Contra o encerramento da maternidade da Figueira da Foz

  • 1 Respostas
  • 1585 Visualizações
Contra o encerramento da maternidade da Figueira da Foz
« em: Maio 12, 2006, 11:07:20 pm »
Exmo. Sr. Ministro da Saúde:


Nós, abaixo assinados, vimos por este meio protestar contra o encerramento do bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE.

Porque a política de saúde não deve só basear-se em conceitos quantitativos ou economicistas (de notar que nem assim a medida faz sentido, visto que os obstetras continuarão a trabalhar no hospital, nomeadamente em consultas, logo, nada se poupará!).

Porque com o deslocamento para Coimbra as familias mais pobres vão ser penalizadas e o actual número de partos feitos em casa, sem as condições adequadas, aumentará substancialmente assim como a taxa de mortalidade nos recém-nascidos, quando o objectivo do governo deveria ser exactamente o oposto!


Diga não ao encerramento do bloco de partos do Hospital da Figueira da foz!

Assine e divulgue
http://www.petitiononline.com/hfig/

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #1 em: Maio 18, 2006, 12:19:10 pm »
Citar
PS quer fechar blocos de partos e não maternidades
Francisco Cruz
O grupo parlamentar do PS e a Comissão Nacional da Saúde Materna e Neonatal (CNSMNN) procuraram hoje responder à mobilização das populações contra o encerramento de maternidades garantindo que, ao contrário do que tem sido muitas vezes afirmado, tal hipótese não está sobre a mesa, mas sim o encerramento dos blocos de partos, mantendo-se as outras valências médicas essenciais.

Com o objectivo de esclarecer algumas questões que, na opinião de líder parlamentar do PS, Alberto Martins, têm vindo a ser deturpadas com argumentos de raiz «populista», os socialistas promovem uma conferência parlamentar subordinada ao tema «Maternidade em Segurança», a decorrer esta manhã na Assembleia da República.

O PS garante que, depois de um percurso de 15 anos que trouxe Portugal até ao grupo dos melhores na questão da mortalidade abaixo dos 5 anos, o problema, hoje em dia, diz respeito à necessidade de garantir, de «forma contínua», «em todos os hospitais» e «a toda a população os incontestáveis avanços conseguidos desde então».

Conforme pode ler-se num documento da CNSMNN que procura fundamentar as razões da proposta avançada, «o encerramento das maternidades nunca esteve em causa», mas «sim o encerramento dos blocos de partos que, nos últimos anos, não conseguiram os recursos humanos necessários, nem atingir o movimento mínimo capaz de atenuar o risco e de fornecer a experiência técnica e científica no domínio perinatal».

Por outro lado, mesmo os blocos de partos que se encontram nesta situação, só deverão ser encerrados, na opinião da CNSMNN, caso «a população venha a dispor de alternativas de maior qualidade a uma distância não superior a 30 minutos».

Descrevendo a mobilização das populações contra o encerramento como «compreensível», por não disporem «da informação necessária para a efectiva defesa dos seus interesses», a comissão recorda ainda que, com esta medida, que permitirá «fornecer condições de qualidade e segurança no parto e no nascimento», os profissionais libertos da equipa de urgência ficam assim mais disponíveis para efectuar outras actividades médicas essenciais». Entre estas estão as «consultas de referência, consultas de vigilância das grávidas de risco, assistência ginecológica, assistência do pós-parto, bem como adquirir formação e efectuar ecografias e outros exames complementares».

«Estas, sim, são actividades assistenciais que devem continuar próximas das populações», sentencia a CNSMNN.

Também presente no evento, enquanto representante da Ordem dos Médicos, Agostinho Almeida Santos, médico-professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, recordou que esta é uma questão «eivada de forte emotividade», além de «um aproveitamento político».

Já entre as razões que fundamentam o encerramento de alguns blocos de partos, Agostinho Almeida Santos, um «avô de nove netos, três dos quais trigémeos» aponta a cada vez maior falta de especialistas na área de Obstetrícia, assim como o facto de, entre os existentes, a faixa etária ser «cada vez mais alta».

18-05-2006 11:39:40


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=228282