Olha estão a falar do meu tema "favorito", o armamento dos NPOs.
As raízes deste projeto são mais velhas que eu. A República Portuguesa precisa de olhos e mãos na sua enorme ZEE e ainda mais enorme Plataforma Continental Estendida. Mesmo além da defesa desse território, precisa de saber o que lá se faz, fiscalizar a administrar o dito. Fez-se um projeto de um patrulhão barato e simples para lá meter esses olhos e mãos. Finalmente encomendou-se a classe em 2002, utilizando o financiamento europeu do controlo da pesca, já a construção tinha começado e ainda a Marinha discutia afinal o que devia ser o navio, passaram 22 anos, a UE não pagou nada, e temos 4 deles construidos dos 8 originalmente encomendados, entretanto aumentados para 10. A República Portuguesa continua incapaz de administrar sequer a fronteira do seu mar territorial, com barcos de pesca Espanhóis a violarem os termos do acordo bilateral praticamente todos os dias, para não falar do que se passa no alto mar e nunca saberemos. Posto isto, o problema com o projeto dos NPOs é a peça principal e as valências anti-submarino e a capacidade de lançamento de minas. Não é a sua inexistência, porque é melhor um navio que não existe do que um navio que passe a vergonha de andar menos armado que uma Arleigh Burke. Entretanto a Marinha não permite que as outras entidades do estado tenham navios para cumprir as suas funções porque é desperdicio. E daqui a 10 anos cá estaremos a falar do das NPO 2000 mark 5 com drones e inteligência artificial e sei lá mais o quê mas com as mesmas 4 ao serviço.
A partir do meio do texto, mais coisa menos coisa, sobre a alegada necessidade de armar senão não prestam, não faz sentido.
Porque de inicio foi planeado existie peça principal de 30/40 mm e o EO.
Os navios foram construídos, 2 tiveram esses equipamentos, outros 2 andam há 5 ou 6 anos sem eles.
Porquê?
Por causa de 4,5 milhões na altura da construção que agora estão em 6 milhões
Isso é que tem de ser dito. A razão absurda e até patética, do dinheiro.
Exemplos de dinheiro esbanjado, assim de repente e só recentemente:
18 milhões dados a republica de São Tomé porque precisavam de meter no cofre o Estado
34 milhões a República de Angola para um museu.
Eu resumo, dinheiro do contribuinte para untar mãos e fazer favores, que em troca favorecem alguns que andam por lá ou tem lá família
Isto é que é vergonhoso
Já agora, o EO, que também não existe nos NPO 2ª série não faz falta?
Tem o fuzileiro de castigo a olhar por binóculos, mesmo que de visão nocturna. É que realmente é a mesma coisa ter o EO, ou em vez disso estar alguém a olhar para monitores onde recolhem montes de informação.
Não é importante até para a busca e salvamento?
Quanto a arma principal, o Patrulha não anda só por cá a medir sardinhas, combate, supostamente, a pirataria. Se calhar um arrepio de uma granada de RPG a passar por cima já mudavam de postura.
Mas para passar em Marrocos para "abastecer" nada disto faz falta. Nem para ir levar e trazer caixotes a Angola ( isto só para ser mauzinho). Porque os navios de turismo não precisam nem de armas nem de meios de vigilância.
Não é certamente por meia dúzia de milhões para armar e meter equipamento crucial de vigilância em dois que deixavam se ser construídos navios. Não os constroem porque este País tem estado entregue a mercenários, que mais facilmente esbanjam com outros, para tirar dividendos pessoais para si ou amigos relacionados, nomeadamente construtores, que depois fazem belos descontos cá.
Comparar a conversa de colocar as básicas peças de 30mm e os EO nos navios, com canhões de couraçados é só como aqueles que não se pode falar em armas que se lhes mete o cabelo em pé
Acabem coma Marinha e metam isso cor de rosa sem armas. Que isto de navios armados com sensores dá muita responsabilidade e trabalhos