A questão é, hoje em dia, o principal argumento para se adquirir um LPD, é o alívio de catástrofes. Neste aspecto, qualquer LPD consegue executar a mesma missão com eficácia muito equivalente, seja um San Antonio, um Roterdam ou um Makassar. Obviamente que um LPD terá maior capacidade para receber civis evacuados ou para carregar mantimentos.
Resta as missões militares, e aqui pergunto, qualquer que seja o LPD que viéssemos a adquirir, acham que seria sequer viável desempenhar uma missão de projecção de força, com as escoltas que possuímos? O único LPD que resolve este problema, é o Crossover 131 que vem armado como uma fragata, o resto, seja pequeno ou grande, é um alvo cujas nossas fragatas não conseguem proteger. Mas este Crossover, sendo o meu preferido, é também o mais caro, e calculo que haja LHDs por aí com um preço aproximado ao deste.
Além disto, projecção de força, implica ter capacidade de controlar o espaço aéreo e naval na zona, algo que sozinhos nem sequer temos capacidade (não há fragatas modernas nem de defesa aérea, a nossa força de helis é risória, não temos reabastecedor para garantir a presença de F-16 a voar na zona). Qualquer LPD que compremos que não esteja na linha do Crossover Combatant, será sempre um alvo fácil.
Querem capacidade de projecção de força? Comprem fragatas novas para escoltar o LPD, ou então que se escolha mesmo o Crossover 131 mais caro, equipem os P-3 com SLAM-ER, os F-16 com um míssil de cruzeiro, mísseis anti-navio, comprem um reabastecedor aéreo, e um navio reabastecedor, comprem helicópteros de evacuação... Ter LPD e não ter o resto, é suicídio fora das missões civis.
Nas condições actuais - e, tudo indica, no futuro - um LPD é um elefante branco. Vamos concentrar esforços em um "HNoMS Maud".
Sem dúvida! Se o dito até tem capacidade de lançar lanchas de desembarque, não vejo uma opção mais óbvia que esta.