« em: Março 21, 2006, 10:05:15 am »
CTT querem operar nas telecomunicações
Os CTT - Correios de Portugal estão interessados em explorar oportunidades de negócio que surjam no sector das telecomunicações na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom.
A notícia surge na edição desta terça- feira do jornal Público, que refere ainda, citando Luís Nazaré, presidente da instituição, que os CTT e têm sido estimulados para participar activamente como actores no processo.
«Estamos atentos e a olhar para as oportunidades que possam eventualmente surgir no futuro. Vamos ver a configuração que irá resultar para o sector depois desta operação, e definir qual o papel que podemos desempenhar num novo enquadramento», explicou Luís Nazaré, em declarações ao jornal, confirmando que «os CTT têm até estado a ser estimulados para se interessarem activamente no processo».
Luís Nazaré não quis, porém, apontar a identidade dos agentes de mercado que têm procurado os CTT para os «estimular» a entrar no negócio das telecomunicações num cenário pós-OPA.
Segundo o Público, não é novo o interesse dos CTT nas telecomunicações, e Luís Nazaré manifestou, desde que tomou posse, em meados de 2005, intenção de entrar no sector, olhando com especial interesse para os operadores móveis virtuais. Actualmente, Nazaré afirma, sem querer levantar demasiado a ponta de véu, que tanto poderá ter interesse na área móvel, como na fixa, sublinhando que a vocação dos CTT será apostar sobretudo na lógica dos prestadores de serviço.
«Queremos para a área das telecomunicações, sector onde, sublinho, os CTT tem conhecimento e tradição, ganhar na cadeia de valor uma posição mais rica e interessante do que a actual», defende, garantindo que «todos os cenários estão em aberto».
Contudo, o presidente dos CTT também recorda que a entrada no sector das telecomunicações não são a grande prioridade dos CTT neste momento, estando os esforços concentrados na negociação do novo acordo colectivo de trabalho da empresa, denunciado na passada quarta-feira, depois de 25 anos em vigor.
A primeira ronda de negociação com os 13 sindicatos representantes dos 15,5 mil trabalhadores dos CTT inicia-se a 28 de Março, assumindo a administração que a revisão do acordo colectivo de empresa é essencial «para garantir a prazo a sustentabilidade empresarial dos CTT» e será «feita tendo em conta a manutenção dos actuais postos de trabalho».
Segundo o Público, os temas quentes em cima da mesa das negociações são os planos de saúde e a progressão na carreira, mas haverá outros em discussão, como o clausulado - condições de trabalho - e as questões salariais.
«A progressão automática as carreiras tem de acabar. É injusta, imoral e compromete a viabilidade financeira da empresa», defende Nazaré, recordando que o impacte da progressão automática no aumento da massa salarial dos CTT - ainda sem a revisão salarial anual de 2006 - foi de 1,2 por cento em Janeiro deste ano, um ritmo de crescimento que Luís Nazaré diz ser muito penalizador para a empresa.
21-03-2006 7:49:14
de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=64810Podiam comprar uma fatia da Vodafone Portugal...já que esta é vermelha e tal...
