Cabo Verde

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Re: Cabo Verde
« Responder #75 em: Novembro 17, 2011, 08:43:53 pm »
PM de Cabo Verde quer ligação marítima com São Tomé


O primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou hoje ser imperioso o reforço das relações empresariais com São Tomé e Príncipe, sublinhando que a criação de uma ligação marítima entre os dois arquipélagos poderá potenciá-las.

José Maria Neves falava aos jornalistas no final de uma breve reunião que manteve hoje de manhã na sala VIP do Aeroporto da Cidade da Praia com o seu homólogo são-tomense, Patrice Trovoada, que fez uma breve escala na capital cabo-verdiana no regresso a São Tomé, após uma visita oficial a Cuba.

"As relações são excelentes e temos tido oportunidade de conversar e de convergir na necessidade do reforço das relações, não só intergovernamentais, mas sobretudo económicas e empresariais", disse, salientando os projectos já em curso de apoio à importante comunidade cabo-verdiana residente em São Tomé e Príncipe.

"Mas há um conjunto de sectores importantes, para além dos que dizem respeito às duas comunidades. Há a possibilidade de algumas empresas cabo-verdianas poderem trabalhar, em parceria, com as empresas e com o governo de São Tomé e Príncipe na busca de um relacionamento empresarial mais consistente entre os dois arquipélagos", exemplificou.

"Há também a possibilidade de conseguirmos uma ligação marítima, que temos estado a perseguir há algum tempo. As conversações entre os dois governos deverão permitir, em breve, concretizar esse objectivo, o que facilitará enormemente o comércio entre os dois países", acrescentou.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #76 em: Dezembro 01, 2011, 12:22:36 am »
FMI recomenda a Cabo Verde que reduza a dívida pública


O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou ontem ao governo cabo-verdiano a redução do rácio da dívida pública externa em relação ao Produto Interno Bruto para níveis abaixo de 50%. A recomendação faz parte do relatório de avaliação da missão do FMI, chefiada por Janet Stotsky, que esteve no país no âmbito da revisão do Instrumento de Apoio às Políticas (PSI), que prevê avaliações periódicas da política económica do governo.

A missão do FMI reconheceu que a economia cabo-verdiana está a crescer a "um ritmo mais moderado", mas apoiada num sector turístico forte e na implementação do programa de infra-estruturas públicas.

O relatório dá conta ainda que, apesar destes avanços, os riscos aumentaram devido às dificuldades financeiras e económicas na Europa.

O endividamento interno e externo também deverá ser mais contido em 2012, com a recomendação de que "será necessário criar espaço suficiente para o crescimento do crédito privado".

Segundo a avaliação "os rácios do serviço da dívida pública continuam dentro dos parâmetros moderados, mas a missão recomenda as autoridades se comprometam com um quadro orçamental e monetário de médio prazo que reduza o rácio da dívida pública externa/PIB a um nível abaixo dos 50% do PIB e que se aumentem as reservas".

Reagindo ao relatório, a Ministra das Finanças, Cristina Duarte, afirmou que "a missão validou as políticas públicas que o governo tem vindo a adoptar em matéria de crise internacional, nomeadamente todo o esforço de contenção das despesas, a nível orçamental". Cristina Duarte explicou que o Banco Central e o governo tiveram que gerir um dado novo que foi o da diminuição das reservas internacionais, devido a choques externos.

"Para resgatar os níveis confortáveis em torno de três meses de reservas internacionais já adoptamos um conjunto de medidas com o FMI, quer a nível monetário quer fiscal. Medidas essas que têm vindo a ser adoptadas pelo governo e pelo Banco Central", disse. Estas medidas irão exigir durante o primeiro semestre de 2012 uma gestão mais cuidadosa do endividamento interno. Sobre o endividamento do país, Cristina Duarte explicou que o governo já tinha negociado com o FMI, em 2009, a redução da dívida.

"Em 2009 já tínhamos acordado com o FMI que (...) a partir de 2010 faríamos a diminuição gradual do programa de investimentos que reconduziria à recentragem do défice público. Não é por acaso que de 31 milhões de contos no programa de investimentos (no orçamento de 2010) passamos para 27 (em 2011) e depois para 25 (no Orçamento para 2012)", lembrou. Entretanto, Cristina Duarte afirmou que a dívida pública externa de Cabo Verde está abaixo dos 50%, mas em termos de análise de sensibilidade (simulação do agravamento de choques externos) é que o país ultrapassa os 50%.

"A recomendação do FMI é de que devemos manter abaixo dos 50%, mas em termos de análise de sensibilidade, tendo em conta a situação da Zona Euro, a probabilidade de choques externos é alta. Por isso a prudência aconselha a que se mantenha a dívida abaixo desta linha", adiantou. A governante considerou que a avaliação do FMI é muito positiva e explicou que a missão do FMI reconheceu uma evolução do lado do turismo, da exportação do pescado e das remessas.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #77 em: Março 20, 2012, 08:32:34 pm »
Unidades hoteleiras em Cabo Verde crescem 9,6% em 2011


O número de estabelecimentos hoteleiros em Cabo Verde aumentou 9,6% em 2011, permitindo também reforçar a oferta de quartos (34,1%), camas (23,5%) e lugares (22,6%).Os dados constam no inventário anual realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano junto dos estabelecimentos hoteleiros, e indicam que Cabo Verde viu aumentar, entre 2010 e 2011, o número de unidades hoteleiras de 178 para 195.
 
Segundo o INE, Cabo Verde tem agora uma capacidade de alojamento de 7.901 quartos, 14.076 camas e 17.025 lugares, em que as ilhas do Sal (44,7%) e da Boavista (31%) continuam a liderar o número de unidades hoteleiras, seguidas pela de Santiago (9,6%) e a de São Vicente (6,9%).
 
O maior aumento no número de estabelecimentos ocorreu em São Vicente, com cinco empreendimentos, seguindo-se Santo Antão (quatro) e Maio (três).
 
Em finais de 2011, realça-se no documento, os estabelecimentos hoteleiros inventariados empregavam um total 5.178 pessoas, correspondendo a um acréscimo de 27,6% em relação a 2010.
 
Os hotéis continuam a empregar o maior número de pessoas (78,2%), seguidos pelas pensões (7,4%) e os aldeamentos turísticos (6,2%).
 
Além de ser a ilha com mais estabelecimentos e maior número de camas, o Sal conta com mais pessoas empregadas nos alojamentos turísticos. Cerca de 39 em cada 100 empregados estão no Sal. Em segundo lugar, vem a Boavista, com 34%, e Santiago, com 12%.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #78 em: Abril 02, 2012, 12:53:41 pm »
Japão concede 60 milhões de €€€ a Cabo Verde


O Japão vai conceder um empréstimo de 60 milhões de euros a Cabo Verde para um projeto de aumento da capacidade de produção, transporte e distribuição de energia elétrica em seis ilhas do arquipélago.
 
Santo Antão, São Vicente, Sal, Maio, Santiago e Fogo são as ilhas a ser beneficiadas com o projeto de modernização das redes elétricas, estando previsto um sistema de monitorização de toda a rede para permitir uma melhor exploração financeira e económica dos parques eólicos.
 
Para o ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano, Jorge Borges, o projeto vai contribuir para aumentar a taxa de acesso à electricidade nas seis ilhas, além de modernizar as redes elétricas.
 
"Este projeto vem sustentar a aposta do Governo de Cabo Verde em garantir maior flexibilidade no sistema de distribuição de electricidade nessas seis ilhas e prosseguir com a eletrificação rural, aumentando desta forma o acesso a fontes modernas de energia para os cabo-verdianos e o investimento em atividades geradoras de rendimento", afirmou.
 
O acordo enquadra-se no esforço do Japão em contribuir para imprimir um ritmo "mais consistente" ao crescimento económico de Cabo Verde.
 
O embaixador de Japão, Hiroshi Fakuda, defendeu que o desenvolvimento de infraestruturas energéticas é uma prioridade. "Cortes de energia são também um obstáculo ao desenvolvimento, razão pela qual o Japão decidiu apoiar o setor energético através deste projeto porque o desenvolvimento da infraestrutura energética é uma prioridade".
 
Além do financiamento japonês, o projeto é cofinanciado pelo Banco Africano para o Desenvolvimento e do Governo de Cabo Verde.
 
Trata-se do segundo acordo entre o Japão e Cabo Verde neste domínio. O primeiro foi assinado em 2008 para reforçar a capacidade da central térmica do Palmarejo e a construção da linha para o Tarrafal, interior de Santiago.
 
O Governo nipónico tem concedido ajuda pública ao desenvolvimento desde os primórdios da independência de Cabo Verde, canalizada especialmente para os domínios da agricultura, pescas, telecomunicações, desporto, exploração e abastecimento de água às populações, saúde, formação de quadros, transportes e infraestruturas com vista ao combate à exclusão social e redução da pobreza.
 
O Japão atribui anualmente ajuda alimentar a Cabo Verde, cujos fundos de contrapartida são utilizados para a implementação de projectos no setor agrícola.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #79 em: Outubro 02, 2012, 01:45:38 pm »
Cabo Verde quer tornar-se no «Silicon Valley» das telecomunicações
 

Cabo Verde vai ter "entrada direta na globalização" quando ficar concluído o Centro Tecnológico, integrado num projeto mais ambicioso de tornar o arquipélago num "hub" de telecomunicações.
 
A frase é do diretor do Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), Jorge Lopes, proferida ontem aos jornalistas durante uma "visita guiada" ao que será, até ao fim do ano, um dos centros tecnológicos mais avançados do mundo.
 
À semelhança de Silicon Valley, região californiana onde desde 1950 se situa um conjunto de empresas dedicadas à inovação científica e tecnológica, o Centro Tecnológico da Cidade da Praia é uma das peças do "puzzle" para o Cluster das Tecnologias da Informação e Comunicação em Cabo Verde.
 
O centro fará parte, "talvez ainda em 2013", do Parque Tecnológico inerente ao "cluster" em que o governo cabo- verdiano está a apostar para diversificar a economia local, criar postos de trabalho e gerar riqueza num país sem recursos naturais.
 
A obra encontra- se em fase avançada de construção, atrás do antigo aeroporto da Cidade da Praia, e é financiada maioritariamente pela China, com uma contribuição de 17 milhões de dólares (13,2 milhões de euros). Portugal participa no financiamento com um empréstimo de oito milhões de euros, para a aquisição dos equipamentos, estando já garantido que Pequim disponibilizará mais 13 milhões de dólares (10,1 milhões de euros) para a conclusão da primeira fase e outros 15 milhões (11,6 milhões de euros) para novos módulos.
 
"O centro é a coluna vertebral do Parque Tecnológico. Tem duas unidades: um Data Center de alta disponibilidade e um centro operacional. Tem níveis elevadíssimos de segurança e está preparado para prestar serviços de alta fiabilidade e disponibilidade ao Estado e a terceiros", afirmou Jorge Lopes.
 
O parque tecnológico - "a concretização de uma visão e a entrada direta para a globalização", disse Jorge Lopes - está orçado em 35 milhões de dólares (27,2 milhões de euros), financiados pelo Banco Africano de Investimentos (BAD).
 
Salientando a "grande atenção" dada aos serviços de energia e refrigeração, "os pontos mais críticos", Jorge Lopes lembrou que as medidas de eficiência energética e os recursos humanos "altamente qualificados" vão permitir criar um complexo para a instalação de empresas nacionais e estrangeiras. "Estamos a ter manifestações de interesse de multinacionais para o Parque Tecnológico, que terá outras valências, como espaços para empresas, qualificação e certificação e colaboração com academias. É uma espécie de Silicon Valley de prestação de serviços para a região, para África e para o Mundo", acrescentou.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #80 em: Fevereiro 03, 2013, 09:53:10 pm »
Cabo Verde vai ajudar famílias mais carenciadas a viver em Portugal


O primeiro-ministro de Cabo Verde disse hoje estar preocupado com as condições de vida da comunidade do seu país em Portugal e adiantou que o governo que lidera vai ajudar as famílias mais carenciadas. "Queremos ver se é possível apoiar os casos mais difíceis que precisariam de uma mão amiga do Governo de Cabo Verde. Estamos a identificar esses casos e, em articulação com a embaixada, vamos apoiar essas famílias", disse José Maria Neves.

O primeiro-ministro adiantou que o seu Governo vai alargar a Portugal um fundo de solidariedade que, até ao momento, apoia as comunidades da diáspora na Guiné-Bissau, em Moçambique e em São Tomé.

Este fundo será destinado a apoiar famílias em situações "sociais muito precárias" e até a emigrantes que pretendam regressar a Cabo Verde, mas que não têm condições financeiras para o fazer.

O chefe do Governo cabo-verdiano participou hoje numa iniciativa na Amadora, em que ouviu relatos da comunidade que reside nesse município e, no final da sessão, disse aos jornalistas estar "muito preocupado" com as condições de vida da comunidade cabo-verdiana em Portugal, ao nível da habitação e da segurança.

José Maria Neves ouviu relatos de vários moradores de Santa Filomena, bairro ilegal onde a câmara da Amadora está a desenvolver um processo de demolição de habitações para consequente desmantelamento do bairro.

O primeiro-ministro disse aos moradores que ficaram sem habitações, ou que estão em vias de não ter alojamento - e que disseram não ter condições para alugar um imóvel no mercado -, que o Governo de Cabo Verde não pode "impor" a sua vontade e que apenas pode dialogar com o município.

No final da iniciativa, o chefe do Governo de Cabo Verde disse aos jornalistas que parte de Portugal "com muitas preocupações, mas também com algumas propostas. Vamos continuar a dialogar com as câmaras e com o Governo português para apresentarmos novas soluções para ver como podemos ajudar ainda mais a comunidade", disse.

Em Novembro, a vereadora da Habitação e vice-presidente da câmara da Amadora, Carla Tavares, disse à Lusa que, desde o início do processo de demolição do Santa Filomena (2010), já foram demolidas 192 construções ilegais e que faltam demolir 251, das quais 158 são de agregados familiares inscritos no PER e outras são de ocupação ilegal.

Carla Tavares adiantou que o município não vai construir mais bairros sociais e que as soluções de alojamento têm sido encontradas através da aquisição de imóveis no mercado imobiliário livre.

Durante a iniciativa de hoje, vários moradores do bairro apelaram ao primeiro-ministro de Cabo Verde para que exija a suspensão da demolição de habitações.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #81 em: Fevereiro 28, 2013, 09:00:53 pm »
Nova central permite a Cabo Verde contar pela primeira vez com rede eléctrica de alta tensão


A ilha cabo-verdiana de Santiago terá a partir de sexta-feira uma rede elétrica de alta tensão com a inauguração da Central Única do Palmarejo, permitindo aumentar o potencial térmico de 25 para 47 megawatts.A nova central da Cidade da Praia, no valor de 52 milhões de euros, é o maior investimento jamais realizado em Cabo Verdeno setor energético e insere-se no Projeto de Reforço das Capacidades de Produção, Transporte e Energia em Santiago, cofinanciado pelo Governo cabo-verdiano (3,1 milhões de euros), Japão e por dois bancos oeste-africanos.

Segundo uma nota explicativa do Ministério do Turismo, Indústria e Energia, o projeto, também financiado pelos bancos Africano de Desenvolvimento (BAfD) e de Investimentos e de Desenvolvimento (BID) e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), consistiu no reforço da capacidade de produção.

Esse aumento na central elétrica do Palmarejo deve-se à instalação de dois novos grupos, totalizando 22 megawatts de potência, além da aquisição de acessórios.

Nesse sentido, o total de potência térmica disponível na central passou a ser de 47 mw, tendo, paralelamente, sido construída também uma moderna oficina de manutenção e reparação dos grupos, bem como um armazém de peças de reserva.

O projeto permitiu também construir uma nova rede de transporte para o interior da ilha de Santiago em que, pela primeira vez no país, se implantou uma linha de alta tensão ao longo de40 quilómetros, ligando a subestação do Palmarejo à da Calheta.

De acordo com a nota do ministério cabo-verdiano, o projeto permitiu ainda construir, de raiz, três novas subestações, uma no Palmarejo (de 50 mw), outra em Monte Vaca (36 mw), também nos arredores da Cidade da Praia, e uma terceira na Calheta (26 mw).

Na nota, realça-se que o projeto criou assim a interligação elétrica de Santiago, possibilitou ainda a introdução de substanciais melhorias e extensão nas redes de distribuição de média e baixa tensão nas cidades da Praia e Assomada e garantiu melhor a iluminação pública e milhares de ligações domiciliárias à rede pública.

A cerimónia de inauguração decorrerá em três momentos e locais diferentes, com a inauguração da subestação da Calheta (10:30 locais - 11:30 em Lisboa), seguida pela apresentação dos benefícios do projeto na Assomada (12:30) e pela inauguração da subestação do Palmarejo, nova oficina e nova central (16:00).

A inauguração será presidida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #82 em: Maio 21, 2013, 10:00:15 pm »
Cabo Verde quer ser referência na regulação da energia na África Ocidental


O presidente da Agência de Regulação Económica (ARE) cabo-verdiana afirmou hoje, na Cidade da Praia, que Cabo Verde quer servir de exemplo na sub-região oeste-africana na área da regulação, sobretudo no setor das energias renováveis.

Renato Lima falava à imprensa após a abertura do workshop "Interação das Energias Limpas Dentro do Mercado das Energias", promovido pela ARE, em parceria com Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
 
"A ideia é criar um quadro de referência em matéria de regulação que permita fazer uma análise consistente da evolução que se regista atualmente no mercado energético, nomeadamente com a entrada das energias renováveis", frisou Renato Lima.
 
Cabo Verde, lembrou, foi designado como um dos líderes em matéria de regulação e de investimento nas energias renováveis na sub-região, albergando a sede do Centro de Energias Renováveis da CEDEAO, na Cidade da Praia.
 
"Em termos de regulação, as questões técnicas são essencialmente as mesmas em todos os países. Em Cabo Verde já temos a primeira parceria público-privada no setor das renováveis - energia eólica e de referência internacional. Já temos alguma experiência que poderá ser aproveitada pelos países da nossa sub-região", sublinhou.
 
O seminário, que termina na quinta-feira, visa proporcionar uma formação avançada sobre o tratamento regulatório da integração das energias renováveis nos sistemas energéticos e servir como facilitador do diálogo para o arranque da elaboração de um documento sobre princípios da regulação das energias renováveis.
 
A ideia, segundo a ARE, é que esse documento seja um guia prático para os decisores da região da CEDEAO, fornecendo um leque variado de abordagens, mecanismos, ferramentas, melhores práticas e experiências nacionais.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #83 em: Julho 13, 2013, 08:18:14 pm »
Cabo Verde interessado em comprar à Rússia uma central nuclear flutuante


Cabo Verde está associado a uma lista de 15 outros países interessados em adquirir uma central nuclear flutuante à Rússia, noticia hoje a edição "online" do semanário cabo-verdiano Expresso das Ilhas, que cita uma estação de televisão iraniana. Segundo a Presstv, além de Cabo Verde, outros países como a China, Indonésia, Malásia, Argélia, Namíbia e Argentina estão também interessados neste tipo de central.

A informação voltou a surgir na imprensa depois de o diretor do projeto batizado como "Baltic Plant" ter discursado esta semana na 6.ª Feira Internacional Naval em São Petersburgo (Rússia) e de ter garantido que, no horizonte de três anos, até 2016, a Rússia terá a sua primeira central nuclear flutuante a operar.

A central flutuante, ou a "fábrica", como escreve a Presstv, citando o diretor do projeto, Aleksandr Voznesensky, tem capacidade para fornecer energia e calor a áreas remotas e também água potável para regiões áridas e será a primeira de uma série de outras que a Rússia planeia para os próximos tempos.

A unidade, que fornecerá energia à escala industrial, foi concebida com base nos reatores nucleares tradicionais, mas está equipada com elementos inspirados nos navios quebra-gelo. A tecnologia tem vindo a ser testada com sucesso nos últimos 50 anos em condições extremas, como no Árctico.

A central nuclear é um navio com 21.500 toneladas e uma tripulação de 69 pessoas.

Cada navio será equipado com dois reatores navais modificados do estilo KLT 40 que, juntos, poderão fornecer até 70 MW de electricidade ou 300 MW de calor, o suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil pessoas (a população da Cidade da Praia é de cerca de 150.000 habitantes).

A unidade geradora de energia deverá ser substituída a cada 40 anos, com o reactor a ser levado para instalações especializadas onde será reutilizado.

Segundo o Expresso das Ilhas, não é a primeira vez que Cabo Verde aparece associado a este projecto. Em 2007, o governo de José Maria Neves já tinha feito esta abordagem com Moscovo para adquirir uma central desta natureza.

Na altura, o então ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, admitiu que a Rússia estava a estudar a possibilidade de fornecer a Cabo Verde uma mini-central nuclear flutuante, após conversações com o seu homólogo cabo-verdiano, na altura Vítor Borges.

Já em 2006, Moscovo anunciara o início da produção de mini-centrais nucleares flutuantes que poderiam ser transportadas para qualquer parte do mundo a fim de gerar energia elétrica. O projecto foi então apresentado em Cabo Verde pela empresa russa Rosenergoatom.

"Os autores deste projecto acreditam que este poderá ser uma alternativa para países como Cabo Verde, que têm uma crónica falta de energia e dependem quase em exclusivo do petróleo importado", pode-se ler nos artigos divulgados pelos jornais há seis anos.

O governo de José Maria Neves chegou a considerar o projecto "extremamente aliciante do ponto de vista económico" e solicitou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) um parecer sobre a instalação na ilha de Santiago deste tipo de mini-central nuclear, lembra o Expresso das Ilhas.

Lusa
« Última modificação: Julho 14, 2013, 02:10:40 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #84 em: Julho 13, 2013, 10:05:13 pm »
E dinheiro para isso?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #85 em: Setembro 28, 2013, 05:32:43 pm »
Programa contra a pobreza com 19,2 milhões para gerar emprego


O novo programa de luta contra a pobreza em Cabo Verde, a vigorar até 2018, vai priorizar atividades geradoras de emprego e de rendimento, contando com 19,2 milhões de euros, disse hoje o coordenador da instituição.
 
Ramiro Azevedo, responsável pelo Programa Nacional de Luta contra a Pobreza (PNLP), indicou que as atividades do Programa de Promoção das Oportunidades Socioeconómicas Rurais (POSER) já começaram com o processo de contratação das equipas locais, seguindo-se uma formação sobre objetivos e procedimentos e o início dos trabalhos no terreno.

O alvo deste novo programa, informou, citado pela Inforpress, continuam a ser a camada menos favorecida da sociedade, mas com enfoque forte nas atividades geradoras de rendimento para as quais vão ser destinados 85% dos recursos, filosofia que já era utilizada no programa anterior, que termina segunda-feira.

O financiamento vem do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), em colaboração com o Fundo Fiduciário Espanhol, com 15,4 milhões de euros, e o restante é garantido pelo Governo cabo-verdiano.

Como as ações são financiadas em parcelas, salientou Ramiro Azevedo, uma associação recebe 20% de adiantamento e só adquire direito à segunda parte do financiamento após a verificação da realização das atividades.

Nos próximos anos, acrescentou, as instituições de microfinanças (IMF) continuarão a ser um grande parceiro do PNLP, no âmbito do fundo rotativo de 770 mil euros obtido junto do Banco Árabe para o Desenvolvimento em África (BADEA).

Até 2018, são metas do programa a sustentabilidade dos projetos financiados e que, pelo menos, 50% das atividades beneficiem mulheres, além de incentivar o espírito empreendedor dos jovens, no que vai trabalhar, de forma concertada, com a Agência para o Desenvolvimento Empresarial (ADEI) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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Re: Cabo Verde
« Responder #86 em: Setembro 30, 2013, 04:32:53 pm »
Durão Barroso elogia Cabo Verde e diz que UE manterá apoio de 55 Milhões de €€


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, revelou hoje que a Comissão Europeia vai manter um apoio de cerca de 55 milhões de euros a Cabo Verde, país que apontou como uma «democracia modelar» a nível mundial.

Numa conferência de imprensa após um almoço de trabalho com o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, José Manuel Durão Barroso disse que a União Europeia pretende «reforçar ainda mais» a parceria especial (lançada em 2007) que tem com aquele país africano «nas áreas da segurança, das energias renováveis, da informação e tecnologia».
 
«Para tal, apesar da graduação [de Cabo Verde] para país de rendimento médio, vamos manter o mesmo nível de apoio no 11.º fundo europeu de desenvolvimento, cerca de 55 milhões de euros. Esta foi a proposta da Comissão Europeia e estou certo que os nossos Estados-membros a vão acolher positivamente», referiu Barroso.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #87 em: Outubro 10, 2013, 01:12:41 pm »
Chineses vão transformar palácio presidencial em edifício de luxo


O Palácio Presidencial cabo-verdiano, no centro histórico da Cidade da Praia, vai ser transformado num edifício luxuoso e o novo Estádio Nacional será entregue em Novembro, disse o embaixador chinês na Cidade da Praia, citado hoje pela Inforpress. Su Jian indicou que "tudo já está a postos para o início das obras", referindo que se aguarda pela mudança provisória do Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, para o emblemático edifício da Imprensa Nacional, actualmente em obras de decoração.

Garantindo que não haverá qualquer alteração na fachada, para salvaguardar a identidade enquanto património nacional, Su Jian indicou que o edifício será transformado num "palácio moderno e de luxo", remodelando e transformando dois terços da área total.

 O diplomata disse que os técnicos chineses já concluíram o plano de execução para a restruturação do edifício, "marcado por estruturas muito fracas", e que a China vai contribuir para que Cabo Verde tenha um Palácio Presidencial "digno, oferecendo, também, mobiliário de "boa qualidade".

A remodelação do edifício, construído no século XIX para servir de residência e local de trabalho aos governadores da antiga colónia portuguesa, foi rubricada ainda no consulado do ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires, poucos dias antes de deixar a chefia do Estado, em Setembro de 2011.

Em relação ao Estádio Nacional, edificado na zona de Monte Vaca, arredores da Cidade da Praia, o embaixador chinês classificou a obra como "emblemática" e disse ser um "orgulho" a China poder contribuir para o desenvolvimento desportivo e cultural.

Su Jian indicou que o Estádio Nacional será inaugurado em Novembro e que a infra-estrutura já está totalmente concluída, restando apenas, alguns trabalhos suplementares, como a construção de um acesso rodoviário.

Destacou ainda novos edifícios em construção pelo Governo chinês em Cabo Verde, como o Complexo Educativo na ilha do Sal, com capacidade para albergar 1800 alunos, de forma a tornar-se na maior escola técnica do país.

O diplomata chinês prometeu ainda que a China vai financiar o Centro de Processamento dos Produtos Agrícolas nas imediações da Barragem de Poilão, no interior da ilha de Santiago, para que a produção agrícola tenha um tratamento conveniente para garantir um valor acrescentado no mercado.

As obras de construção, de raiz, do Estádio Nacional começaram a 21 de Outubro de 2010 e estão orçadas em 1,48 milhões de contos (12,6 milhões de euros).

O novo estádio tem uma área de 11.530 metros quadrados, conta com relva sintética, autorizada pela FIFA, uma pista de atletismo de oito corredores e tem capacidade para 15.000 espectadores.

Até hoje, o principal estádio do país, onde joga a selecção e único autorizado pela FIFA, é o da Várzea, em pleno centro da Cidade da Praia.

A China mantém relações diplomáticas com Cabo Verde desde 25 de Abril de 1976 e tem apoiado o país em vários domínios, tendo construído infra-estruturas como os palácios da Assembleia Nacional e do Governo, Auditório Nacional, Biblioteca Nacional, Memorial Amílcar Cabral e barragem de Poilão.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #88 em: Janeiro 26, 2014, 02:35:34 pm »
Cabo Verde recebeu mais de 75 mil passageiros de cruzeiro em 2013


As ilhas cabo-verdianas superaram em 2013 a marca das 150 escalas de navios de cruzeiro, tendo o Porto Grande, em São Vicente, recebido a maior "fatia" em escalas e em turistas, indicam hoje dados oficiais. Segundo estatísticas divulgadas pela Empresa Nacional de Portos (ENAPOR) de Cabo Verde, o Porto Grande do Mindelo recebeu 57 das 157 escalas e 40.273 dos 75.643 dos passageiros.

A seguir ao Porto Grande, o da Cidade da Praia foi o segundo mais concorrido, com 39 navios e 26.585 passageiros, à frente do de Porto Novo (Santo Antão), com 15 navios e 3.834 passageiros, do Porto de Vale de Cavaleiros (Fogo), com 13 navios e 1.142 passageiros, e do Porto da Furna (Brava), com 11 escalas e 546 passageiros.

O Porto de Palmeira (Sal) recebeu nove navios e 1.982 passageiros, à frente do Porto Inglês (Maio - seis navios para 601 passageiros), do Tarrafal (São Nicolau - cinco navios e 266 passageiros) e do Porto de Sal-Rei (Boavista - dois navios e 414 passageiros).

O Turismo de Cruzeiro, que tem crescido exponencialmente, é uma das apostas do Governo cabo-verdiano, que, em Julho de 2013, assinou com a Holanda um acordo de financiamento do estudo para a construção de um terminal de cruzeiros no Mindelo, que deverá estar operacional em Agosto de 2015.

O custo global do projecto está orçado em 35 milhões de euros, mas, para a fase do estudo de viabilidade económica e financeira, a cooperação holandesa vai desbloquear 12 milhões de euros através da empresa ORIO, que construiu idênticas infra-estruturas em diversas ilhas das Caraíbas e em Chipre.

Lusa
 

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Re: Cabo Verde
« Responder #89 em: Março 25, 2014, 07:25:14 pm »
Holanda quer investir em Cabo Verde


Empresários holandeses vão investir nas áreas dos transportes aéreos e marítimos e no agronegócio em Cabo Verde, afirmou hoje na Cidade da Praia o embaixador da Holanda no arquipélago.

Pieter de Zwaan, que reside em Dacar (Senegal), falava aos jornalistas no final de um encontro de um grupo de cerca de uma dezena de empresários holandeses com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, numa altura em que a Holanda é já o quatro parceiro comercial de Cabo Verde.

A vinda da delegação empresarial a Cabo Verde surgiu na sequência da visita que José Maria Neves efetuou em julho de 2013 à Holanda, onde reside uma vasta comunidade cabo-verdiana, em que o primeiro-ministro de Cabo Verde solicitou ao seu homólogo holandês, Mark Rutte, o reforço das relações económicas e empresariais. Pieter de Zwaan salientou sobretudo o interesse holandês na construção de um terminal de cruzeiros no porto do Mindelo, na ilha de São Vicente, bem como na venda de dois rebocadores para apoiar o renovado e ampliado porto da capital cabo-verdiana, e ainda na área do agronegócio.

Também aos jornalistas, o empresário holandês Arnout Nuijt foi mais longe a admitiu que a empresa que dirige, a Atlantico Businesse Development (Consultoria e Serviços de Informação), está a ponderar entrar na corrida à privatização do "handling" nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos existentes no arquipélago.
"Cabo Verde tem a ambição de, a longo prazo, tornar-se um país de primeiro mundo na área dos transportes aéreos e marítimos. Nós queremos investir no setor portuário e aeroportuário e no agronegócio", salientou.

José Maria Neves, por seu lado, salientou tratar-se da primeira missão empresarial holandesa a Cabo Verde e garantiu que outras se seguirão para reforçar as parcerias e promover o investimento direto estrangeiro em Cabo Verde. "Vamos criar todas as condições, internamente, com o apoio de várias instituições, para incrementar as relações económicas e empresariais com a Holanda", garantiu o primeiro-ministro cabo-verdiano.

A Holanda está presente em Cabo Verde em vários projetos ligados à construção de infraestruturas, eletrificação, economia marítima, transportes e pesca, bem como nas áreas policial, justiça e cultura, através do "Dutch Good Growth Fund", vocacionado para o apoio ao setor privado.

Lusa