Etiópia aposta no reforço das relações com Portugal

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André

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Etiópia aposta no reforço das relações com Portugal
« em: Agosto 03, 2007, 11:34:08 pm »
O Presidente etíope, Girma Woldegirogis, reiterou, na segunda-feira, em Adis Abeba, a necessidade da Etiópia e Portugal reforçarem a cooperação, em áreas de interesse comum, para cimentarem os longos laços históricos entre os dois países. Falando após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luis Amado, o Chefe de Estado etíope disse que os dois «países irmãos» necessitam de trabalhar em conjunto para reforçar a cooperação nos sectores político, social e económico.

Girma disse que o facto de Portugal ocupar actualmente a presidência da União europeia contribuirá para reforçar ainda mais a cooperação bilateral.

Luís Amado reafirmou ao presidente etíope a intenção do governo português reforçar os laços de cooperação bilaterais e da União Europeia com a Etiópia.

Nos encontros do ministro português com as autoridades etíopes não foram divulgadas informações sobre a questão da participação do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, na cimeira UE/África, a cuja presença o Reino Unido se opõe.

O chefe da diplomacia portuguesa disse ao Chefe de Estado etíope que a abertura da embaixada portuguesa em Adis Abeba, há cinco anos, foi o primeiro sinal da intenção de Lisboa em reforçar as relações bilaterais.

Durante a sua visita de dois dias à Etiópia, destinada a ultimar os preparativos da Cimeira UE/África, Luís Amado manteve conversações com o Primeiro-Ministro, Meles Zenawi, com o seu homólogo, Seyoum Mesfin, e com o Presidente da Comissão da União Africana, Alpha Omar Konare.

O ministro dos Negócios Estrangeiros etíope disse a Luís Amado que o seu país considera que Portugal é um «genuíno parceiro de desenvolvimento».

Amado prometeu ao seu homólogo reforçar no próximo ano o nível da embaixada de Portugal, em Addis Abeba, para consolidar as relações entre Lisboa e Adis Abeba.

Seyoum Mesfin recordou, após a sua reunião com Luís Amado, que Portugal é dos países do mundo que mantém relações diplomáticas mais antigas com a Etiópia, citando a colaboração portuguesa na construção do Palácio do Imperador Fasil.

Amado revelou que debateu com o Primeiro-Ministro, Meles Zenawi, a forma de reforçar os actuais laços entre a União europeia e o continente africano.

«O governo português está a envidar todos os esforços para reforçar as actuais relações entre a UE e África», disse.

Portugal vai organizar em Lisboa, a 08 e 09 de Dezembro, a segunda cimeira de Chefes de Estado e de governo entre a União Europeia e África. A primeira cimeira, de iniciativa portuguesa, realizou-se no Cairo em 2000.

A Presidência portuguesa da UE quer incluir na agenda da cimeira de 2007 o debate de questões energéticas, alterações climáticas, mobilidade e emprego, governação democrática, agricultura e segurança alimentar.

O único ponto de interrogação sobre a realização da cimeira tem a ver com a oposição britânica à participação do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, acusado de violação dos direitos humanos no seu país.
A União Africana insiste que todos os seus Estados membros devem tomar parte na cimeira.

O Conselho executivo da União Africana sublinhou, recentemente, que «todos os países europeus e os órgãos da União Africana seriam convidados sem pré-condições para participar na cimeira».

Nos primeiros dias da presidência Portuguesa da UE, a 02 de Julho, uma fonte oficial portuguesa disse ao jornal The Guardian que a intenção de Portugal era convidar todos os Estados africanos. «Esta será uma cimeira para todos os países africanos ao mais alto nível, Chefes de Estado e de governo. Todos os países africanos serão convidados».

A imprensa britânica tem-se mobilizado para convencer o governo de Londres a não participar se Robert Mugabe estiver presente na cimeira. Numa entrevista recente ao Sunday Times, o Primeiro-Ministro, Gordon Brown, afirmou explicitamente que não participaria na cimeira se Mugabe fosse convidado.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #1 em: Agosto 18, 2007, 11:00:59 pm »
Libertados 32 presos políticos detidos há dois anos

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As autoridades etíopes libertaram hoje 32 presos políticos, encarcerados há dois anos na sequência dos violentos protestos pós-eleitorais de Junho e Novembro de 2005, anunciaram fontes oficiais em Adis Abeba.

A libertação resultou de um acto de perdão governamental, segundo informou Bereked Simon, principal assessor do primeiro-ministro, Meles Zanawi.

A decisão de libertar os 32 presos políticos ocorre cerca de um mês depois de outros 38 elementos da oposição terem igualmente sido libertados na sequência de apelos nesse sentido feitos por diplomatas norte-americanos e de outros países.

Segundo a fonte, as autoridades decidiram libertar os detidos depois de estes terem aceite a sua responsabilidade nas manifestações de 2005, que se saldaram na morte de 200 pessoas, entre as quais seis membros das forças de segurança.

O julgamento destes 32 presos estava em curso e a Procuradoria Geral havia pedido a pena de morte para eles, mas o perdão governamental antecipou-se à leitura da sentença.

Os representantes da União Europeia e dos Estados Unidos já manifestaram a sua satisfação pela decisão governamental, classificando o gesto como indo ao encontro da reconciliação nacional.

Diário Digital / Lusa