Tensão em Timor Leste

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TOMKAT

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« Responder #15 em: Maio 05, 2006, 03:16:04 am »
Notícia do Diário Digital
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Eurico Guterres, um dos rostos da violência que assolou Timor-Leste em 1999, viu reposta pelo Supremo Tribunal indonésio a pena de cadeia de 10 anos que lhe foi aplicada em 2002.

Segundo o tribunal, não mostrou empenho em controlar a sua milícia que matou 12 pessoas e atacou dezenas que estavam em 17 de Abril de 1999 refugiadas na casa de Manuel Carrascalão, dirigente timorense pró Indonésia.
 
Numa sequência de recursos ao longo dos últimos quatro anos, Eurico Guterres viu a sua pena ser reduzida a metade. Não satisfeito recorreu para o Supremo que, por sua vez, determinou que cumpra a pena que lhe foi inicialmente aplicada: 10 anos de cadeia.
 
Eurico Guterres, que passou de líder das milícias Aitarak, a líder regional de um dos maiores partidos indonésio, está pronto a cumprir a decisão judicial, segundo o seu advogado.


Coincidências estranhas.

Começa a fazer-se alguma (pouca) justiça pelos massacres levados a cabo pelas milícias pró-indonésias, numa altura em que alguns timorenses parecem apostados em dar razão a alguns dos argumentos indonésios para a ocupação - a inviabilidade de Timor como país.

Será que é o petróleo a fazer efeito na cabeça de algumas mentes ambiciosas.

Coincidência ou não, S. Tomé e Príncipe, que viveu pobre e em paz durante muitos anos, desde que se descobriu petróleo para aquelas bandas, começaram a aparecer focos de perturbação que não existiam antes de "haver" petróleo.

Será a "febre do Ouro Negro" ?
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Rui Elias

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« Responder #16 em: Maio 05, 2006, 09:54:25 am »
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comércio mantém portas fechadas

2006/05/05 | 09:38 in portugaldiario.iol.pt

Apenas algumas lojas e os balcões da Caixa Geral de Depósitos permanecem abertos. Mas faltam as pessoas
 

O movimento junto aos balcões da Caixa Geral de Depósitos e o comércio que ainda se mantém em funcionamento são hoje o registo da normalidade em Díli, mas continuam a faltar as pessoas, pormenor essencial da normalidade completa.


No que diz respeito à actividade na área de serviços, o banco português é o único a operar normalmente. Os restantes bancos, incluindo o ANZ, australiano, e o Mandiri, indonésio, e a Autoridade Bancária de Pagamentos, que tem funções de banco central, mantêm as portas fechadas.

Os demais serviços da administração pública e escolas fecharam as portas e nas ruas o movimento é quase nulo, à excepção da passagem de algumas viaturas e motocicletas, incluindo camiões carregados de pessoas e bens, retardatários no movimento pendular dos últimos dias em direcção ao interior.

A situação de excepção em Díli está a ser aproveitada para ganhos substanciais por parte de alguns comerciantes. Um saco de arroz, de 36 quilos, que na semana passada era vendido a 12 dólares, passou a ser transaccionado a 20 dólares, os cartões de impulsos para os telemóveis, vendidos anteriormente a 10 dólares, são negociados a partir de 12 dólares e o litro de gasóleo, de venda livre, mas que estava tabelado nalguns postos de abastecimento a 0,80 cêntimos de dólar, é agora trocado a mais de um dólar.

O aumento conjuntural dos combustíveis teve inevitavelmente reflexos na tarifa praticada pelos táxis, que subiram cinco vezes o valor de cada corrida. O funcionamento dos correios e de alguns postos de abastecimento de combustíveis compõem o que resta da normalidade.

Hoje o dia começou em Díli com um encontro «off the record» do presidente Xanana Gusmão e do primeiro-ministro Mari Alkatiri com a imprensa timorense e estrangeira. Do encontro, em que foi ressalvado o respeito pela liberdade de expressão e de imprensa, saiu o apelo aos jornalistas para que colaborassem na criação de um clima de maior tranquilidade e confiança junto da população.

A conversa, franca e aberta, foi seguida da realização, no Palácio do Governo, da cerimónia de posse dos 10 membros da chamada Comissão de Notáveis, e que integra representantes dos quatro órgãos de soberania, Igreja Católica e sociedade civil.

A comissão, presidida pela ministra de Estado e da Administração Estatal, Ana Pessoa, tem um mandato de 90 dias, mas Mari Alkatiri, que a empossou, está confiante em que o trabalho seja desenvolvido mais rapidamente.

O objectivo é proceder à averiguação da situação nas forças armadas, designadamente as queixas dos chamados peticionários, o grupo de centenas de militares contestatários que organizou na semana passada uma manifestação em Díli.


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ONU vai analisar situação de Timor

2006/05/04 | 15:55 in: www.portugaldiario.iol.pt

Reunião convocada para analisar o último relatório do Secretário-geral, Kofi Annan
 
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se sexta-feira para analisar a situação em Timor-leste, informaram hoje fontes oficiais na ONU, noticia a agência Lusa.


A reunião, convocada em princípio para analisar o último relatório do Secretário-geral, Kofi Annan, sobre a situação no território, deverá servir agora para este órgão máximo da ONU debater a instabilidade no território causada por incidentes protagonizados por militares contestatários das forças armadas timorenses.

Ironicamente, disseram fontes diplomáticas na sede da organização em Nova Iorque, essa instabilidade poderá fortalecer o pedido de Annan para a contínua presença da uma missão da organização no território.

Os militares refugiaram-se em parte incerta, causando apreensão em muitas partes do país e levando a ONU a avisar os seus funcionários em Timor para tomarem precauções.

No relatório submetido ao Conselho de Segurança na semana passada, Annan propôs a criação de uma «pequena representação integrada» das Nações Unidas em Timor-leste por um período de 12 meses.

A nova missão, propõe Annan, será chefiada por um Representante Especial do Secretário-geral e será composta por sete conselheiros e «dois a três voluntários da ONU» em cada distrito para fornecer conselhos técnicos e logísticos» em questões eleitorais, três conselheiros políticos para «monitorizar e relatar o progresso na consolidação da paz e democracia em Timor Leste» e 25 conselheiros policiais.

Integrarão ainda a missão 10 «oficiais militares de ligação» para fornecerem «conselhos e ajuda ao governo nas suas ligações com os militares indonésios à unidade de patrulha de fronteiras e à policia timorense», 8 a 10 conselheiros civis para fornecerem «conselhos e ajuda técnica» no desenvolvimento de instituições estatais, quatro funcionários encarregues de monitorizar os direitos humanos e «um pequeno escritório» para apoiar o representante especial a levar a cabo as suas funções.

No documento, o Secretário-geral abordou já a recente instabilidade no seio das forças de defesa timorenses, descrevendo a insubordinação de varias centenas de elementos do exército como um «desenvolvimento perturbador».
 

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TOMKAT

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« Responder #17 em: Maio 07, 2006, 12:39:55 am »
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Militares no activo juntam-se a contestatários e pedem demissão do primeiro-ministro timorense

Crise militar agravou-se

A crise militar em Timor Leste sofreu ontem um significativo avanço com a adesão de militares no activo ao movimento contestatário da ordem política vigente, disse fonte oficial que solicitou o anonimato. Esta decisão tem em vista a demissão do primeiro-ministro.
Os militares no activo timorenses uniram-se aos ex-militares que convocaram uma manifestação dia 24 de Abril passado, disse ontem uma fonte oficial, que solicitou anonimato.
A liderança da contestação dos efectivos em exercício é encabeçada pelos majores Marcos Tilman, Alfredo Reinado e Alves «Tara», acrescentou o mesmo.
A situação de excepção que se vive em Díli teve início no passado dia 28, quando uma manifestação convocada por centenas de militares contestatários degenerou em violência, provocando oficialmente cinco mortos e mais de 80 feridos.
Esta união de um “número significativo” de agentes das forças de segurança ao movimento de contestação poderá vir a agudizar a tensão em Timor Leste.
Foi em Aileu, que dista 47 quilómetros de Díli, que os militares no activo e agentes das duas forças de elite da Polícia Nacional de Timor Leste, a Unidade de Intervenção Rápida e Unidade de Reserva da Polícia, se juntaram sob o comando do major Alfredo Reinado.
Para o major Reinado, o primeiro-ministro “tem que se responsabilizar pelo que sucedeu em Díli, quando militares dispararam contra a população civil”.
“Nós queremos justiça. Queremos um país democrático e não um país do comunismo”, adiu, apelando ao presidente Xanana Gusmão que retire Mari Alkatiri do cargo.
O movimento de protesto iniciou-se em Janeiro passado, sob o pretexto de uma petição subscrita por mais de uma centena de militares, liderados pelo tenente Gastão Salsinha.
Na petição, aqueles militares acusavam de serem alvo de discriminação.

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Alkatiri
Renúncia desmentida
O primeiro-ministro de Timor Leste desmentiu ontem os rumores sobre a sua resignação do cargo, em nota enviada à Lusa. O comunicado salienta apenas que “Mari Alkatiri se encontra em funções, desempenhando o cargo na sua plenitude”. Entretanto, fonte do seu gabinete disse que “enquanto os militares, polícias e ex-militares não praticarem actos ilegais, o Governo não accionará qualquer medida contra eles".


 
fonte O Primeiro de Janeiro

Como irá acabar toda esta confusão.
E lembrar que toda esta confusão alegadamente começou com a não promoção de um oficial.

Um "efeito dominó" espantoso que parece não parar. :?
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Nuno Bento

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« Responder #18 em: Maio 08, 2006, 12:48:39 am »
Citação de: "TOMKAT"
Nuno Bento, ouvi ontem numa rádio uma reportagem em directo da capital timorense em que o repórter afirmava que estava a acontecer uma fuga para as montanhas idêntica à que aconteceu quando as milícias pró-indonésias viravam do avesso Dili.

Referia os típicos camiões amarelos carregados com de tudo um pouco, desde televisões, frigoríficos, fogões, roupas, mantimentos,...e pessoas assustadas com os acontecimentos, isto apesar de não ter acontecido  nada de anormal nos últimos dias, para além dos muitos boatos.

Referia também as lojas de Dili com portas entreabertas, e a muita procura de mantimentos e combustíveis.

A situação em Dili está assim tão confusa?


Tomkat
A situação aqui é bastante confusa, o povo continua a fugir para a montanha, os menbros do governo dizem que está tudo sob controle mass tambem evacuaram as suas familias . Estranho se esta sobre controle porqu dazem isso ? Na rua onde moro ja so uma meia duzia de cas são habitadas .
Isto aqui esta tudo muito confuso se bem que não existem indicios de que se va passar algo em Dili mas como a memoria de 99 ainda esta bem presente as pessoas fogem.
 

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Rui Elias

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« Responder #19 em: Maio 08, 2006, 09:20:18 am »
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Timor: governante e polícias sequestrados

2006/05/08 | 08:26 in: portugaldiario.iol.pt

Centenas de jovens atacaram instalações oficiais de Gleno
 
Centenas de jovens atacaram hoje de manhã instalações oficiais em Gleno, no distrito de Ermera, Timor-Leste, e mantêm cercados um governante e vários agentes da polícia, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

Dos incidentes, protagonizados por pelo menos duas centenas de jovens, resultaram estragos materiais em edifícios oficiais e em pelo menos uma viatura da Polícia Nacional de Timor-Leste.


Cercados pelos jovens estão o secretário de Estado para a Coordenação da Região III (Díli, Ermera e Aileu), Egídio de Jesus, e dois ou três polícias, precisou a fonte contactada pela Lusa.

Reforços policiais e representantes do governo deslocaram-se a Gleno para negociar a saída do governante e dos polícias do interior do edifício.

Gleno dista cerca de 40 quilómetros a sul de Díli.

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Timor: militares no activo juntam-se ao protesto

2006/05/06 | 10:48 in: portugaldiario.iol.pt

Pedem demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri. Crise militar agudiza
 

A crise militar em Timor-Leste sofreu hoje um significativo avanço com a adesão de militares no activo ao movimento contestatário da ordem política vigente, disse à Lusa fonte oficial que solicitou o anonimato.


Esta decisão tem em vista convencer o presidente Xanana Gusmão a demitir o primeiro-ministro Mari Alkatiri.

Fonte oficial que solicitou o anonimato disse à agência Lusa que a liderança da contestação dos militares no activo - que se juntou aos ex-militares que convocaram uma manifestação dia 24 de Abril - é encabeçada pelos majores Marcos Tilman, Alfredo Reinado e Alves «Tara».

A situação de excepção que se vive em Díli teve início no passado dia 28, quando uma manifestação convocada por centenas de militares contestatários degenerou em violência, que se estendeu a partir do Palácio do Governo a bairros dos subúrbios ocidentais da cidade, provocando oficialmente cinco mortos e mais de 80 feridos EL.

A mesma fonte salientou que presentemente «número significativo» de agentes das forças de segurança se juntou ao movimento de contestação.

A Lusa deslocou-se hoje a Aileu, que dista 47 quilómetros de Díli, onde militares no activo e agentes das duas forças de elite da Polícia Nacional de Timor-Leste, a Unidade de Intervenção Rápida e Unidade de Reserva da Polícia, se juntaram sob o comando do major Alfredo Reinado.

Entrevistado pela Lusa, o major Reinado salientou que o primeiro-ministro Mari Alkatiri «tem que se responsabilizar pelo que sucedeu sábado em Díli, quando militares dispararam contra a população civil».

«Nós queremos justiça. Queremos um país democrático e não um país do comunismo», acrescentou.

A Lusa testemunhou o completo à vontade com que aqueles militares e polícias se movimentam em Aileu, que recebeu nos últimos dias milhares de refugiados provenientes de Díli, na sequência da debandada quase generalizada da capital.

O movimento de protesto iniciou-se em Janeiro passado, sob o pretexto de uma petição subscrita por mais de uma centena de militares, liderados pelo tenente Gastão Salsinha.

Na petição, aqueles militares acusavam os ses comandantes de os discriminarem devido ao facto de serem «loromonu», ou seja, naturais dos dez distritos mais ocidentais do país.

Fonte diplomática disse à Lusa que um voo «charter» norte- americano parte hoje de Díli, levando cidadãos norte-americanos, mas que foram reservados 60 lugares para cidadãos de outras nacionalidades.

A Embaixada de Portugal foi informada que 20 lugares estão ao dispor da comunidade portuguesa, que é de cerca de 400 pessoas.
 

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Rui Elias

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« Responder #20 em: Maio 08, 2006, 09:22:34 am »
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Timor-Leste: Portugal «atento»

2006/05/05 | 17:11 in: portugaldiario.iol.pt


Garante o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros
 
Portugal continua a acompanhar a situação em Timor-Leste «com atenção», através do gabinete de crise activado há uma semana em Lisboa, disse à Lusa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


Em Díli, a embaixada de Portugal mantém a recomendação para que os cidadãos portugueses evitem deslocações nocturnas e permaneçam nas suas residências, divulgada por SMS na sexta-feira passada quando se verificaram confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança.

Segundo o adido de segurança da embaixada, estão previstas «reuniões de esclarecimento» na segunda-feira com professores e outros portugueses residentes fora da capital, que deverão chegar a Díli este fim-de-semana.

Posteriormente, este tipo de reuniões será alargado aos restantes cidadãos portugueses, disse o tenente-coronel Francisco Matos Sousa.

Cerca de 400 portugueses - sobretudo professores, mas também pessoal diplomático, cooperantes, contratados por organizações não governamentais e religiosas, entre outros - estão inscritos no consulado português em Díli, dos quais cerca de 300 a viver na capital.

«Continuamos atentos à situação. Temos preparado, mas ainda no plano teórico - somente em última análise -, a activação de um plano de evacuação», disse ainda à Lusa o adido de segurança da embaixada portuguesa.

Até ao momento, não há registo de qualquer tipo de incidente envolvendo cidadãos portugueses.

Em declarações à Lusa em Sófia, na sexta-feira passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Diogo Freitas do Amaral, apelou à «calma e ao respeito pela legalidade democrática», acrescentando que «o Governo português tem confiança no Presidente da República, Xanana Gusmão, e no executivo de Timor para manter a tranquilidade pública e resolver os problemas».

No mesmo dia, foi anunciada a activação de um gabinete de crise em Lisboa, a funcionar na Secretaria de Estado das Comunidades, para entrar em contacto com os portugueses.

Desde o passado dia 28 que se vive em Díli uma situação de tensão, depois de uma manifestação convocada por centenas de militares contestatários ter degenerado em violência, que se estendeu a partir do Palácio do Governo a bairros dos subúrbios ocidentais da cidade, provocando oficialmente cinco mortos e mais de 80 feridos.
 

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Nuno Bento

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« Responder #21 em: Maio 09, 2006, 06:52:19 am »
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Timor-Leste:Crise visou derrubar governo com "golpe constitucional",diz Alkatiri

 
Díli, 09 Mai (Lusa) - Os confrontos violentos de há quase duas semanas em Díli e os desenvolvimentos subsequentes representaram uma "tentativa de golpe constitucional" de derrube do governo de Timor-Leste, denunciou hoje o primeiro -ministro Mari Alkatiri.

"Há golpes chamados constitucionais. (Tentou-se) criar uma situação de inconstitucionalidade, entre aspas, para permitir a dissolução do parlamento - n ão tenho dúvidas que foi isso", frisou Mari Alkatiri, durante uma conferência de imprensa no Palácio do Governo.

Para o chefe do governo, o objectivo da situação criada foi a de "fazer parar as instituições, para dizer que não funcionam e depois dissolver o parlam ento. Ao dissolver o parlamento, o governo cai".

"Se não se dissolver o parlamento e se tentar demitir o governo, também é ilegal", disse ainda o primeiro-ministro.

Alkatiri acusou ainda elementos, que não identificou, de se terem infil trado entre os ex-militares que convocaram a manifestação iniciada a 24 de Abril , e que degenerou cinco dias depois em confrontos violentos.

"Estão a fazer reivindicações de natureza política, por um lado, e de c arácter anti-democrático, por outro. Se prezam o sistema democrático, então deve m respeitar as regras da democracia e da alternância do poder, através de eleiçõ es e não de golpes", frisou.

O primeiro-ministro referiu-se ainda aos incidentes registados segunda- feira a 40 quilómetros de Díli, em Gleno, onde um polícia morreu e outros dois f icaram feridos.

Desde o passado dia 28 de Abril, quando a manifestação degenerou em con frontos violentos, registaram-se oficialmente seis mortos, um deles um polícia, e 82 feridos, sete dos quais são agentes da polícia.

Um dos polícias feridos foi evacuado para Darwin, onde se encontra a re cuperar na unidade de cuidados intensivos dos graves ferimentos que sofreu na ta rde do dia 28, defronte do Palácio do Governo.

No encontro de hoje com os jornalistas, Mari Alkatiri fez-se acompanhar dos ministros de Estado e da Administração Estatal, da Presidência do Conselho de Ministros e do Trabalho e Reinserção Comunitária, respectivamente Ana Pessoa, Antoninho Bianco e Arsénio Bano.

EL.

Lusa/Fim



 
 

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PereiraMarques

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« Responder #22 em: Maio 10, 2006, 12:43:37 am »
A SIC Notícias acabou de anunciar (0h45m) que o Público publicará, quarta-feira 10 de Maio, uma entrevista com Ramos Horta em que é pedido o regresso da GNR a Timor...
 

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Nuno Bento

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« Responder #23 em: Maio 10, 2006, 12:57:10 am »
Eu ontem ouvi a entrevista do Ramos Horta na RDTL (TV) em que pedia o regresso de uns quantos GNR (penso mais com o intuito dissuasor e de fornecer instrução a policia de intervenção de Timor.
Ontem tambem nas Noticias pude ver que o Primeiro Ministro teve de fugir no Funeral do Policia de Intervenção Morto (UIR) porque a familia do policia responsabiliza o governo pelo sucedido e quis atacar o PM.
So  a titulo de informação acerca da mentalidade do povo timorense posso dizer que são estremamente vingativos e uma pessoa que ataca ou mata um menbro de uma familia tem que se preparar para a vingança dessa familia (mais ou menos como os ciganos em Portugal).
 

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Rui Elias

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« Responder #24 em: Maio 10, 2006, 09:46:43 am »
Segundo a comunicação social de Hoje, o Primeiro Ministro  timorense, Mari Alkatiri, pede que Portugal envie para o território uma companhia da GNR.

Portugal condiciona esse envio a um apoio financeiro por parte das Nações Unidas.

Se assim for, sempre seria uma forma da GNR dar uso às viaturas IVECO que utilizaram o Iraque, quando lá estiveram.

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Timor pede regresso de militares da GNR

2006/05/10 | 09:19 in: www.portugaldiario.iol.pt

Pela capacidade de prevenção e gestão de conflitos. Freitas disse que sim
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Ramos Horta, pediu ao seu homólogo português, Freitas do Amaral que considere a possibilidade do envio de uma companhia da GNR para Timor.

A sua missão, explicou Ramos Horta ao jornal Público, será a de «servir de retaguarda» às forças policiais. Freitas já disse que sim.


A dimensão da força da GNR, no entanto, segundo o jornal Público, está dependente dos apoios financeiros a conceder pelas Nações Unidas.

Para já vão apenas alguns homens e o envio de mais será definido depois de conhecido o resultado das diligências diplomáticas de Ramos Horta para que a ONU envie para Timor-Leste, «o mais rápido possível», uma companhia de intervenção «do género da GNR».

Diz Ramos Horta que ao jornal Público que a GNR é «muito apreciada desde a sua estada, no tempo da ONU. A sua presença tranquiliza a população, tem excelente reputação».

Diz ainda o MNE timorense que «com a GNR, a crise do 28 de Abril [em que Díli foi palco de confrontos que levaram à intervenção do Exército] não teria acontecido, pela sua capacidade de prevenção e gestão de conflitos».
 

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jomite

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« Responder #25 em: Maio 10, 2006, 12:46:21 pm »
Bom dia. 1º post!

Com a actual situação em timor, acho que Portugal deve apoiar o governo timorense a restabelecer a ordem.
Se a ONU ajudar financeiramente a manter a GNR em Timor seria muito bom, mas se tal não acontecer Portugal deve enviar na mesma o contigente, afianal não podemos ficar dependentes da ONU para defender os portugueses que ai se encontram e tendo em conta a ligação a Timor, Portugal tem o dever moral de ajudar.
 Tambem para que não se torne mais uma ex-colónia portuguesa com uma guerra civil e ainda mais pobre do que é actualmente.
  Além da GNR não seria má ideia um pelotão de operações especiais como já foi referido.

Cumprimentos.
 

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Rui Elias

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« Responder #26 em: Maio 10, 2006, 02:30:52 pm »
Acho isso muito estranho.

Mas é a ONU que nos está a pagar a permanência no Kosovo e na Bósnia?

E no Afeganistão é a NATO que nos paga?

Vergonha!    :roll:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #27 em: Maio 10, 2006, 04:12:02 pm »
Rui está a nós e todos os outros!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Nuno Bento

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« Responder #28 em: Maio 23, 2006, 05:17:47 am »
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23-05-2006 4:02:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-8013972
Temas:  internacional política conflitos timor-leste

Timor-Leste: Tiros em Fatuhai entre militares e forças do major Alfredo Reinado

 
Díli, 23 Mai (Lusa) - Efectivos militares e forças do major Alfredo Reinado envolveram-se hoje em confrontos na zona de Fatuhai, na saída leste de Díli, disse o major a Lusa.

"Os confrontos provocaram dois ou três mortos do lado das forças armadas e nenhum dos meus homens foi atingido", acrescentou o major Alfredo Reinado.

Os confrontos terão começado às 11:30 horas locais (03:30 horas de Lisboa), precisou aquele oficial, que no passado dia 03 de Maio abandonou a cadeia de comando.

RBV/GCS.

Lusa/Fim



 
 

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Nuno Bento

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« Responder #29 em: Maio 23, 2006, 05:21:37 am »
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23-05-2006 4:41:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-8013988
Temas:  internacional política conflitos timor-leste

Timor-Leste: Tiros em Fatuhai entre militares... (ACTUALIZADA)

 
Díli, 23 Mai (Lusa) - Efectivos militares e forças do major Alfredo Reinado envolveram-se hoje em confrontos na zona de Fatuhai, na saída leste de Díli, disse o major à Agência Lusa.

"Os confrontos provocaram dois ou três mortos do lado das forças armadas e nenhum dos meus homens foi atingido", acrescentou o major Alfredo Reinado.

Os confrontos terão começado às 11:30 horas locais (03:30 horas de Lisboa), precisou aquele oficial, que no passado dia 03 de Maio abandonou a cadeia de comando.

Desconhece-se ainda a intensidade dos confrontos, mas de acordo com fonte da polícia timorense, a zona tem sido palco desde a noite de domingo de escaramuças envolvendo grupos de jovens, que apedrejam as viaturas que passam na estrada que liga Bécora, a cinco quilómetros do centro de Díli, a Metinaro.

A mesma fonte acrescentou que não há efectivos da Polícia Nacional de Timor-Leste envolvidos nos confrontos, que opõem militares das forças armadas e um número ainda desconhecido de homens comandados pelo major Reinado.

"Temos conhecimento da chegada de duas ou três viaturas de transporte de pessoal, com efectivos das forças armadas, que entraram em confronto directo com os homens comandados pelo major Reinado", precisou a fonte.

Das escaramuças registadas segunda-feira resultou a destruição de duas casas.

Os confrontos envolveram número indeterminado de efectivos das forças armadas e também número indeterminado de homens comandados pelo major Reinado, entre os quais civis armados.

Entretanto, os civis presentes no início da subida de Bécora, zona onde se aglomeram táxis e autocarros que fazem a ligação entre Díli e o interior de Timor-Leste, estão a ser retirados.

Fonte da polícia timorense disse no local à Agência Lusa que há até agora registo de três feridos, designadamente dois militares e um civil, desconhecendo se alguém do lado do major Reinado foi atingido.

Nesta zona situa-se a prisão de Bécora a cinco quilómetros do centro de Díli.

Fatuhai, a área onde se verificaram os confrontos de hoje, localizada a sensivelmente 10 quilómetros do centro de Díli, situa-se a meio da subida da encosta, e nessa zona localizam-se as antenas de transmissão de telecomunicações e de distribuição do sinal de televisão e rádio.

RBV/EL/GCS.