Novo Plano de Defesa do Brasil

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HenriqueJr

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Novo Plano de Defesa do Brasil
« em: Novembro 01, 2008, 07:32:04 pm »
O novo plano de defesa do Brasil

Prioridades incluem a fabricação de porta-aviões, base naval na Amazônia e privilégios à indústria bélica nacional

Hugo Marques


Demorou, mas a Estratégia Nacional de Defesa vai finalmente sair do papel. O presidente Lula avisou aos ministros que até o fim deste mês assina o decreto que cria o plano militar. A minuta do decreto, à qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, mostra que a nova política do governo para as Forças Armadas é ousada. Como grande guinada no modelo em vigor, o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte, além de uma base naval na Amazônia e outra para submarinos nucleares. A prioridade é assegurar a soberania do mar territorial e da Bacia Amazônica. Entre outros artefatos, ganham destaque também os veículos não-tripulados de vigilância e combate (Vant), caças supersônicos, submarinos nucleares, mísseis, radares e bombas inteligentes.
Trata-se de um projeto de desenvolvimento para reorganizar as três Forças Armadas e reconstruir a indústria bélica nacional. Fora as 98 páginas do decreto, o governo está redigindo cerca de 20 projetos de lei e medidas provisórias para viabilizar a ambiciosa Estratégia de Defesa. Os custos ainda não foram calculados, mas fala-se em dezenas de bilhões de dólares, que o governo se apressa em justificar. “É aflitivo ter que escolher entre mais hospitais, mais escolas e mais transferências sociais de um lado e mais defesa do outro lado”, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. “Mas nada é mais caro no mundo que a independência nacional.”
A reorganização da indústria de defesa se dará a partir de um regime especial para as empresas que fabricam artefatos militares. Elas ficarão livres das amarras da Lei de Licitações e dos contingenciamentos de verbas do Orçamento da União. Em contrapartida, o Estado ganha participação especial no capital dessas empresas, na forma de golden share. Estas empresas, monitoradas pelo Estado, ficarão encarregadas de fabricar, entre outros, equipamentos de guerra eletrônica e artefatos individuais para o “combatente do futuro”. Além de garantir os investimentos, quer atrair a inteligência civil para fazer um “complexo militar-universitárioempresarial”, elo entre pesquisa e produção de materiais bélicos. Para isso, vai aumentar “decisivamente” o número de bolsistas em cursos de doutorado e pós-doutorado no Exterior, nos principais centros de pesquisa do mundo.


O pacote de compra de caças, submarinos e helicópteros que será fechado até janeiro é a fórmula para importar tecnologia e deslanchar a indústria nacional. Os submarinos e helicópteros virão da França. A minuta de decreto diz que uma das alternativas é comprar em escala mínima caças de “quinta geração”, com transferência integral de tecnologia, inclusive os códigos-fonte do avião, para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado. Além dos aviões de combate da FAB, a Marinha vai desenvolver um avião de vigilância, defesa e ataque para seus futuros “navios-aeródromos”, de função múltipla, que serão preferidos aos porta-aviões tradicionais e de dedicação exclusiva.
O governo incluiu no contexto da defesa nacional o desenvolvimento da energia nuclear. A minuta de decreto diz que o País não aderirá ao protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). A decisão põe fim à polêmica desencadeada anos atrás, quando a Associação Internacional de Energia Atômica (Aiea) fez pressões veladas para que o governo brasileiro assinasse o protocolo, destinado a ampliar as restrições e a organizar um regime de inspeções “invasivas” ao País. O projeto também prevê a aceleração da prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio, a construção de novas usinas nucleares, o uso da energia nuclear em “amplo espectro de atividades” e a nacionalização completa do ciclo do combustível. “Isso ocorrerá em pouco tempo”, garante o ministro Mangabeira Unger. Está prevista, também, a construção de submarinos nucleares e de reatores nucleares “para uso exclusivo do Brasil”. Segundo o plano, Exército, Marinha e Aeronáutica irão operar em rede, em ligação com o monitoramento da superfície da terra e do mar, “conduzido a partir do espaço”. Os detalhes estão em anexos sigilosos do projeto. Será criado o “Estado- Maior Conjunto das Forças Armadas”, para operação unificada. As tropas terrestres e os quartéis, hoje concentrados no Sul e no Leste, serão redistribuídos para Oeste e Norte. Há uma atenção especial do governo quanto à proteção da faixa do litoral entre Santos (SP) e Vitória (ES), onde estão os grandes centros urbanos e as reservas de petróleo do pré-sal. A nova base naval da Marinha ficará na foz do rio Amazonas e será do tamanho da Base do Rio, para expandir o poderio para o interior do País, aumentando sua presença nas bacias fluviais do Amazonas e Paraná-Paraguai. As barragens de hidrovias a serem construídas terão eclusas para assegurar a passagem de navios.
"A razão de haver atéus no mundo se deve aos Cristãos, Estes negam com suas ações o que afirmam pela boca" Karl Rahn
 

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« Responder #1 em: Novembro 02, 2008, 01:17:06 am »
Citar
o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte



Algo tipo Cavour/Bpe?
Eso implica la adopción de aviones Vstol tipo Harrier o F35?
 

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luis filipe silva

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« Responder #2 em: Novembro 02, 2008, 01:24:04 am »
Também penso que seja isso que está planeado. Veremos...
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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papatango

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« Responder #3 em: Novembro 03, 2008, 03:03:27 pm »
Eu acho que não é nada de Conte di Cavour, mas sim uma alteração relativamente mais profunda.

Há os que garantem que o Brasil continuará a ter uma força com porta-aviões, mas nem toda a gente está de acordo.

Um porta-aviões é algo de muito caro e cada vez mais complicado de explicar.
O primeiro porta-aviões brasileiro era acima de tudo uma arma anti-submarina. A compra do actual porta-aviões alterou a doutrina de utilização do maio, mas até ao momento ainda ninguém percebeu muito bem qual é o objectivo.

As coisas estarão provavelmente mais para um navio polivalente com capacidade para utilizar aeronaves de asa fixa. Isto coloca o futuro em causa e deita para o caixote do lixo os planos da marinha brasileira para criar uma força aérea com capacidade de ataque e combate aéreo.

A situação continua a ser muito nebulosa e a revista "ISTO É" é conhecida mais pela confusão que cria e pelas trapalhadas que publica em termos de temas militares que pela qualidade das suas análises.

Tentando resumir, há ministros brasileiros que não parecem entender que não se pode fazer omoletes sem ovos. A ideia de participar num caça de 5ª geração para obter tecnologia é meio esquisita, porque fica-se com a impressão de que o governo do Brasil quer entrar em parcerias tecnológicas quase sem gastar um tostão, para depois fazer o que quiser com essa tecnologia.

A frase seguinte é significativa:

Citar
... minuta de decreto diz que uma das alternativas é comprar em escala mínima caças de “quinta geração”, com transferência integral de tecnologia, inclusive os códigos-fonte do avião, para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado.


Comprar um punhado de caças de 5ª geração para os produzir no Brasil ...  :roll:  O autor destas linhas não sabe o que é um caça de 5ª geração, não sabe quantos existem e não sabe que o Brasil não teve acesso ao F-35, por causa dos códigos fonte e não sabe que um projecto russo, se alguma vez chegar a voar vai demorar no mínimo 20 anos a desenvolver. Se for desenvolvido será em cooperação com a Índia e qualquer desses países que não vai construir uma «pequena série» vai vedar tecnologias sensíveis porque vai querer vender se possível os caças que concebeu.

Todas as declarações do ministro Mangabeira Unger devem ser mexidas com luvas de veludo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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HenriqueJr

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« Responder #4 em: Novembro 03, 2008, 05:24:14 pm »
Citação de: "papatango"
Eu acho que não é nada de Conte di Cavour, mas sim uma alteração relativamente mais profunda.

Há os que garantem que o Brasil continuará a ter uma força com porta-aviões, mas nem toda a gente está de acordo.

Um porta-aviões é algo de muito caro e cada vez mais complicado de explicar.
O primeiro porta-aviões brasileiro era acima de tudo uma arma anti-submarina. A compra do actual porta-aviões alterou a doutrina de utilização do maio, mas até ao momento ainda ninguém percebeu muito bem qual é o objectivo.

As coisas estarão provavelmente mais para um navio polivalente com capacidade para utilizar aeronaves de asa fixa. Isto coloca o futuro em causa e deita para o caixote do lixo os planos da marinha brasileira para criar uma força aérea com capacidade de ataque e combate aéreo.

A situação continua a ser muito nebulosa e a revista "ISTO É" é conhecida mais pela confusão que cria e pelas trapalhadas que publica em termos de temas militares que pela qualidade das suas análises.

Tentando resumir, há ministros brasileiros que não parecem entender que não se pode fazer omoletes sem ovos. A ideia de participar num caça de 5ª geração para obter tecnologia é meio esquisita, porque fica-se com a impressão de que o governo do Brasil quer entrar em parcerias tecnológicas quase sem gastar um tostão, para depois fazer o que quiser com essa tecnologia.

A frase seguinte é significativa:

Citar
... minuta de decreto diz que uma das alternativas é comprar em escala mínima caças de “quinta geração”, com transferência integral de tecnologia, inclusive os códigos-fonte do avião, para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado.

Comprar um punhado de caças de 5ª geração para os produzir no Brasil ...  :roll:  O autor destas linhas não sabe o que é um caça de 5ª geração, não sabe quantos existem e não sabe que o Brasil não teve acesso ao F-35, por causa dos códigos fonte e não sabe que um projecto russo, se alguma vez chegar a voar vai demorar no mínimo 20 anos a desenvolver. Se for desenvolvido será em cooperação com a Índia e qualquer desses países que não vai construir uma «pequena série» vai vedar tecnologias sensíveis porque vai querer vender se possível os caças que concebeu.

Todas as declarações do ministro Mangabeira Unger devem ser mexidas com luvas de veludo.


 Sobre a última parte, pelo que eu entendi, a idéia é comprar(diretamente do fabricante) uma pequena quantidade de caças de 5ª geração com transferencia de tecnologia e contrado de fabrigação de outros lotes no Brasil.
"para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado."
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nelson38899

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« Responder #5 em: Novembro 03, 2008, 05:50:11 pm »
mas isso só se consegue, com compras de grandes quantidades de aviões e não pequenas quantidades.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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papatango

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« Responder #6 em: Novembro 03, 2008, 06:02:27 pm »
Na verdade não dá para entender nada, porque aquilo não faz sentido nenhum.

A notícia ou é argolada da ISTO É, ou então é um disparate do ministro Unger, que ainda há meses se pôs a fazer previsões sobre cooperação estratégica com a Rússia que levou as pessoas a concluir que se tratava da cooperação com o projecto de desenvolvimento de um caça de 5ª geração.

O actual programa F-X2 já excluiu o único cala de 5ª geração, o F-35 e não vai haver outro caça de 5ª geração na próxima década.
A ideia não é nova nem original e já foi levada a cabo no passado.

O caça leve AMX estava já pronto quando a EMBRAER entou no projecto e produziu (melhor dizendo montou) o avião. MAs o AMX não era um avião de tecnologias novas, era um substituto entre outros do FIAT G.91Y. Não se pode pensar da mesma forma quando falamos de um novo conceito de aeronave.

Nem o Brasil nem nenhum país do mundo pode pura e simplesmente comprar um pequeno numero de caças, para depois ficar com segredos tecnológicos sem pagar por eles.
Os custos de desenvolvimento de uma aeronave de 5ª geração são altíssimos e ultrapassam tudo o que o Brasil tem previsto gastar  com a Força Aérea na próxima década. A Rússia já concluiu que não tem dinheiro para isso e considera desenvolver um avião em cooperação com a Índia, mas os custos previstos pelos russos têm tendência a saír furados (vide o caso do porta-aviões Vikramaditya que continua em discussão)

Fica-se com a impressão de que o ministro acha que o Brasil vai conseguir uma quantidade de vantagens tecnológicas apenas com bom-mocismo e que alguém vai oferecer de mão dada ao Brasil tecnologia caríssima, sem pagar o seu valor.

Além disso, seria necessário determinar opções e caminhos claros. Não vai haver dinheiro para um desenvolvimento uniforme em todos os ramos.
Parece que toda a gente entendeu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente no numero total de efectivos do exército, mas mesmo assim isso não é suficiente,. Continuará a ser necessário mais dinheiro.

Isso leva-nos a recentes declarações de responsáveis do governo brasileiro afirmando que muitas das opções seriam criticadas...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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rafafoz

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« Responder #7 em: Novembro 03, 2008, 08:48:10 pm »
Bem é difícil de explicar e entender mesmo tudo isso, mais os EUA já demonstraram que estão dispostos a entrar na briga para a venda de aeronaves de 4º geração, no caso de F-18 E/F SUPER HORNET, e se os EUA estão interessados é por que tem muito coisa por traz, somente dinheiro não é tudo, a questões diplomáticas no caso do Brasil como principal país da América do Sul e mediador, para bater de frente com Hugo Chavez, e para que o Brasil não se alinhe com a Rússia e china, assim o EUA teria um forte aliado no seu quintal dos fundos, como já aconteceu anteriormente na guerra fria quando o Brasil ficou do lado dos EUA, tanto questões econômicas quanto diplomáticas constam e muito nesses quesitos a ser analisados, não só gastos tecnológicos, e o Brasil poderia produzir a um preço bem inferior a o que produzido nos EUA, tendo um lucro relativamente maior sobre unidade, ah vantagens e pelas respostas da Boeing parecem ser muito boas pelos interesses deles em cooperar com o Brasil.
 

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papatango

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« Responder #8 em: Novembro 03, 2008, 11:31:49 pm »
Mas o F-18 não é um caça de 5ª geração e se o Brasil adquirir os 36 caças e depois pretender ir substituindo os AMX  e F-5 pelo F-18 isso não vai deixar lugar para caças de 5ª geração.

Nesse caso, em teoria a opção mais lógica seria o Gripen.

Além do mais a opção por porta-aviões mais pequenos entra em conflito com a tese de que a opção pelo F-X2 estará relacionada com a possibilidade de obter aeronaves «novas» ou pelo menos mais capazes para a marinha brasileira.

Se o Brasil optar por porta-aviões mais pequenos não há lugar para grandes caças embarcados.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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rafafoz

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« Responder #9 em: Novembro 04, 2008, 10:45:37 am »
Vai se entender esse nosso governo, hehehe.
Bem em relação aos porta aviões, não fasso a minima idéia de quais proporções deve ter e que tipo de aviões ele deve portar, se é que realmente o Brasil venha a produzir porta aviões, por que até que sei não está incluido em acordo com nenhum país a produção conjunta de porta aviões e não sei se o Brasil possui essa tecnologia para produzir seus próprios porta aviões.

Esse negócio de porta aviões só acredito vendo.

Mais o projeto FX-2 de imediato é para substituir os F5, AMX e Miragem, mais que provavelmente não seja para ser caças para porta aviões, creio que porta aviões de pequeno porte seje mais ou menos como o Porta Aviões Minas Gerais, para ser empenhado na luta contra submarinos, sendo quase um porta helicopteros.
 

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HenriqueJr

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« Responder #10 em: Novembro 04, 2008, 05:33:04 pm »
Responderei em vermelho.

Citação de: "papatango"
Na verdade não dá para entender nada, porque aquilo não faz sentido nenhum.

A notícia ou é argolada da ISTO É, ou então é um disparate do ministro Unger, que ainda há meses se pôs a fazer previsões sobre cooperação estratégica com a Rússia que levou as pessoas a concluir que se tratava da cooperação com o projecto de desenvolvimento de um caça de 5ª geração.

O actual programa F-X2 já excluiu o único cala de 5ª geração, o F-35 e não vai haver outro caça de 5ª geração na próxima década.
A ideia não é nova nem original e já foi levada a cabo no passado.

 O F-35 foi excluído porque o prazo de entrega das primeiras unidades não eram compatíveis com o que a FAB quer. A FAB quer um caça de 4ª geração para substituir os caças atuais, inicialmente um lote de 36 unidades mas que deverá chegar a um total de 120 unidades. Tanto o Ministro da Defesa quanto o atual comandante da FAB disseram que além desses o Brasil terá caças de 5ª geração!
 A Russia ofereceu ao Brasil parceria no progrma PAK-FA juntamente com a Índia. Os suecos tb ofereceram uma parceria para produzir seu próximo caça de 5ª geração, inclusive informando que a SAAB precisa de um parcero com o porte da Embraer.
 Os franceses não tem nenhum projeto de 5ª geração disponível no momento para oferecer uma parceria com o Brasil, pelo menos não foi divulgado nada sobre isso com relação aos franceses.

 

O caça leve AMX estava já pronto quando a EMBRAER entou no projecto e produziu (melhor dizendo montou) o avião. MAs o AMX não era um avião de tecnologias novas, era um substituto entre outros do FIAT G.91Y. Não se pode pensar da mesma forma quando falamos de um novo conceito de aeronave.

 A Embraer não apenas montou o AMX mas foi parceira do projeto, inclusive PROJETANDO E PRODUZINHO grandes partes do avião(asas, entradas de ar das turbinas, trem de pouso, etc) que eram enviados para a Itália, da mesma forma que vinham partes da Itália para o Brasil.
 Hoje a Embrar tem total domínio na produção do AMX, inclusive os que seriam vendidos a Venezuela iriam ser pruduzidos pela Embraer.


Nem o Brasil nem nenhum país do mundo pode pura e simplesmente comprar um pequeno numero de caças, para depois ficar com segredos tecnológicos sem pagar por eles.
Os custos de desenvolvimento de uma aeronave de 5ª geração são altíssimos e ultrapassam tudo o que o Brasil tem previsto gastar  com a Força Aérea na próxima década. A Rússia já concluiu que não tem dinheiro para isso e considera desenvolver um avião em cooperação com a Índia, mas os custos previstos pelos russos têm tendência a saír furados (vide o caso do porta-aviões Vikramaditya que continua em discussão)

Fica-se com a impressão de que o ministro acha que o Brasil vai conseguir uma quantidade de vantagens tecnológicas apenas com bom-mocismo e que alguém vai oferecer de mão dada ao Brasil tecnologia caríssima, sem pagar o seu valor.

 Não existe bom-mocinho quando se refere a dinheiro e a defesa. O plano prevê uma parceria com um pais estrangeiro para a produção de um caça de 5ª geração. O que o Plano de Defesa diz é que as primeiras unidades do caça seriam fabricados no respectivo país e as unidade subsequentes seriam produzinhos no Brasil.
 Ex: Portugal assina um contrato para a compra de 100 Rafales, sendo que no referido contrato diz que as 10 primeiras unidade serão produzidos na França enquanto que o restante deverá ser fabricado por uma empresa portuguesa. Isso chama-se Off Set industrial!

Além disso, seria necessário determinar opções e caminhos claros. Não vai haver dinheiro para um desenvolvimento uniforme em todos os ramos.
Parece que toda a gente entendeu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente no numero total de efectivos do exército, mas mesmo assim isso não é suficiente,. Continuará a ser necessário mais dinheiro.

 Onde se falu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente o numero total de efetivos do exército???? Acho que estás enganado....
 Tem que entender que o Plano de Defesa é um projeto a longo prazo, muitas coisas podem ser alteradas, para melhor ou para pior, mas esse plano foi feito baseado nas necessidades futuras que o país passará a ter. Esqueceste que o Brasil tem potencial para ter reservas petrolíferas para coloca-lo entre as 5 maiores do mundo???? Que grande parte da água potavel do mundo se encontra em terras brasileiras? Que a maior reserva de biodivesidade do mundo fica no Brasil? As maiores reservas de ferro, urânio, nióbio(mais de 90% das reservas conhecida), etc, ficam no Brasil?
 Só na produção de petróleo o governo brasileiro planeja gastar U$ 800 bi apartir de 2010! :shock:
 Diante disso e de outras que eu nem comentei o Plano Nacional de Defesa pode ser considerado até um plano humilde para o que se propõe!


Isso leva-nos a recentes declarações de responsáveis do governo brasileiro afirmando que muitas das opções seriam criticadas...

As criticas a que se referem são daqueles que dizem que é disperdicio de dinheiro gastar tanto comprando armas.... que existem muitas pessoas passando fome, que o dinheiro daria para fazer N escolas, hospitais, etc.... é esse tipo de críticas que se espera ao Plano.
 Veja o que o ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger falou sobre o assunto:
“É aflitivo ter que escolher entre mais hospitais, mais escolas e mais transferências sociais de um lado e mais defesa do outro lado”, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. “Mas nada é mais caro no mundo que a independência nacional.”

 "Esta indagação tem duas caras: a) Qual é o alcance das nossas ambições? Queremos ser um ‘Grande País’ ou, apenas um ‘Pequeno País’ e; b) Qual a nossa disposição de sacrifício, como nação, para alcançar esta ambição? A Estratégia é uma ‘aposta’, e o debate que virá agora testará esta ‘aposta’. Eu acredito que apesar das críticas pontuais este debate será um grande manancial de interesse sobre o tema. Isso será muito importante para a nação, uma vez que nós aqui não temos nenhuma tradição de debate nacional sobre o tema da defesa."

"A razão de haver atéus no mundo se deve aos Cristãos, Estes negam com suas ações o que afirmam pela boca" Karl Rahn
 

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rafafoz

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« Responder #11 em: Novembro 05, 2008, 01:04:06 pm »
Citação de: "HenriqueJr"
Responderei em vermelho.

Citação de: "papatango"
Na verdade não dá para entender nada, porque aquilo não faz sentido nenhum.

A notícia ou é argolada da ISTO É, ou então é um disparate do ministro Unger, que ainda há meses se pôs a fazer previsões sobre cooperação estratégica com a Rússia que levou as pessoas a concluir que se tratava da cooperação com o projecto de desenvolvimento de um caça de 5ª geração.

O actual programa F-X2 já excluiu o único cala de 5ª geração, o F-35 e não vai haver outro caça de 5ª geração na próxima década.
A ideia não é nova nem original e já foi levada a cabo no passado.

 O F-35 foi excluído porque o prazo de entrega das primeiras unidades não eram compatíveis com o que a FAB quer. A FAB quer um caça de 4ª geração para substituir os caças atuais, inicialmente um lote de 36 unidades mas que deverá chegar a um total de 120 unidades. Tanto o Ministro da Defesa quanto o atual comandante da FAB disseram que além desses o Brasil terá caças de 5ª geração!
 A Russia ofereceu ao Brasil parceria no progrma PAK-FA juntamente com a Índia. Os suecos tb ofereceram uma parceria para produzir seu próximo caça de 5ª geração, inclusive informando que a SAAB precisa de um parcero com o porte da Embraer.
 Os franceses não tem nenhum projeto de 5ª geração disponível no momento para oferecer uma parceria com o Brasil, pelo menos não foi divulgado nada sobre isso com relação aos franceses.

 

O caça leve AMX estava já pronto quando a EMBRAER entou no projecto e produziu (melhor dizendo montou) o avião. MAs o AMX não era um avião de tecnologias novas, era um substituto entre outros do FIAT G.91Y. Não se pode pensar da mesma forma quando falamos de um novo conceito de aeronave.

 A Embraer não apenas montou o AMX mas foi parceira do projeto, inclusive PROJETANDO E PRODUZINHO grandes partes do avião(asas, entradas de ar das turbinas, trem de pouso, etc) que eram enviados para a Itália, da mesma forma que vinham partes da Itália para o Brasil.
 Hoje a Embrar tem total domínio na produção do AMX, inclusive os que seriam vendidos a Venezuela iriam ser pruduzidos pela Embraer.


Nem o Brasil nem nenhum país do mundo pode pura e simplesmente comprar um pequeno numero de caças, para depois ficar com segredos tecnológicos sem pagar por eles.
Os custos de desenvolvimento de uma aeronave de 5ª geração são altíssimos e ultrapassam tudo o que o Brasil tem previsto gastar  com a Força Aérea na próxima década. A Rússia já concluiu que não tem dinheiro para isso e considera desenvolver um avião em cooperação com a Índia, mas os custos previstos pelos russos têm tendência a saír furados (vide o caso do porta-aviões Vikramaditya que continua em discussão)

Fica-se com a impressão de que o ministro acha que o Brasil vai conseguir uma quantidade de vantagens tecnológicas apenas com bom-mocismo e que alguém vai oferecer de mão dada ao Brasil tecnologia caríssima, sem pagar o seu valor.

 Não existe bom-mocinho quando se refere a dinheiro e a defesa. O plano prevê uma parceria com um pais estrangeiro para a produção de um caça de 5ª geração. O que o Plano de Defesa diz é que as primeiras unidades do caça seriam fabricados no respectivo país e as unidade subsequentes seriam produzinhos no Brasil.
 Ex: Portugal assina um contrato para a compra de 100 Rafales, sendo que no referido contrato diz que as 10 primeiras unidade serão produzidos na França enquanto que o restante deverá ser fabricado por uma empresa portuguesa. Isso chama-se Off Set industrial!

Além disso, seria necessário determinar opções e caminhos claros. Não vai haver dinheiro para um desenvolvimento uniforme em todos os ramos.
Parece que toda a gente entendeu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente no numero total de efectivos do exército, mas mesmo assim isso não é suficiente,. Continuará a ser necessário mais dinheiro.

 Onde se falu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente o numero total de efetivos do exército???? Acho que estás enganado....
 Tem que entender que o Plano de Defesa é um projeto a longo prazo, muitas coisas podem ser alteradas, para melhor ou para pior, mas esse plano foi feito baseado nas necessidades futuras que o país passará a ter. Esqueceste que o Brasil tem potencial para ter reservas petrolíferas para coloca-lo entre as 5 maiores do mundo???? Que grande parte da água potavel do mundo se encontra em terras brasileiras? Que a maior reserva de biodivesidade do mundo fica no Brasil? As maiores reservas de ferro, urânio, nióbio(mais de 90% das reservas conhecida), etc, ficam no Brasil?
 Só na produção de petróleo o governo brasileiro planeja gastar U$ 800 bi apartir de 2010! :shock:
 Diante disso e de outras que eu nem comentei o Plano Nacional de Defesa pode ser considerado até um plano humilde para o que se propõe!


Isso leva-nos a recentes declarações de responsáveis do governo brasileiro afirmando que muitas das opções seriam criticadas...

As criticas a que se referem são daqueles que dizem que é disperdicio de dinheiro gastar tanto comprando armas.... que existem muitas pessoas passando fome, que o dinheiro daria para fazer N escolas, hospitais, etc.... é esse tipo de críticas que se espera ao Plano.
 Veja o que o ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger falou sobre o assunto:
“É aflitivo ter que escolher entre mais hospitais, mais escolas e mais transferências sociais de um lado e mais defesa do outro lado”, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. “Mas nada é mais caro no mundo que a independência nacional.”

 "Esta indagação tem duas caras: a) Qual é o alcance das nossas ambições? Queremos ser um ‘Grande País’ ou, apenas um ‘Pequeno País’ e; b) Qual a nossa disposição de sacrifício, como nação, para alcançar esta ambição? A Estratégia é uma ‘aposta’, e o debate que virá agora testará esta ‘aposta’. Eu acredito que apesar das críticas pontuais este debate será um grande manancial de interesse sobre o tema. Isso será muito importante para a nação, uma vez que nós aqui não temos nenhuma tradição de debate nacional sobre o tema da defesa."



Totalmente respondido e concordo com 99% do que disse, só acrescentaria mais algumas coisas
 

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papatango

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« Responder #12 em: Novembro 06, 2008, 12:56:47 am »
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O F-35 foi excluído porque o prazo de entrega das primeiras unidades não eram compatíveis com o que a FAB quer. A FAB quer um caça de 4ª geração para substituir os caças atuais
A FAB quer um caça de 4ª geração ?  :shock:

Bom, não é a conclusão que tiramos quando vemos as declarações do comandante da Força Aérea Juniti Saito.
O F-35 seria óptimo para o Brasil, mas a declaração oficial foi a de que a empresa não podia corresponder com as exigências brasileiras em termos de informação sobre a aeronave.

A realidade é a que é: Apenas existem dois caças de 5ª geração: F-35 e F-22.
O Brasil não optou por um caça de 4ª geração porque quis, mas sim porque não há nenhum disponível para o Brasil comprar.
A Rússia pode até oferecer o Kremlin voador, turbinado e com motores com vectorização de impulso. Mas as ofertas dos russos esbarram com a terrivel realidade da industria russa, que nos tempos áureos, demorava pelo menos 20 anos para desenvolver um novo caça, e mesmo assim com o apoio técnico dos americanos.
O caça de 5ª geração da SAAB está ainda mais atrasado e não passa de desenhos vagos.
A conclusão é: Não há caça de 5ª geração para fazer planos.

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A Embraer não apenas montou o AMX mas foi parceira do projeto
Não está em causa a qualidade técnica da Embraer. Eu estabeleci a comparação mais lógica com o último programa parecido. Mas mais uma vez: O AMX não tem comparação. Já estava 99% desenhado e projectado. Até o nome indicava a falta do terceiro parceiro para viabilizar a constução do Aeritália+Machi+X (xis é a empresa que os italianos procuravam para completar o projecto). Não havia nenhuma cooperação para o desenvolvimento de novas tecnologias. O AMX estava feito e nunca foi uma aeronave de topo de gama.
Não está em causa se a Embraer fabrica ou não fabrica componentes, mas sim que o processo anterior que poderia servir como referência foi muito diferente.
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Não existe bom-mocinho quando se refere a dinheiro e a defesa. O plano prevê uma parceria com um pais estrangeiro para a produção de um caça de 5ª geração.
São as palavras publicadas pela revista ISTO É:
A minuta de decreto diz que uma das alternativas é comprar em escala mínima caças de “quinta geração”, com transferência integral de tecnologia, inclusive os códigos-fonte do avião, para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado

E, havemos de convir que comprar uma pequena escala de caças de 5ª geração com transferência de tecnologia é algo que não faz sentido.
Não faz sentido porque primeiro tem que desenvolver as tecnologias e participar no projecto. A indicação da ISTO É parece mostrar que o governo pretende comprar algo já feito, com tecnologia desenhada pelos outros. O Brasil compra uma meia duzia, e o vendedor que é boa pessoa e gosta do Brasil e do samba, dá os planos para produzir o caça no Brasil.

O mundo real não funciona assim.

Ou o Brasil entra de cabeça no desenvolvimento da tecnologia, e neste caso já está atrasado no desenvolvimento da base tecnológica humana para o desenvolvimento, ou então vai ter que comprar o trabalho dos outros e pagar muito bem por isso.

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Onde se falu que o Brasil vai ter que cortar drasticamente o numero total de efetivos do exército???? Acho que estás enganado....
Eu acho que não estou não ...
Espere para ver.

Quanto às necessidades de defesa dos recursos estratégicos do Brasil estamos de acordo. Eu apenas acho que alguns dos ministros não fazem muito bem ideia das coisas de que estão a tratar.

E o Plano Nacional de Defesa não foi ainda apresentado.
A História de pequeno país ou grande país, é um disparate tipico de politico populista.

O Brasil é pela natureza um grande país, quer geograficamente quer demograficamente quer mesmo economicamente.

O problema, do meu ponto de vista é que há brasileiros que acham que o Brasil para se afirmar tem que impressionar pela negativa. Ou seja, fazer a mesma coisa que o Paquistão, que não é respeitado, mas sim temido.
O Brasil para ser respeitado não tem que ser temido, mas sim admirado.

O Japão por exemplo é centenas de vezes mais rico que o Paquistão, mas não tem mísseis nucleares.
Nós não temos medo do Japão, mas admiramos o Japão. E sem armas atómicas, eles são suficientemente ricos para terem a segunda mais poderosa marinha convencional do mundo.

Eu quando olho para o Brasil preferia ver mais Japão e menos Paquistão.

Infelizmente, ministros como esse Unger, parecem - e admito que posso estar enganado - estar mais para Paquistão que para Japão.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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rafafoz

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(sem assunto)
« Responder #13 em: Novembro 06, 2008, 01:23:50 pm »
Citação de: "papatango"
O problema, do meu ponto de vista é que há brasileiros que acham que o Brasil para se afirmar tem que impressionar pela negativa. Ou seja, fazer a mesma coisa que o Paquistão, que não é respeitado, mas sim temido.
O Brasil para ser respeitado não tem que ser temido, mas sim admirado.
Se tiver mesmo será uma pequena minoria, se nós queremos uma melhora nas forças armadas é por que do jeito que está Não Dá, a defesa do Brasil em todos os sentidos está quase um caos toda sucateada, precisa de uma reforma muito grande e grandes esforços para termos uma boa força armada. Ah sempre aqueles sensacionalistas que acham que um grande exército uma grande marinha ou grandes frotas são a solução, mais o plano de defesa não se baseia só em comprar e adequar as forças armadas e sim em produzir e exportar para outros países.

O Japão por exemplo é centenas de vezes mais rico que o Paquistão, mas não tem mísseis nucleares.
Nós não temos medo do Japão, mas admiramos o Japão. E sem armas atómicas, eles são suficientemente ricos para terem a segunda mais poderosa marinha convencional do mundo.

Eu quando olho para o Brasil preferia ver mais Japão e menos Paquistão.
O Brasil é um país pacifico e neutro, se ele entra em algum conflito é por que realmente ficou critico a situação, como no caso do Paraguai que realmente o problema não é simples e a diplomacia não esta ajudando, ai nesses casos o que se pode fazer, deixar que matem os brasileiros que ali vivem, e que já até possuem cidadania paraguaia?.

Infelizmente, ministros como esse Unger, parecem - e admito que posso estar enganado - estar mais para Paquistão que para Japão.
Esse não dura muito como ministro, ele esta tendo muita pressão por diversas partes, não sei não, mais não vou me admirar caso venham a trocar de ministro.
 

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HenriqueJr

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(sem assunto)
« Responder #14 em: Novembro 06, 2008, 01:50:28 pm »
A postura do Brasil sempre foi a de um país pacífico, que faz uso da diplomacia até às últimas consequencias e isso não deve mudar a menos que as condições geopolíticas mudem drasticamente.
 Apesar dessa postura, chegou-se a conclusão que se o Brasil quer realmente ser uma potência regional tem que investir pesado, a engemonia do Brasil na região foi abalada com as compras militares feitas pelos países vizinho(sobretudo Chile e Venezuela) o que acabou desequilibrando o equilibrio das forças que existiam.
 Além do cenário local, é de conhecimento de tudos que um país que pretende se impor no cenário mundial tem que ter poder de dissuação e forças armadas fortes.
 Os exemplos citados por você(Paquistão e Japão) são casos extremamentes distintos. O Paquistão PRECISA investir pesado em defesa pois convive em estado de guerra a muitos anos com seu vizinho nuclear(Índia). Qualquer país do mundo na situação do Paquistão faria o mesmo!
 Já o Japão, não se e!ngane meu amigo, aquilo é um lobo em pele de cordeiro! As forças armadas do Japão estão entre as mais bem equipadas do mundo, e não é mais poderosa porque tanto o Japão quanto a Alemanha foram obrigados a assinar tratados para não militarização! Não tenha dúvidas que se não fosse isso esses dois países seriam hoje duas grandes potências militares da atualidade(como sempre foram até a 2ªguerra), inclusive com arsenais nucleares!

 O Brasil precisa de forças armadas fortes porque sabe que no futuro os olhos(e a cobiça) do mundo se voltarão para cá, o primeiro sinal de alerta foi a criação da 4ª Força Americana depois das descobertas dos campos petrolíferos no litoral brasileiro. Os americanos ressucitaram a 4ª força porque viram que HOJE o Brasil não tem capacidade para defender essa riquesa e, por isso, precisa mostrar que terá condições de se defender sozinho!

 Pode ter certeza meu amigo que num futuro não muito distante você verá o Brasil equipado com:


 - Submarinos Nucleares (provavelmente 4 unidades)
 - Submarinos Convencionais(fala-se em 9 unidades)
 - Fragatas FREMM(fala-se de pelo menos 16 unidades)
 - Novos Porta-Aviões com grupamento aéreo completo(provavelmente 2 unidades)
 - FX-2(Rafale, Super Hornet ou  Gripen NG - 120 unidades)
 - Caça de 5ª Geração (inicialmente poucas unidades mas podendo chegar a umas 120 unidades para substituição dos FX-2)

 A coisa tá tão séria que aqui no Brasil não se fala em outra coisa a não ser defesa. Nos telejornais passam quase que diáriamente operações as diversas operações realizadas pelas forças armadas. O povo brasileiro ta vendo que o país ta entrando em outro patamar, estamos deixando de ser "quintal dos ricos"!

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Frente parlamentar multipartidária quer disseminar cultura de Defesa no país

Brasília (5/11/2008) - A criação nesta quarta-feira (5/11) da Frente Parlamentar da Defesa Nacional confirma que a questão da defesa saiu da agenda exclusiva militar e foi inserida no debate nacional, com o destaque que o tema deve ter. Foi a avaliação feita pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, na cerimônia que lançou oficialmente a frente em almoço realizado no Clube Naval. “O que é importante é ser uma frente pluripartidária, onde são encontrados todos os segmentos da Câmara, mostrando claramente que a questão da Defesa não é uma questão político-partidária, nem uma questão de governo, é um problema da nação. E isso é importante para nós. Mostra o apoio que o Congresso Nacional está dando às ações das Forças Armadas”, disse Jobim.

A Frente Parlamentar será presidida pelo deputado Raul Jungman (PPS-PE), que foi o autor da proposta, e terá como diretores os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Michel Temer (PMDB-SP) e José Genoíno (PT-SP).

Ao discursar no evento, o ministro ressaltou que o caráter multipartidário da Frente mostra um amadurecimento político do país. “Essa é uma frente multipartidária, onde se encontra esquerda e direita, em uma definição não significativa no Brasil hoje, que se encontra alguém que foi preso pelas Forças Armadas no período militar, como o deputado José Genoíno, e outros que também falavam e afirmavam a necessidade daqueles atos. Por quê? Porque nós não estamos falando com o passado, estamos sim na busca de um grande ajuste de contas do Brasil com seu futuro. E o espectro disso representa nitidamente a necessidade de pensarmos o Brasil e sua grandeza”, disse Jobim.

O ministro afirmou ainda que a Defesa é o escudo do desenvolvimento nacional e da capacidade de uma presença não submissa do Brasil no contexto das nações. “É por isso que passamos a discutir a Defesa não mais como uma questão exclusivamente militar, mas como uma questão política de altíssima relevância nacional. Jobim lembrou que são os militares que têm a capacidade de discutir as probabilidades estratégicas de ações militares, mas o governo civil não pode fugir da responsabilidade de definir as hipóteses de emprego das Forças Armadas. Segundo Jobim, o Ministério da Defesa trabalha na integração dos dois lados.

O deputado Raul Jungman, presidente da Frente Parlamentar, destacou que a promoção de uma “cultura de defesa” - moderna, democrática, nacional e soberana - é a razão de ser maior da constituição da Frente Parlamentar. Na avaliação do deputado, a definição do novo Plano Nacional de Defesa é uma oportunidade única para se iniciar o processo de disseminação de uma cultura de defesa no país, compatível com o grau de desenvolvimento alcançado pelo Brasil que, entre 200 nações, detém o 10º PIB do mundo.

“Donde propomos, para discussão, que ele seja submetido à análise e deliberação do Congresso Nacional e que, de quatro em quatro anos, coincidentemente com o mandato presidencial, seja o Plano revisto, atualizado e submetido a crivo parlamentar, como forma de ampliar responsabilidades do Congresso no tocante à defesa e respaldar as decisões do Executivo em matéria do mais elevado interesse nacional”, sugeriu Jungman.

O deputado ressaltou a urgência de se desenvolver o pensamento estratégico nacional como meio de o Brasil superar dependências e avançar na formulação de políticas científicas na área tecnológica. “A formação e qualificação de quadros, o desenvolvimento de programas e projetos, além do imprescindível suporte de conhecimentos, reflexão e informações requerem a atuação engajada das nossas universidades em consonância com os interesses e prioridades definidos pela área da defesa”, completou.

Entre os objetivos da Frente Parlamentar estão as relações internacionais do Brasil na área de defesa, com destaque para o Conselho Sul-Americano de Defesa, direitos humanos e política de defesa nacional. O papel e a organização da Defesa Nacional e das Forças Armadas, a elaboração do Livro Branco da Defesa Nacional e o aumento da cooperação entre o Congresso Nacional e a Defesa.

Prestigiaram o lançamento da Frente Parlamentar, o Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, o Almirante de Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho, chefe do Estado Maior da Armada no exercício do Comando da Armada, o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar, Juniti Saito, o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM) do Ministério da Defesa, General de Exército José Carlos de Nardi, o secretário de Organização Institucional (SEORI) do Ministério, Ari Matos, o secretário da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Jorge Godinho Barreto Nery, e o Almirante de Esquadra Prado Maia, chefe do Estado Maior de Defesa do Ministério da Defesa.

Texto: Cristiana Nepomuceno
Fotos:Elio Sales
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/4071

Em: https://www.defesa.gov.br/mostra_materi ... ERIA=32574


 Só uma correção do texto acima, hoje somos a 6ª maior economia do mundo(ao lado de França, Reino Unido, etc).
  :D
"A razão de haver atéus no mundo se deve aos Cristãos, Estes negam com suas ações o que afirmam pela boca" Karl Rahn