Sector da Saude - Hospitais, etc..

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Lusitano89

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #105 em: Fevereiro 07, 2013, 01:27:48 pm »
Hospitais devem 667 milhões de €€€ em material médico


Os hospitais públicos deviam 667 milhões de euros às empresas de dispositivos médicos, no final de 2012, com um prazo de médio de pagamento de 361 dias, segundo a Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED).

Em comunicado, o secretário-geral da APORMED manifesta a sua preocupação com esta situação, por "indiciar que se está a caminhar, em algumas entidades hospitalares, para um novo processo de acumulação de atrasos, que parece resultar de uma incapacidade para cumprir com a Lei dos Compromissos".

Humberto Costa lamenta a situação, por considerar que a Lei dos Compromissos é "um contributo positivo para a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

O valor da dívida inclui uma parcela acumulada até final de 2011, na ordem dos 350 milhões de euros.

"Apesar de verificarmos que o montante atual da dívida compara favoravelmente com os 1.077 milhões de euros que os hospitais deviam ao setor dos dispositivos médicos antes da redução verificada em meados de 2012, na sequência da utilização dos fundos de pensões da banca para pagar as dívidas do SNS, a situação está longe de estar regularizada", refere Humberto Costa.


Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #106 em: Fevereiro 07, 2013, 05:53:19 pm »
Técnicos da Segurança Social e de Saúde pressionam grávidas carenciadas a abortar


Técnicos da Segurança Social estão a aconselhar jovens grávidas carenciadas a abortar, apesar de manifestarem o desejo de ter os filhos, acusam associações da sociedade civil, que asseguram haver casos em que é dito às mães que a consequência de prosseguirem com a gravidez será ficarem sem a criança, noticia hoje o jornal SOL.
 
«Cada vez conheço mais casos desses. Muitas vezes, são raparigas que estão até institucionalizadas e que são pressionadas para abortar», afirma Leonor Ribeiro e Castro, do grupo pró-vida Missão Mãos Erguidas.
 
A ameaça, conta a activista, é clara: «Dizem-lhes que, se não abortarem, tiram-lhes os bebés. Há uma cultura de medo, que é preciso denunciar. Isto não é proteger os menores. Há coacção psicológica».
 
Leonor Ribeiro e Castro diz que, muitas vezes, as gravidezes chegam até ao fim e é através de advogados do movimento que lidera que as mães lutam pela guarda da criança. «Tive um caso de uma mãe que, após uma cesariana, esteve quase dois meses a dormir numa cadeira num hospital, porque se recusava a sair de lá sem o filho e tinha medo de ficar sem ele. Elas sentem isto como um castigo por não terem abortado».
 
Uma advogada que não se quis identificar contou ao jornal a história de uma adolescente de 15 anos a quem foi retirado o filho. «A rapariga vinha de uma família desestruturada e estava numa instituição, mas queria muito ter o bebé. Disseram-lhe sempre que devia abortar, mas ela recusou». Quase um ano depois do nascimento, acabou por vir a decisão de institucionalizar o menor. «Era uma óptima mãe. Precisava de ajuda e não que lhe tirassem o filho», afirma, explicando que o processo está agora na Justiça, onde a mãe tenta recuperar a criança.
 
À Ajuda de Mãe também têm chegado relatos idênticos, sobre algumas pressões junto das adolescentes nos serviços de saúde, e não tanto por técnicas da Segurança Social. «Há algumas vezes, nos tribunais, a ideia de que as mães adolescentes são incapazes de ficar com os bebés e que estes devem ser retirados. Isto não tendo em conta que as instituições servem para ajudar a crescer estas meninas-mães», diz a responsável da associação, Madalena Teixeira Duarte.
 
«O que se passa muitas vezes é a retenção do bebé no hospital, se não estiverem reunidas as condições julgadas indispensáveis para irem para casa», afirma Madalena Teixeira Duarte. Nestes casos, «as mães são aconselhadas a irem para uma instituição se quiserem ficar com o bebé». No entanto, frisa, o mais normal é que os menores só sejam retirados «quando a carência económica ponha em perigo o bem-estar do bebé e se tenham esgotado todas as alternativas de ajuda à família».
 
Contactados pelo SOL, nem o Instituto da Segurança Social nem a Comissão Nacional de Protecção de Menores estiveram disponíveis para prestar esclarecimentos. Também não foi possível obter dados sobre o número de crianças institucionalizadas e dadas para adopção nos últimos quatro anos ou saber em quantas destas situações as decisões se prenderam com a falta de condições económicas e não com abusos ou maus-tratos.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #107 em: Julho 12, 2013, 09:23:23 pm »
Saúde sem verbas para combater calor


A esmagadora maioria dos hospitais não tem uma certificação dos sistemas de climatização e controlo da qualidade do ar como a lei exige. Trata-se de uma garantia-extra de que todos os sistemas de climatização interna estão em condições de funcionar.

“Desde 2009, que os hospitais mais antigos deviam ter uma Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior, mas quase todos estão em falta”, denuncia ao SOL o presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração, lembrando que a lei assegura que as unidades certificadas têm um técnico responsável pelo bom funcionamento e manutenção da climatização e do ar, evitando avarias como a que esta semana deixou três dias sem ar condicionado as urgências do Hospital de S. José, em Lisboa.

“As unidades mais antigas continuam sem técnicos, nem planos que definam os procedimentos em casos de picos de calor”, lamenta Fernando Brito, defendendo que a falta de fiscalização tem permitido que o problema se arraste.

Segundo apurou o SOL, alguns hospitais que esta semana registaram problemas nos ares condicionados ou na climatização – como o S. José ou o Amadora-Sintra – não terão essa certificação. Mas alguns mais antigos, como o Hospital Sousa Martins, na Guarda, já cumprem essa exigência.

A situação agrava-se com o estrangulamento financeiro das unidades públicas, que cortam nos serviços de manutenção para reduzir gastos. “Em alturas como esta, a manutenção é a primeira área onde há cortes”, alerta Fernando Brito. Há peças que são gastas e não são repostas e aparelhos sem capacidade de resposta para as altas temperaturas.

"Isto põe em causa a saúde dos doentes"


Com a subida dos termómetros, no final da semana passada, muitos hospitais transformaram-se em verdadeiras saunas, com as temperaturas nas urgências e enfermarias a ultrapassar os 30º, devido a avarias ou colapso dos equipamentos de climatização.

A maioria tem ar condicionado nos blocos operatórios, salas de cuidados intensivos e de cuidados intermédios e em algumas urgências. Nas restantes, há sistemas de climatização, menos eficazes e que conseguem, no máximo, manter as temperaturas no interior 10 graus abaixo da exterior.

“A situação é muito grave”, acusa o bastonário dos médicos. José Manuel Silva, sublinhando que em muitos hospitais as temperaturas chegaram ao 30 graus, quando deviam estar nos 22 – como aconselham as normas. “Tudo isto põe em causa a saúde dos doentes”, alerta o responsável, sublinhando que toda esta situação resulta dos cortes financeiros na Saúde.

No hospital Amadora-Sintra, por exemplo, nas enfermarias do último piso, que não têm ar condicionado, foi preciso estar constantemente a hidratar os doentes, colocando-lhes panos de água fria. No domingo – quando os termómetros atingiram os 42 graus na grande Lisboa –, a situação “foi dramática”, admite fonte hospitalar. “Nesse dia, detectou-se numa enfermeira que todos os 14 doentes tinham 38,7º de febre, o que se devia à temperatura ambiente”, adianta a mesma fonte, lembrando que o conselho de administração aprovou ontem um novo sistema de ar condicionado para a enfermaria de pediatria, consultas externas e outras quatro alas.

No S. José, só ao fim de três dias foi possível substituir a peça que deixou paralisado o ar condicionado nas urgências tornando insuportável as condições dos doentes e funcionários, obrigando a transferência do serviço e dos doentes em observação para outra zonas do hospital.

“Nas urgências, os gabinetes chegam aos 40º”, lamenta a clínica Pilar Vicente. “Quem está doente ainda fica prior”, acrescenta, dizendo que médicos e enfermeiros também são grandes vítimas. “Não é a primeira nem a segunda vez que cirurgias são interrompidas por causa do calor”, conclui.

SOL
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #108 em: Julho 24, 2013, 01:15:51 pm »
Centenas de doentes líbios serão tratados em Portugal


Centenas de doentes líbios, incluindo feridos de guerra, vão receber assistência médica em Portugal, que vai também acolher e formar profissionais líbios, no âmbito de um protocolo assinado na terça-feira entre os dois países.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Associação Luso-Líbia (ALL), Luís Cabrita, disse que o acordo é contínuo e vai começar já a concretizar-se.

Até ao final do ano, especificou, começarão a chegar os primeiros doentes, que inicialmente serão tratados em unidades de saúde privadas, estando também prevista a assistência em hospitais públicos.

"Este é um processo que não acaba agora, é contínuo, e vai abranger cada vez mais unidades públicas de saúde", disse.

Além de doentes com diversas tipologias, para diagnóstico, cirurgia e tratamento, irão receber assistência em Portugal doentes líbios com ferimentos de guerra.

O protocolo assinado na terça-feira em Lisboa entre a AICEP (Agência para o Investimento e Comercério Externo de Portugal) e uma delegação oficial do Governo da Líbia prevê também a formação em Portugal de profissionais de saúde líbios, nomeadamente médicos e enfermeiros, bem como a constituição de equipas portuguesas e de mistas para exercerem na Líbia.

A anestesiologia é uma das áreas mais carenciadas na Líbia e, por isso, alvo desta formação de profissionais líbios em Portugal.

Este protocolo foi assinado no decorrer de uma visita de três dias, que hoje termina, de uma delegação que incluiu o vice-ministro de Saúde da Líbia e os diretores dos Recursos Humanos e do Departamento de Cuidados de Saúde.

A delegação visitou o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, nomeadamente os serviços de patologia clínica e de cardiologia interventiva, e o Instituto de Medicina Molecular.

Os elementos do Governo líbio reuniram-se com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, e mantiveram encontros com representantes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Foram ainda visitados por esta delegação hospitais privados e a Fundação Champalimaud.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #109 em: Agosto 10, 2013, 08:10:20 pm »
Estado gastou 4,8 milhões de €€ com portugueses assistidos no estrangeiro


O Estado gastou quase cinco milhões de euros em 2012 com a assistência médica feita no estrangeiro a mais de 600 doentes portugueses, embora a maioria dos casos tenha sido de exames e análises pedidos a centros europeus.

Os dados foram divulgados à Lusa pelo Departamento da Qualidade na Saúde da Direção Geral da Saúde (DGS), que revelou igualmente terem sido Espanha e França os principais países estrangeiros que deram assistência aos portugueses.

De acordo com a DGS, no ano passado 604 doentes foram assistidos no estrangeiro, num total de 886 deslocações, o que implicou custos totais de 4,8 milhões de euros.

Por especialidade, a genética concentra o maior número de assistências (58%), mas apenas para envio “do produto biológico para estudo molecular, genético ou exame laboratorial para vários centros europeus”. Neste âmbito foram visados 353 doentes e 368 deslocações.

Os pedidos para a especialidade de cardiologia corresponderam a 2% do total – 13 doentes e 16 deslocações – cuja principal patologia foi o tromboembolismo pulmonar crónico com hipertensão pulmonar, e os países de destino foram França e Espanha.

A especialidade de gastro levou igualmente a Espanha e França 20 doentes (em 28 deslocações), com síndrome do intestino curto.

Na área da ginecologia, foram assistidos 4% destes doentes (23 pessoas em 27 deslocações) para “transfusão feto fetal”, no Reino Unido e em Espanha.

Quanto à especialidade de oftalmologia, foram os tumores oculares - retinoblastoma (em crianças) e melanoma (adultos) – que levaram 41 doentes (7%) à Suíça, num total de 101 deslocações.

Relativamente a estas patologias, a DGS especifica que “existe uma significativa rotatividade destes doentes, porque os protocolos de tratamento exigem deslocações de 4 em semanas até o tratamento ser concluído”.

A pneumologia também levou a Espanha no ano passado 69 doentes (11% do total), por fibrose quística e enfisema pulmonar, em 204 deslocações, o que a DGS justifica uma vez mais com a “significativa rotatividade destes doentes”.

“Têm que se deslocar muitas vezes para consulta de seguimento pós transplante e pré-transplante”, acrescenta.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #110 em: Outubro 08, 2013, 04:58:15 pm »
Biólogo de Aveiro quer criar corais em aquário para produzir medicamentos


Um estudo de um biólogo da Universidade de Aveiro (UA) defende que a indústria farmacêutica deve adotar uma nova estratégia no fabrico de novos fármacos, baseados nos compostos sintetizados pelos corais, revelou hoje aquela Universidade. Em vez de investir nas expedições marinhas para capturar os organismos e na sintetização das respetivas moléculas em laboratório, os investigadores da UA apontam a aquacultura de corais como a opção mais eficiente e mais sustentável.

A equipa da UA, com base em estudos da cultura de corais em aquário, conclui que o custo de produção de um novo medicamento com o auxílio da aquacultura, pode descer de 90 a 60%, dependendo da espécie de coral e do composto alvo.

"Cada vez mais a fonte de inspiração para novos fármacos está no mar e, por isso, as farmacêuticas estão-se a virar para os oceanos à procura de novos compostos, nomeadamente dos que são produzidos pelos corais", explica Miguel Leal, aluno de doutoramento do Departamento de Biologia da academia de Aveiro.

No entanto, a indústria farmacêutica tem-se deparado com dificuldades por não existir "uma fonte constante e fiável de compostos naturais de origem marinha, uma vez que os organismos produtores dessas mesmas moléculas não são uma fonte inesgotável" e pelo elevado custo da sua captura em alto mar.

Miguel Leal conseguiu demonstrar, através da aquacultura de corais, que é possível produzir as quantidades de matéria-prima necessárias para que as farmacêuticas avaliem o potencial do novo composto, até à fase de ensaios pré-clínicos.

"Não há nenhuma síntese química em laboratório que consiga reproduzir exatamente o mesmo composto natural para além de que, para se chegar ao composto desejado, é preciso fazer muita experimentação e falhar muitas vezes. Mesmo tendo um composto sintetizado à semelhança dos produzidos pelos corais, é preciso provar que funcionam no combate a determinada doença e se a resposta for negativa, todo o enorme investimento é deitado fora e é necessário regressar ao mar para capturar mais amostras", explica.

Uma das vantagens da aquacultura de corais apontadas pelo investigador "é ter dentro de um aquário não só o verdadeiro composto produzido pelo animal, uma fonte que não falha porque é o produtor natural dessas mesmas moléculas, como também várias espécies prontas a serem estudadas".

O trabalho de Miguel Leal, realizado no âmbito do Doutoramento, sob orientação do biólogo Ricardo Calado, está publicado na "Trends in Biotechnology", uma revista de referência na área da Biotecnologia.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #111 em: Dezembro 11, 2013, 09:22:52 pm »
Primeira intervenção cirúrgica em Portugal com Google Glass


O hospitalcuf infante santo realizou duas intervenções cirúrgicas transmitidas pela primeira vez em Portugal em directo para estudantes e profissionais de saúde através do dispositivo Google Glass.

A iniciativa, pioneira em Portugal, foi acompanhada em hospitais, faculdades e escolas de saúde por médicos especialistas, professores, estudantes e demais profissionais de saúde de todo o país, anunciou hoje a entidade hospitalar, em comunicado.

O Google Glass é um dispositivo tecnológico que permite, entre outras funcionalidades, a transmissão de imagem e som em tempo real através da Internet. Os estudantes e os profissionais de saúde tiveram, assim, a possibilidade de assistir às intervenções cirúrgicas de uma perspectiva privilegiada e com todo o pormenor, como se estivessem no lugar do cirurgião.

«A utilização destas tecnologias permite que a cirurgia possa ser objecto de aprendizagem, discussão e divulgação em tempo real, representando, por isso, uma inovação importante no campo da medicina», refere João Paço, director clínico do hospitalcuf infante santo.

As intervenções cirúrgicas consistiram num implante coclear - realizado pelos especialistas João Paço, e Hugo Estibeiro médico especialista em otorrinolaringologia - e numa videotoracoscopia - realizada por António Pinto Marques, coordenador de Cirurgia Torácica do hospitalcuf infante santo, e Fernando Martelo, médico especialista em cirurgia torácica.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #112 em: Dezembro 29, 2013, 11:50:15 pm »
Doentes lusófonos valem milhões nos hospitais privados em Portugal


O número de doentes dos países lusófonos atendidos nos hospitais privados portugueses já se contabiliza em milhares de pessoas e num valor de milhões de euros, de acordo com dados fornecidos à Lusa pelos principais operadores em Portugal.

Informações recolhidas pela Lusa junto da Espírito Santo Saúde (ESS), da José de Mello Saúde (JMS) e da Hospitais Privados de Portugal (HPP), indicam que o número de doentes dos países lusófonos, com especial incidência no Brasil e em Angola, já ultrapassou os 10 mil só este ano, representando uma facturação que, por exemplo no caso da ESS, ultrapassa os oito milhões de euros em 2013.

Os números não são exactos, porque nesta como noutras áreas de actividade, "o segredo é a alma do negócio", mas segundo os números divulgados pelas empresas, a ESS vai atender este ano em Portugal cerca de 18 mil clientes estrangeiros, que já representam cerca de 5% da facturação do grupo privado de saúde, o equivalente a 13 milhões de euros.

De acordo com os dados fornecidos à Lusa, a maioria dos doentes é atendido nas unidades de Lisboa e Porto, com especial incidência no hospital da Luz, que "entre Julho e Agosto deste ano atendeu cinco mil doentes estrangeiros", disse uma fonte da direcção, que compara com os 7000 pacientes atendidos em todo o ano de 2009.

Entre os doentes estrangeiros, mais de metade são provenientes do Brasil e dos PALOP, com especial incidência, dentro deste grupo, para os angolanos, que representam mais de um terço do total.

A JMS, um dos principais grupos privados de saúde a operar em Portugal, já atendeu este ano mais de mil angolanos e quase 500 brasileiros, de acordo com cálculos da Lusa baseados nos números oficiais.

"Para os clientes internacionais a José de Mello Saúde concebeu e implementou o gabinete de apoio ao cliente internacional, que recebe os doentes e trata-os consoante as suas necessidades", explicou à Lusa a directora de marketing do grupo.

Paula Brito Silva diz que estes clientes "têm que ter tudo marcado e agilizado num determinado período de tempo, desde que seja técnica e clinicamente possível, tendo muitas vezes necessidades que se ligam mais ao turismo, como a marcação de hotéis e o planeamento de estadas".

Entre os clientes estrangeiros, Angola é o maior emissor, principalmente desde que a JMS começou a fazer publicidade nos meios de comunicação angolanos, anunciando um conjunto de pacotes para a realização de determinados actos de saúde, como cirurgias específicas e partos acompanhados desde o segundo trimestre de gravidez.

A JMS já tem "mais 2.500 clientes internacionais desde Setembro do ano passado, quando foi criado o gabinete de apoio ao cliente internacional, sendo que mais de 50% destes são originários de Angola e Brasil, e há três vezes mais clientes angolanos que brasileiros", explica a mesma fonte.

Na Hospitais Privados de Portugal, a procura de cuidados médicos e os pedidos de informações por parte de cidadãos estrangeiros cresceu 15% nos últimos anos, disse a empresa, sem avançar números mais concretos.

"A HPP Saúde tem vindo a registar um nível de actividade sustentado nesta área. No entanto, e dado que a monitorização não era feita de forma integrada em todo o país, os dados de que dispomos são apenas relacionados com a procura através da plataforma http://www.algarvemedicaltourism.com, que aponta para um crescimento da procura/pedidos de informação através deste meio de cerca de 15% nos últimos anos", disse à Lusa uma fonte oficial do grupo.

Quanto à nacionalidade dos clientes, "os países predominantes são o Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos, mas recebemos também clientes de outros países tais como a Rússia, Turquia, África do Sul, Bélgica, Malta, Angola entre outros", referiu a mesma fonte, prevendo que "esta procura irá manter-se nos próximos anos, podendo até vir a conhecer um crescimento face às novas directivas comunitárias na União Europeia e ao interesse crescente pela actividade de turismo médico no nosso país".

Questionada sobre o volume de facturação e o número concreto de doentes estrangeiros atendidos nas unidades do grupo em Portugal, a empresa não forneceu esses dados, explicando que essa segmentação é feita apenas para o hospital do Algarve.

O Ministério da Saúde, questionado pela Lusa sobre o número de doentes estrangeiros atendidos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, referiu apenas que "o número total de doentes estrangeiros tratados em Portugal em 2012 foi de 124.959".

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #113 em: Fevereiro 07, 2014, 11:38:02 am »
Hospitais da Madeira com falta de material


Lençóis, cobertores, material cirúrgico, seringas, agulhas, pensos, desinfectantes, medicamentos – sobretudo analgésicos e antibióticos -, luvas, pijamas, resguardos, papel higiénico, detergentes, toalhetes, esponjas. É esta a lista de material que recorrentemente falta nos hospitais da Madeira.
O presidente do conselho de administração do Serviço de Saúde da Região (SESARAM), Miguel Ferreira admite o “caos” e culpa as imposições nacionais que determinavam, com base nos compromissos assumidos pelo Região no âmbito do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), ser necessário uma redução de 20 milhões de euros nos encargos com a saúde.

Em Julho de 2013 foi publicado um despacho da Secretaria dos Assuntos Sociais (nº118/2013) determinando que o SESARAM gastasse menos 15% do que tinha gasto em 2012. Em Novembro de 2013 foi publicado um novo despacho a implementar uma série de excepções à regra dos 15% mas não chegou para evitar rupturas de stock.

Os operadores de saúde falam numa situação que deixou de ser cíclica para passar a ser recorrente. “É constantemente”, disse ao SOL o presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, Juan Carvalho.

A alimentação também é racionada. Há falta de material e de pessoal. Não há lençóis limpos para todos os doentes (uns só com lençóis outros só com cobertores), entre outros consumíveis. Até parte da frota de automóvel nova, comprada em leasing, está à espera de revisão periódica por não pagamentos de compromissos financeiros.

Com uma dívida acumulada a rondar os 550 milhões de euros, os fornecedores do SESARAM só disponibilizam bens e serviços com dinheiro à vista. Há concursos que ficam desertos e o SESARAM só dispõe de um orçamento anula de 180 milhões de euros.

O rácio de enfermeiro por doente, quer no Hospital dos Marmeleiros quer no hospital ‘Dr. Nélio Mendonça’ é baixo.

A Madeira tem a mais alta taxa de infecções hospitalares do país. Entre 2010 e 2013, as infecções aumentaram 44%, enquanto ao nível nacional nenhum aumentou mais de 10%. Por cada cem doentes admitidos, 14 ganharam uma infecção que não tinham antes de entrar no hospital.

O deputado do CDS-PP, Mário Pereira defendeu recentemente, no parlamento regional que o hospital devia ter “corredores técnicos” para que nos mesmos corredores não circulassem doentes, lixo hospitalar, alimentação, material cirúrgico e documentos administrativos entre outras coisas.

Os casos de gripe A voltaram, as obras são um inferno, há enfermarias não climatizadas.

Infecções hospitalares preocupantes


Contactada pelo SOL, a porta-voz da Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde da Madeira, Carolina Cardoso mostrou-se preocupada com as infecções hospitalares e com a falta de material e medicamentos na farmácia hospitalar.

Sobre as infecções hospitalares, deu o exemplo dos elevadores do Hospital ‘Dr. Nélio Mendonça’ que tanto é utilizado por doentes ou visitantes como para transporte de lixo. As obras que actualmente decorrem para ampliar o hospital, com o pó e barulho associados, a par de um sistema de ar condicionado obsoleto, também ajudam a explicar as infecções hospitalares.

Carolina Cardoso deu quatro exemplos gritantes de falta de material. Numa enfermaria do Hospital dos Marmeleiros, usaram a mesma esponja para lavar dois doentes acamados. Um deles terá tido uma infecção urinária.

Um utente que já tinha aviado a receita na farmácia hospitalar foi contactado telefonicamente, já em casa, para dispensar alguns medicamentos que tinha levado consigo porque o Hospital precisava de os fornecer urgentemente a outro utente.

Há dias o Serviço de Urgência teve de apelar aos bons ofícios dos outros serviços do Hospital para conseguir cobertores para minimizar o frio dos utentes que aguardavam no corredor.

Quarto caso: Um utente que foi submetido a uma operação ao estômago viu o seu quadro clínico complicar-se, não pela intervenção cirúrgica mas por uma infecção pulmonar subsequente (infecção hospitalar).

Para Carolina Cardoso “a saúde tem de estar em 1.º lugar” e o quadro só não é mais negro porque “o pouco pessoal faz o melhor com o pouco material que tem...mas não faz milagres”.

Taxa de mortalidade infantil pode agravar

Autênticos Mandrakes é também como classifica Juan Carvalho o trabalho do pouco pessoal para tanto serviço. O SESARAM não admite nem pessoal, nem auxiliares nem médicos. Em Dezembro de 2012 abriu concurso para 12 enfermeiros. Estão a ser recrutados a conta-gotas.

“Há um conjunto de procedimentos, de atitudes, de posições que não estão em conformidade com a lei”, resumiu Juan Carvalho. Os casos acabam por se arrastar nos tribunais e na Provedoria de Justiça a quem recentemente, o sindicato recorreu para pôr fim a uma proibição relativa ao gozo de um dia a descontar no período de férias.

Sobre as infecções hospitalares, sobretudo em serviços como as infecto-contagiosas, hemato-oncologia e pneumologia, Juan Carvalho considera a situação “gravíssima”. E teme que, dentro de pouco tempo, sejam invertidos os bons indicadores da Região no que toca, por exemplo, à taxa de mortalidade infantil.

Juan Carvalho disse que a situação deteriorou-se ainda mais a partir do momento em que os actuais administradores do SESARAM suspenderam o programa de controlo da qualidade que tinha levado à acreditação do Hospital. Havia um conjunto de procedimentos e de timings, por exemplo, para esterilização de material que deixou de ser controlado.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira não tem dúvidas que “está instalado um clima de medo e intimidação” e um “assédio moral” por parte das chefias de topo e chefias intermédias para obrigar os trabalhadores de base “ a fazer o impossível”.

Juan Carvalho resume com uma frase que ouviu nos corredores do Hospital: “Neste contexto e com esta gente, eles fazem o que querem e entendem e daqui a uns tempos não estão cá para responderem pelo que fizeram”.

Igualmente contactada pelo SOL, a recém-reconduzida presidente do Conselho regional da Ordem dos Médicos, Henriqueta Reynolds reconheceu que “pontualmente” há falta de material e de medicamentos. “É uma realidade”, disse.

Contudo, assegurou que não tem relato de colegas a queixarem-se de que a sua terapia foi mudada por razões economicistas.

Sobre o problema das infecções hospitalares disse que a oscilação percentual é mais notada na Região do que no país por uma questão de escala. “Qualquer pequena oscilação dá uma expressão maior”, disse ainda que se mostre preocupada com o assunto.

Sobre a retenção de pensões a utentes com “alta clínica”, que o SOL noticiou na última semana, Henriqueta Reynolds disse que “faz todo o sentido reter [pensões] pelas instituições que têm idosos com internamento de longa duração”.

SOL
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #114 em: Fevereiro 13, 2014, 01:55:31 pm »
Portugal realiza implante pioneiro de microdispositivos


Esta quarta-feira, nos hospitais portugueses, realizou-se o primeiro implante de microdispositivos de monitorização cardíaca no país. Ao todo, cinco equipas médicas dedicaram-se à intervenção, implantando os primeiros monitores cardíacos miniaturizados em Portugal e dando, assim início a uma nova era do diagnóstico cardíaco.
 
A tarefa esteve a cargo do Centro Hospitalar Alto Ave (Hospital de Guimarães), o Centro Hospitalar do Porto (Hospital Geral de Santo António) e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que foram primeiras instituições a colocar este novo sistema de arritmias cardíacas.
 
O novo dispositivo é implantado debaixo da pele através de uma pequena incisão de menos de 1 cm no lado superior esquerdo do tórax, sendo praticamente impercetível a olho nu.
 
Com um tamanho 80% menor que os dispositivos atualmente disponíveis, o novo equipamento permite uma monitorização contínua durante três anos, sendo disponibilizado com um sistema de monitorização remota ('wireless'), que permite uma avaliação à distância do aparelho e o envio de notificações na presença de determinadas arritmias cardíacas.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Katya Reis Santos, cardiologista e secretária-geral da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Eletrofisiologia (APAPE), esclarece que "o novo dispositivo cardíaco está indicado nalguns doentes com sincope ('desmaio') ou palpitações, de modo a correlacionar os sintomas com a presença (ou ausência) de arritmias cardíacas, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais específico de eventuais alterações do ritmo cardíaco".
 
A sincope consiste na perda de consciência, em resultado de uma diminuição da circulação sanguínea cerebral global e transitória. Caracteriza-se por um início súbito, curta duração e recuperação completa e espontânea. Existem, aliás, dois picos para a ocorrência do primeiro episódio: um primeiro em torno dos 15 anos e outro acima dos 65.
 
No caso dos indivíduos que atingem os 70 anos, as estatísticas apontam para uma prevalência de 42%, o que a torna responsável por 1% das idas às urgências hospitalares.
 
No caso das palpitações, estas são uma perceção incómoda do batimento cardíaco (demasiado rápido, demasiado forte ou irregular) e uma queixa muito frequente na prática clínica. Podem ser resultado de uma arritmia cardíaca ou traduzir um aumento da frequência cardíaca, em resposta a uma situação não cardíaca (por exemplo, ansiedade ou anemia).

Boas Noticias
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #115 em: Fevereiro 13, 2014, 07:00:04 pm »
Portugal tratou 900 doentes da CPLP em 2013


Portugal recebeu cerca de 900 doentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2013, afirmou hoje o ministro da Saúde, Paulo Macedo, garantindo que, apesar da crise, o país tem mantido o apoio a pacientes estrangeiros. "Mesmo com restrições financeiras fortes, Portugal recebeu, no ano passado, cerca de 900 pessoas, que tratou, de diferentes países da CPLP", disse à agência Lusa Paulo Macedo, no final de uma visita ao Instituto do Coração, em Maputo.

Segundo o ministro da Saúde, o desenvolvimento verificado nos serviços de saúde dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) está a fazer com que haja "menos motivos para os doentes serem tratados no estrangeiro".

Paulo Macedo apontou como exemplo o Instituto do Coração, que actualmente trata doenças cardiovasculares, evitando a saída de pacientes com este tipo de patologias de Moçambique para o estrangeiro.

O ministro visitou Moçambique para participar na III Reunião dos Ministros da Saúde da CPLP, que se realizou na quarta-feira, em Maputo.

No passado, "havia doentes que tinham que ser tratados noutros países e que hoje têm uma resposta neste instituto", destacou o ministro da Saúde.

Fundado em 2001, o Instituto do Coração é uma organização não-governamental (ONG) focada no tratamento de doenças cardiovasculares a crianças desfavorecidas, tendo sido criada através de uma parceria que envolveu a ONG moçambicana Os Amigos do Coração e quatro organizações europeias, entre as quais a portuguesa Cadeia de Esperança.

Com uma média anual de 120 operações gratuitas a crianças desfavorecidas, a instituição "sobrevive" dos rendimentos que obtém na prestação de cuidados de saúde privados e de apoios em consumíveis para as cirurgias, que as ONG parceiras doam.

"A cirurgia cardíaca é caríssima. Cada vez que entra uma criança na sala de operações, só nos consumíveis gasta-se cerca de 5.000 dólares (3.650 euros). No conjunto, a cirurgia a coração aberto e o pós-operatório custa cerca de 15.000 dólares (10.970 euros)", explicou à Lusa a directora e fundadora do Instituto do Coração, Beatriz Ferreira.

Segundo a responsável, com os cuidados privados, a organização consegue cerca de 150 mil dólares (109,7 mil euros) mensais para os serviços humanitários que presta, com uma equipa cirúrgica própria, formada em Portugal, França e na Suíça.

A abertura de unidades de saúde privadas na capital moçambicana, que oferecem alguns dos serviços do Instituto do Coração, tem representado um certo "risco" à missão humanitária da ONG, não só pela redução do número de pacientes privados que recebem, mas também porque as novas unidades lhes tentam "tirar" profissionais de saúde qualificados.

"Quando surgem novas unidades sanitárias há sempre um risco de vermos reduzida a nossa capacidade de termos fundos para fazermos trabalhos com as crianças indigentes, mas, enfim, é o mercado", concluiu Beatriz Ferreira.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #116 em: Fevereiro 24, 2014, 11:32:06 pm »
Hospital de S.João vence prémio mundial de inovação da Microsoft


O Hospital de São João, no Porto, acaba de conquistar um galardão internacional de inovação atribuído pela Microsoft Corporation. A instituição hospitalar conquistou o primeiro prémio no concurso "Microsoft Health Users Group Innovation Awards 2014" com uma solução tecnológica desenvolvida para ajudar a aumentar a monitorização e segurança dos seus doentes internados.
 
O Centro Hospitalar de São João foi premiado graças à solução informática VITAL (VIgilância, MoniTorização e ALerta), que monitoriza a cada segundo toda a informação de parâmetros fisiológicos e resultados laboratoriais dos doentes em busca de determinados padrões que possam indicar se o paciente se está a deteriorar clinicamente (situação que, se não for detetada atempadamente, pode resultar em entradas em cuidados intensivos ou mesmo em morte).
 
Em comunicado, o Hospital de São João explica que o VITAL foi desenvolvido com a ajuda de uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e especialistas em tecnologia de Business Intelligence através de uma parceria com a empresa portuguesa DevScope.
 
O instrumento constitui-se, portanto, como uma forma de auxiliar a monitorização dos doentes internados e, consequentemente, aumentar a sua segurança durante a sua estadia no hospital.
 
Através da análise e correlação de uma "quantidade massiva de dados relativos ao estado clínico de cada paciente", "espalhados por dezenas de sistemas do Hospital", a solução alerta precocemente as equipas clínicas para pacientes em risco, "sendo capaz de ajudar a antecipar 30% das entradas em Unidades de Cuidados Intensivos até 7 dias antes de o evento ocorrer".
 
"O prémio é um reconhecimento mundial do trabalho desenvolvido em parceria pelas equipas clínicas e alguns especialistas em tecnologias de informação do São João em prol da segurança dos doentes", afirma António Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João.
 
"Todo o desenvolvimento nesta área, envolvendo os profissionais de saúde do hospital e os seus técnicos, resulta também de uma parceria estratégica com uma empresa portuguesa da área, a DevScope", acrescenta o responsável.
 
Segundo António Ferreira, esta criação corresponde "ao objetivo estratégico de desenvolver sistemas que auxiliem a aumentar a eficiência e segurança dos processos da organização mas que também possam ser customizados e replicáveis e, portanto, com potencial de comercialização".

Prémios reconhecem organizações de saúde e tecnologia
 

Os vencedores dos prémios foram anunciados este domingo, 23 de Fevereiro, em Orlando, nos EUA, durante o evento HIMSS 2014 - Annual Conference and Exhibition, onde se apresentaram alternativas de última geração para capacitar as organizações de saúde.
 
Trata-se de uma série de galardões com o propósito de reconhecer as organizações de saúde e os seus parceiros tecnológicos pelo uso de dispositivos e serviços Microsoft de forma inovadora no sentido de no sentido de ajudar a aumentar a qualidade dos tratamentos dos seus pacientes, melhorar a produtividade clinica e otimizar os registos médicos eletrónicos (EMR), aumentando a eficiência dos processos clínicos e de negócio.
 
"A Saúde está em constante mudança. Apesar disso, espera-se que as organizações e os seus fornecedores transformem a forma como operam de modo a que se mantenham elevados os 'standards' de qualidade de tratamento dos doentes", defendeu Steve Aylward, da Microsoft, no decurso do evento.
 
"Os vencedores dos Microsoft Health Users Group Innovation Awards 2014 aceitaram este desafio com entusiasmo e apresentaram soluções verdadeiramente avançadas que utilizam a tecnologia para atingir a excelência", finalizou.

Boas Noticias
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #117 em: Junho 30, 2014, 08:37:41 pm »
Observatório da Saúde acusa Ministério de negar e silenciar os efeitos da crise no setor


O Observatório Português de Saúde acusa o Ministério de estar em «silêncio» e «negação» face aos «evidentes» efeitos negativos da crise na saúde, criticando a ausência de estudos que os monitorizem e de medidas que os minimizem. Perante este «estado de negação», o OPSS escolheu este ano o título 'Saúde -- Síndroma de negação' para o Relatório de Primavera 2014, que será hoje apresentado em Lisboa.

A crítica do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) é extensível às autoridades europeias com responsabilidades nesta área, que acusam de se manter em "silêncio total", não obstante serem responsáveis por muitas das decisões que têm sido tomadas relativas à saúde. O Observatório considera evidente que há um conjunto de dados que indiciam um impacto negativo da crise sobre a saúde das pessoas e lembra ter já chamado a atenção para este aspeto em anos anteriores.

"O OPSS tem vindo a chamar a atenção, através dos últimos cinco Relatórios de Primavera, para a crise e para os seus impactos na área da saúde -- mas mantém-se a ausência de um diagnóstico oficial rigoroso sobre o tema, a partir do qual se possam organizar respostas apropriadas". No relatório, o OPSS relembra que os efeitos negativos da crise sobre a saúde seriam evitáveis se se investisse nesta área, o que não só serviria para "proteger as pessoas da crise", como poderia ter "um papel importante na recuperação económica".

"Apesar disso, não se vislumbram sinais indiciadores de uma política intersectorial de saúde que tenha como objetivo monitorizar indicadores de impacte e acautelar ou minimizar os previsíveis efeitos da crise, nomeadamente nos grupos mais vulneráveis", critica. Em vez disso, "parece ser evidente um manifesto esforço" da UE e do Governo português de "negar" essa evidência, evitando a discussão e a adoção de medidas de prevenção ou de combate.

De facto, há mais de um ano -- um dia após a divulgação do Relatório de Primavera 2013 -- o ministro da Saúde comprometeu-se a fazer um estudo alargado sobre os efeitos da crise económica e financeira na saúde dos portugueses, o que nunca aconteceu. Já esta semana, Paulo Macedo anunciou que a Organização Mundial de Saúde vai avaliar os efeitos da crise na saúde em Portugal. Para o observatório, verifica-se uma "interrupção" e, até mesmo, uma "regressão" nas medidas de descentralização -- a "matriz genética do SNS ao longo dos seus mais de 30 anos".

"Nos últimos anos, tem-se verificado um conjunto de ações e medidas de política que evidenciam uma interrupção, se não uma regressão, no processo de descentralização no sistema de saúde público", afirma, acusando o Governo de, simultaneamente, desenvolver um "processo de "desconcentração" através da devolução de alguns hospitais às Misericórdias.

Segundo o OPSS, as diversas medidas de centralização adotadas, como a lei dos compromissos, a burocratização dos processos de aquisição e contratação, ou o controlo central dos investimentos e da informação, desmotivam e desresponsabilizam as lideranças das organizações de saúde.
A curto prazo estas barreiras burocráticas e a incerteza quanto aos recursos disponíveis, impedem o planeamento estratégico, a contratualização plurianual e a sustentabilidade das organizações, considera.

O relatório vai mais longe e afirma que as estruturas regionais e locais estão transformadas em "simples correias de transmissão de decisões centralmente tomadas", o que retira eficácia, massa crítica, experiência e capacidade de inovação, para encontrar soluções.
"Através do centralismo silencia-se um conjunto diversificado de players e por essa via esta opção representa hoje um elevado fator de risco no desempenho futuro do SNS", acrescenta.

O grande problema disto é que "do outro lado estão pessoas em sofrimento e com um desenvolvimento cada vez mais hipotecado".

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #118 em: Julho 01, 2014, 05:57:55 pm »
Beja vai produzir morfina a partir de papoilas


Já estão a ser colhidos os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo, que vão permitir produzir morfina para fins medicinais numa fábrica em Beja a partir do cultivo destas flores naquela região. O projeto é resultado de uma aposta da farmacêutica escocesa Macfarlan Smith.
 
Uma máquina especializada está atualmente a colher, na zona do Alqueva, as primeiras papoilas semeadas em Novembro de 2013 num terreno de 800 hectares pertencente a cerca de 40 agricultores alentejanos.
 
Em entrevista à Lusa, Jonathan Gibbs, diretor de operações para Portugal da Macfarlan Smith, explicou que, "para reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento", a companhia necessitava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido, tendo optado pelo Alentejo após a análise de vários locais na Europa.
 
Segundo Gibbs, a região portuguesa reúne "os ingredientes para produzir uma boa colheita". "O que o Alentejo oferece é a luz do sol, o calor, os solos, a forte capacidade dos agricultores e, mais importante, a barragem do Alqueva", realça o responsável.
 
Depois dos resultados positivos conseguidos em sequência das experiências feitas pela Macfarlan Smith no Alentejo, a companhia obteve, em Março do ano passado, a licença do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para plantar papoilas na zona do Alqueva com o propósito de extrair e produzir morfina para fins medicinais.
 
De acordo com Jonathan Gibbs, a primeira colheita "parece ser bastante aceitável" e é apenas o passo inicial do projeto, já que os escoceses ambicionam dobrar a área de plantação para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016, esperando obter maiores concentrações de morfina por hectare de papoilas semeado no Alentejo em relação às obtidas nas plantações britânicas.
 
No âmbito do seu plano de investimentos no Alentejo, a Macfarlan Smith está a construir a primeira fase da fábrica de produção de morfina para fins medicinas em Beja. Inicialmente, a unidade fabril vai servir para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, desvendou Jonathan Gibbs.
 
O diretor de operações salientou que esta primeira parte da fábrica, que corresponde a um investimento de cerca de quatro milhões de euros, deverá estar pronta no final deste ano e que a Macfarlan Smith espera ter a produção da primeira colheita de papoilas no Alentejo totalmente processada em Beja e pronta para seguir para Edimburgo em Fevereiro de 2015.
 
A longo prazo, a empresa deverá construir a segunda parte da unidade fabril, que ainda necessita de obter licença do Infarmed e que poderá constituir um investimento entre 20 e 40 milhões de euros com o objetivo de permitir que a extração e produção de morfina a partir das papoilas alentejanas possa ser feita em Beja.
 
Entretanto, a Macfarlan Smith vai continuar a semear papoilas no Reino Unido para a unidade de produção de morfina em Edimburgo.

Agricultores portugueses satisfeitos com a experiência
 
Filipe Cameirinha, um dos agricultores envolvidos no projeto, confessou à Lusa que aceitou o "desafio" da farmacêutica escocesa por considerar "interessantíssima" a cultura de papoila e por acreditar que o Alentejo oferece "das melhores condições" para o cultivo deste tipo de planta.
 
"Foi isso que nos levou a aceitar este desafio", admitiu o agricultor, frisando que a primeira sementeira "correu muito bem" e é para "repetir".

Boas Notícias
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #119 em: Agosto 19, 2014, 12:53:13 pm »
Médicos cubanos custaram 12 milhões de €€ ao Estado em seis anos


A contratação de médicos cubanos custou nos últimos seis anos cerca de 12 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde, revela o jornal i desta terça-feira.

Acordos entre os dois países permitem 'pela primeira vez' estimar o custo da medida lançada em 2009 pelo governo socialista para resolver as carências de médicos de família e que até à data não foi alvo de um balanço público sobre gastos e impacto.  

A informação é inédita porque, após queixa do jornal junto da Comissão de Acesso a Documentos Administrativos a tutela forneceu o acordo de cooperação para a prestação de serviços médicos entre a Administração Central dos Sistemas de Saúde e os Serviços Médicos Cubanos. Os documentos revelam que, no início do protocolo, Portugal pagava mensalmente por cada médico 5900 euros, valor que o Estado não paga a nenhum médico no SNS como salário base. No final de 2011, o actual governo reviu o valor para 4230 euros.
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Este acordo foi assinado pela primeira vez pelo governo de José Sócrates em Junho de 2009. Entretanto foi alvo de dois aditamentos pelo actual governo, o primeiro em Dezembro de 2011 e o mais recente este ano. Entre Agosto de 2009 e 2011, no âmbito do primeiro acordo, Portugal pagou 259 600 euros/mês por um contingente de 44 médicos com horários de 40 horas nos centros de saúde mais 24 horas nas urgências.

Este montante passou, em 2012 e 2013, a 164 970 euros mensais por 39 clínicos, sendo o tempo nas urgências reduzido para 12 horas.

No passado mês de Abril, o acordo foi novamente modificado e o Estado subscreveu desta feita o pagamento de 4230 euros/mês por médico sem ficar à partida definido um montante mensal, que vai variar em função dos médicos destacados para o país e sem horas fixas nas urgências. Tendo em conta que a tutela anunciou a chegada de 52 médicos cubanos em Maio, a despesa mensal será actualmente de 219 960 euros, detalha o diário.

Segundo nota ainda o jornal, o regime remuneratório dos profissonais cubanos no exterior impõe que estas quantias sejam depositadas trimestralmente pelas entidades onde estão a trabalhar os médicos numa conta da empresa de Cuba - Serviços Médicos Cubanos -, que paga aos profissionais destacados para Portugal menos de um quarto do que recebe do Estado Português.

Diário Digital