Spectral:
Não diria ódio (mas pode ser interpretado dessa forma), antes diria o desejo de ver um rival enfraquecido e com menos poder de influênciar sejá o que for dentro de Portugal.
Eu não odeio os Espanhoís, só odeio o facto de estarmos ao lado de uma Espanha que sempre nos quis engolir como país, e da qual, através dos séculos, só tem vindo miséria para Portugal. Inquisição, invasões Espanholas, perca de independência durante 60 anos, aventuras de armadas invensiveís, etc. Não me diga que isto não são mais que razões válidas para um Português desejar que esse inimigo desapareça, ou se enfraqueça de uma vez por todas.
Você não acha que seria melhor para Portugal se a Espanha deixá-se de existir na forma que tem, e com o poder que tem, e se torna-se um conjunto de países com os quais nós poderiamos lidar individualmente. Para mim isto seria o melhor que nos poderia aconteçer.
Quanto a Europa, hummm...Na europa das hierarquias, onde os Alemães olham para os Francêses como inferiores, e os Francêses olham para os Espanhoís e Italianos como inferiores, e os Italianos olham para os Gregos como inferiores, onde é que será que se encaixam os Portuguêses?
Você diz que o nosso espaço é a Europa, tá no seu direito. Portugal é um país periférico que só têm uma ligação terreste a Europa, feita através de um país estrangeiro. Está longe de tudo o que se pode dizer que é concretamente a europa. Raramente quem quer visitar a europa começa por Portugal, em geral começam em Londres, ou Paris, ou Roma, ou Amsterdão, ou até Madrid. Muitos estrangeiros pensam que Portugal faz parte de Espanha, ou então nem conheçem o nosso país. Quanto mais Portugal se insere dentro da europa, menos relevância nós temos como país.
E quem lhe disse a vc que a europa se interessa de Portugal para alguma coisa. Não tenho bem a certeza, mas acho que o PIB Português representa 1%, ou menos do PIB europeu, então que diferença faz ter ou não ter os Portuguêses dentro da Europa. O que temos nós, nos olhos do chauvinismo Francês ou Alemão, a contribuir para a "grandeza" da europa. Uma europa que não passa de um projecto Franco/Alemão, para se opór ao poderio económico e militar dos U.S.A., que são talvéz o nosso melhor aliado.
Não viva na ilusão da europa, já quantos projectos de unificação europeia existiram na história e todos falharam. Exemplos:
Império Romano - falhou - Os Germanicos não faziam parte, e o Império acabou por cair.
Reino dos Francos - Falhou - Conquistaram a Bélgica e França, de resto mais nada.
Poder europeu da Igreja Católica - Falhou - Tiveram poder durante séculos, acabou quando originaram os protestantes.
Castela + Portugal + Holanda + Itália + Partes da França, debaixo do reinado dos Filipes - Falhou - A armada invencível foi tudo menos isso.
O império de Napoleão - Falhou - "Le Grande Armee" foi gradualmente destruido e derrotado na Russia, em Portugal e Espanha, e em Waterloo.
Terceiro Reich, o império dos Nazis - Falhou - Todos conheçem a história.
A EC é a nova tentativa, e de novo os mesmo protagonistas, Francêses, Alemães, e em posição subalterna, Italianos e Espanhoís. Quanto tempo é que este projecto vai durar?
A europa é uma ilusão que cada vez custa mais caro aos Portuguêses, e anda tudo anestesiado debaixo da propaganda Francêsa da fraternidade e solidariadade, e dos subsídios europeus, que não subsídios nenhuns mas sim impréstimos que vão ter que ser pagos. E não existe nenhuma fraternidade, nem solidariadade, a única coisa que existe é o desejo dos Francêses e dos Alemães de terem poder sobre toda a gente, só que em vez de usarem a guerra, agora criam a dependência económica dos países mais pequenos, nos países mais grandes.
Spectral, se a taxa de abstenção de 70% de voto nas eleições europeias, em Portugal, é a indicação de como a grande maioria dos Portuguêses se sentem em relação à europa, eu diria que a mesma tem os dias contados no nosso país. Pessoalmente anseio que essa sejá a realidade futura, um Portugal fora da EC, independente e livre, sem ter que dar satisfações nenhumas a um parlamento europeu, ou a comissários europeus. Um Portugal que não anda atrás de subsídios europeus para se desenvolver, ou que precisa de "doações" militares para ter um exército.