NACIONALISMO EM PORTUGAL, HIPOTESIS.

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P44

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« Responder #30 em: Janeiro 02, 2009, 09:45:23 pm »
Citação de: "Lancero"
Citação de: "P44"
Para o governo dar subsidios aos banqueiros ao mesmo tempo que o numero de desempregados continua a aumentar???

Ó P44, aqui não concordo pá. Aquilo tinha de ser feito, senão um dia destes íamos ao banco e não havia guita para levantarmos.´
Mas é óbvio que os banqueiros que levaram a esta situação (e lucraram com ela) devem ir passar uma temporada ao Linhó.


acreditas que isso alguma vez acontecerá???
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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pedro

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« Responder #31 em: Janeiro 03, 2009, 12:32:07 am »
Caro cromwell não sei mas deixo um nome no ar, Marcelo rebelo de sousa.
Cumprimentos
 

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TOMSK

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« Responder #32 em: Janeiro 03, 2009, 12:41:33 am »
Citação de: "cromwell"
Será que existe algum político assim neste país?

Citação de: "pedro"
Caro cromwell não sei mas deixo um nome no ar, Marcelo rebelo de sousa.
Cumprimentos


Pois eu deixo o nome do Professor Henrique Medina Carreira.
 

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pedro

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« Responder #33 em: Janeiro 03, 2009, 12:42:49 am »
Um bom politico tambem caro TOMSK.
Cumprimentos
 

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Nautilus

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« Responder #34 em: Janeiro 03, 2009, 12:43:07 am »
Citar
Isso mesmo Cabeça de Martelo, Portugal esta nas mãos de uns quantos e so um grande homem pode mudar este país.


E tambem virá num dia de nevoeiro? :(
"Que o país deixe de ter medo!"
Humberto Delgado

Cumprimentos
Nautilus
 

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Cabecinhas

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« Responder #35 em: Janeiro 03, 2009, 12:50:03 am »
Citar
Isso mesmo Cabeça de Martelo, Portugal esta nas mãos de uns quantos e so um grande homem pode mudar este país.


E tambem virá num dia de nevoeiro? Sad


Se o tempo continuar assim pode ser que não falte muito c34x
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lancero

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« Responder #36 em: Janeiro 03, 2009, 12:33:46 pm »
Citação de: "P44"
acreditas que isso alguma vez acontecerá???


 :cry:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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P44

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« Responder #37 em: Janeiro 14, 2009, 04:10:15 pm »
Citar
"Militares só içam bandeira das quinas"


MANUEL CARLOS FREIRE
Defesa. Nova polémica com o Estatuto dos Açores

Símbolos regionais fora das unidades castrenses, assegura Jorge Miranda


O hastear de bandeiras regionais dentro de instalações militares., prevista no novo Estatuto dos Açores, "é claramente inconstitucional", declarou ontem ao DN o constitucionalista Jorge Miranda.

O novo Estatuto açoreano fez reavivar a chamada "guerra das bandeiras", que começou há uns anos na região autónoma da Madeira e foi considerada ilegal. Agora, conforme noticiou ontem o Público, o teor daquele documento já levou as autoridades militares colocadas nos Açores a pedir orientações superiores sobre o que fazer.

Uma alta patente militar ouvida ontem pelo DN, lembrando que o Estatuto dos Açores "ainda não foi publicado", adiantou que "as Forças Armadas são unas" e não podem agir de forma diferente consoante as unidades militares estejam sedeadas no Minho ou nas regiões autónomas.

"Parece-me perfeitamente evidente", enfatizou Jorge Miranda, a inconstitucionalidade de qualquer artigo do Estatuto dos Açores (ou da Madeira, para o caso) a determinar o hastear da bandeira regional em unidades militares localizadas naqueles arquipélagos.

"As unidades militares são a expressão directa da soberania do Estado, da sua integridade, pelo que só a bandeira nacional aí pode ser hasteada", frisou, taxativo, Jorge Miranda, considerado um dos pais da Constituição. "Em nenhum país do mundo, mesmo em Estados federais como os EUA ou o Brasil, se imagina ter bandeiras" estaduais ao lado da bandeira nacional dentro das instalações militares, declarou ainda Jorge Miranda.

Segundo o constitucionalista, "mesmo em unidades das forças de segurança" só deve ser hasteada a bandeira nacional, embora, neste ponto, Jorge Miranda não tenha sido tão taxativo como relativamente à situação das unidades militares.

Perspectiva diferente tem Guilherme Silva, deputado do PSD/Madeira no Parlamento nacional que está de acordo com o líder do Governo açoreano, Carlos César. "Não há mal nenhum, antes pelo contrário. Há uma realidade na nossa Constituição que são as autonomias políticas da Madeira e dos Açores, portanto, acho que o hastear das bandeiras das regiões é um sinal dessa realidade constitucional, sem prejuízo da unidade nacional, e que a presença da bandeira portuguesa nesses estabelecimentos naturalmente consagra e confirma", disse ao DN.

Recorde-se que quem lançou a chamada "guerra das bandeiras" foi Alberto João Jardim. Uma história longa e reavivada a poucas semanas da visita oficial de Cavaco Silva à Madeira (Abril 2007). Nessa altura, o grupo parlamentar do PSD/M voltou a lançá-la. O projecto de resolução dos sociais-democratas denunciava "a situação de desobediência qualificada em que incorrem os órgãos da República que não cumprem o dever legal de hastear a bandeira da região autónoma" - leia-se instituições dependentes do poder central, como o Palácio de São Lourenço (sede do comando da Zona Militar da Madeira e residência oficial do representante da República), a Capitania do Porto do Funchal ou a Fortaleza do Pico. Com LÍLIA BERNARDES, Funchal

 
 
http://dn.sapo.pt/2009/01/12/nacional/m ... uinas.html
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Feinwerkbau

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« Responder #38 em: Janeiro 28, 2009, 09:11:01 am »
Citação de: "Heraklion"
Que tem a ver o povo galego com o catalão??
Há que lhes dar o devido espaço.
No entanto, em Portugal não existe tal coisa, não existem minhotos, algarvios ou madeirenses.
Existem pura e simplesmente portugueses.
Tenho dito.......................................//...............................................//.................Heraklion


Não existem minhotos, algarvios ou madeirenses? Por amor de Deus....
Se calhar algumas diferenças regionais portuguesas sejam mais acentuadas do que as que referiu...
Como minhoto não me identifico de maneira alguma com o modo de vida de um algarvio ou de um lisboeta, temos diferenças, claro que sim.
No entanto não quer dizer que não partilhemos a mesma bandeira e o mesmo hino com todo o orgulho

Citação de: "Heraklion"
Quanto ao Nacionalismo.
Para mim é natural, saudavel, e bom que se seja nacionalista.
É uma pena que as pessoas confundam o nacionalismo com outras coisas...Heraklion


Pois... é pena que tenha vindo a ser confundido com Nacional-Socialismo....


Já agora, podem acrescentar Viana do Castelo à lista dos movimentos independentistas, afinal é a unica cidade Portuguesa que recusa fazer parte de uma Comunidade Inter Municipal  :twisted:
 

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Heraklion

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regionalismo Novo
« Responder #39 em: Janeiro 28, 2009, 05:23:37 pm »
Citação de: Heraklion
Que tem a ver o povo galego com o catalão??
Há que lhes dar o devido espaço.
No entanto, em Portugal não existe tal coisa, não existem minhotos, algarvios ou madeirenses.
Existem pura e simplesmente portugueses.
Tenho dito.......................................//...............................................//...........

Feinwerkbau:
Não existem minhotos, algarvios ou madeirenses? Por amor de Deus....
Se calhar algumas diferenças regionais portuguesas sejam mais acentuadas do que as que referiu...
Como minhoto não me identifico de maneira alguma com o modo de vida de um algarvio ou de um lisboeta, temos diferenças, claro que sim.
No entanto não quer dizer que não partilhemos a mesma bandeira e o mesmo hino com todo o orgulho
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Penso que entendeu o que queria dizer, referia-me a etnias, linguas..
E ai, Portugal é um só, e mais nada!!!
Preocupa-me bastante a situação dos Açores, a guerra das bandeiras, e a Madeira.
Parece que se recusam a tocar o hino nacional em cerimonias oficiais. Vergonhoso...
Há que impor respeito, e estas tendencias separatistas/ birrentas começam a irritar-me, dai o meu odio á ideia de regiões autonomas.
Se fosse eu acabava imediatamente com essa fantochada e os Açores e a Madeira voltavam a ser distritos, que é, para mim, o que mais faz sentido.

cumprimentos
« Última modificação: Janeiro 05, 2017, 08:23:46 am por Heraklion »
Nos liberi sumus;
Rex noster liber est;
Manus nostrae nos liberverunt
 

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Heraklion

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« Responder #40 em: Janeiro 29, 2009, 09:46:41 am »
Acabei de saber algo chocante!!
O AJJ era activista de um movimento independentista na Madeira em 74/75. :lol:  :lol:
Fiquei mesmo impressionado....
É que das palavras vãs ás acções ainda vai um belo caminho.....
Pergunto-me a mim próprio porque é Presidente do Governo Regional um independentista corrupto...
Certamente alguns estarão melhor informados que eu;
Sr Papatango, alguma ideia??
Com os melhores cumps
Heraklion
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Feinwerkbau

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« Responder #41 em: Janeiro 29, 2009, 10:14:13 am »
Citação de: "Heraklion"
Penso que entendeu o que queria dizer, referia-me a etnias, linguas..
E ai, Portugal é um só, e mais nada!!!
Preocupa-me bastante a situação dos Açores, a guerra das bandeiras, e a Madeira.
Parece que se recusam a tocar o hino nacional em cerimonias oficiais. Vergonhoso...
Há que impor respeito, e estas tendencias separatistas/ birrentas começam a irritar-me, dai o meu odio á ideia de regiões autonomas.
Se fosse eu acabava imediatamente com essa fantochada e os Açores e a Madeira voltavam a ser distritos, que é, para mim, o que mais faz sentido.

Como eu dizia, acho que todos comungamos a mesma bandeira e o mesmo hino com todo o orgulho!!
No entanto existem diferenças e muitas, nos costumes, na cultura, etc..
Visite um dia Castro Laboreiro, por exemplo e veja se se identifica muito com Portugal...

Citação de: "Heraklion"
Quanto ao nacional-socialismo:
Assim é, de facto, no entanto, há que ver que se há restrições para uns deve haver para outros.
Ninguem chama nomes ao Louçã...agora ao Pinto Coelho.. :roll:
Temos vários partidos de extrema-esquerda no parlamento, há que ver isso...

O meu amigo deve estar a falar do bloco, se está a falar de extrema.... No entanto isso é errado, pois comparar o Bloco ao PNR é como comparar a Fada dos Dentes à Bruxa da Floresta...
O bloco pode defender ideias Trotskistas e que poderão não ter muito cabimento no modelo económico que temos de momento.
No entanto defendem ideias de justiça social e de valores de sociedade que me agradam.
O PNR por seu lado, é um partido do mais hipócrita que há. Intitula-se Nacionalista, mas o verdadeiro nome é NAZI!!! Apenas não o manifesta mais abertamente e vai falando por eufenismos porque é anti-constitucional defender esses valores e podem ser dissolvidos se o fizerem...
Eu sei que estamos em ano de eleições e etc, mas o que vejo defendido no forumnacional.net, dá-me vontade de vomitar.
Alguma vez viu o Louçã a defender que os nazis deviam ser todos fuzilados com um tiro na nuca ou enviados para a Sibéria? Isso são ideias de extrema-esquerda..

Tive o azar de defender a multi-culturalidade como alavanca da evolução da humanidade nesse forum, foi o 1º post que escrevi lá e disseram logo que devia ser preto, cigano ou de outra etnia não branca ou mais ou menos castanha e nem digo o resto  :shock:
E quando comentei que se calhar por ser de uma pequena cidade do Norte não me apercebia dos problemas raciais e etnicos que existem em Lx... será que existem?, chamaram-me logo campónio....

E olhe que eu intitulo-me como nacionalista.
É assim que querem ganhar eleições? É esta gente que vai mudar Portugal?
Tudo o que não concorda deve ser eliminado ou recondicionado????
Onde já vi este filme?

Citação de: "Heraklion"
E outra coisa:
O pretexto para não se ser nazi é que eles mataram muita gente.
É um facto quase incostestado, no entanto....os comunas não mataram bem mais??
Estaline+Pol Pot+ Mao (com o Grande Passo em Frente) mataram quantas vezes mais pessoas, no entanto, quando se ouve dizer que aquele tipo é comuna o que se diz é que é um libertador do povo, defensor dos oprimidos e divulgador da Revolução :roll:
Cumprimentos


Esses Srs. de que fala terão sido tão bons quanto o tio Adolfo, critico tanto quem defende a politica dessa esquerda como os da extrema-direita....


Em relação à unidade nacional, defendo-a com unhas e dentes, mas como já disse terá que ser feito mais dia menos dia qualquer espécie de regionalização, dando mais voz e poder aos locais de cada região...

Neste momento, existem deputados eleitos pelos circulos distritais, que se calhar nunca lá foram e os que conhecem têm a voz castrada por regimes de bancada e politicas partidárias.....
E os que defendem mesmo os interesses regionais, mais cedo ou mais tarde são eliminados...., lembram-se do Queijo Liminiano? Realmente não acho forma de fazer politica, mas o que é certo é que as coisas foram feitas....senão ainda andavam de Ministério para Ministério...

No fundo é bem verdade que o pais continua a ser Lisboa e o resto é paisagem, bem bonita por sinal, mas paisagem...... ( apesar de muita coisa já ter mudado para melhor )


Isto é Democracia?
 

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P44

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« Responder #42 em: Janeiro 29, 2009, 10:50:15 am »
Madeira: PSD chumba proposta do PS que impunha hino nacional em actos oficiais



A Assembleia Legislativa da Madeira chumbou hoje o projecto de resolução do PS local que defendia que o hino nacional fosse tocado em todos os actos oficiais na Região.

O projecto de resolução chumbado pelos deputados do PSD-M recomendava "ao Governo Regional e aos Municípios da Região que nos eventos solenes da vida da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente em cerimónias comemorativas do Dia da Região e no Dia do Município, em todos os municípios” se devia “ouvir, obrigatoriamente, para além do Hino da Região, o Hino Nacional, como preito de homenagem à nossa memória colectiva portuguesa".

Determinava ainda que se aplicava também "em todos os eventos oficiais da Região em que estejam presentes membros dos órgãos de governo próprio da Região Autónoma da Madeira". O projecto de resolução teve os votos a favor do PS-M, CDS/PP-M e PCP-M e a abstenção do MPT-M e do BE-M.

O presidente do PS-M, João Carlos Gouveia, classificou a atitude dos deputados do PSD-M de "separatista" e contra a defesa de "valores comuns" tendo o deputado do PSD-M, Medeiros Gaspar, retorquido dizendo que o separatismo era um argumento recorrente do líder do PS-M para afirmar o seu "espaço político e diferenciação".

Leonel Nunes, do PCP-M, considerou ser necessária uma uniformização do uso dos símbolos nacionais nomeadamente do hino dado que nem todos os municípios respeitam a sua entoação nas sessões solenes mas sublinhou que aquela não era a "grande questão nacional" mas sim a crise e as dificuldades dos portugueses, facto corroborado também pelo BE-M, CDS/PP-M e MPT-M.

A sessão plenária foi ainda marcada pelo adiamento, por via de um requerimento do PSD-M, do projecto de resolução do PND-M que defende "a construção de uma estátua do dr. Alberto João Jardim". De ponto sexto passou para 46º o que levou o deputado do PND-M, Baltasar Aguiar, a declarar que "aqui tem a mãozinha de Jaime Ramos [líder do Grupo Parlamentar do PSD-M]".

IN: Publico


Jornal El País questiona longevidade no poder de Alberto João Jardim

Romana Borja-Santos

O que é que Alberto João Jardim tem a ver com Muammar Kadhafi? De acordo com uma reportagem publicada este fim-de-semana no diário espanhol El País, o Presidente do Governo Regional da Madeira está no poder há 30 anos, sendo apenas superado pelo líder líbio, que ocupa o cargo há 39 anos. Diferenças: “o coronel nunca se submeteu ao veredicto das urnas”.

Três décadas no poder valeram ao social-democrata um artigo intitulado “Paraíso sob controlo – Presidente eterno”, onde são explicados os segredos da longevidade do cargo, aos olhos dos “nuestros hermanos”.

Sobre o perfil do líder madeirense, o jornalista Francesc Relia escreve que o “seu carácter histriónico (...) o leva a depreciar, insultar e incomodar os seus adversários políticos, e também aqueles que estão no seu bando, o Partido Social Democrata (PSD)”. E acrescenta: “Jardim é um produto genuinamente madeirense, catapultado em partes iguais pela Igreja e pelo antigo regime. Durante a ditadura foi protegido pelo homem do salazarismo na Madeira, o seu tio Agostinho Cardoso (...)”. Apesar disso, o jornal salvaguarda que o PSD regional pouco tem de parecido pelo nacional – “Na Madeira, são do PSD os velhos quadros do salazarismo que conservam cargos locais”.

Perante estas características peculiares, o El País questiona qual será o segredo para o povo continuar a votar em Alberto João Jardim e chega a uma resposta: “O dinheiro, em primeiro lugar”. Depois, o diário espanhol explica que a Madeira foi durante décadas a região portuguesa que, proporcionalmente, recebeu mais fundos nacionais e da União Europeia para compensar a insularidade. Na reportagem lê-se também “com este colchão quem não ganha eleições por maioria absoluta?”. A opinião é corroborada pelo vereador socialista na Câmara do Funchal Carlos Pereira que considera que “nestas condições, nem o Papa seria capaz de derrotar Jardim”.

“Com milhões faço inaugurações, com inaugurações ganho eleições”

No que diz respeito aos resultados dos 30 anos à frente da ilha, o El País escreve que ficou “para trás parte da pobreza ancestral” sendo os túneis, viadutos e vias rápidas as marcas do social-democrata, que apostou desde o primeiro dia nas obras públicas. Porém, insistem que estas contaram com “avultados fundos recebidos de Lisboa e Bruxelas”. Depois, o jornalista cita o lema de Jardim - “com milhões faço inaugurações, com inaugurações ganho eleições” - e refere que o líder regional tem ignorado o Tribunal Constitucional, no sentido de não se aproveitar destes eventos para actos de campanha.

A última parte da reportagem é dedicada à “linha [imperceptível] que separa os meios de comunicação e propaganda” na região. O El País escreve mesmo que “o Telejornal da cadeia de televisão pública RTP Madeira é conhecido popularmente como TeleJardim”, que as rádios privadas recebem subsídios estatais e que o “Jornal da Madeira” é o único diário público em Portugal que serve de instrumento político e que é vendido a um preço simbólico de dez cêntimos por a lei proibir que seja gratuito.

Por outro lado, o artigo refere o facto de uma parte considerável população activa trabalhar em na administração regional, acrescentando que “não é preciso perguntar em quem vota este exército de burocratas” e dizendo que se torna muito difícil concorrer contra o actual líder. O El País afirma, ainda, que os ministros raras vezes pedem contas, apesar de não faltarem temas. E dão como exemplo a dívida que ascende a 3000 milhões de euros e que equivale a metade do PIB regional e que passa impune num “Parlamento que não exerce as suas funções de fiscalização (...) [e que não está sujeito] a nenhum regime de incompatibilidades, caso único em Portugal, o que lhes permite fazer negócios com à margem do Governo”.

Depois, a reportagem recorda o episódio deputado do PND que exibiu uma bandeira nazi na Assembleia regional e que foi impedido no dia seguinte de entrar nas instalações. “A oposição, seja de esquerda ou de direita, está de acordo que o regime político da Madeira tem todos os tiques de uma república bananeira”, lê-se no El País, que termina o artigo a explicar que Alberto João Jardim não se mostrou disponível para colaborar com o diário espanhol.

in Público
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« Responder #43 em: Janeiro 29, 2009, 11:00:50 am »
Agora já está a passar das marcas, não? :?
 

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Feinwerkbau

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« Responder #44 em: Janeiro 29, 2009, 11:16:18 am »
A ideia é fazer as Ilhas Caimão do Atlântico Oriental???

é que pode dar jeito a munta gente  :twisted: