora" que serve direitinho para camuflar  as reais intenções de quem afinal é contra porque vai perder previlégios. Os politicos são eleitos para governar, mas olham sempre para objetivos pessoais, institucionais e partidários em vês de tomarem as decisões certas. Por um lado não sabem pois os tais "especialistas" que ainda cheiram a leite apenas ocupam os cargos porque são do partido, mas na maior parte dos casos tem medo dos lobbys e dos eleitores. Só assim se explica a  manutenção de muitos dos gastos da segurança social com RSI, acção social e por aí fora. É muito mais facil cortar ondem existe maior desconhecimento ou as vozes não se ouvem tão alto.

É óbvio que a Segurança Social é um assunto tabu, se eu começar a criticar aquela coisa chamada "reforma" vai já criar uns calores, se fores a qualquer lado e dizeres mal disso, estás tramado. Mas o facto é que há coisas que foram dadas durante 39 anos e agora vai ser muito dificil altera-las. Mas o aviso já foi dado: os jovens de agora, nunca irão usufruir tamanhas regalias que os reformados agora andam a usufruir (ver caixa geral de aposentações), nem está garantida a reforma dos jovens actuais. Muito embora pessoalmente não espere nada do Estado (ao contrário dos mais velhos que acham que o Estado tem obrigações), cabe a cada um saber gerir o seu património e não esperar um dia um salário para ficar em casa.
A medida do RSI na teoria fazia sentido que era dar uma pequena ajuda, um empurrão para as pessoas procurarem melhorar, em vez disso passou a servir para comprar as pessoas e tentar diminuir o crime (teorias...).
Para mim o subsídios que fazem sentido são os que estão na Constituição, o resto são tretas.

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Correcto, mas a AR é apenas uma em muitas instituições politicas, institutos, empresas públicas, observatórios, etc. Somando isto tudo encontra uma percentagem significativa para em 38 anos de democracia se encontrar o pais com uma divida de 128 % do PIB. Estamos em crise, restruturamos tudo, até porque estando com um plano de assistência financeira que nos obriga a o fazer. Agora falemos abertamente da restruturação das F.A., da restruturação politica, etc. É imoral que responsaveis politicos passem o tempo a falar do estado social, das F.A. etc e quando se fala por exemplo em reduzir os gastos do PR ou dos deputados tenhamos ex-secretarios de estado a dizer que são ajudados pelos pais ou um Presidente a dizer que 10 000 € não lhe dá para as muitas despesas.

Tens aqui os números das despesas: http://www.pordata.pt/Portugal/Despesas ... uncoes-720 já se sabe que a saúde e educação sempre foram as que mais gastos deram. Na saúde é preciso prevenir e não é possível tratar toda a gente, nenhum país tem tal capacidade, no entanto cai mal, tal como caiu há tempos quando o ministro da saúde chamou atenção sobre o tabagismo, diabetes e obesidade (todas elas à partida de fácil prevenção) e muitas outras há de fácil prevenção, alias o top10 da maioria das doenças que mais mata, são fáceis de prevenir, no entanto as pessoas fazem opções e no fim todos temos que pagar. Já no que toda a educação infelizmente em Portugal é um problema crónico, investe-se muito $ e não se tira grandes frutos pois tem instalados muitos interesses e cada um joga para si.
Quanto a secretários e motoristas, os gastos nisso são peanuts no oceano de gastos e exageros. Não nos esqueçamos que por muito se aponte o dedo aos políticos eles provêm do mesmo povo que mete $ no bolso do GNR, que não passa factura, que paga a carta de condução por baixo da mesa, que forja concursos públicos para meter o amigo e que vive muito à custa da cunha e compadrio. O povo critica mas é complacente com o crime de colarinho branco.



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Sem duvida, mas no universo dos foruns á poucas exepções. A maioria deles em 35 segundos já tem 3 ou 4 paginas de insultos que não levam a lado nenhum. A tal falta de interesse publico aliada à incapacidade que muitos tem de não saber discutir com argumentos solidos dá a razão perfeita para "os velhos do restelo" não quererem decidir e o "quero, posso e mando" de alguns corruptos, incompetentes e lembe botas se subemeter aos que vêm com clareza.

Cumprimentos

Os insultos são migalhas, quando existem é porque se toca no quintal de alguém, o que importa é a produção e obtenção de resultados concretos.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #31 em: Fevereiro 15, 2013, 06:03:10 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #32 em: Fevereiro 15, 2013, 06:10:07 pm »
Desmancha-prazeres, eu vinha todo contente por esse video e tu afinal já o puseste :G-beer2:
 

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mafets

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #33 em: Fevereiro 15, 2013, 08:14:54 pm »
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Depende, as estatísticas costumam estabilizar a partir dos 800 inquiridos, à boca das urnas não é dificil prever resultados, votam sempre nos mesmos... lol A cobertura dos restantes partidos é extremamente baixa portanto se não são conhecidos ninguém vota.

Existem analises qualitativas e quantitativas. A primeira é feita sobre no maximo 3 entrevistas, aplicando-se a seguir uma analise de conteudo que valida os resultados. Já a analise quantitativa ( os tais inquéritos) depende da validação da amostra e do teste matemático aos resultados. Usando um programa como o SPSS aplica-se um teste de homogenidade à amostra, um teste de qui quadrado ao resultados e temos o inquerito validadado estatisticamente, independentemente da quantidade de inqueridos.  Todos são relizados desta forma (À exepção do Censos) e os resultados apresentam um  erro residual, seja nas eleições ou num inquerito ao conssumidor.  

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Não diria isso. Reflectiriam a realidade do país se não houvesse $ para pagar aos quadros, mas há e as pessoas são pagas e continuam a ganhar acima da média do pago ao trabalhador do privado. Queixam-se que as carreiras estão congeladas, mas no privado há quantos anos os trabalhadores estão sem aumentos? Portanto eu como contribuinte exijo mais de quem recebe impostos meus e durante anos a fio continuou a subir na carreira, viu regalias acrescentadas e pode "córtir a vida". Havendo $ como é o caso não se entende porque não há vontade de trabalhar e fazer melhor. Quero com isto dizer em pegar os problemas que as FA's enfrentam agora e fazer uma reforma séria.
A falta de marketing, o descuido com instalações, o crime, os quartéis ao abandono ou indefinição do que fazer com os mesmos, provas de selecção cada vez mais ridículas, instrução mais leve, é culpa do politico?

Acho muito bem que se olhe para a realidade do sector privado e sobretudo que se exija mais e melhor de quem é pago com o dinheiro dos contribuintes. Agora isso deve ser extensivel a todos. Desde o PR, passando pelo PM, aos Generais, Almirantes e acabando no cantoneiro que varre a rua. Tenho duas instalações de artilharia de costa abandonadas a meia duzia de quilometros de casa, portanto a realidade do que acabou de dizer está presente e é verdadeira. Agora, ouvindo uma entrevista do Ministro da Defesa a sensação que fico é que não existe reforma nenhuma na calha. Congela-se promoções, não há entradas, manda-se umas quantas altas patentes para a reforma e está feito. Vende-se material é pretende-se fazer mais missões? E o Dinheiro para isso? Qual é a logica de querer fazer mais missões com as Vasco da Gama e Bartolomeu Dias se para 5 fragatas existem 5 helicópteros? Não se faz manutenção? À sempre peças a tempo e horas em altura de austeridade? Sempre fui da opinião que nas questões de defesa  "o mal é dividido pelas aldeias". Quem decidiu medidas como o antigo SMO em 4 meses? A participação em programas como o A-400 ou o Nh-90? Certamente que não foram apenas os militares a decidir à uns anos atrás no tempo do Sr. Portas que queriam uma industria de defesa que agora pasme-se num governo em que o mesmo senhor faz parte acaba-se com tudo. E cabe aos politicos informarem-se, decidirem e darem continuidade. É para isso que os contribuintes lhes pagam e não apenas para assinar os documentos que lhes metem à frente e que muitas vezes são nocivos para o pais. Estudem. leiam, investiguem  pois documentos e trabalhos não falta mas ao invés disso passam o tempo a lember botas ao presidente do partido para assim serem escolhidos para o tacho. Que pais pode ser governavel se de 4 em 4 anos se muda de politica só porque foi feito por outrem?  

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Em tempos referi e fui criticado aqui, queixavam-se da falta de praças para fazer guarda, pela lógica sobe-se na hierarquia, se não há praças, faz o cabo, se não há cabos faz o furriel e por aí acima. A meu ver a hierarquia serve para alguma coisa, na falta o mais baixo que existir sujeita-se. Mas não... "não faz parte das funções de quem está acima" não me parece que este tipo de questões se prenda com a forma como o país está ou com salários, mas sim com tiques que actualmente desenvolveram, como não há basicamente o escravo, então também ninguém faz nada, dá a sensação de que quem está no quadro não pode ser obrigado a nada e andam ali em bicos de pés para não se pisarem uns anos outros. Nos anos 60/70 alguém que viesse dizer isso, sabe bem o que lhe esperava.
Porque é que o Regulamento de Disciplina Militar não é cumprido? É o politico que vai a correr ao quartel impedir que tal ocorra? Está tudo para cada lado envolto numa teia de cumplicidade e cunhas ou as chefias militares superiores estão-se marimbando totalmente para tudo isso ou então as chefias militares já não controlam a situação.

Tanto se pode ter um General a limpar latrinas como um licenciado a servir ao balcão de um café. Agora como sou eu que pago 70% da formação até do estudante  (e não as propinas como muitos acham) tenho o direito de exigir "cada macaco no seu galho". O despesismo começa em formarmos quadros superiores, oficiais e depois os colocar a fazer um trabalho de tecnico ou cabo. A isto se chama má planificação. Formamos, promovemos e agora continuamos a pagar pois mesmo se metermos o tal general a dar lustro aos sanitários do quartel temos de lhe pagar o ordenado, o motorista, etc. Mais uma explicação para o pais estar a beira da banca rota.

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É óbvio que a Segurança Social é um assunto tabu, se eu começar a criticar aquela coisa chamada "reforma" vai já criar uns calores, se fores a qualquer lado e dizeres mal disso, estás tramado. Mas o facto é que há coisas que foram dadas durante 39 anos e agora vai ser muito dificil altera-las. Mas o aviso já foi dado: os jovens de agora, nunca irão usufruir tamanhas regalias que os reformados agora andam a usufruir (ver caixa geral de aposentações), nem está garantida a reforma dos jovens actuais. Muito embora pessoalmente não espere nada do Estado (ao contrário dos mais velhos que acham que o Estado tem obrigações), cabe a cada um saber gerir o seu património e não esperar um dia um salário para ficar em casa.
A medida do RSI na teoria fazia sentido que era dar uma pequena ajuda, um empurrão para as pessoas procurarem melhorar, em vez disso passou a servir para comprar as pessoas e tentar diminuir o crime (teorias...).
Para mim o subsídios que fazem sentido são os que estão na Constituição, o resto são tretas.

É tabu porque interessa ao estado que assim seja. A maioria das pessoas vive 20 anos após a idade da reforma pois a esperança media de vida é por volta dos 83 anos. As pessoas descontam mais do que usufruem e o Estado que devia apenas gerir a verba descontada pelos contribuintes acha que o dinheiro é seu e faz o que lhe apetece. Até paises como o Chile, já para não falar em Suécia, Noruega, fizeram reformas como deve ser na Segurança Social pois partiram do principio que o dinheiro é dos contribuintes. Cá não se faz porque o dinheiro serve para tapar buracos, dar subsidios, RSI, etc, que são a prova de que a maioria dos politicos não quer saber da opinião de quem trabalha no terreno. Se ouvissem, tecnicos, funcionarios, que diáriamente lidam com a "subsidiodependência" nunca tinham se "armado aos cucos" e tirado do papel medidas que custam milhões de euros ao contribuinte e não servem para absolutamente nada.  

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Tens aqui os números das despesas: http://www.pordata.pt/Portugal/Despesas ... uncoes-720 já se sabe que a saúde e educação sempre foram as que mais gastos deram. Na saúde é preciso prevenir e não é possível tratar toda a gente, nenhum país tem tal capacidade, no entanto cai mal, tal como caiu há tempos quando o ministro da saúde chamou atenção sobre o tabagismo, diabetes e obesidade (todas elas à partida de fácil prevenção) e muitas outras há de fácil prevenção, alias o top10 da maioria das doenças que mais mata, são fáceis de prevenir, no entanto as pessoas fazem opções e no fim todos temos que pagar. Já no que toda a educação infelizmente em Portugal é um problema crónico, investe-se muito $ e não se tira grandes frutos pois tem instalados muitos interesses e cada um joga para si.
Quanto a secretários e motoristas, os gastos nisso são peanuts no oceano de gastos e exageros. Não nos esqueçamos que por muito se aponte o dedo aos políticos eles provêm do mesmo povo que mete $ no bolso do GNR, que não passa factura, que paga a carta de condução por baixo da mesa, que forja concursos públicos para meter o amigo e que vive muito à custa da cunha e compadrio. O povo critica mas é complacente com o crime de colarinho branco.

POde-se abordar tematicas como a saúde e a educação de vários prismas. Normalmente nas F.A começa com os 84% do orçamento que vai para gastos com pessoal. Mas na Saúde ou na Educação pode-se começar a  debater da mesma forma. Quanto custam os professores, auxiliares, alunos ao contribuinte? Os médicos, as administrações privadas dos hospitais empresa? Qual a rentabilidade para o PIB? Para os gastos do Estado? Existe uma total desarticulação entre a oferta e a procura, e como não é o povo que escolhe os cursos a fechar e a abrir não é concerteza (apesar da culpa) o maior culpado. O que é o BPN o BPP ao pé da corrupção de este ou aquele agente de autoridade? Que moral tem o estado para exigir ao contribuinte que paque os impostos se usa mal e abusa desse dinheiro? A questão dos "pinuts" não é o valor residual de cada um deles é a imoralidade. O Politico não vêm do povo mas sim de uma elite que nasceu em berço de ouro, estudou em colegios privados e nunca se misturou com a "arraia miúda". Mas vende moralidade nas campanhas eleitorais e nos cargos politicos que desempenha, defende os sacrificios dos outros mas ele não os faz, pois considera os seus gastos são os tal "pinuts". O mal destes é que são muitos, milhares de motoristas, de secretárias, de politicos...e o bolo das despesas engorda. E o que pode o povo fazer? Se o povo visse menos novela, futebol e "casa dos segredos" talvez pudesse fazer qualquer coisa mas não se tenha ilusões pois quem decide é o politico, o juiz, o partido. Aliás a constituição está feita de forma a que mesmo que queira poder do povo seja apenas residual.

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Os insultos são migalhas, quando existem é porque se toca no quintal de alguém, o que importa é a produção e obtenção de resultados concretos.

Por isso o FMI e a Troika em 38 anos de democracia já são clientes habituais de Portugal. Enquanto estavamos  e estamos distraidos a insultar-nos por esta ou aquela razão acumulamos uma divida soberana que levaria 4 anos a pagar e os quintais continuam iguais. Segundo o governo temos o deficit a baixar, as exportações a impulsionar o pais e estamos felizes porque em breve regressamos aos mercados. Mas nos resultados concretos a divida aumentou, o valor total do juro também, temos 17% de desemprego e 58% da população a viver no limiar da pobreza. Sem emprego e crescimento economico os numeros e os resultados concretos são mais virtuais que uma suposta renovação e reforma das F.A.
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Camuflage

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #34 em: Fevereiro 16, 2013, 12:43:45 am »
Citação de: "mafets"
Existem analises qualitativas e quantitativas. A primeira é feita sobre no maximo 3 entrevistas, aplicando-se a seguir uma analise de conteudo que valida os resultados. Já a analise quantitativa ( os tais inquéritos) depende da validação da amostra e do teste matemático aos resultados. Usando um programa como o SPSS aplica-se um teste de homogenidade à amostra, um teste de qui quadrado ao resultados e temos o inquerito validadado estatisticamente, independentemente da quantidade de inqueridos.  Todos são relizados desta forma (À exepção do Censos) e os resultados apresentam um  erro residual, seja nas eleições ou num inquerito ao conssumidor.  

Acredito que assim seja, mas terei sempre dúvidas sobre esses inquéritos, a mim ou conhecidos nunca foram feitos tais inquéritos, seja sobre o tema que for. No entanto o que não faltam são inquéritos aparecer nos jornais. :)
Achas mesmo que os portugueses querem um sistema nórdico?


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POde-se abordar tematicas como a saúde e a educação de vários prismas. Normalmente nas F.A começa com os 84% do orçamento que vai para gastos com pessoal. Mas na Saúde ou na Educação pode-se começar a  debater da mesma forma. Quanto custam os professores, auxiliares, alunos ao contribuinte? Os médicos, as administrações privadas dos hospitais empresa? Qual a rentabilidade para o PIB? Para os gastos do Estado?

Tem sido feito isso na educação e saúde, daí as contestações, sendo a mais visivel dos professores que são contra o congelamento de salários/carreiras, despedimento e fim de disciplinas (na minha opinião quintais) como ed. visual ou ed. musical, e ainda o facto de ed. física deixar de contar para a média global (sem interesse para a esmagadora maioria dos alunos que não vai para o curso de ed. física).
Já foram apresentadas as contas que em média um aluno no privado sairia um pouco mais barato, mas também dependia das regiões do país. Já se sabe que quem trabalha no público e os canhotos rejeitam tal ideia ou conceito de privatização do ensino.

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Existe uma total desarticulação entre a oferta e a procura, e como não é o povo que escolhe os cursos a fechar e a abrir não é concerteza (apesar da culpa) o maior culpado.

Isso dos cursos tem muito que se lhe diga, quem tem um curso sem saídas ou lecciona um, dirá sempre que o mesmo não pode ser fechado é estratégico para o país, que o ensino tem de ser independente da economia blablabla mas no fim cagam-se todos para os desempregados que formam.
Tens o caso do ensino politécnico, a formar em várias engenharias, os mesmos profissionais que no ensino universitário, ensino esse (o politécnico) que deveria ter substituído as escolas comerciais/industriais quando a esquerda pós-25 abril decidiu eliminar por considerar símbolos do fascismo. Agora o politécnico não só não tem referencias, não tem investigação ou não é conhecida, não tem ligação a empresas, produz desempregados anualmente e esta-se cagando, para para eles é mais importante a manutenção do seu quadro do que ajustar os cursos.
Há anos que as empresas se queixam da falta de profissionais qualificados que não encontram no mercado, mas o ensino nem quer saber.

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O que é o BPN o BPP ao pé da corrupção de este ou aquele agente de autoridade? Que moral tem o estado para exigir ao contribuinte que paque os impostos se usa mal e abusa desse dinheiro? A questão dos "pinuts" não é o valor residual de cada um deles é a imoralidade. O Politico não vêm do povo mas sim de uma elite que nasceu em berço de ouro, estudou em colegios privados e nunca se misturou com a "arraia miúda". Mas vende moralidade nas campanhas eleitorais e nos cargos politicos que desempenha, defende os sacrificios dos outros mas ele não os faz, pois considera os seus gastos são os tal "pinuts". O mal destes é que são muitos, milhares de motoristas, de secretárias, de politicos...e o bolo das despesas engorda. E o que pode o povo fazer? Se o povo visse menos novela, futebol e "casa dos segredos" talvez pudesse fazer qualquer coisa mas não se tenha ilusões pois quem decide é o politico, o juiz, o partido. Aliás a constituição está feita de forma a que mesmo que queira poder do povo seja apenas residual.

Depende dos políticos que se fala, a maioria deles formou-se para os lados da Univ de Coimbra, Católica (casa de muito agente das secretas), Nova de Lisboa etc.
O povo em média só tem o 9º ano, portanto é natural que nem se chateie ou só se chateie com algumas coisas.

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Por isso o FMI e a Troika em 38 anos de democracia já são clientes habituais de Portugal. Enquanto estavamos  e estamos distraidos a insultar-nos por esta ou aquela razão acumulamos uma divida soberana que levaria 4 anos a pagar e os quintais continuam iguais. Segundo o governo temos o deficit a baixar, as exportações a impulsionar o pais e estamos felizes porque em breve regressamos aos mercados. Mas nos resultados concretos a divida aumentou, o valor total do juro também, temos 17% de desemprego e 58% da população a viver no limiar da pobreza. Sem emprego e crescimento economico os numeros e os resultados concretos são mais virtuais que uma suposta renovação e reforma das F.A.

Fomos nós que os chamamos, não nos forçaram a nada. Responsabilidade de os terem chamado é da aselhice da politica nacional, não podemos culpar as instituições externas. Vivemos sempre à pala do crédito para tudo e brincamos com muito dinheiro que não era nosso.

Há um exemplo muito simples: até aos anos 70 a Finlândia era mais pobre que nós e decidiu nessa altura fazer uma reviravolta, nós fizemos a revolução na mesma era. 39 anos volvidos os resultado estão à mostra. Há algo de errado com o nosso povo, não podemos simplesmente culpar políticos, porque do dia de votar, votam nos mesmos. Nas próximas autarquicas PS ou PSD voltarão a conquistar a maioria das Câmaras e Juntas do país.
« Última modificação: Fevereiro 16, 2013, 01:24:37 pm por Camuflage »
 

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PereiraMarques

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #35 em: Fevereiro 16, 2013, 01:24:55 am »
Citação de: "Camuflage"

Lá está, a grande questão é saber quem tomou tais decisões, supostamente foi o  Instituto de Altos Estudos Militares que fez o "estudo" que o ministro tanto apregoa, a comprovar-se significa que isso é possível, mexe-se em tudo menos nos do costume que são precisamente quem faz os estudos...
Artilharia pesada e de costa eventualmente vai ser eliminada ou reduzida a níveis mínimos ou acabará abandonada como está, é preciso ter consciencia de quais são as missões a cumprir para os próximos anos e quais as ameaças, não podemos garantir uma força militar tradicional como as potências têm. Temos que nos concentrar na mobilidade e eficácia de meios para obtenção de resultados com baixo custo.

Foi o Instituto de Defesa Nacional, até porque já não existe o Instituto de Altos Estudos Militares, agora é o Instituto de Estudos Superiores Militares (se era para reduzir/fundir coisas, é o que deviam ter feito com o IDN e o IESM, mas é mais importante dar uns "tachos" a uns "Professores Doutores" ligados ao partido...mas isso é outra história).

Artilharia de Costa já não temos desde meados da década de 90, as nossas peças de 155mm ainda são consideradas como Artilharia Média.
 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #36 em: Fevereiro 16, 2013, 12:46:41 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Foi o Instituto de Defesa Nacional, até porque já não existe o Instituto de Altos Estudos Militares, agora é o Instituto de Estudos Superiores Militares (se era para reduzir/fundir coisas, é o que deviam ter feito com o IDN e o IESM, mas é mais importante dar uns "tachos" a uns "Professores Doutores" ligados ao partido...mas isso é outra história).

Mas o próprio IESM resulta da fusão de 3 Institutos de Altos Estudos que já existiam, um em cada ramo.
Talvez a seguir venha isso.
 

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PereiraMarques

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #37 em: Fevereiro 16, 2013, 01:00:39 pm »
Pois, mas quando houve a primeira redução dos serviços da administração pública central (i.e. dos Ministérios) resolveram manter esta "chafarica". Não esquecer também que o IDN depende do MDN, no fundo é uma "coisa civil", e o IESM depende do CEMGFA, sendo nesta perspectiva uma "coisa militar".

E às vezes, como está a ocorrer actualmente, pode dar jeito ao ministro dizer: "isto não é da minha cabeça, é um estudo do IDN, foi feito com os militares"...esqueceu-se é de dizer que o IDN é um serviço que responde directamente à sua pessoa e onde há mais civis a "mandar bitaites" do que militares...

Portanto, só para dizer que há aqui muitas "nuances"... :wink:
 

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Camuflage

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #38 em: Fevereiro 16, 2013, 01:22:44 pm »
Citação de: "PereiraMarques"

Foi o Instituto de Defesa Nacional, até porque já não existe o Instituto de Altos Estudos Militares, agora é o Instituto de Estudos Superiores Militares (se era para reduzir/fundir coisas, é o que deviam ter feito com o IDN e o IESM, mas é mais importante dar uns "tachos" a uns "Professores Doutores" ligados ao partido...mas isso é outra história).

Obrigado pela correcção. Contudo só lá se vê militares e não civis ao contrário do que indica anteriormente. É possível consultar no site os docentes e colaboradores actuais e directores: http://www.iesm.mdn.gov.pt/s/index.php
 

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PereiraMarques

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #39 em: Fevereiro 16, 2013, 09:25:59 pm »
Citação de: "Camuflage"
Citação de: "PereiraMarques"

Foi o Instituto de Defesa Nacional, até porque já não existe o Instituto de Altos Estudos Militares, agora é o Instituto de Estudos Superiores Militares (se era para reduzir/fundir coisas, é o que deviam ter feito com o IDN e o IESM, mas é mais importante dar uns "tachos" a uns "Professores Doutores" ligados ao partido...mas isso é outra história).

Obrigado pela correcção. Contudo só lá se vê militares e não civis ao contrário do que indica anteriormente. É possível consultar no site os docentes e colaboradores actuais e directores: http://www.iesm.mdn.gov.pt/s/index.php

Achei que tinha deixado claro que o IDN é que é estrutura "civil" e o IESM a estrutura "militar".
 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #40 em: Fevereiro 18, 2013, 06:21:06 pm »
O jornal Diário de Notícias do dia 15/02/2013 tem mais alguns pormenores sobre o que se pretende para o futuro do Exército, e das FAs.

Citar
(...)As FA deverão dispor genericamente de três conjuntos de forças: duas Forças Conjuntas de Reacção (uma orientada para missões de retidada de cidadãos e outra para resposta aos compromissos internacionais) e o conjunto de Forças Permanentes em Acção de Soberania (FPAS).
Assim, vizualisa-se uma força conjunta de escalão agrupamento, de elevada prontidão, incluindo componente terrestre, naval e aérea.
Esse agrupamento deverá dispor de duas unidades de manobra (batalhões), subunidades modulares de apoio logistico e capacidade de transporte aéreo e naval adequado às necessidades do pais.
O IDN estima 1500 a 2000 efectivos nessa força de escalção agrupamento, o que considerando os requisitos de rotação, aponta para uma necessidade máxima de 6000 homens.

No caso do Exército aponta-se para uma projecção simultânea de dois batalhões e unidades de apoio modulares de escalão companhia (engenharia, transporte, manutenção).
No caso da Marinha para a projecção de duas fragatas e para ter navios de apoio, patrulha oceanica e vigilancia costeira.
No caso da Força Aérea para projectar simultaneamente contingentes modulares, interoperáveis e adaptáveis aos vários cenários.(...)
 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #41 em: Fevereiro 18, 2013, 06:22:02 pm »
No jornal Correio da Manhã do dia 17/02/2013 num artigo com o titulo "costa portuguesa sem controlo" que fala principalmente da fiscalização do mar.
Fala também de algumas propostas do IDN sobre o futuro das FA.

Citar
A compra de 3 modelos de lanchas, 6 lanchas L490 destinadas ao patrulhamento oceanico, sendo uma ou duas adaptadas ao combate à poluição, patrulhas de curta duração asseguradas por 10 barcos L280 e são ainda necessárias 5 lanchas L145 para fiscalização em águas rasas e zonas ribeirinhas.

Citar
O IDN quer que a Marinha concentre a sua actividade no Alfeite e Oeiras, libertando as infraestruturas que utiliza na Ribeira das Naus e Terreiro do Paço.

Na Força Aérea é necessário extinguir todas as bases que não disponham de serviço aéreo.

Outra medida é a extinção de todas as inspecções-gerais dos ramos, com assunção das suas competências pela Inspecção-Geral da Defesa Nacional.

Coloca-se a hipotese de extinguir a Policia Judiciária Militar e de integrar as suas competências na Policia Judiciária.

A Força Aérea necessita de modernizar os aviões de transporte C-130, tem já 36 anos de serviço, e substitui-los pela nova aeronave KC-390.

A principal insuficiencia da componente terrestre reside na falta de Viaturas Tácticas Blindades Ligeiras, recomenda-se a aquisição de 80 dessas viaturas.
 

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PereiraMarques

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LuisC

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #43 em: Fevereiro 19, 2013, 11:37:10 pm »
Citar
A compra de 3 modelos de lanchas, 6 lanchas L490 destinadas ao patrulhamento oceanico, sendo uma ou duas adaptadas ao combate à poluição, patrulhas de curta duração asseguradas por 10 barcos L280 e são ainda necessárias 5 lanchas L145 para fiscalização em águas rasas e zonas ribeirinhas.

Então quer dizer que o programa dos NPOs fica-se pelos dois navios...será assim?
 

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Cabecinhas

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #44 em: Fevereiro 20, 2013, 12:19:06 am »
Pelo pouco ou nada que percebo, estas lanchas servem de complemento e não de substituição das pequenas "corvetas" que são os NPO.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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