Ainda a organização

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Grumete

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Re: Ainda a organização
« Responder #120 em: Julho 23, 2017, 04:15:42 pm »
Qual é vossa opinião em relação a uma possível/hipotética reforma do exército?
Ao ler este post pareceu-me que o exército está a precisar de uma reorganizado.
Para que se torne um exército mais moderno e simples, em que os recursos sejam utilizados naquilo que é mesmo necessário.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Ainda a organização
« Responder #121 em: Julho 25, 2017, 12:03:26 pm »
Qual é vossa opinião em relação a uma possível/hipotética reforma do exército?
Ao ler este post pareceu-me que o exército está a precisar de uma reorganizado.
Para que se torne um exército mais moderno e simples, em que os recursos sejam utilizados naquilo que é mesmo necessário.

É fácil dizer do que fazer, e as idéias são como os traseiros... todos têm o seu. SE o Exército pouco mudou no tempo da Troika, dúvido muito que se vá fazer algo de substâncial agora que já não temos que cortar a eito.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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Re: Ainda a organização
« Responder #122 em: Setembro 24, 2017, 03:55:43 pm »
Com esta história do Comando da Brigada de Reacção Rápida ir para Évora, se tem lógica ou não, isso levou-me ao seguinte raciocínio.

Acredito que do ponto de vista financeiro tenha lógica, se forem instalações do Exército já prontas a serem utilizadas e que estejam disponíveis, tem lógica, mas do ponto de vista geográfico eu tenho outra opinião.

Se o Exército realmente conseguisse reunir toda a estrutura superior (Direcções e Comandos) na Amadora, isso iria permitir que o Comando da Brigada de Intervenção fosse para o Porto e o Comando da Brigada de Reacção Rápida fosse para Coimbra, estas posições é que me parecem mais lógicas geograficamente se analisarmos a posição das unidades territoriais que elas comandam, a Brigada de Intervenção tem quase tudo no norte e a Brigada de Reacção Rápida tem quase tudo no centro.

Na Brigada de Intervenção esse raciocínio tem a falha da artilharia, pois a Artilharia de Campanha está em Vendas Novas e a Artilharia Anti-Aérea está em Queluz, o RAAA1 sempre estranhei estar atribuído à BrigInt pois é um Regimento que apoia todas as Brigadas, penso que deveria estar na Forças de Apoio Geral como o RL2 e o RE1, o RE1 também apoia a BrigRR e não pertence a esta. O GAC quando estava em VN de Gaia tornava esta Brigada praticamente toda no norte, mas depois foi transferido para Vendas Novas, mas penso que não seria por isso que o meu raciocínio fica sem sentido.

A BrigRR tem o RI1 em Beja e o RC3 em Estremoz mais a sul, não me tinha lembrado destas unidades, pois praticamente não tem capacidade operacional.
« Última modificação: Setembro 24, 2017, 04:04:06 pm por Lightning »
 

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Re: Ainda a organização
« Responder #123 em: Setembro 24, 2017, 07:40:58 pm »
O RC3 ainda fornece o ERec da BRR. Panhard M11.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 
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Re: Ainda a organização
« Responder #124 em: Setembro 24, 2017, 10:00:19 pm »
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora? Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada. Também faz-me espécie saber que falam em separar o Estado-Maior da Brigada da companhia de Transmissões...
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Re: Ainda a organização
« Responder #125 em: Setembro 24, 2017, 10:31:40 pm »
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora? Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada. Também faz-me espécie saber que falam em separar o Estado-Maior da Brigada da companhia de Transmissões...

A Brigada de Intervenção também tem o Comando em Coimbra e as Transmissões no Porto.
 

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Re: Ainda a organização
« Responder #126 em: Setembro 24, 2017, 10:48:28 pm »
Mas afinal o que é que o Exército tem em Évora?

Descobri que tem isto.
https://www.exercito.pt/pt/quem-somos/organizacao/ceme/cmdpess/df

E o edifício é este


Citar
Faz-me espécie sabendo que há um Regimento em Beja que está às moscas e pertence à Brigada.

Acho que o RI1 deve servir para apoio a exercícios na região, por exemplo com a FAP na Base Aérea de Beja, no Alqueva dos Comandos, etc. Talvez não seja compatível conciliar isso com a presença do Comando da BrigRR, ou é simplesmente para não largar as instalações de Évora.
« Última modificação: Setembro 24, 2017, 10:50:08 pm por Lightning »
 

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NVF

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Re: Ainda a organização
« Responder #127 em: Setembro 25, 2017, 02:03:35 am »
Não esquecer que Évora fica mais perto de Lisboa que Beja e, quase de certeza, que esse palácio é muito mais catita que o quer que seja que existe em Beja. Também é preciso não esquecer a dignidade inerente a um general comandante de divisão e respectivo estado-maior. Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!
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Lightning

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Re: Ainda a organização
« Responder #128 em: Setembro 25, 2017, 03:28:20 am »
Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!

Eu acho que já temos brigadeiros a comandar as brigadas, mas num passado recente foi verdade.
 

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PereiraMarques

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Re: Ainda a organização
« Responder #129 em: Setembro 25, 2017, 10:24:27 am »
Ah porra, esqueci-me que não temos divisões mas devemos ter o único exército em que as brigadas são comandadas por major-generais!

Eu acho que já temos brigadeiros a comandar as brigadas, mas num passado recente foi verdade.

Neste momento até temos uma excentricidade maior, a BrigRR é comandada por um COR TIR (em suplência), a BrigMec por um MGEN e a BrigInt por um BGEN!
 

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rato

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Re: Ainda a organização
« Responder #130 em: Setembro 25, 2017, 11:02:19 am »
O Exercito tem em Évora muitas instalações sub aproveitadas. O Quartel da foto era o antigo Quartel General da Região Militar do Sul, que mais recentemente foi o Comando de Instrução e Doutrina e com a última alteração Orgânica passou a ser a Direcção de Formação. Para além deste quartel, têm na cidade, outro quartel de dimensões mais reduzidas que acho que actualmente apenas é utilizado para Recrutamento, o Centro de Saúde Militar de Évora e a Messe dos Oficiais. Instalações distintas espalhadas no centro histórico da cidade. Edifícios fechados, encontram-se mais duas instalações, a antiga messe dos sargentos e a antiga Manutenção Militar, cujo quartel tem umas dimensões consideráveis.
« Última modificação: Setembro 25, 2017, 11:05:28 am por rato »
 
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Miguel

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Re: Ainda a organização
« Responder #131 em: Setembro 25, 2017, 06:40:01 pm »
Podem colocar o comando da BRR aonde quiseram, isto nao passa agora de uma palhaçada para manter tachos para amigos.

A realidade é que as FFAA apenas servam para manter edificios militares sobredimensionadas. e justificar postos para algums.

Ou seja, podiam extinguir as FFAA.

Nunca na Historia desta naçao estivemos tao perto da capacidade de defesa ZERO, ou seja excepto as FOes e o equivalente a 2 batalhoes de combate reais, uma duzia de caças com 40 anos, 2 submarinos e 5 fragatas dos anos 90,, nao temos NADA

Tinha talvez mais capacidade de combate a extinta BriParas da FAP que o actual Exercito completo, alias a BriParas até conseguia chamar reservistas para o seu exercicio anual.

E entao a palhaçada para manter Regimentos fantasmas e o maximo.

 
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paraquedista

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Re: Ainda a organização
« Responder #132 em: Setembro 26, 2017, 01:23:27 am »
Podem colocar o comando da BRR aonde quiseram, isto nao passa agora de uma palhaçada para manter tachos para amigos.

A realidade é que as FFAA apenas servam para manter edificios militares sobredimensionadas. e justificar postos para algums.

Ou seja, podiam extinguir as FFAA.

Nunca na Historia desta naçao estivemos tao perto da capacidade de defesa ZERO, ou seja excepto as FOes e o equivalente a 2 batalhoes de combate reais, uma duzia de caças com 40 anos, 2 submarinos e 5 fragatas dos anos 90,, nao temos NADA

Tinha talvez mais capacidade de combate a extinta BriParas da FAP que o actual Exercito completo, alias a BriParas até conseguia chamar reservistas para o seu exercicio anual.

E entao a palhaçada para manter Regimentos fantasmas e o maximo.

Acho que nao podia ter sido mais bem explicado, do que isto...nem mais nem menos...perfeito !!!

Mas caro Miguel isto ja vem assim de a muito tempo...desde que eu la andei 1994-1999 que vinha o Exercito a implodir-se ao manter  centenas de chafaricas...para que os Senhores da Academia tivessem postos de Comando e direito a Mercedes com condutor...e por outro lado o Produto Operacional era quase "0".
Os Paras eram a grande excepcao porque tinham acabado de chegar da Forca Aerea, onde eram totalmente independentes, e por isso e pela qualidade dos seus quadros se tinham tornado numa Forca Formidavel...o Exercito tratou de acabar com isso. Havia que nivelar tudo...POR BAIXO !!!

Mas todos os dias esta gente no Exercito, mostra que nao sabe mesmo o que anda a fazer...mesmo agora com a aquisicao de viaturas blindadas novas que vao ao entrar ao servico em quase 2020, vamos equipa-las com misseis anti-carro Milan (O CMDT da companhia Anti-Carro tinha proposto a sua substituicao em meados dos anos 90) de 2@ Geracao...os Exercitos modernos, vao agora equipar as suas Forcas com misseis anti-carro de 5@ Geracao...    ;D
« Última modificação: Setembro 26, 2017, 01:29:27 am por paraquedista »
 

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Clausewitz

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Re: Ainda a organização
« Responder #133 em: Setembro 26, 2017, 04:51:05 am »
Se o comando da BRR for para Évora, as unidades desta Brigada passarão a estar dispersas por nove (!) localidades diferentes: Beja, Évora, Estremoz, Carregueira, Leiria, Tomar, Tancos, São Jacinto, Lamego. E formalmente há ainda Tavira. Todos estes quartéis estão, no mínimo, a meio gás. Não vale a pena procurar lógica nisto, porque a única “lógica” que existe é conseguir colocação para o contingente de quadros permanentes do Exército, inventando “Regimentos” e afins. Depois existe falta de pessoal e de meios, pudera! Já alguém pensou quanto se gasta em despesas de funcionamento e manutenção de todas estas instalações? E em deslocações? E quanto pessoal de apoio de serviços é sugado para manter esta estrutura desproporcional? Depois não há meia dúzia de gatos pingados para guardar um paiol na zona com mais quartéis do país... Como é que é possível pensar em investir a sério na melhoria das instalações e áreas de treino se não se cria escala em lado nenhum? Quase 15 anos após o fim do serviço militar obrigatório (de jure, porque de facto são uns 25 anos...) o Exército ainda não se conseguiu reinventar. Se a ideia é não alienar completamente os quartéis espalhados pelo país para um hipotético regresso do velho SMO (que voltaria pelos piores motivos, note-se), não seria melhor alugar alguns quartéis a outras entidades, com clausulas que impedissem alterações significativas nos espaços, de maneira a salvaguardar a possível utilização militar se necessário?
 
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Lightning

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Re: Ainda a organização
« Responder #134 em: Junho 23, 2021, 08:26:05 pm »
Mais uma reorganização fictícia  :mrgreen:,

De vez em quando lá vem a conversa que temos que nos virar para o mar, extensão da plataforma continental, bla, bla, bla, (ultimamente não se tem falado nada sobre isto...) e fiquei com a ideia que nas Forças Armadas ainda nem todos fizeram essa mudança, se para a Marinha sempre foi o seu ambiente natural, a Força Aérea efectuou essa mudança depois da guerra em África (antes era T-6, Fiats, Alouettes e depois passou a aviões de vigilância marítima, helis SAR, mesmo os caças vão fazendo exercícios nos arquipélagos de vez em quando), o exército parece-me, que continua muito "terrestre", carros de combate, etc, o, melhor que vejo são os RG que treinam com os NPO, o que para mim é muito pouco para uma nação maritima, eu propunha duas hipóteses, uma mais radical e outra mais conservadora.

Hipótese Radical
Exército fica a duas Brigadas novas

Brigada de Mobilidade Maritima (pode ser à francesa, tudo do exército, ou à inglesa, conjunto fuzos da Marinha + exército)
1° Batalhão - Alfeite (ou algures por Lisboa)
2° Batalhão - São Jacinto
3° Batalhão - Algarve (Portimão, Tavira)
Outras unidades em Quartéis do exército.

Para isto seria necessário a Marinha possuir navios de transporte género LPD, LST, ou algo com rampa género USNS Spearhead. Para podermos treinar com forças mais capazes a, projecção para os arquipélagos, e até Cabo Verde e São Tomé, para termos umas verdadeiras FA capazes de operar no Atlântico.

Brigada de Mobilidade Aérea
1° Batalhão - Tomar
2° Batalhão - Viseu (?)
3° Batalhão - Beja
Outras unidades em Quartéis do exército.

Estas duas Brigadas não têm que ser todas constituídas por Fuzileiros e paraquedistas, mas pelo menos um dos Batalhões sim, o resto pode ser Infantaria e outras especialidades.

Campo Militar de Santa Margarida
Poderia manter a Cavalaria com os Leopard 2, em caso de necessidade ou exercícios, juntava-se um dos Batalhões de Infantaria com Pandur para formar um Battlegroup Mecanizado.
Artilharia Anti-Aerea toda para aqui, e fundia a Artilharia de Campanha dos GAC de Vendas Novas e Santa Margarida, mas o novo GAC seria equipado com CAESAR ou similar para poder actuar melhor na manobra terrestre do que a artilharia rebocada.

Hipótese Conservadora

Brigads Mecanizada extinta excepto as mesmas unidades de acima.
Brigada de Reacção Rápida fica como está.
Brigada de Intervenção fica na mesma, mas fazendo mais exercícios de projecção via maritima com a Marinha /Fuzileiros.

Se parece pouca mudança, pelo menos poderia ser uma mudança de mentalidade.
« Última modificação: Junho 23, 2021, 08:41:08 pm por Lightning »
 
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